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História Suddenly - Halloween


Escrita por: leehhikari

Notas do Autor


Era para postar antes? Era.
Depois decidi postar no dia do Halloween? Decidi.
No final estou postando agora, mas tudo bem.

Capítulo 12 - Halloween


— Papai, é Halloween... – eu digo um pouco insegura quando o vejo descendo as escadas com as roupas sociais de sempre, mas com um jaleco branco que vai até a altura do joelho. Até mesmo  o cabelo estava bem penteado.

— Eu sei – ele diz sorrindo orgulhoso. – Adivinha do que estou fantasiado!

— Professor? Cientista?

— Professor de ciências.

— Pai, é Halloween – repito dessa vez mais certa.

— Eu entendi. E o que você quer dizer com isso?

— Que assim não parece bem que vai para uma festa de Halloween. O senhor sabe, ensina história. Hoje é um dia do mau agouro.

— Sim, conheço a história, mas o que você quer dizer com isso?

— Que o senhor está parecendo exatamente igual como qualquer outro dia, tirando o jaleco.

— A Lisa vai como?

— Zumbi. Ela pediu para eu fazer a maquiagem. Aliás, tenho que me lembrar de não maquiar ela da próxima vez – digo girando meu punho, que ainda estava meio dolorida pela maquiagem feita meia hora antes no meu quarto.

— E você está de que?

Olho para as minhas vestes pretas, o cabelo amarrado em uma trança, e com um enfeite exagerado no cabelo. O cachecol da cor da escola de Grifinória, do filme Harry Potter, era para ser o suficiente para ele entender minha fantasia.

— Parvati Patil.

Ele me olha desconfiado, tentando entender o que exatamente estava falando.

— A indiana do filme Harry Potter, a que dança com o Harry no quarto filme, aquele que o Cedrico morre.

Ele arqueia as duas sobrancelhas e tenho a sensação que eles podem tocar a raiz do cabelo.

— Ah, aquela que você disse que são irmãs gêmeas, mas no filme são diferentes? – ele conclui depois de um longo tempo em silêncio.

— Essas, mas no livro elas são idênticas. Só para constatar.

— Ok, entendi, então o que quer que faça?

— Halloween... – falo mais para mim, pensando no assunto – vamos deixar esse professor meio sangrento.

Ele me olha preocupado, e eu dou uma risada fraca antes de sair puxando ele pelo pulso para o meu quarto, que ainda estava com as maquiagens e tintas espalhadas pela cama, protegido com um pedaço de papel pardo que tinha lá em cima – isso quer dizer no terceiro andar.

— Olha a bagunça que você fez Rose! – ele diz exasperado.

— Depois eu arrumo pai.

Ele semicerra os olhos, mas assente antes de se sentar na cadeira que tive que trazer da sala de jantar, porque meu quarto não tem mesa de estudo – estudo na sala de jantar, sob o olhar vigilante de papai.

Eu procuro maquiagens com uma base branca, para essas coisas mais artísticas, e vejo também um acessório que eu usei no ano passado, mas que agora não teria utilidade. Aquelas facas com arcos, que dão a impressão que atravessou a sua cabeça.

Tinta vermelha, sombras escuras e esse brinquedo – que quase me matou do coração quando papai apareceu com esse troço da faca na cabeça para mostrar o que comprou para a festa do ano anterior – é tudo o que preciso para fazer meu pai parecer menos professor.

— Pai, posso rasgar e manchar esse jaleco careta?

— Jaleco careta... – papai resmunga – pode.

Eu pego uma tesoura que usei para rasgar as roupas da Lisa que esteve mais cedo para se caracterizar para a festa de Halloween anual na Rindge, e esse ano papai vai também por minha causa, segundo ele mesmo.

Eu entendo os motivos de papai, mas algo me faz acreditar que tem algo a mais além de mim.

