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História Sucker For Pain - Capítulo Único


Escrita por: AleixiLady

Notas do Autor


Olá amores, como estão?

Bem, há vários dias que eu estou pensando nessa fanfic e finalmente decidi escreve-la. Os personagens do Reverse eu me baseei em duas autoras de fan art.
tanosan96: Dipper
shourca: Will

Infelizmente não posso disponibilizar o link aqui, mas estará nas notas finais!
Devo ressaltar umas coisas para vocês não ficarem perdidos (eu acho):

• Bill e Will são guardadores de suas dimensões, porém Will foi engado pelos gêmeos Gleeful e Bill, como no cânone, tentou dominar aquela dimensão mas seus planos não deram muito certo.
• Os gêmeos tem conhecimento das dimensões paralelas, inclusive a do irmão de Will.
• Os sobrenomes dos gêmeos são Gleeful.
• Os gêmeos Geeful estão atrás dos diários da dimensão de Bill.

Bem, espero que tenham entendido <3
De qualquer forma, se acomoda no sofá ou na cadeira e vem com a tia, porque o capítulo é enorme!!!!!
Desculpe os eventuais erros, eu corrigi mas sempre passa alguns!

ENJOY!

Capítulo 1 - Capítulo Único


Fanfic / Fanfiction Sucker For Pain - Capítulo Único

 

— Capítulo Único —

Sou apenas um otário atraído pela dor.

Seus olhos estavam focados nas palavras gravadas naquele livro de capa branca, sua perna balançava devagar acompanhando o movimentos de seus olhos. Sua cabeça caia suavemente para o lado levando algumas mechas de cabelo junto.

Dipper estava concentrado na sua leitura, mas atento a qualquer movimentação ao seu redor, principalmente no ser que se encontrava no seu lado no chão, sentando obedientemente que por vezes observava o nada e/ou brincava com suas chamas azuis tentando evitar que o tédio lhe matasse, mas sempre que fazia isso não demorava para receber um olhar desaprovador de seu senhor.

No pescoço de Will havia um coleira ligada a uma corrente da cor azul florescente, que só tinha final nas mãos de Dipper. Não sabia responder o motivo do seu senhor quere-lo por perto a todo instante, até mesmo em algumas funções ele estava lhe privando de fazer.

Lamentavelmente o de cabelos parcialmente azuis, tentava achar uma resposta para algo injustificável, ele era seu senhor, mestre, soberano, tinha o poder de fazer qualquer coisa a hora que quisesse sem dar explicações a ninguém, muito a menos a um servo inútil como ele.

Fazia dois meses que estava assim, tudo começou quando recebeu uma ordem de ir para a dimensão que seu irmão guardava em busca dos diários que seu tio avô tinha escrito há muito tempo e que viera a se perder por um descuido dele próprio.

——

— Encontramos energias semelhantes ao diários em uma dimensão pouco promissora... — Disse Dipper sentado em uma poltrona que mais parecia um trono, enquanto lia alguns relatórios. Sua postura era ereta e imponente, deixando os olhos de Will incapazes de focar qualquer outra coisa que não fosse o seu senhor. — Quero que você investigue e analise essas energias, é capaz disso não é?

Seu olhar que até então estava nos relatórios voltou-se para os medrosos de Will de uma forma que seu corpo inteiro se arrepiou, era intenso e desafiador.

Era perfeito.

— Claro que sou capaz, mestre! — Esclareceu convicto criando um raso sorriso irônico nos lábios de Dipper, não era a primeira vez que lhe questionava se era apto para fazer tal serviço e embora em alguns ele teve fracassos significativos quase que instantemente perdoava-o pelo seus erros.

Era irônico, afinal, se fosse outro servo qualquer no primeiro erro que cometesse sua cabeça iria conviver longe de seu corpo.

Mabel estava sentada no braço da poltrona que o seu gêmeo estava, acariciando as mechas sedosas do mesmo. Seu sorriso era caloroso e bondoso, era raras ocasiões que os de cabelos parcialmente azuis via aquela gentiliza desenhado os lábios dela, mas quando seus olhos se encontravam aquela gentiliza se transformava em algo completamente malévola.

Nessas horas Will tinha certeza absoluta que ela sabia de seus sentimentos para com seu irmão e fazia questão de lhe provocar com toques suaves até os mais ousados que Dipper a pertencia, fazendo-lhe desviar seus olhos tristonhos rapidamente.

Dipper Geeful era alguém intocável.

E Will Cipher era somente um escravo, um servo descartável quando não fosse mais útil e isso lhe afetava bem mais do que imaginava.

— Espero que você não falhe em algo tão fácil. — A gêmea Gleeful pronunciou mantendo o seu sorriso maldoso nos lábios enquanto sua cabeça pendia para o ombro do irmão. — Não vai querer ser torturado novamente, não é?

O demônio engoliu seco e por mais que seus olhos tentasse focar nos de Mabel, eram sempre atraídos pelos os majestosos de seu único mestre.

— Não, senhorita. Irei me desempenhar ao máximo para cumprir essa tarefa com êxito. — Disse firme, embora dentro de seu corpo tudo estivesse se revirando. Encarar aquelas orbes azuis por muito tempo lhe dava um misto de sensações que não sabia controlar.  

— Espero que o encontro familiar não atrapalhe isso. — Comentou Dipper. Will o olhou confuso pedindo uma explicação. — A dimensão no qual estávamos falando é a de Bill Cipher.

O servo recuou sua postura ficando pouco inclinado para trás, há quanto tempo não via seu irmão? Centenas de anos ou séculos? Não sabia responder e mentiria se não dissesse que ficou estranhamente contente com aquela nova notícia, mas fez de tudo para não transparecer.

— Não irá, meu senhor. — Revelou pouco mais baixo, reprimindo-se por fraquejar. A sorte que Mabel não tinha prestado atenção em sua fala pois achava mais importante limpar suas unhas, mas Dipper percebeu, só não comentou.

Ele sempre reparava em Will.

— Ótimo. Partirá imediatamente, quanto mais rápido resolver esse assunto, mas rápido voltarem aos planos principais. — Dipper estreitou os olhos. — Não demore. — Falou intimidante fazendo Will engolir seco e se levantar rapidamente.

Em suas mãos uma dimensão se abriu, pequena e compacta, porém não era a dimensão que queria ir então procurou rapidamente demorando breves segundos para achar; curvou-se e em um estralar de dedos se teletransportou para a dimensão de seu irmão. Logo sentiu na pele a mudança de clima e tempo causando-lhe um arrepio em seu corpo.

O céu estava claro sem nenhuma nuvem e o sol brilhava intensamente, uma brisa leve e gélida mostrava que o dia estava começando.

Estava flutuando enquanto observava tudo ao seu redor, constatou que nessa dimensão tudo parecia ter mais vida, ser mais colorido, ser mais alegre, bem diferente da sua dimensão e isso o alegrou.

Pousou em uma trilha na floresta por estar perto de mais de uma cidade — pequena por sinal — e tudo o que menos queria era ser visto, mas mal começou a andar e já ouviu passos apresados vindo em sua direção, rapidamente se escondeu camuflando-se com a natureza.

Era cedo demais para se enturmar.

— É tão difícil parar e me explicar o que está acontecendo? — A voz era parricidíssima com a do seu senhor, só com um toque de vida a mais além de estar irritada.

— Eu senti... — Disse o outro ser olhando em tudo o que era lugar. — Um acumulo de energia incomum por aqui...

— Acumulo de energia? Seus poderes não estão fracos para poder sentir isso?

— Estão, mas qualquer ser não-natural sentira isso.

Merda.

Após alguns minutos de conversa Will acabou reconheceu aquela voz, seus olhos se encheram de lágrimas por finalmente reencontrar seu irmão. Estava tão emocionado que acabou se resvalando e indo para o chão, desmanchando sua camuflagem mas isso tampouco importava, tudo o que queria nessa exato momento era poder abraçar seu irmão.

Silêncio e observação.

— Will? — Falou Bill com uma voz baixa, porém surpresa. De todos os seres que pensava encontrar ali, Will seria a última opção.

— Bill! — As lágrimas não paravam de sair e correu desastradamente para perto do mais velho e o abraçou forte.

Imaginava que seria emocionante o seu reencontro, só não esperava que viesse a chorar tanto por alguém que, infelizmente, nunca demostrou se importar com ele.

— É... — Dipper comentou pasmo. — Hoje o dia começou bem!

Depois do momento de surpresa Bill o abraçou forte, por mais que nunca dissesse algo bom ou demostrasse que se importava, jamais deixou de se preocupar com o mais novo. Tanto é que seu real motivo para que quisesse dominar aquela dimensão seria para trazer Will para morar consigo sem ser capacho de ninguém, mas infelizmente, sua ganancia por poder lhe ofuscou totalmente.

— Will o que faz aqui? — Perguntou incrédulo, raramente ele saia da sua dimensão e ia para as outras, sentiu que o outro estava mais calmo e que havia parado de chorar.

— Eu... Eu... — Tentou falar se afastando do mais velho, não sabia se devia contar que estava em uma missão, estava tão confuso, sua mente não parava de pensar no que devia falar, no entanto, assim que colocou seus olhos em Dipper, tudo ficou branco. — Oh...

Em passos cautelosos se aproximou do ser que era a cópia perfeita de seu mestre. Dipper estava analisando os movimentos de Will, seu olhar foi redirecionado para Bill e depois para seu irmão.

— Você é tão parecido com meu mestre. — Disse sorrindo minimamente. — Só que mais alegre. — Levou sua mão até os cabelos de Dipper, mas logo se retraiu quando o mesmo deu um passo para trás. — Desculpe-me.

Por que sentiu a vontade de toca-lo?

Afastou-se constrangido indo para perto de Bill que o fitava tentando entender suas palavras, afinal, como assim Dipper era parecido com seu mestre? Nunca chegara a ir até a sua dimensão, então estava desconexo.

