História Sucker for Pain - Consequences

Um lençol cobria meu corpo completamente nu. Enquanto o homem ao meu lado se distraia com a fumaça do cigarro em que ele tragava.

Havia se passado uma semana desde que Justin me tratou daquela forma tão rude e eu não o vi desde dali. O que foi um alívio. Eu obviamente não estava indo para a escola ,por mim eu nunca mais voltaria a pisar naquele lugar.

- Como ficamos agora? - perguntei ao meu querido ex professor.

- Como assim? - riu - Acha que teremos algo além de sexo?

- Eu..Eu não sei - respondi aflita - Você é a única pessoa que ainda gosta de mim ,eu pensei que...

- Pensou que eu ficaria com você? - se levantou da cama e eu tive a visão de seu corpo nu - Se toca garota. Você fez eu perder meu emprego depois daquela merda de vídeo - levou o cigarro até a boca.

- Então por que ainda está comigo? - me exaltei levantando ainda com o lençol em meu corpo.

- Eu não estou com você. Apenas transamos - disse indiferente - Você sempre foi um alvo fácil. Uma puta pronta para ser comida. Nem precisei dar encima de você ,se lembra? - aproximou - se de mim deixando sua boca próxima a meu ouvido - Você se ofereceu para mim sem nem ao menos saber meu nome.

O empurrei e comecei a procurar minhas roupas as vestindo assim em que as pegava nas mãos. Meus olhos ardiam e meu rosto deveria estar vermelho de tanta raiva.

- Você é um grande filho da puta - o estapeei no peito o que não dava qualquer efeito sobre seu corpo - Eu não quero te ver nunca mais.

- Não se preocupe - respondeu cínico - Arranjarei outra puta para me satisfazer. 

Sai dali não querendo mais ouvir sua voz. Mas não ,eu não sou apaixonada por Andy. Apenas achei que poderíamos ter algo já que ele foi a única pessoa que quis ficar próxima de mim depois do ocorrido.

Como fui burra. Era só sexo ,sempre foi. Eu estou me sentindo tão carente e sozinha que cheguei ao ponto de me humilhar por alguém. Quando que Isabella Sparks faria isso? Nunca.

Entrei em meu carro e sai em disparada até minha casa. Eu queria me trancar lá dentro e nunca mais sair. Estou fodida como nunca estive antes. Não tenho com quem contar ,não tenho alguém que se importe comigo. Eu estou completamente sozinha coisa que nunca havia ficado antes.

Estacionei e sai rapidamente do carro me sentindo um pouco mais calma. Me aproximei da porta a abrindo com a chave notando alguém bem ali.

- O que está fazendo aqui? - gritei chamando sua atenção - Como foi que entrou? - ele olhou para mim e deu de ombros.

- Você deixou a janela de seu quarto aberta - respondeu - Vim aqui por que tenho que lhe fazer algumas perguntas - sorriu malicioso. Caminhei até o sofá e me joguei nele me sentindo exausta. 

- Prossiga - eu disse e Justin caminhou até o sofá em que eu estava e se sentou ao meu lado.

- Me diga querida - colocou o braço em meus ombros me puxando para si e cheirou meu cabelo - Pra quem é que você está dando sua buceta? - desceu a mão até a minha intimidade e antes que ele pudesse toca-la me levantei assustada.

- Sai daqui Justin. Agora - gritei. Ele não pode invadir a casa de alguém e ainda tratar a pessoa de forma tão abusiva.

- Me diga agora quem é esse cara Isabella - me segurou pelos braços e olhou em meus olhos - Ou terei que ir atrás de todos os homens que você já se envolveu e espanca-los? - me apertou com força.

Passou por minha cabeça se Justin seria capaz de cometar tal ato. Eu não poderia saber se ele blefava mas sabia que eu não conhecia nada sobre esse novo Justin. Ele pode ser mais perigoso do que eu possa imaginar.

- Então faça isso seu idiota - me debati em seus braços - Machuque eles e vá preso. E eu volto a ser livre e nunca mais terei que te ver - sorri.

- Sim ,eu serei preso - sussurrou - Mas não antes de esgana-la também - deu um sorriso que me deu calafrios. Ele estava ameaçando a me matar? - Por que mesmo que eu vá preso. Você continuara morta ,não é? - mordeu meu pescoço com força. Gemi de dor.

- Para ,para - ele continuava mordendo meu pescoço de forma violenta - Foi o Andy - soltei com a voz fraca.

Justin parou no mesmo momento o que estava fazendo. Percebi que sua mão se cerrou em punho.

- Boa garota - saiu de cima de mim - Cuido de você depois ,cadela.

E saiu de minha casa e só assim pude voltar a respirar normalmente.