Todo ano ele faltava a essa festa para me ajudar na festa da escola da middle, e me levava e buscava na escola. Mas esse ano, ele vai me acompanhar, e acho que não poderia ser melhor. Mas papai está com um ar bem mais... jovial, se assim posso dizer. Eu nunca o vi desse jeito, um pouco mais empolgado com a vida.

Pode ser coisa da minha cabeça também.

Depois de quase quarenta minutos – só sei disso porque a cada cinco minutos ele perguntava quanto tempo já passou – eu lhe permito a olhar o espelho para avaliar o trabalho final, já com o brinquedo na cabeça dele.

— Nossa filha, ficou muito bom! – meu pai diz jovialmente para o espelho. – Agora tem jeito que vou para o Halloween?

— Bom, para o hospital parece que não.

Ele me olha severo por cima do ombro, e eu só posso abafar um riso.

— Para de palhaçada. Vamos, eu ainda tenho que ajudar lá.

— Ah. Mas não vai ter ninguém tão cedo.

— Os alunos do último ano sempre ajudam. Tenho certeza que alguns são atletas do vôlei.

É segunda-feira, duas da tarde e a festa só vai começar as 4:00 horas. Todos que eu conheço só vão estar no início da festa, então eu tenho quase certeza que vou ter que ajudar na decoração, mas no final apenas assinto com a cabeça.

Chego à escola junto com meu pai e vejo as abóboras decorativas (de plástico) com luzes espalhados por um caminho que vai ser levado para o ginásio principal, onde acontecem os torneios de basquete, vôlei, futsal e mais alguma coisa. Um ginásio suficientemente grande para a escola inteira entrar.

Em algumas salas do prédio principal da escola, segundo as informações, haverá atrações para Halloween. Labirintos com algumas "surpresas", salas iluminadas com velas elétricas, que podem ou não encontrar alguém para te assustar, em outros tem uma espécie de brincadeiras para se atirar crânios e abóboras iluminadas em um cesto (tem que pagar para entrar e tem algo de brinde, acho) e uma sala com aquelas câmaras de fotos, que também precisam ser pagos.

Os dinheiros arrecadados aqui vão para a escola, e alguma parte do dinheiro vai para a formatura dos alunos do último ano – o motivo deles terem que vir ajudar.

Isso é tudo o que sei, por isso enquanto papai está no ginásio, vou para o interior da escola que está mal iluminado por luzinhas coloridas, que tenho quase certeza que são recicladas dos enfeites do natal, mas são bonitinhas do mesmo jeito.

— Rose! – reconheço o Peter antes mesmo de eu ver.

— Pete! – viro me abraçando rápido com ele.

— O que faz aqui tão cedo?

— Meu pai. Ele é professor, lembra?

— Ah é. Ele veio fantasiado?

— Claro que veio!

— É estranho sabia? Ele nunca apareceu a essas festas e de repente aparece e ainda fantasiado.

— A culpa é minha – digo meio sem graça. – Ele nunca vinha porque eu tinha a festa lá na middle.

— Claro, você contou uma vez. E aí, o que você é? Harry Potter?

— Harry Potter é um garoto, se não percebeu pelo nome. E tem uma cicatriz na testa. E óculos.

— Então é aquela menina, amiga dele, Hermione?

— Não, eu queria uma personagem que eu pudesse "imitar", mas saiu um fracasso pelo jeito.

— Parvati Patil! – uma garota grita as minhas costas.

Eu me viro para olhar o foco do grito, e vejo a Vanessa, a capitã do time de vôlei.

Ela tem olhos azuis e cabelos loiros, além da pele branquíssima. Claro que ela estaria com um cachecol imitando as da Corvinal, além das vestes negras.

—Luna! – Grito feliz, e ela sorri, abrindo os braços, como se eu fosse uma velha conhecida.

Na verdade, na quadra a gente não conversa além do essencial, mas aqui somos apenas personagens.

Ela está até com o All Star colorido, como do filme e vai saltitando como a personagem, e de repente percebi que de vez em quando ando dessa maneira.