— Então... — Comentou o de cabelos parcialmente loiro.

— Então o que? — Will o olhou confuso.

Dipper sorriu.

— Vai me contar o porquê de estar aqui? Sei que não é para me visitar, infelizmente. — Disse cruzando os braços. Lamentavelmente sabia que seu irmão não era o tipo de ser que lhe visitava com frequência simplesmente por sempre trabalhar para seres desprezíveis.

Ele nunca aprende.

— Ah... É que... — Olhava para todo o lado, tentando achar as palavras certas para serem ditas sem colocar sua missão em risco.

— Machucado... — Dipper disse indo até ele e pegou em seu pulso. — Você se machucou... —Observou o ferimento que se encontra na mão e sorriu, não era nada grave mas precisava de tratamento.

— Eu...

— Vamos para minha casa, vou cuidar desse machucado e quando se sentir confiante para responder a pergunta de Bill é só falar. — Esclareceu puxando levemente o braço de Will em direção a sua casa. — Não precisa ter pressa.

O Pines mais jovem percebeu que nos olhos dos de cabelos parcialmente azuis não havia nenhuma malicia, eram tão diferentes do de Bill que se assustou quando este se aproximou. Estava contente em saber que nem todos os demônios eram malvados, eles só carregam um fardo muito grande.

Não deveria tirar uma conclusão tão precipitada.

Dipper deu uma piscada amistosa para Will que ruborizou completamente, os de cabelos parcialmente loiros rolou os olhos para a cena e mordeu o canto dos lábios, odiava quando Pines era tão gentil com pessoas desconhecidas.

Sem mais questionar o irmão mais novo de Bill aceitou a ajuda de Dipper, e durante todo o trajeto para a casa do mesmo ele permaneceu em silêncio, apenas ouvindo e rindo das inúmeras discussões entre eles.

Pareciam até um casal, pensava Will.

— Se você quiser me prender, vai ter que saber me soltar. — Disse Dipper estreitando os olhos em desafio.

— Oh, agora é assim? — Bill falou com uma malicia nos lábios que até Will estremeceu, olhou para Pines que estava tão vermelho quanto um tomate.

— Não foi isso que eu quis dizer, seu pervertido depravado. — Desviou o olhar para não ficar ainda mais vermelho. — Quero definição, explicação...

— Hm, é um paradoxo.

— Eu sei que é um paradoxo. — Disse voltando a encara-lo quando sentiu suas bochechas menos vermelhas.

— Então por que queria uma definição, idiota? — Se exaltou.

— Eu quero a definição da frase, não o que ela é! — Dipper começou a levantar a voz novamente.

— Que? — Bill já não estava entendendo mais nada, que aliás, nem sabia como a conversa de paradoxo começou.

Haviam chegados até que rápidos na cabana de mistérios.

— AH, esquece. — Disse Dipper empurrando a porta já que dificilmente ela estaria fechada.

— Lembre-se que foi você que começou, pinheirinho. — Comentou Bill debochadamente, ganhando um olhar homicida do Pines mais novo.

Dipper suspirou e ainda segurando levemente o braço do outro o guiou até a cozinha, pedindo para ele se sentar enquanto achava o kit de primeiro socorros.

— Nem sei porque estava cuidado do ferimento dele, nós podemos nos curar rapidamente. — Disse o mais velho se encostando no patente da porta.

Pines virou-se para ele, cruzou os braços e sorriso cinicamente.

— Ah é.... Então aquele dia você não se curou por pirraça?

— Merda. — Murmurou enquanto fazia uma auréola sobre sua cabeça, fingindo ser inocente naquela história.

Dipper balançou a cabeça em negação, mas logo riu. Não sabia como ele aguentava Bill vinte e quatro horas por dia. Finalmente achou o kit de primeiro socorros e se aproximou sorrindo amigamente.

— Espero que você não seja irritante como ele. — Apontou para Bill que simplesmente piscou maldosamente para ele.

 — Ah... Não! — Falou levantando os braços na altura dos ombros e balançando levemente.

— Ele é um medroso chorão! — Comentou o mais velho sendo recompensando com um olhar recriminatório.

— Bill Cipher... — Dipper começou mas foi cortado.

— Ele tem razão, não precisa brigar com ele se está certo. — Disse com lágrimas nos olhos, fazendo o coração de Dipper apertar. Levou de suas mãos até embaixo do olho esquerdo de Will e limpou a solitária lágrima que tentava escorregar para seu rosto.

Por que você está tão sentimental com esse Dipper, Will?

— Não precisa chorar, Will. Eu vou cuidar de você. — Pronunciou o Pines abrindo ainda mais seu sorriso, fazendo o de cabelos parcialmente azuis corar e sorriso da mesma maneira.

— Obrigado. — Agradeceu sentindo suas bochechas ficarem cada vez mais vermelhas, como queria que seu mestre lhe tratasse dessa maneira. Embora isso lhe deixaria ainda mais apaixonado.

Bill limpou a garganta e lançou um olhar homicida para Dipper, que apenas mostrou a língua.

— Olha quem tá com ciúmes. — Provocou desmanchando seu sorriso cortês para formar um de deboche.

— Sou ciumento mesmo, e se eu perder o ciúmes, provavelmente perdi o sentimento também. — Disse alto fazendo Pines corar, que aliás, odiava quando ele fazia isso. Falava de seus sentimentos tão abertamente que sentia certa inveja, mesmo estando namorando com Bill há três anos, ele dificilmente falava o que pensava de seus sentimentos.

Dipper achou melhor ficar quieto, não tinha o que argumentar então pegou uma gaze e passou agua oxigenada nela, pegou a mão de Will e passou no ferimento. O Cipher mais novo não emitiu qualquer ruído, já estava acostumado com a dor e aquilo não era nada comparado ao que passava pelas mãos de seus mestres, mas era impossível não sorrir quando estava sendo cuidado por alguém que tinha um coração tão nobre.

Porém, mal sabia Will que todos os seus movimentos estavam sendo observando por Dipper Gleeful na outra dimensão. Queria ter certeza que seu demônio não iria se atrapalhar em concluir sua missão, mas não imaginava que estaria se correndo tanto por dentro.

Seus olhos azuis estava mais florescente do que o normal, uma raiva fora do comum estava dominando seu corpo pelo simples fato de Will sorrir de maneira tão afetuosa para o seu “eu” de outra dimensão. Além do próprio estar cuidado com tanto zelo o seu escrevo.

Ódio, raiva, estavam concentrados nas pupilas de Dipper, sentia uma vontade sem igual em torturar Will por tamanha ousadia, seus sorrisos era restritos a somente para si e queria matar seu eu por arrancar sem nenhuma dificuldade aqueles sorrisos.

Observava tudo através de um espelho mágico que se encontrava em seu quarto, estava sentado em uma poltrona, fechava suas mãos fortemente, cravando suas unhas em sua pele deixando marcar profundas. Ao seus pés escorria um liquido vermelho: Vinho e um pouco afastado estava a taça quebrada que Dipper simplesmente lhe lançou contra o chão para extravagar sua raiva.

O que não deu muito certo.

— Ora, como é difícil vê-lo com raiva. — A voz de Mabel ecoou pelo quarto, em passos relaxados se aproximou do irmão e ficou olhando a cena que presenciava. — O que tanto lhe irrita, meu irmão? — Indagou pouco confusa, não conseguindo assimilar o que o espelho lhe mostrava com a raiva que Dipper estava sentindo no momento.

O mais novo suspirou fechando os olhos, não podia conta que estava com uma cólera enorme pelo seu servo, Mabel ficaria louca por ter acertado mais uma vez sobre seus sentimentos.

Não havia muito tempo que sua gêmea o indagou sobre os reais sentimentos ocultos que estava tendo para com Will, claro que ele simplesmente negou e ignorou, mas ela insistia e afirmava que seus olhos ganharam um novo brilho quando qualquer coisa se relacionava com o mais velho.

Mabel analisava a expressão de Dipper e conectava com as imagens que apareciam no espelho, seria um erro fatal dizer que ela era apenas uma mulher mimada, a gêmea Gleeful era extremamente inteligente quando lhe era conveniente.

— Está com ciúmes do Will por causa do seu eu da outra dimensão. — Concluiu com um sorriso vitorioso nos lábios.

— Não estou. — Foi curto e grosso como uma navalha, ainda permanecendo com os olhos fechados.

— Oh, e esse tom de voz aí? — Debochou indo para perto do irmão.

— Normal.

— Normal? ‘Tá bom! — Sentou-se no braço da poltrona e ficou olhando para o rosto inexpressivo de Dipper. — Não vai admitir, não é?

O mais novo abriu seus olhos e a encarou por breves segundos, ele escondia qualquer indícios de sentimentos em suas íris, não podia se deixar ela vencer, embora aquele maldito sorriso vitorioso ainda desenhava seus lábios carmesim.

— Não tem o que admitir, Mabel. — Disse baixo, mas firme.

A mulher afastou fingindo estar derrotada, foi para a porta que dava acesso ao quarto do irmão e virou-se para o mesmo.

— O ciúme nasce sempre do amor, mas nem sempre morre com ele*. — Deu uma piscada divertida e saiu, deixando aquela frase no ar e gravada na mente de Dipper.

Ele não estava com ciúmes, apenas estava com raiva do seu eu da outra dimensão trata-lo com tanto zelo fazendo o mesmo sorrir de maneira que nunca havia visto antes, uma maneira que poderia dizer que era apaixonante.

Will estaria apaixonado pelo seu eu da outra dimensão?

Esse pensamento faz Dipper cravar novamente suas unhas em sua pele e seu estomago revirar, uma de suas mãos entrelaçou com seus cabelos e os apertou forte.

Isso não era ciúmes, era apenas o medo de perder aquele demônio que sempre lhe olhava com tanta devoção.

Seus olhos azuis florescente se voltaram para o espelho recomeçando aquela tortura de ver aqueles lindo sorrisos voltados para outra pessoa.