                                                                                                              ◈

Já haviam se passado horas desde que Justin saiu de forma irritada de minha casa. Mal consegui me mover desde que ele saiu ,eu estou com medo de que ele volte. Ele disse que "cuidaria" de mim depois e isso me deixou completamente apreensiva. 

Nunca ninguém me deu tanto medo quanto o Bieber está me dando. Seus olhos são tão vazios que chega a ser assustador.

O telefone fixo começou a tocar e o peguei apertando o botão verde.

- Alô?

- Oi querida ,é a vovó - sorri largamente - Queria lhe dar os parabéns.

- Mas meu aniversário é daqui a dois dias - disse confusa.

- Eu sei ,querida - disse doce - Mas terei que viajar por alguns dias e não sei se dará para ligar então estou me antecipando.

- Então você não virá me ver? - perguntei chateada não tendo nenhuma resposta de sua parte. O som da campainha foi ouvido por mim - Obrigada vó ,tenho que desligar. Beijos. - desliguei sem esperar que ela respondesse. Foda-se ,não vou ficar implorando pela companhia de alguém.

Abri a porta vendo o mesmo garoto de horas atrás só que agora com roupas diferentes.

- Me siga - disse e virou as costas caminhando até sua casa. Quando viu que eu não sai do lugar se irritou - Agora porra.

Em um pulo sai de casa e fechei a porta atrás de mim. Eu parecia uma cachorra obedecendo ao seu dono. Isso começara a se tornar chato e entediante.

O segui entrando em sua casa e vi algo - na verdade alguém - que esperava não ter que ver tão cedo.

- Cheguei amor - Justin se aproximou da garota negra e a beijou. Eu não conseguia compreender o que estava acontecendo. Era coisa de mais para a minha cabeça.

- Michelle? - perguntei receosa. 

A garota olhou para mim sem esboçar reação. Justin estava ao seu lado e olhava para mim com um sorriso debochado em seus lábios. Ele havia armado esse encontro ,mas por que?

- Quanto tempo ,melhor amiga - sorriu de canto. Meu coração estava acelerado ,eu tentava entender o que ela estava fazendo ali. O que eu estava fazendo ali - Temos assuntos pendentes ,não acha? - sorriu maldosa enquanto se aproximava lentamente de mim.

Assim que entendi o que estava acontecendo tentei correr até a porta mas Justin em um movimento rápido se pôs na frente dela impedindo minha passagem.

Respirei fundo. Vendo que não havia escapatória ,eu teria que encara-la e sabia que isso não resultaria em boa coisa.

- Se for sobre seu irmão ,já resolvemos isso - tomei coragem para dizer lembrado do dia em que ela descobriu e me encheu de tapas na frente de todos. 

Michelle estalou a língua no céu da boca negando com a cabeça.

- Não é sobre isso - sorriu - Graças a Justin - apontou para o garoto próximo a mim que sorriu de imediato - Descobri que você transou com Lincoln enquanto ainda namorávamos - gelei.

Justin não se cansava de acabar comigo. Sua expressão era de puro prazer ,ele adora ver minha dor. Abaixei a cabeça sem ter como me defender. Minhas mentiras estavam vindo a tona e eu não podia para-las.

- Não consegue nem se defender por que sabe que é uma vadia - rosnou Michelle jogando seu punho contra meu rosto me fazendo ir de encontro ao chão. Coloquei a mão no local e a olhei assustada.

- Você ficou louca? - gritei.

- Você não viu nada - subiu em cima de mim - Você. é .uma .vadia .falsa - me dava um tapa a cada pausa que fazia.

- Já chega Michelle - Justin a tirou de cima de mim e eu me sentei no chão com as mãos sobre o rosto - Acho melhor você ir ,ela já teve o que merece - pude ver que a negra assentiu e saiu da casa mas não sem antes me olhar com desprezo.

Eu continuava no chão chorando com a mãos sobre o rosto. Senti sendo pega no colo e não ousei protestar.

Justin chegou em seu quarto e me colocou em sua cama e começou a afagar meus cabelos. O que me deixou irritada com seu cinismo. 

- Calma ,não é pra tanto.

- É pra tanto sim - respondi ignorando a sua bipolaridade - Apesar de tudo eu a amava e agora a perdi de vez - solucei.

- Agora você entende como é ser humilhado por alguém que ama ,não é? - apesar de não olha-lo sabia que ele tinha um sorriso no rosto.

- Eu te odeio ,Justin - disse tentando controlar minha respiração.

Ouvi sua gargalhada alta me fazendo puxar os cabelos com raiva.

- Não ligo para o que você sente - afirmou lambendo os lábios - Só aconselho que se acostume. 

Fracasse com consequência, perca com eloquência
E sorria.