— Ah, eu não conheço nenhuma dessas personagens – Peter diz assim que ela está mais longe.

— Porque você é um trouxa.

Como não percebi esses óculos redondos parecidos até com Harry Potter? Mas o terno azul com gravata vermelha me indica que não está vestido do que pensei que fosse.

— O que é você? – pergunto quando desisto de adivinhar.

— Conan – ele diz orgulhoso.

— Que porra é essa? – algum garoto diz vindo ao lado dele, depois de se cumprimentarem com um toque de mão.

— O que exatamente? – Pete pergunta para o garoto.

— Esse tal de Con... o que?

— Conan – estou igualmente confusa como o amigo dele – Qual é, o Detetive Conan, o anime japonês.

Eu ainda o encaro meio confusa, e o Pete apenas nos avalia.

— Ah, deixa quieto, às vezes esqueço que você é o nerd dos mangás e animes – o amigo diz nos dando as costas.

Bom saber.

— Quer ajuda? – pergunto antes que ele queria puxar assunto desse tal anime, como Lisa gosta de fazer com Crepúsculo.

— Na decoração? Uma ajuda é sempre bem vinda – ele completa antes que eu pudesse responder.

Pete me guia pelas salas, e descubro que além das que eu soube, tem uma sala de videogame com fliperamas e alguns consoles que também tem que pagar para entrar – Peter disse que vai me deixar entrar em uma rodada de graça, o que duvido muito. Tem também uma sala onde os alunos da coreografia vão ensinar a dançar, e essa achei bem interessante, levando em conta que alguns dos dançarinos estavam fantasiados de aranha, Batman, vampiro, múmia (o que parece mais engraçado) e tem um Dumbledore aqui valsando com uma barba prateada falsa, mas longa.

— Hn... Prof. Dumbledore? – arrisco quando entro na sala.

— Parvati! Incrível! – ele diz rapidamente.

— Melhora a voz, você assim parece mais o Ron do que Alvo – o Batman disse para o colega.

O diretor começa a tentar deixar a voz mais parecida possível com o ator que fez o Dumbledore, e a situação toda aqui ficam bem engraçadas, e para completar, Luna entra na sala, os dois fazendo uma encenação divertidíssima, cada um pegando a essência divertida de cada um dos personagens.

— Okay, a Escola Hogreet deve se separar! – a múmia diz por cima da música.

— Hogwarts – eu, o professor, Luna/Vanessa e o Batman corrigimos.

— Okay, mas se não for ajudar, não atrapalha – o garoto completa mal humorado.

— Na verdade eu ia perguntar se vocês iam querer essa guria para ajudar aqui – Peter diz ao meu lado.

— Você sabe dançar? – Dumbledore diz curioso.

— Não. Nenhum pouco.

— Essa é das minhas – Luna diz me abraçando pelo ombro.

— Ela é atleta? – alguém fantasiado pergunta.

Não consigo identificar quem foi.

— É. Ela é levantadora. Acho que é a Campbell aqui que vai substituir a levantadora principal. Essa garota é boa de mais.

Sinto meu rosto esquentar na maçã e na orelha, e fico quieta também, sem saber para onde olhar.

— E modesta também – Peter diz colocando as mãos nos bolsos.

— Isso eu tenho que concordar.

— Olha, aqui já não tem que fazer mais nada, a gente só queria que o resto dos alunos da coreografia que sejam do último ano aparecessem – disse o garoto vestido de aranha.

— Aragogue, você dá conta – Dumbledore brinca, indicando as pernas a mais.

— E vem de novo você com esse negócio de Aragoque. Nem sei que merda é essa.

— Aragogue, sua aranha estúpida.

— Devia ser um crime não ter assistido Harry Potter – Luna diz ultrajada.

— Vocês fãs de Harry Potter são muito ficcionados – a aranha responde.

— Sabe, se você lê e/ou assiste ao filme vai entender do que estamos falando – o professor diz com aquele ar sábio que só o diretor teria.