Dipper Gleeful poderia ser considerado um masoquista da pior espécie.

 

Bill ainda estava com cara de poucos amigos, era ciumento com qualquer um que chegava perto de sua propriedade —Dipper odiava ser chamado de propriedade e isso resultou em uma separação que deixou o mais velho extremamente culpado e jurou jamais falar tal coisa — e mesmo com Will não seria diferente, porém com o seu irmão ele não tinha vontade de mata-lo independentemente do que pudesse fazer.

Dipper finalizava o tratamento da ferida e por mais que o demônio de cabelos parcialmente azuis insistisse que não precisava, o Pines ignorava todos os seus protestos.

— Eu poderia me curar, não havia necessidade de fazer isso por mim. — Comentou com seus olhos focando o chão.

— Eu sei... — Estreitou seus olhos na direção de Bill e ainda mantinha a auréola sobre a cabeça. — Mas isso não foi incomodo algum. — Ganhou um olhar gentil de Will e sorriu ao ver as bochechas dele ganharem um leve tom avermelhado.

Maldito...

Will Cipher era uma graça, fofo e gentil, enquanto Bill era um sádico pervertido. Dipper estava se segurando muito de não ir lá e apertar aquelas bochechas rosadas. Guardou o kit de primeiro socorros na última estante sem maiores problemas, porém acabou pisando em falso e só não foi para o chão porque Bill foi mais rápido.

— Desde quando você é tão desastrado? — Indagou com falsa irritação.

— Desde que você entrou na minha vida... — Murmurou baixo mas logo corando fortemente ao constatar que acabou dizendo em voz alta, não em pensamentos. — Não, quero dizer... — Foi interrompido por um castro beijo do mais velho.

— Bom saber. — Bill sorria contente com a revelação. Tentou outro beijo, mas Dipper virou a cara e argumentou que estavam com visita e que seria falta de respeito fazer isso na frente dele.

Will apenas observava tudo com uma admiração estampada em suas íris azuis, mas também com uma leve tristeza ao pensar que jamais teria essa relação com seu mestre, afinal, ele era algo inalcançável e intocável.

Você que pensa...

Após inúmeras investidas mal sucedidas o mais velho desiste e vai para o canto do cômodo com uma expressão de cachorro sem dono, mas Dipper já estava acostumado com aquela atitude infantil e apenas revirou os olhos.

— Eu... — Começou ganhando olhares curiosos sobre si. —Eu estou em uma missão para meu mestre. — Brincava com seus dedos enquanto sentia-se a vontade e confiante para falar o real motivo de sua ia para aquela dimensão.

— Que missão? — Indagou Bill.

— Hm, ao que parece encontraram energia parecidas com um livro, um diário para ser mais exato, nesta dimensão. — Levantou as mãos e fez um holograma parecido com o diário. — Se parecem com isso.

Bill e Dipper se olharam confusos e supressos, afinal, há seis anos quando o mais velho tentou dominar o mundo ele acabou queimando os diários e agora seu irmão estava atrás de um.

Estranho.

— Pra que exatamente o seu mestre quer os diários? — Dessa vez foi o Dipper a questiona-lo.

— Infelizmente eu não sei lhe responder. Desculpe-me.

— Não tem problema, mas bem, esses diários foram destruídos há seis anos. — Esclareceu o Pines mais novo.

— Ah sério? Ter certeza? — Exaltou levantando-se da cadeira e recebeu um aceno positivo de Dipper. — Então minha missão terminou?! — Disse com uma voz fraca e triste, não queria voltar agora sendo que mal chegou.

Bill e Dipper se encaram e entenderam seus olhares.

— Você não precisa ir agora. — Falou Bill. — Você mal chegou e faz tanto tempo que não nos vemos, por que não fica alguns dias aqui?

Dipper sorriu caloroso no intuito de fazê-lo aceitar a proposta de seu namorado e ao mesmo tempo contente pela atitude do mesmo.

— Eu não posso...

— Um dia no máximo, não será o suficiente, claro, mas para um começo é melhor que nada. Não acha? — Insistiu o mais novo dali. — Seu mestre não vai ficar de olho em você vinte e quatro horas por dia, ele com certeza tem coisa melhor para fazer enquanto espera seu retorno.

Acho que não...

Will olhava para os olhos de Dipper e depois para os de Bill, ambos estavam claramente demonstrando o quanto queriam que ele ficasse e após algumas insistências a mais acabou-o convencendo. Como poderia resistir aqueles dois?

— Acho que um dia não faria mal a ninguém! — Comentou Will corando levemente, já que receberá sorrisos gentis.

Mal sabia que o pequeno demônio acabou assinando sua própria sepultura, Dipper Geeful não tinha deixando de observa-lo e de ouvi-los, sentiu seu corpo esquentar e uma raiva querer lhe dominar. Ansiava em ir até aquela dimensão e matar seu eu de lá e trancafiar Will em uma masmorra que somente ele saberia onde era.

— Você gosta de algodão doce? — Indagou o Pines mais novo se aproximando do de cabelos parcialmente azuis.

— Eu nunca... Comi.

— Sério? Isso é ótimo. Daqui a pouco vai começar um festival em comemoração ao aniversário da cidade, e vai ter várias coisas legais lá. Que tal irmos? — Sugeriu ganhando um olhar brilhoso por parte do demônio mais novo.

Não.

— Eu gostaria. — Disse Will com uma voz ansiosa.

——

O demônio de cabelos parcialmente azuis estava admirado com as festividades que encontrava, algumas eram tão simples que lhe fazia ficar ainda mais admirado. Bill e Dipper andavam de mãos dadas, recebendo vários olhares orgulhosos e pouquíssimo discriminatórios, todos já sabiam do relacionamento deles, afinal, Bill sempre foi muito alvoraçado.

Venha logo.

Em praticamente todas as barracas o demônio mais novo interagia, ganhando alguns prêmio e perdendo alguns por simplesmente ser desastrado, era uma pena, aquele unicórnio azul de pelúcia estava lhe chamando tanto a atenção.

Eu posso dar tudo o que você quiser.

Em praticamente toda a sua existência, nunca esboçou tantos sorrisos como estava fazendo naquele único dia. As conversas que tinha com o casal de namorados eram tão boas que estava se sentindo extremamente à vontade, se esquecendo das torturas e sofrimentos que já passará.

Se esquecendo de mim?

— Hey Will, vem cá. — Mabel o puxou pelo braço. Eles haviam a encontrado no festival e acabaram contando tudo o que houve para ela, seus olhinhos negros brilharam com a história e ainda mais por saber que Will era mais delicado que seu irmão.

— Ah, senhorita Mabel. — A gêmea Pines parou abruptamente de andar e lhe encarou com uma séria expressão falsa.

O demônio recuou um pouco.

— Não precisa me chamar de senhorita. — Sorriu abertamente, livrando-se de qualquer indícios de maldade. — Somos amigos e não precisamos dessa formalidade toda.

Will corou timidamente e sorriu.

— Certo.

— Yeah, vamos que eu te quero apresentar uma amiga. — Falou voltando a puxa-lo e desviando-se das pessoas que andavam contra eles e que estavam no meio do caminho.

Não demoraram para encontrar a tal amiga de Mabel e Will não pode deixar de pensar em como ela era bonita. Seus cabelos era longos e escuros, seus olhos eram de um azul claro e sua pele era branca e vermelha nos lugares certos.

— Will essa é Lux. — Apresentou fazendo-os chegarem perto. — Lux esse é o Will.

— Prazer. — Ambos falaram ao mesmo tempo, rindo depois timidamente.

Mabel sorriu de ponta a ponta.

— Bem vou deixá-los a sós. — Disse se afastando vagarosamente deles. A gêmea Pines decidiu juntar esse casal pelo termino recente do namoro de Lux, e mal conheceu Will e já percebeu o quanto ele era amoroso e fofo, combinando perfeitamente com ela.

Pena que Mabel não sabia que o coração de Will já estava a mercê de alguém.

— Vamos nos divertir? — Perguntou Lux sorrindo gentilmente, o demônio sorriu corando um pouco e concordou levemente com a cabeça.

Errado, isso está errado.

Realmente Will não pensava que iria se divertir tanto com a mulher de cabelos escuros, ela era inteligente e alegre — embora tenha terminado seu namoro recentemente —, era quase impossível de não se a apegar com seu jeitinho, no entanto, ambos estavam com pensamentos diferentes sobre a possível relação.

Will a considerava uma nova amiga, enquanto Lux o considera um novo amor.

Inúmeras vezes ela tentou investidas mais ousadas para cima do mais velho, no entanto, ele não se tocava ou simplesmente ignorava, não sabia dizer.

Porém o que deu o ponta pé para ficar extremamente visível foi quando a morena começou a perguntar sobre seus sentimentos e se aproximar perigosamente dele afim de poder sentir aqueles lábios sobre os seus.

Estavam tomando sorvete em um lugar sem muita movimentação, sentados um ao lado do outro. Era uma bonita paisagem de pôr do sol e ela achou o momento perfeito.

Lux estava desesperada, queria encontrar alguém para que pudesse acalmar seus sentimentos em relação ao seu antigo relacionamento e Will parecia ser a pessoa certa para faze-la se apaixonar novamente sem ter medo dos riscos, pois o demônio lhe travava com uma delicadeza que a fazia se sentir tão bem e confortável, desejando estar em seus braços pelo resto da vida.

Dipper Gleeful se contorcia de ciúmes, seu coração pesava e sua mente nublava em raiva e cólera. Ele se auto torturava observando Will e suas ações pelo dia inteiro, sentia um misto de magoa e carência por aquele demônio que ao que parece, havia esquecido de si.

Porém quando viu que aquela morena não parava de se aproximar do demônio e o mesmo nem tentava lhe afastar, isso o fez tomar uma atitude bruta.

Finalmente.

— Queria saber como é o gosto de seus lábios. — Murmurou sentindo a respiração de Will contra sua pele, eles estavam próximos demais e o demônio estava desnorteado ao saber que Lux estava gostando dele.

Ninguém nunca havia gostado de si.

Iria permitir sentir seu gosto, mas antes que seus lábios se tocasse sentiu um aperto forte em seu braço lhe puxando abruptamente para longe da mulher. Olhou para o ser e arregalou os olhos, seu coração pulou e sua boca secou.

O que seu mestre estava fazendo ali?

Dipper Gleeful se teletransportou rapidamente para aquela dimensão com a ligação de seus poderes com os de Will, afinal, eles haviam feito um acordo há muito tempo mas os gêmeos Gleeful haviam lhe enganado sobre a troca de favores, o que resultou na escravidão de Will.

Não deixaria ninguém tocar no que lhe pertencia.

Os olhos de Dipper possuía um brilho intenso e homicida, fazendo um corrente elétrica passar pelo seu corpo em pavor, não por ele agora mas sim pela mulher que Dipper observava sadicamente.

Suas íris claramente demostrava o quanto queria tortura-la, o demônio sabia disso pois já viu esse brilho antes, há muito tempo... Quando ele o enganou.

— Mestre? — Chamou baixo ganhando aquele olhar para si. Engoliu seco e tentava inutilmente não tremer.

Dipper estava apertando seu braço sem delicadeza alguma, enquanto seus corpo estava um ao lado do outro e próximos de mais. Sentia a respiração pesada e compassada de Will chocar contra sua pele, seus olhos demonstrava o quando estava aflito e com medo, sua boca levemente entreaberta vermelha e por causa do sorvete.

— Hora de voltar. — Disse extremamente seco e rude, enquanto criava um pequeno portal. Deu uma última olhada na mulher, onde a fez estremecer de medo e tocou o portal, transportando seus corpo para sua dimensão de origem.

Lux ficou sem reação por longos minutos até sair correndo e encontrar Mabel — que estava com seu irmão e seu namorado—, contando-lhes tudo o que acontecendo e pedindo ferozmente que acreditasse em suas palavras.

Eles acreditavam mais do que imagina.

Só não sabia o que responder.

Bill ficou com medo por Will e desejava com todas as suas forças que ele ficasse bem. Ah, se estivesse com seu poder total, iria até a sua dimensão e lhe traria de volta.

De todos os demônios existentes, Will era o único que não merecia sofrer.

——

Após várias horas sem conseguir dormir, Dipper vai até o calabouço onde Will estava acorrentado com suas feridas ainda expostas e desacordado, as correntes azuis fluorescentes apertavam seu pulso e deixaria marcas caso não se curasse. Dipper foi até o demônio e acariciou seu rosto suavemente, não se arrependia de ter lhe chicoteado mas não o reprimiu de se curar, porém, as feridas ainda continuavam abertas.

Por que?

Após retornarem, Dipper lhe castigou com inúmeras chicotadas em suas costas, criando várias feridas no mesmo. Queria fazê-lo sentir a mesma dor que ele lhe causou, mas parecia que elas não estavam sendo o suficiente para aplacar aquele sofrimento em seu coração gélido, então passava a chicotear o pobre coitado cada vez mais forte até que se cansou e o deixou sozinho naquela sala úmida e sombria.

Com um estralar de dedos o jovem mestre fez desaparecer as correntes e com um novo estralar levitou o demônio e o guiou até seu quarto, depositando-o de barriga para baixo em sua cama. Foi até a cozinha e pegou uma vasilha, encheu de água até a metade e procurou remédios dissolventes para diluir na água; pegou dois pano branco maciou e voltou para o quarto.

Depositou a vasilha no criado mudo e sentou-se na borda da cama, pegou o pano já umedecido e começou a passar em volta das feridas de Will, tudo com muito cuidado tirando o sangue seco de toda a região. Depois pegou o outro e passou suavemente nas feridas, tentando ao máximo não fazer doer mais do que já estava.

Ouviu um gemido baixo vindo do seu servo, ele estava começando a acordar. Mexeu seus braços, mas estava tão cansado e dolorido que não fez mais nada para se movimentar, ainda mais naquela cama fofa com um aroma que tanto amava.

Seus olhos que até então estavam fechados se abriram rapidamente, observou que não estava mais no calabouço gelado e acorrentando e sim em um quarto que lhe era muito familiar.

— Não se mova. — Disse Dipper com uma voz rouca e calma, fazendo Will levantar um pouco a cabeça na direção que vinha a voz.

Mestre? — Chamou com uma voz baixíssima, seus olhos apresentavam um clara confusão e magoa. O gêmeo Geeful encarou seus olhos por breves segundos, precisava terminar de limpar os ferimentos mais raso dele.

— Mandei não se mover. — Ditou firme fingindo uma falsa irritação.

Perdão... — Voltou a baixar a cabeça e encarou o outro travesseiro com seus olhos desfocados. Queria tentar pensar em algo mas seu corpo estava muito dolorido e qualquer coisa que fazia parecia piorar.

Dipper observava os ferimentos que estavam profundos, não podia cura-lo por ainda não possuir conhecimento desse poder e nesse momento se sentiu inútil.

— Consegue se curar? — Indagou já sabendo que seria complicado para o demônio fazer qualquer coisa naquela situação.

Will piscou vagarosamente, talvez curar algumas feridas não lhe daria tanto trabalho, mas usaria suas últimas forças para se manter consciente. Fechou forte os olhos e um brilho azuis claro iluminou suas costas, várias feridas se fecharam sem deixar marca e as que permaneceram era somente desinfetá-las.

Depois desse ato o servo simplesmente apagou, sua respiração era baixa mais forte devido ao cansaço, Dipper sabia que ele ficaria bem agora e terminou de limpar os machucados mais superficiais que restaram. Não demorou muito naquela tarefa e logo que acabou levou de volta a vasilha com os panos sujos para o cozinha, estava sem paciência para limpa-los então deixaria ali até uma serva os recolher e limpar.

Voltou para o quarto e sentou-se no lado que estava vazio e ficou observando a face que antes estava dolorosa agora se encontrava serena. Levou uma de suas mãos até os cabelos azuis do outro e passou a acaricia-los, rindo cinicamente para seus sentimentos afetuosos para com o demônio.

Nunca tinha tivera medo até o dia que imaginou seu mundo sem Will. Ficou com raiva, fúria quase descontrolada quando viu aquela mulher tentar roubar um beijo seu e ele nem ao menos tentou afasta-la.

Aquilo doeu mais do que imaginava.

Sentiu suas pálpebras pesarem, retirou os sapatos e deitou virado para Will. Ficou bons minutos lhe observando antes de finalmente conseguir dormir contente ao tê-lo tão perto de si.

Finalmente...

——

Will acordou sentindo-se muito melhor, suas dores eram praticamente nulas, seus olhos permaneciam fechados e sinceramente não estava afim abri-los, desejava ficar na cama sentindo o seu conforto e sendo acariciado por aquele aroma que tanto amava.

Espere...

Quando se tocou que não estava em sua habitual quarto ou no calabouço seus olhos se abriram rapidamente. O quarto estava penumbra mas isso tampouco importou comparado a respiração quente que sentia pouco abaixo de si, engoliu seco e baixou seu olhar ficando sem reação ao ver seu mestre praticamente colado ao seu corpo.

Seu braço circundava sua cintura possessivamente e sua cabeça estava pouco abaixo de seu ombro. Seu corpo endureceu e seu coração começou a bater descontroladamente, jamais em toda sua vasta existência imaginou que estaria em uma situação como aquela.

Dipper tinha uma respiração calma, sua expressão era suave e seus cabelos estavam desalinhados, deixando ainda mais belo ao olhos de Will. Após conseguir mexer seu corpo e acalmar um pouco seu coração, o servo levou uma das mãos até a testa de seu mestre, passando levemente o dedo na constelação de leão menor que ele tinha; sempre desejara acariciá-la e mas até aquele dia nunca teve oportunidade.

Seu rosto ganhou uma leve tristeza ao se lembrar dos acontecimentos da noite anterior, não gostava de apanhar — e quem gosta? — ainda mais por alguém que tanto amava. Ser tratado com aquela frieza machucava, sangrava seu pobre e descuidado coração.

Não sabia dizer o quanto tempo ficou acariciando aquela constelação que nem percebeu que Dipper havia acordado e o encarava com seus olhos azuis inexpressivos. Era bom o carinho por isso não disse nada, apenas permitiu sentir-se, mas Will sentiu um olhar intenso sobre si e desceu seus olhos para o rosto de jovem mestre e os arregalou, tirando sua mão imediatamente de lá.

Sua boca abria várias vezes tentando se desculpar, mas não saia nenhum som. Aqueles olhos se olhavam tão intensamente que suas palavras simplesmente ficavam presa na garganta.

Dipper levantou seu tronco e apoiou sua mão que estava na cintura de Will na cama, aproximou seus rosto enquanto ainda o fitava, mas seus olhos se desprenderam dos dele e desceu até sua boca, intercalando seu olhar para a boca convidativa e para os olhos aclamativos e supressos do demônio.

— Desculpe-me, mestre. — Murmurou sentindo seu corpo se arrepiar com aqueles olhares. Dipper voltou a fitar seus olhos e se distanciou. Por mais que desejasse beijar aquela boca carnuda não o fez por motivos que nem ele sabia.

Levantou-se em silêncio e foi para a suíte fechando a porta. O coração de Will estava acelerado e cheios de falsas esperanças, por um milésimo de segundo pensou que seu mestre iria beija-lo, mas da forma que ele o castigou outrora tal coisa seria impossível. Se levantou e com suas energias praticamente renovadas se arrumou magicamente.

Não havia sido liberado, então foi até a porta e ficou esperando o jovem Geeful. Seus pensamentos começaram a lhe ofuscar, tentando entender o que estava acontecendo com Dipper porque aquelas ações não era habitual dele, talvez se arriscaria a perguntar, no entanto, era mais provável que todas as suas dúvidas fossem guardadas para si.