— É um mundo mágico – Luna diz naquele tom meio vago e sonhador.

— E você se sente tão bruxo quanto os personagens – o Batman completa.

Depois de alguns segundos em silêncio, todos olham para mim, como se estivessem esperando minha opinião.

— Ah, além das explicações geniais que a JK dá a cada fato estranho que acontece no mundo dos trouxas, e de repente percebe que esse mundo mágico pode estar acontecendo exatamente agora – digo expondo minha opinião.

Os três fãs me olham sorridentes e os outros impressionados.

— Acho que vou aceitar a sessão desse filme que você sugeriu Van – o aranha diz a Vanessa.

— Obrigada – Luna diz sorridente para todos, ainda me segurando pelos ombros. – Campbell, vamos lá, eu sei de uma sala onde estão precisando de pessoas altas como nós.

Ela dá um olhar superior aos amigos mais baixos, e puxa também o Pete, que é mais alto que nós duas para uma sala mais ao fundo, onde tem aulas de química.

Os líquidos coloridos fazendo espumas e bolhas, além de fumaças, que não tenho certeza de onde está surgindo, enfeita a sala que anteriormente era de química.

— Legal né? – Luna/Vanessa pergunta quando percebe minha cara de espanto.

— Muito legal.

— Eu vi o professor Campbell meio que um cientista, vai ser legal ele vir aqui dar aquela cena. Eu só queria saber quem foi que maquiou ele.

— Fui eu – respondo olhando para qualquer lugar menos ela.

— Você? Espera, você é a filha do professor!

Eu continuei encarando a sala em silêncio, porque ela afirmou, e só então reparei que não havia morcegos pendurados, como em todas as outras salas.

— Agora que soube? – Pete diz para a Vanessa.

— Cara, mas ele nunca disse quem era exatamente, e você sabe que nessa escola deve ter quatro Campbell só no primeiro ano. Imagina a escola inteira. Essa garota também é super discreta, e nem se parece tanto fisicamente com o pai.

— Só a altura é de meu pai – respondo.

Talvez incomodada com o fato deles falarem de mim como se eu não estivesse aqui.

— Aqui, vamos colar esses nos tetos, a gente alcança com essas carteiras – Vanessa disse pegando os enfeites de uma caixa, e pegando a mesa do professor.

Começo a colar as fitas nos tetos, que é facilmente alcançado com essa carteira.

— Crianças, não vão cair daí! – ouço alguma voz adulta masculina da porta.

— Não vamos diretor! – Vanessa diz entusiasmada.

— Olá Rose! – o diretor me cumprimenta alegre.

— Oi diretor – respondo sorrindo.

De repente o diretor fez parecer que nós somos íntimos, quando nem conversei com ele.

— Seu pai veio?

— Veio. Ele disse que ajudaria lá no ginásio.

— Ah, okay, eu tenho que ir lá dar uma olhada mesmo.

— O senhor está fantasiado de que? – Pete pergunta quando pega mais alguns enfeites, e mudando o local da carteira onde ele pisava.

— De diretor.

— Como se sente trabalhando em pleno feriado?

— Cansado, mas se o senhor Madden abusar não vou ligar de dar uma suspensão.

Eu e Vanessa rimos juntas, enquanto Peter tentava se defender, fingindo ultraje. Eles sim parecem íntimos.

* * *

A festa já estava no auge, dentro da escola já estava escuro, e aqui no ginásio não está muito diferente, a não ser pelas decorações clássicas, o globo lá no centro da pista – papai disse orgulhoso que foi ele quem pendurou, como se esperasse qualquer elogio meu – as luzes já piscando, o que me deixa levemente tonta.

Encontro a professora Veronica Craig, e dou um aceno para ela. Nós nos cumprimentávamos quando nos encontrávamos nos corredores, e quando via que ela estava mais atarefada, eu a ajudava.

Algo em seu jeito delicado me fazia acreditar que ela era uma pessoa doce. E eu gostava dela.