Seu coração acolheu um calor gostoso, por mais que fosse estranha todas as suas atitudes, não deixava de se sentir bem com elas.

Ele estava começando a lhe tratar com carinho.

Era isso mesmo?

Como estava tão absorto em seus pensamentos que não viu que Dipper já havia se arrumado e estava parado em sua frente, com uma expressão curiosa para saber o que se passava na mente de seu servo.

— Will? — Chamou com uma voz rouca. O demônio deu um pequeno pulo e se curvou, pedindo desculpa por estar distraído.

Dipper levou uma das mãos até o cabelos azuis do outro e os desalinhou um pouco, o coração de Will voltou a bater rápido e isso já estava lhe irritando por simplesmente não conseguir controlar seu corpo.

— Vamos. — Pronunciou abrindo a porta e seguindo o rumo do corredor à cozinha.

 

— Atualmente —

Will pensou várias e várias vezes em perguntar o porquê de Dipper estar tão estranho consigo, não que ele esteja reclamando, mas não era algo que poderia se acostumar tão facilmente depois de tudo o que ele lhe fez.

E após dois meses com aquelas inúmeras dúvidas criou coragem para perguntar. Mabel não estava em casa, foi provocar uma certa loira escorregadia e o tempo estava começando a ficar chuvoso e escurecer.

O de cabelos parcialmente azuis estava no chão passando a mão sobre a coleira, em nenhum momento que esteve com o acessório Dipper lhe tratou mal, e isso lhe deixava ainda mais confuso pois ele não tinha falado o motivo de quer que usar aquilo.

— Mestre? — Chamou baixo, evitando contanto visual.

— Hm?

— Por que eu tenho que usar essa coleira? — Indagou sem coragem de erguer a cabeça e lhe encarar.

— Para que não possa fugir. — Respondeu levantando-se e indo até a instante de livros, colocando o que pegou em seu lugar. A corrente ficou mais comprida conforme ele ia andando.

— Mas eu não vou fugir. — Disse o encarando de costas.

— Quero me certificar. — Retrucou virando se para Will, cruzando os braços e encostando sua costa na instante.

Se encaram por longos minutos até o demônio criar coragem para dizer algo novamente.

— Por que o senhor está me tratando com gentileza se isso não é do seu costume? — Perguntou sentindo suas bochechas corarem levemente.

Dipper estreitou os olhos em uma falsa raiva que fez o servo engolir seco e se arrepender de ter perguntado algo, se aproximou em passos rápidos e o puxou pela coleira deixando seus rostos próximos de mais.

Will sentia suas lagrimas encherem seus olhos e se arrependia até o último fio de cabelo pela sua ousada pergunta.

— Porque... — Começou Dipper, relaxando sua expressão para não criar mais pavor do demônio. Suspirou e concluiu em esclarecer as dúvidas do outro. — Porque estou apaixonado por você.

O Cipher arregalou os olhos ao ouvir a confissão, suas lágrimas transbordaram de seus olhos e ficou sem reação. De tudo o que poderia espera, essa não seria nem uma opção de tão surreal que era.

Sou viciado em você...

Dipper recolheu as lágrimas que rolavam pelo rosto pasmo de Will, não se importava em admitir isso — não mais —, ele não era medroso e após ter conhecimento de seus reais sentimentos passou a desejar que fosse reciproco.

O jovem mestre olhou para a boca de Will e pensou seriamente em beija-la, mas recuou pois não iria força-lo a fazer nada que não quisesse, dessa vez iria fazer o que seu demônio quisesse.

Iria ser totalmente paciente caso necessário.

Estava difícil absorver aquela situação sem pensar que tudo não passasse de um sonho, seu mestre, no qual tinha uma paixão intensa e guardada a sete chaves em seu coração, acabou se declarando fazendo seus sentimentos serem recíprocos.  

Sua mente estava em branco e estava com vários pensamentos ao mesmo tempo, estava entrando em curto-circuito. Aquilo era uma brincadeira? Não podia ser verdade que Dipper Gleeful estava apaixonado por um demônio desastrado e chorão.

Só podia ser uma brincadeira de mal gosto.

Dipper voltara a se sentar em sua poltrona, esperando pacientemente a resposta de Will, por fora estava inexpressivo mas por dentro estava ansioso e receoso.

— Está brincando comigo? — Indagou Will o encarando com seus olhos ainda lacrimejados, medo, aflição, angustia estão todos misturados em suas lágrimas.

— Olha bem para meus olhos Will, por que eu estaria brincando com você sobre sentimentos? — Contra argumentou pouco grosso. — Nunca fiz nenhuma brincadeira relacionada a eles e não seria hoje que eu irei começar.

— Então... Então por que você me torturou aquele dia? — Estava atordoado e com medo, parte de seus sentimentos achava que Dipper estava apenas se aproveitando e brincando com ele.

— Porque queria te fazer sentir a mesma dor que eu senti quando te vi quase ser beijando por aquela mulher e você nem ao menos tentou afastá-la.

Engoliu seco, foi por isso então que ele apareceu irritado e o trouxe de volta para sua dimensão.

— Estava com ciúmes? — Disse se levantando e parando na frente dele. Seus olhos brilhavam em um misto de felicidade e receio.

Dipper sorriu cinicamente.

— Preciso responde isso? — Perguntou apoiando seu queixo em sua mão e cruzando as pernas, deixando imponente mas sexy ao mesmo tempo.

Irresistível.

O jovem mestre pegou na corrente e puxou, fazendo seus rosto ficarem próximos novamente.

— Você me pertence, mas não quero te forçar a nada. Não seria vantajoso para mim! — Disse enquanto passava sua língua em seus lábios, tentando acalmar seu desejo de atacar aquela boca e sempre vinha de bom agrado para perto da sua.

Soltou a corrente deixando Will livre para se distanciar, mas isso não aconteceu. Continuavam próximos e se mantivesse assim não saberia se resistiria por muito tempo.

— Então, o que quer? — Pronunciou levando em conta que o outro não dissera nenhuma palavra ou emitiu qualquer som.

Que pergunta boba...

Will tomou uma atitude ousada, sem desfazer o contato visual o demônio levou uma de suas pernas ao lado da do seu mestre, apoiando sua canela no fofo estofamento da poltrona, fez isso com a outra perna. Todos os movimentos eram calculados e lentos, tornando o desejo ainda mais intenso.

O servo ficou um pouco maior que o mestre e suas mãos foram para os ombros do mesmo, sem mais rodeios, Will se sentou em seu colo ganhando um suspiro forte como recompensa.

Aproximou novamente seus rosto que estava corado fortemente, jamais imaginou que tomaria uma atitude tão ousada como aquela, não se arrependia e sim desfrutava de cada segundo.

Eu quero você. — Disse com um brilho de desejo nos olhos, uma das mãos que estava no ombro alheio foi até os lábios sedentos de seu mestre e isso foi a gota d’água para ele.

Dipper estava no seu limite máximo.

Em um rápido movimento puxou Will para mais perto selando seus lábios enfim, o braço apertou a cintura do demônio trazendo para mais perto ainda o outro braço que estava livre, a mão se enterrou nos cabelos escuros do mesmo e os apertou forte fazendo Will escapar um gemido baixo, abrindo a boca permitindo que sua língua invadisse aquela cavidade quente e acolhedora.

Delicioso...

O beijo se tornava cada vez mais intenso, lascivo, aclamativo, era como se fosse a última coisa que fariam antes de morrer. Línguas travando uma árdua batalha por espaço e poder, embora ambos já soubesse quem seria o vencedor.

Seus corpos estavam começando a ficarem quente somente pelo beijo, o cômodo estava abafado, o corpo de Will começou a se mexer conforte os movimentos de sua língua: sedento e impetuoso.

Apartaram o beijo pela necessidade em buscar ar, onde seus pulmões estavam ardendo pela ausência de oxigênio. Encaravam-se ofegantes, Dipper trouxe sua mão dos cabelos do outro até seus lábios e os contornou desejando-os novamente, em suas íris ambos tinham mistos de sentimentos e podiam ser destacados claramente.

Desejo, paixão, luxuria e amor.

— Eu quero você. — Repetiu a frase carregada de amor, Dipper escondeu seu rosto no peito do outro e lhe abraçou forte.

— Não peça isso. — Murmurou sentindo seus cabelos serem acariciando gentilmente.

— Por que? — Falou pouco triste, ele não o queria? Por que se declararia para depois o recusar dessa maneira?

Não entendia.

O jovem Gleeful permaneceu em silêncio por alguns minutos, Will não tinha conhecimento do quanto ele o desejava, do quanto aqueles sentimentos estavam se intensificando e lhe dominando.

Estava a mercê do amor.

Uma vítima do grande male dos contos de fadas.

Que estava se tornando realidade.

Se afastou minimamente para poder olhar aquelas lindas íris azuis, sua mão voltou para seu rosto acariciando meigamente.

— Você não tem noção do quanto que eu te quero. — Colou suas testas sem perder o contato visual. — Estou me segurando muito para não cometer nenhuma loucura, então não peça isso.

— Em nenhum momento em pedi para que se segurasse. — Ditou firme. — Eu te amo e te quero, e tudo que eu te peço é: ama-me do seu jeito.

Will não tinha conhecimento do poder de suas palavras, não sabia o quanto elas era uma lei que não podia-se burlada nunca e Dipper acatou isso avidamente. Voltou a selar seus lábios nos do demônio profundamente, apaixonante, se Will queria que não se segurasse assim seria só esperava que aguentasse tudo o que estava tramando.

 Com uma força que o de cabelos parcialmente azuis jamais imaginou que teria, o jovem mestre se levanta com seus braços em sua cintura e começa a caminhar em passos cautelosos. Will teve que prender suas pernas na cintura de Dipper para não cair, pois não esperava aquela atitude.

O gêmeo Gleeful abriu a porta sem mais problemas, aproveitando um pouco do poder que tinha e por isso não deixou de apertar os lugares que suas mãos percorria. Prensou o corpo do servo na parede do corredor e desceu suas mãos sem vergonha nenhuma até as redondinhas e durinhas nádegas do mesmo, apertou forte e foi recompensado com um gemido alto, mas abafado por ainda não terem apartado o beijo.

Se separaram por falta de ar novamente, mas Dipper dirigiu seus lábios para o pouco pedaço de pescoço que estava exposto e chupou, fazendo Will gemer mais uma veze, só que baixo. Voltou a beijar aquela boca viciante e o levou para o quarto, que ficava no cômodo ao lado do escritório que estavam até então.

Ainda aproveitando do seu poder trancou a porta para que ninguém pudesse lhe interromper, jogou Will na cama rompendo o beijo de maneira bruta, o que fez lhe olhar confuso; permanecia em pé porém com um de seus joelhos em cima da cama, sorriu ao ver o rosto corado do ser que limpava o canto da boca timidamente e que lhe olhava intensamente mas duvidoso.

— Confia em mim? — Indagou sério, precisava da total aceitação dele.

Will pendeu levemente a cabeça para o lado em incredulidade da pergunta.

—Sim, mestre.

Dipper se distancia e foi até o guarda roupas — enorme por sinal —, o demônio se senta cama observando cautelosamente o que o outro estava fazendo e continua com uma expressão de confusão em seu rosto e pirou quando seu mestre tirou uma caixa mediana preta e volta para onde se encontrava.

 — Mestre? — Chama mas recebe um sinal para permanecer em silencio.

O jovem mestre abriu a caixa mas não permitiu que o demônio enxergasse o que tinha dentro, a única coisa que ele pode ver é quando Dipper tirou de lá uma fita preta, grossa e comprida.

— Vamos começar com algo leve. — Disse mas isso não esclarecia nada para o pobre coitado do Will. Dipper volta a beija-lo com luxuria e tesão, mas durou apenas breves minutos antes se afastar minimamente e vendá-lo suficientemente forte. — Se tirar a faixa irei te castigar. — Ameaçou roucamente em seu ouvido e o sentiu estremecer, mordeu o lóbulo e se afastou.

O demônio concordou com o balançar da cabeça com um certo medo de ser castigado, sentiu a mão de seu mestre em seu peito lhe forçando para trás, sem reclamações ou relutância deitou-se, notou que ele as passava por todo o seu tronco levemente mas parou no primeiro botão de seu blazer azul e preto.

Em cada botão que desabotoava Dipper passava a mão pelo seu tórax e o apertava possessivamente, quando terminou apenas o abriu a peça de roupa, esparramando o blazer aberto na cama.

Estar vendado era algo estranho e novo, Will não sabia o que poderia acontecer e não sabia o que esperar, mas apesar de tudo estava gostando daquelas sensações que pareciam ter ficado mais prazerosas com a privação da visão.

Dipper voltou a mexer na caixa e retirou de lá um vidrinho escuro e mais uma faixa preta, porém fina, subiu sua mão para a gravata estralando os dedos fazendo desaparecer a coleira que ainda permanecia em volta do pescoço do outro, e assim que desapareceu, retirou a gravata borboleta, a jogando em um canto qualquer da cama.

O gêmeo Dipper subiu em cima de Will ficando de quatro, observou contente a face corada do mesmo e lhe beijou suavemente, intensificando aos poucos tornando aquele toque lascivo e viciante. Quebrou o contanto com seus lábios para dar atenção ao pescoço que tanto queria marcar.

Primeiro começou com beijos castros depois passou a dar chupões fortes que fazia o outro suspirar e gemer conforme, sua pele estava arrepiada deixando o Gleeful ainda mais contente. Trilhou o caminho até a boca do de cabelos parcialmente azuis com afagos suaves, chegando ao lábios, mordeu o inferior e o chupou.

Levou sua mão até a camisa social branca de Will e começou a desabotoar gradualmente conforme intercalava seus beijos entre os lábios e o pescoço alheio. O demônio começava a gemer baixo, estava começando a ficar visivelmente excitado com todas aquelas caricias. 

Quando chegou na metade Dipper pegou a outra faixa preta e amarrou os punhos do demônio e os deixou acima da cabeça.

— Deixe seus braços quietinhos aí em cima. — Falou passando seu dedo nos lábios vermelhos do outro.

Dipper passou suas unhas levemente no peito parcialmente desmudo de Will, onde o mesmo se arrepiou fortemente cravando suas mãos no lençol, a sua pele era tão branquinha que era fácil de marca-la. Voltou a terminar de desabotoar a camiseta social e a abriu como fez com o blazer.

Contemplou brevemente o corpo arrepiado e quente do demônio antes de voltar a beija-lo sofregamente.  Uma mão desceu até a cintura exposta e a apertou forte, deixando uma marca levemente vermelha.

Separam por falta de ar e dirigiu seus lábios quentes para o abdômen totalmente exposto de Will; beijava castamente todos os lugares que percorria, porém os mamilos que ficavam cada vez mais endurecidos não foram agraciados por essa caricia.

A respiração de Will estava começando a ficar mais espessa e ofegante, seu corpo estava mais febril e desejava que Dipper tomasse alguma atitude mais radical, aquela lentidão estava lhe torturando muito.

— Mestre... — Gemeu ao sentir um leve passar de mão sobre sua região íntima que já estava ganhando um bom volume. Os dedos de seus pés assim como de suas mãos estavam se apertando, conforme as caricias se tornavam mais intensas.

O demônio de cabelos parcialmente azuis não via o belo sorriso malicioso desenhados nos lábios de seu senhor, que estava adorando provocar e ver seu desespero por prazer aumentar.

O jovem mestre, finalmente, passou a dar atenção nos mamilos de Will onde o mesmo deu um grito por não esperar algo molhado e quente abocanhar aquela parte de seu corpo, muito sensível aliás. Seu corpo se mexia involuntariamente e suas pernas estavam começando a se dobrarem escondendo timidamente o volume entre elas.

Dipper percebeu isso e as abaixou.

— Se voltar a levanta-las não te faço gozar. — Disse impetuosamente. — Certo?

Will acenou com a cabeça e gritou novamente quando sentiu a mão do gêmeo Geeful fechar em torno de seu membro desperto sem aviso prévio.

— Não ouvi. — Apertava e dava leves movimentos para cima e para baixo.

Suas pernas estavam loucamente querendo se levantar e fazia um esforço enorme para mantê-las abaixadas.

— Sim, mestre. —Gemia roucamente por aquele contanto e seu corpo pedia desesperadamente por mais.

— Ótimo. — Voltou a morder, chupar e beijar seus lábios vermelhos. Dipper deixou de acariciar tortuosamente o membro alheio e sobe sua mão para o botão da calça, desabotoando e baixando o zíper.

Com uma habilidade o jovem mestre retira a calça do demônio e a joga em um canto qualquer do quarto, deixando-o somente com a peça íntima. Will agradeceu mentalmente por estar vendado, pois o sorriso malicioso que o outro lhe dava o deixaria extremamente constrangido. 

Voltou a devorar os mamilos rosados e durinhos do demônio e sua mão passou a dar atenção no membro do mesmo, mas seus movimentos eram lentos e tortuosos que o fazia gemer deliciosamente alto.

Aquelas reações, gemidos, gritos estavam deixando o corpo de Dipper cada vez mais febril e a vontade de toma-lo crescia assustadoramente, porém queria brincar um pouco mais com aquele corpo tão a sua mercê mesmo se auto torturando.

Valeria a pena mais tarde.

— Mestre, por... Por favor... — Gemia quase perdendo o controle de seu corpo, era agoniante de mais estar em uma situação que seus movimentos eram quase limitados.

— Por favor o que? — Indagou roucamente no ouvido do outro, sentindo estremecer e gemer.

— Eu... Te... Eu te quero... —Dizia com extrema dificuldade.

Dipper solta uma risada baixa.

— Nós nem começamos ainda. Você está muito apressado! — Falou perigosamente perto dos lábios convidativos de Will, mas não se reprimiu de devora-los lascivamente.

Nem começaram? Ele só podia estar brincando!

Os mamilos do demônio estavam melados e vermelhos e seu pênis começou a soltar o pré gozo deixando sua cueca levemente molhada.

Queria tanto tocar seu mestre, queria lhe dar prazer na mesma intensidade que estava recebendo, mas do jeito que se encontrava dificilmente faria alguma coisa. Era tão injusto.

Com uma rapidez assombrosa Dipper retira a última peça de roupa que lhe impedia de ver todo o corpo, se Will não estivesse vendado nesse momento ele morreria de vergonha por estar tão exposto para alguém que tinha suas íris transbordando de luxuria.

A glande do servo estava vermelhinha e era lambuzada pelo pré gozo, o jovem mestre mordeu seus próprio lábios em total admiração e libidinagem, era uma pena que Will não podia se ver, ele estava tão deliciosamente irresistível com essa pele branquinha tendo várias marcar avermelhadas, seus mamilos e seu pênis se destacava por estarem rubros.

— Will, você não sabe o quanto quero te possuir agora. — Murmurou voltando a dar atenção no pescoço suculento do demônio, sua voz era carregada de tesão.

— Então venha...

— Não, ainda não. — Soltou uma risada quando Will bufou.

Sua mão voltou a estimular o membro livre do servo e por mais que sentia que seu corpo estava em brasa, sua mão continuava fria causando um prazer ainda maior em Will. Suas pernas tentavam voltar a se dobrarem e estava realmente difícil permanece-las abaixadas, seus joelhos começaram a se esfregar fortemente, enquanto seus gemidos se intensificaram.

Era tão perfeito, Dipper poderia jurar que nunca se cansaria de ver seu Will tentando desesperadamente cumprir suas ordens sabendo que seu corpo estava quase entrando em curto-circuito por seus movimento serem limitados de mais.