— A Lisa veio? – papai pergunta ao meu ouvido, enquanto dançávamos juntos uma espécie de valsa, mas não chegava nem perto disso.

— Veio. Ela foi falar com algumas outras pessoas, depois ela vem comigo.

— E por que você não está com os seus amigos?

— Eu fiquei a tarde inteira enquanto decorava a escola! Estou cansada de ver aqueles morceguinhos sem caras, e os fantasminhas de lençóis.

— Certo – papai diz rindo, me abraçando durante a espécie de dança.

Somos interrompidos quando sinto alguém me cutucar tímido pelo ombro.

Me viro e vejo o Dom vestido com algo parecido com...

— Não sou o Capitão Gancho! – Dom diz como se estivesse repetindo isso sempre, como se tivesse adivinhado o que eu estava pensando. – Era para ser um pirata qualquer.

— Ah, ok, e o marujo aí atrás? – papai pergunta divertido, me abraçando de lado.

— Nem eu sei – Jey responde olhando a própria roupa. – Minha mãe disse que ficaria legal, e bem, não saiu nada de mais.

A roupa dele lembrava a do Zorro, mas sem uma capa e uma máscara. Poderia colocar duas castanholas e seria confundido com espanhol, ou então colocar um chapéu mexicano com os seus instrumentos típicos ou até mesmo se vestir de próprio Zorro. No final, marujo do navio de Dom era mais engraçado.

— Capitão Gancho e o seu marujo? – ouço Lissie vir invadindo o pequeno círculo.

— Eu não sou o... ah, esquece – Dom diz cansado, se apoiando no amigo.

— E vocês?

— Parvati Patil – digo orgulhosa de mim mesma.

— Eu sou uma zumbi, e não lembro  quem era antes disso – Lisa fala vindo ao meu lado.

— Era para ser um professor de ciências, mas... – papai diz no ar.

— Meu pai pareceu professor de mais — constato fazendo papai rir. — Aí eu ajudei ele um pouco.

— Ficou maneiro – Dom diz olhando dos pés a cabeça para o meu pai.

— Tivemos uma boa maquiadora.

— Tivemos?

— É, a minha maquiagem de zumbi também foi a Rosalinda! – Lissie intervém.

A professora Craig passou por nós, e eu a chamei para poder conferir melhor a sua fantasia.

Ela parecia as mulheres dos filmes de época, talvez uma camponesa.

— Olá — ela diz meio tímida.

— Ah, professora, quando disse daquela vez sobre meu pai, aqui está. Sei que deve conhecer... – Digo para ela apontando para o meu pai.

— Você é filha dele?

Eu assinto energicamente, e papai dá uma risada alta.

— Nossa, eu nunca adivinharia! — a postura dela muda um pouco, ficando um pouco mais expressiva que antes.

— Pois é – papai responde sorrindo amplamente.

E então entendo a minha intuição sobre a vinda do meu pai para a escola com o seu ar jovial e uma animação a mais.

— Meninos, vocês foram lá dentro? – pergunto.

— Não.

— Vamos lá. Tem até uma sala de jogos, mas tem que ter um dólar para depositar.

Lanço um olhar para Lissie indicando a conversa paralela que o papai estava tendo com a professora, e ela entende começando a me ajudar a afastar os garotos.

Ela leva Dom pelos braços, e eu encaixo o meu braço no do Jay para levar ele também, que pareciam não ter percebido o que eu e Lisa captamos.

— Aqui – digo apontando para uma sala onde tinha uma indicação toda colorida, um estudante fantasiado de caveira segurando um pote, deixando as pessoas contadas a entrarem.

— Tá cheio – Lisa diz inconformada.

— Você foi para a sala de dança? – pergunto empolgada.

— Não.

— Vamos lá agora, eu tenho que mostrar uma pessoa para vocês. Alguém viu a Vanessa? A capitã do vôlei feminino?