As mãos do demônio apertavam com força os lençóis negros e macios da cama, sua coluna estava se curvando assim como seu quadril em busca de mais contanto. Dipper estimulava Will com força e ritmo variados, ora devagar ora rápido, deixando-o louco por mais.

O jovem mestre tomou a boca do outro num beijo ofegante, mas o servo não tinha condições de corresponder com avidez por causa de seus gemidos serem soltos sem qualquer controle.

Após alguns minutos naquilo Will sentia que estava chegando ao clímax, seu corpo estava ficando pesado, sua mente ficava cada vez mais nublada e seu raciocino, lento. Como ele foi um bom garoto e cumpriu todas as suas ordens, Dipper vai lhe conceder o tão esperado orgasmo embora ainda quisesse tortura-lo mais um pouco.

Com um gemido alto o demônio finalmente chega ao ápice, arqueando a costa e agarrando com todas as suas forças os lençóis, lambuzando a mão do gêmeo Geeful, onde o mesmo a leva até a boca de Will passando um de seus dedos sobre seus lábios, fazendo-o absorver seu próprio gosto e depois o beija calmamente.

A respiração de Will estava lenta, mas ainda seu coração batia forte. A sensação pós-orgasmo era muito boa, enquanto seu corpo estava pesado outrora agora se encontrava leve e extasiado.

Dipper desamarrou a faixa de seus olhos e Will que demorou para abri-los por conta da claridade e quando o fez encarou aquelas íris ainda sedentas de paixão, mas se apaixonou ainda mais pelo sorriso que adornava seus lábios.

Por mais que seus olhos dissesse que ainda não estava saciado, seu sorriso era um fascino sem fim e isso foi algo que o de cabelos parcialmente azuis nunca tinha vira antes, ficou bobo e sorriu timidamente por perceber o quanto era apaixonado por aquele homem. 

 Mas logo aquele sorriso sumiu ao se dar conta que Dipper ainda permanecia vestido, enquanto ele estava completamente exposto.

— Roupas? — Indagou involuntariamente, sentindo seu rosto ficar rubro.

Dipper continuo sorrindo, pegou suas mãos — ainda amarradas — e as levou até seu colete azul marinho. Era um pedido mudo para ajudá-lo a se despir e Will jamais recusaria.

Suas mãos estavam tremulas por finalmente — mesmo que minimamente — poder tocar em seu mestre, desabotoava com certa rapidez livrando-se da primeira parte. Will deu um olhar sugestivo e ganhou o consentimento para continuar a desfazer os botões da camisa social preta que estava por baixo.

Era impossível não admirar aquele corpo de um Deus grego, másculo na medida certa. Dipper tinha tatuagens por quase todo o seu tronco fazendo Will amar cada uma e passar seus dedos cuidadosamente em todas elas, adorando sentir a textura de sua pele contra seus dedos finos.

As únicas peças de roupas que ainda sobrava era a gravata com amarra borboleta preta que no qual era preso por um broche com uma pedra azul clara. Tal acessório era a maior fonte de poder de Dipper, suas tatuagens colaboravam como uma harmonia e equilíbrio deles e também restavam a parte de baixo, sua calça preta.

Não cogitou em tirar aquele broche pois seria um ato de confiança porque o deixaria vulnerável, não achava que Dipper tinha total confiava em si, mas o gêmeo Geeful acabou o surpreendendo quando tirou aquela peça e a colocou no criado mundo mais próximo.

Ele tinha confiança em Will.

As bochechas de Will ganharam mais tonalidade quando viu seu mestre retirar a calça numa sensualidade que, por Deus, como queria passar suas mãos naquele corpo sem pudor. Sua respiração ficou intercortada e seus olhos não desprenderam nem por um segundo daqueles movimentos.

O demônio gemeu baixo com aquela visão do paraíso.

Dipper voltou a beija-lo e passear com suas mãos pelo corpo branquinho e suculento de Will, até chegar a sua bunda durinha e redondinha, apertando forte e ganhando um gemido alto e abafado do mesmo.

O jovem mestre deitou seu corpo em cima do demônio e passou a se movimentar contra seu membro, estimulando e deixando claro que estava com tesão por ele. As mãos tímidas de Will passava pelo seu abdômen definido e o arranhava enquanto o beijo voltava a se tornar lascivo.

Não demorou muito para que o de cabelos parcialmente azuis voltasse a ficar excitado, toda a pressão, todas aquelas caricias estavam fazendo seu corpo ficar em brasa e sua respiração ficar dificultada.

— Te quero. — Falou Dipper com um tom visivelmente desejoso mordendo o queixo alheio e descendo seus lábios para o pescoço que nunca se cansaria de marcar.

O corpo de Will estava arrepiado e levemente tremulo, a excitação que o seu lhe dava estava o deixando louco.

— O que está... Es-esperando então? — Indagou fazendo Dipper rir, achando graça a voz sofrida do outro.

— O momento certo. — Respondeu se afastando para retirando a peça íntima e ganhou um olhar luxurioso. O membro de Will estava ereto novamente, como não se excitar com um homem daquele?

Todo o seu corpo estava novamente a ativa.

Dipper voltou a se deitar por cima de Will e segurou ambos os falos firmemente começando uma masturbação lenta e tortuosa, enquanto seus lábios brincava com os mamilos endurecidos do demônio.

Gemidos e arfares eram soltos sem restrição, deixando o clima ainda mais erótico.

  O demônio sabia que se continuasse com aquilo ele não conseguira resistir por muito tempo, a mão forte prendendo ambos os pênis lhe fazia ter calafrios a todo instante e por mais que aquele ato estivesse sendo maravilhoso queria logo se unir ao seu mestre.

Queria se tornar um só.

— Mestre... Eu pre-preciso de você... — Murmurou cravando suas unhas no ombro de Dipper, não queria se desfazer tão rápido, sua mente estava nublando.

O jovem mestre pegou o vidrinho preto que havia retirado da caixa e o abriu, despejou uma boa quantidade de um líquido oleoso em seus dedos; tinha ganhando de Mabel aquele lubrificante uma semana antes de enviar Will atrás de evidencias dos diários na outra dimensão, ela alegava que em breve seria útil e que deveria guardar com carinho.

Mabel Gleeful e suas previsões distorcidas.

Dipper ergueu as pernas de Will as deixando dobrada e separadas, dando uma ótima visão daquele orifício que tanto almejava. Levou seu dedo médio até lá e não o adentrou, apenas o contornou provocando e ao mesmo tempo tentando relaxar o demônio que havia fechado os olhos com força.

— Will, olhe para mim. — Pediu mansamente e foi obedecido prontamente. Dipper beijou-lhe a testa carinhosamente e desceu para seus lábios, onde depositava beijos molhados e suaves.

Introduziu o primeiro dedo ao sentir que estava mais relaxado, ganhou um gemido baixo de desconforto. Se encararam por alguns breves segundos antes de Will lhe beijar calmamente; movimentou seu dedo circularmente que aos pouco foi surtindo efeito, relaxando a entrada.

Os grunhidos eram baixos, sensíveis, o corpo do demônio estava receoso e precisava de ter paciência.

Gradualmente os movimentos ficaram mais atrevido, penetrando-o mais fundo, tateando com cuidado o interior. As lamurias prazerosas que Will deixava escapar ficavam cada vez mais alto, seus pés apertavam os lençóis avidamente, seu corpo ia relaxando permitindo a entrada de mais um dedo.

O demônio fechou a mão em desconforto a nova intrusão. Aproveitou um pequeno descuido de seu mestre e lhe atacou o pescoço exposto, com leves, porém aclamativos beijos tirando suspiros longos do mesmo. Deu um chupão forte fazendo Dipper gemer baixo e aquilo o excitou ainda mais, pois até então nunca tinha ouvido ele gemer.

Dipper passou a fazer movimento de tesoura quando sentiu o corpo de Will mais receptível, abrindo caminho para algo maior que seus dedos. A princípio a ação era curta e leve, mas depois que observou que seus dedos já não era incomodo começou a os abrirem mais, fazendo o gemer baixo de prazer.

Gradualmente seus gemidos foram aumentando até que começara a sentir prazer demais somente com aquilo e deu um grito curto quando sentiu o terceiro dedo lhe invadir. Seus olhos lacrimejaram quando os movimentos passaram a serem mais intensos, indo atrevidamente fundos, vasculhando e procurando o ponto certo a acetar.

Will levou sua cabeça para trás quando foi pressionado em um lugar extremamente sensível. Dipper sorriu e passou a acertar aquele lugar constantemente, fazendo o demônio se contorcer em prazer e grunhir alto.

Precisava dele agora.

Mestre... — Gemeu roucamente voltando com muito esforço a fita-lo, onde este engoliu seco. — Agora... — Não precisava completar a frase para saber do que se tratava, Dipper retirou seus dedos e se posicionou melhor entre as penas alvas de Will.

— Relaxe... — Sussurrou no ouvido do servo que estremeceu.

Beijou o demônio carinhosamente enquanto, finalmente, introduzia seu membro naquele canal estreito, dando leves estocadas para entrar. Will fechou novamente as mãos e cravou suas unhas em sua própria pele com força, seus olhos lacrimejaram por não imaginar que mesmo com a preparação aquilo estava doendo.

O jovem mestre entrava devagar, observando as expressões dolorosas do ser abaixo de si e caso precisasse parava na hora, mas não aconteceu e suspirou forte quando conseguiu introduzir até a base, deu beijos carinhos por todo o rosto do servo e chupou seus lábios, esperaria a hora certa para começar a se movimentar, o que não demorou muito.

Mesmo doendo ele queria sentir seu mestre, queria lhe dar prazer tanto quanto ele estava lhe dando. Poderia ser chamado de masoquista, mas quando amamos nos se tornamos masoquistas sem nem percebemos, porque o amor é um sentimento traiçoeiro e muito volátil.