— Eu vi – Dom diz olhando para mim. – Ela parecia estar com a mesma fantasia que a sua... não, ela tinha cachecol azul.

— Ah, o outro que não assiste – digo um tanto chateada.

— Como assim? Corvinal? – Jay diz ao meu lado.

— É assim que se fala! – ergo minha mão em um high-five, e o garoto retribui meio risonho, meio tímido. – Ela estava de Luna.

— Cara dela – Lisa se pronuncia, que teve que assistir esse filme por minha conta, mas gosta mesmo assim. – Ela já é loira, olhos azuis, claro que seria a Luna.

— Ela está muito Luna. Tomara que esteja na mesma sala.

Entro na sala não muito cheia, e vejo aquele mesmo grupo de fantasiados e alguns a mais, além de alguns que pareciam espserar a aula de dança começar, e agora vejo um garoto com óculos redondos, cabelos loiros bagunçados, olhos verdes. Foi quase um Malfoy e quase Potter, mas ele estava vestido de Harry Potter, claro.

— E temos mais um grifinório aqui! – digo sem conseguir conter a animação. – Diretor!

O Dumbledore se levanta da cadeira, e dessa vez bem mais característico com o chapéu e uma varinha. Ficou com um ar mais sério, e mesmo com olhos castanhos, captou bem a alma do diretor de Hogwarts.

— Irado! – o Jay diz ainda ao meu lado. – Eu queria ter tido essa ideia também. E não ter ouvido minha mãe.

— Espera, agora a Vanessa tem que vir aqui! – o Batman diz animado pegando algum celular do bolso.

Nós bruxos começamos uma conversa animada com os que são fãs também enquanto esperamos a Vanessa.

— Tem mais alguém nessa escola vestido assim? – a Lisa pergunta para nós.

— Até agora só vimos estes – o diretor indica nós.

— AD? – ouço Vanessa entrando na sala. – Tirando o Mark – ela indica o Dumbledore com a cabeça – é a Armada de Dumbledore, reparou?

— É mesmo – o Potter completa.

— Eu acho que para o próximo ano eu vou combinar – digo quase entre risos.

É quase cômico ver Harry Potter, Luna Lovegood, Alvo Dumbledore e eu, Parvati Patil, em uma escola quase ao lado da Universidade de Harvard, em Massachusetts.

Começaram uma sessão de fotos, onde Jay – já com o braço livre – Lisa e Batman posavam ao lado de nós bruxos.

Depois de várias fotos, resolvemos ajudar nossos amigos e fazer algumas aulas de dança, e por conta do baile do quarto livro, eu vou dançar com Harry. Nem sei o nome do garoto de verdade, mas a gente está chamando ele de Harry. Foi o Dumbledore que mandou, então meio que não tivemos escolhas.

Não que o Harry parecesse incomodado.

Os garotos do último ano tentavam ensinar uma bananeira como eu a dançar, mas até que saiu alguma coisa, para a minha surpresa.

— Esses garotos fizeram milagre – Lisa diz cansada enquanto bebemos água.

— Como assim? – Harry pergunta entre mim e Lisa, o Jay do meu lado, e o Dom ao lado dele.

— Rosalinda é uma péssima dançarina.

— Isso eu não nego — falo rindo.

Lembro da festa de aniversário quando lembro do vovô que dança muito bem, e olho para o Harry que está entretido na conversa com a Lisa sobre minha precária dança, e peço internamente que ele não demore muito para sair, já que queria convidar Jay e Dom para a festa. E depois a professora Veronica.

Mas como ele parece que não vai fazer isso tão cedo, deixo o assunto para lá por um momento.


Notas Finais


EU ESTOU SEM INTERNET PARA POSTAR!! ESTOU MORRENDINHO AQUI...
Estou postando pela internet do celular, e não tenho certeza de quando vou conseguir voltar a postar.
Estou tentando há duas semanas, mas não deu mesmo.
Bom, o link do meu blog está nos links do meu perfil. Acho que é só.
Beijos*


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