As estocadas no começo eram fracas e curtas, a fim de fazer Will se acostumar gradativamente com aquele volume dentro de si. O servo sentia o suor escorrer pelo seu corpo, sua respiração estava ofegante e intercortada. Suas mãos se abriram e foram para o abdômen de seu mestre, passando furtivamente pela sua extensão.

O quarto ficava mais abafado com o passar do tempo, os corpos se colidiam, arfares e gemidos soltos sem restrição formava a trilha sonora mais perfeita e erótica que podia existir. Os olhos de Will estavam lacrimejo-os e faltavam pouco para as lágrimas rolarem em seu rosto perfeito, e o que deu o ponta pé para elas caírem foi quando Dipper lhe estocou mais fundo, acertando a próstata fazendo que um quase grito saísse de sua garganta.

Aquele lugar lhe fazia ver estrelinhas, deixar sua visão nublada em puro prazer.

Dipper passou a acertar aquele ponto constantemente, fazendo o corpo abaixo de si se contorcer de prazer e gemer cada vez mais alto. As costa do demônio se inclinaram pelo prazer jamais sentindo antes, seus dedos se apertavam com força e suas pernas circulavam a cintura do gêmeo Geeful em busca de mais contato.

Will olhou para cima e viu como seu mestre estava lindamente erótico. O suor fazia seus cabelos grudarem em sua testa, escondendo aquela constelação tão linda. Seu rosto estava corado levemente, seus olhos com um brilho intenso azul, sua boca entreaberta soltando sua respiração quente e ofegante.

Estava hipnotizado.

Ao poucos, sua respiração tornou-se igual ao de Dipper.

Will aperta mais forte a cintura alheia a inverte as posições surpreendendo Dipper; suas unhas agora passavam devagar no abdômen definido, arranhando e deixando um rasto fino vermelho.

O demônio começou a cavalgar fortemente em Dipper, tendo este uma visão maravilhosa de seu corpo subindo e descendo, de seu rosto completamente corado, de seus lábios aclamativos e de seus olhos desejosos, obviamente não aguentaria ficar só vendo e se sentou, levando suas mãos até as nádegas de Will e as apertou, abriu-as e as fechou conforme os movimentos do outro, fazendo seu membro ser engolido naquele canal.

Acabaram acertando o ritmo perfeito, a orquestra carnal erótica ganhavam mais intensidade.  Dipper cravou seus dentes no ombro do demônio ganhando um gemido dolorido e um cravar de unhas forte em seu tórax.

— Will... — Murmurou baixo, beijando seu pescoço, sentindo seu cheiro embriagante. Por Deus, como aquele cheiro era viciante, era um droga que precisaria diariamente.

Intoxicai-me com seu veneno.

A execução daquela dança erótica estava fazendo ambos chegaram ao limite, a força de suas estocadas fundas eram demasiadamente delirantes. Will arqueava a costa descomunal enquanto sua boca não para de deixar gemidos e gritos altos, que passaram a ficarem chorosos quando seu membro começou a ganhar caricias.

Dipper passou a masturba-lo no mesmo ritmo de suas estocadas, fazendo gritar quando chegou ao seu segundo ápice. O canal do demônio acabou se estreitando o jovem mestre não aguentou e chegou ao clímax também, cravando suas unhas na bunda de Will e o preenchendo com sua essência.  

As respirações estavam ofegantes, ambos se encaravam gentilmente. Dipper colou suas testas e desamarrou as mãos do outro, ficaram por um bom tempo naquela posição, se encarando apaixonadamente.

— Eu te amo. — Falou Will amorosamente.

Depois de todas as atrocidades que ele já fez com o demônio, depois de todas aquelas torturas físicas e psicológicas, Will o amava.

Talvez não fosse merecedor daquele amor tão puro — embora Will fosse um demônio o seu amor era algo de invejar qualquer um — suas íris ganharam uma tristeza que jamais pensou em sentir.

— O que foi? — Indagou inclinando a cabeça para o lado em confusão.

— Não deveria me amar. — Murmurou tristemente.

Silêncio.

— O amor não escolhe quem amar e eu fico feliz por ter sido você. — Dipper abriu a boca para protestar, mas foi calado com um beijo castro. — Eu te amo e vou me desempenhar em faze-lo feliz!

— Não deveria.

— Não me importo. Desde que você me ame, nada mais importa.

Dipper o abraçou forte, talvez essas poucas e singelas palavras fosse tudo o que precisava para finalmente se dar conta que seu mundo jamais voltaria a ser preto e branco se Will estivesse ao seu lado, amando-o.

Qualquer ser vivo precisa de amor para sobreviver, pois viver sem amor é como viver sem alma.

— Precisamos de um banho. — Comentou o jovem mestre se retirando de dentro de Will, que estremeceu quando sentiu um líquido espesso escorrer vagarosamente entre suas pernas.

— Preciso falar com meu irmão. — Disse deitando-se manhosamente na cama.

— Por que? — Indagou tampando a caixa mediana preta e colocando no criado mudo mais próximo.

— Ele deve ter pensado que você me matou, afinal você estava bem.... — Olhou para Dipper timidamente. — Assustador.

— Não quero você perto do meu eu daquela dimensão. — Ditou enciumado criando um sorriso sutil nos lábios vermelhos de Will.

O demônio voltou a se aproximar do mestre e lhe deu um beijo na bochecha esquerda.

— Não precisa ter ciúmes, eu só vou acalmar o meu irmão e já volto. Se quiser pode vir junto, particularmente, gostaria disso. — Dipper lhe olhou um zelo e o puxou para um beijo calmo.

— Eu reluto em deixa-lo ir... — Disse quando apartaram o beijo, o demônio lhe olhou triste. — Mas, confiarei em você. Não me faça ter que te castiga-lo novamente.

Will sorriu abertamente, ah, como almejava aquele sorriso desde que viu esboçar para seu eu da outra dimensão.

— Não vou te decepcionar. — O abraçou sendo retribuído poucos segundos depois pois o mestre não esperava aquela atitude.

——

 Dois meses que Bill não dormia direito, não comia, não se concentrava em nada por estar extremamente preocupado com irmão. Dipper tentou lhe acalmar inúmeras vezes, porém ele mesmo não consegue disfarçar sua aflição por alguma resposta positiva de Will.

Atualmente se encontrava em cima da cabana de mistérios, olhando para o céu que estava começando a nublar.

— Eu vou ficar louco. — Disse baixo o de cabelos parcialmente loiros, sentindo a dor da preocupação voltar.

— Por que? — Indagou o ser que se aproximava cautelosamente.

— Você sabe... — Parou imediatamente arregalando os olhos e se virando para o dono da voz, que continha em seus lábios um sorriso gentil. — Will?

Em um rápido movimento Bill lhe abraço forte, sentindo saudades daquele bebe chorão e aliviando sua preocupação quase que imediatamente.

— Eu estou bem, irmão. — Disse enquanto via claramente aquela pergunta muda nos olhos do demônio mais velho.

— Tem certeza? Lux estava bem aflita... — Ainda não acreditava que ele estava ali.

— Estou sim, não se preocupe. — Respondeu voltando a abraça-lo novamente.

Dipper tinha acaba de chegar e foi ver como o namorado estava, mas assim que chegou ao teclado se surpreendeu ao ver aquele ser tão fofo abraçando Bill.

O Pines correu em sua direção e os abraçou, assustando ambos.

— Dipper! — Exclamou o abraçando forte. — É bom te ver.

“— Quer apanhar de novo?” — A voz de seu mestre ecoou em sua mente e que lhe fez desfazer o braço imediatamente.

— Bem, eu vim lhe avisar que estou bem e que não precisa se preocupar. — Disse sorrindo meigamente para ambos.

— Você já vai ir, não é? — Dipper indagou receoso, e recebendo um leve aceno do outro. — Tão rápido, mas... Tente vim nos visitar, ‘tá?

Era triste não poder ficar mais tempo.

— Claro. — Disse lhe abraçando novamente e depois abraçou Bill, precisava voltar logo para seu mestre antes que ele fique com mais ciúmes como da última vez. — Fiquem bem, por favor.

— Pode deixar.

Como queria ficar mais tempo com eles, mas, infelizmente, não podia por não ter essa liberdade atualmente, porém ele lutaria para conseguir.

——

O gêmeo Gleeful estava sentando em sua poltrona inexpressivo enquanto ouvia os passos de Will se aproximar.

— Demorou. — Disse friamente, mas no fundo estava com ciúmes por ter abraçado o seu eu daquela dimensão.

Will abriu a boca para falar algo, porém recuou não iria contra argumentar com ele. Ainda era seu mestre e lhe devia total respeito. O demônio se encontrava a sua frente, com um sorriso gentil nos lábios, dizendo por ele que não precisava ficar com ciúmes.

Mas era inevitável.

Em um rápido movimento Dipper lhe puxou para se sentar em seu colo, selando seu lábios em um beijo possessivo e apaixonado, onde o mesmo correspondeu na hora. Will era tudo o que ele precisava naquele momento, seu porto seguro e tranquilidade.

Na porta Mabel sorria vitoriosa com mais uma conquista, no entanto, agora precisava pensar em como conseguir fazer aquela loira maldita cair em suas graças.

Pacifica era uma pessoa escorregadia, mas ela adorava desafios e iria entrar naquele jogo de gato e rato.

Pacifica iria ser sua, uma hora ou outra.

Era só uma questão de tempo e agilidade.

I'm a slave to your games

I'm just a sucker for pain

 


Notas Finais


*François La Rochefoucauld

Dipper Reverse: http://tanosan96.tumblr.com/image/149026345892

Will: http://shourca.tumblr.com/

Música da estória: https://www.youtube.com/watch?v=E_PL0zOhu8o

Bem, espero profundamente que tenham gostado e entendido minha ideia meio maluca ;w; Estou pensando em uma longa do Bill Dip, demorara um pouco para ela sair porque estou trabalhando em um outra fanfic atualmente e pretendo finaliza-la antes de começar essa.

De qualquer forma, muito obrigada por ler e até qualquer outra <3
~sweet


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