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História Suddenly - A chegada


Escrita por: ma_muska

Notas do Autor


Segundo capitulo!! Espero que gostem! Aceito opiniões! Obrigadaaa! Bjocass

Capítulo 2 - A chegada


 Finalmente entro na sala de embarque. Algumas crianças correm de um lado para o outro no saguão sem parar. Meu coração ainda esta apertado, por que estou aqui? O desespero de não saber o que vai acontecer me mata por dentro. Minha vontade é de largar tudo e sair correndo de volta e pedir para minha mãe me levar embora. Mas sei que não posso fazer isso. É o momento que sempre esperei em minha vida, e não posso fugir mais.

  Para me tranquilizar um pouco, resolvo mandar mensagem para a minha amiga Camila. Ou melhor, a minha única amiga. Eu sempre fui uma pessoa tímida, mas no momento em que aquela menina de cabelos ruivos sentou do meu lado e falou: “posso ficar com você? “, nunca nos separamos. Nossa amizade durou todos esses anos sem nenhuma briga, apenas fofocas, risadas e muitos seriados juntas.

         *Oi camii!! Estou ja aqui no salão de embarque, daqui a pouco vou entrar no avião! Cruze os dedos por mim!! *

Depois de alguns segundos meu celular vibra

         *AMIGAAA!! Não acredito que você ja vai! Vou sentir tanta a sua falta!Quando chegar la quero toooooodos os detalhes, principalmente dos boys ingleses! Já estou cruzando todos os dedos do meu corpo por você amiga! E o Ro? Como foi a despedida? Como vocês vão ficar nesse tempo separados?? Bjos amigaaa te amo!*

    Dou uma risadinha e desligo o celular. Eu e o Ro quase não discutimos como vai ficar nossa relação nesses meses separados, mas ele me prometeu que não ficaria com ninguem. Para mim isso não vai ser problema, não sou uma pessoa que precisa ficar com algum cara para me satisfazer. Sempre fui muito “tranquila” com isso, não gostava de ficar indo em festa e beijando todo mundo. Antes do Ro, apenas um garoto bobão da sétima série numa brincadeira de verdade ou desafio. Quando comecei a namorar, foi incrível. Finalmente tinha percebido como é bom ficar com alguém e ainda gostar dela. Nunca foi uma coisa muito “exaltante” mas sempre tivemos nossos momentos. Ele sempre me tratou bem e isso o que importa. Mas percebi como o Ro estava agindo estranho comigo depois de tomar a decisão de fazer o intercâmbio. Ficava toda hora me relembrando que eu não deveria ficar com ninguém esse tempo fora, o que me irritou bastante,por ele cogitar que pode mandar em tudo que faço. Sei que ele não vai ficar com ninguem aqui no Brasil, mas mesmo se ficasse, não vejo muito problema, já que vamos ficar tanto tempo longe um do outro.

   Depois de alguns minutos, finalmente começaram a chamar o meu voo. Pego minha bolsa e já com a passagem na mão, tento ser a primeira da fila.

     Entro no avião com o pé direito, costume que peguei do meu irmão , e procuro o meu lugar. Minha mãe comprou a minha passagem na janela, o que achei ótimo, porque amo ficar olhando as pessoas virarem formiguinhas e ter a minha última despedida. Me sento na poltrona do avião e coloco o meu fone para me distrair um pouco.

   Na hora que começa a tocar “Come a little closer” do Cage the Elephant, um cara um pouco mais velho que eu se senta do meu lado. Tento não ficar encarando ele, mas é inevitavel. Ele é alto e tem o cabelo encaracolado quase da cor do meu. Ele é bem bonito. Depois de se acomodar na cadeira , nota a minha cara de pau e pergunta:

         -Oi?

Nesse momento senti meu rosto corar no mesmo instante. Viro depressa para esconder meu constrangimento e falo baixinho:

           -Desculpa
           -Não precisa pedir desculpa por isso. Eu que fico lislongeado de uma garota tão linda ficar me encarando.- ele da um sorriso lindo e uma risada

Devo estar  mais vermelha do que nunca agora, mas rio mesmo assim com ele. Depois de alguns segundos ele pergunta:

            -Por que você está indo para a Inglaterra?
            -Vou fazer um intercâmbio de 6 meses por la… e você?
            -Estou indo visitar a minha familia e alguns amigos meus.

  Ele começa a me contar um pouco de sua vida, e depois de 3 horas sei que ele se chama John e metade de sua familia mora na Inglaterra. Seu pai recebeu uma transferência de trabalho no Brasil e se mudou junto com o filho. Conto um pouco sobre mim , mesmo não tendo muita coisa para contar além do acidente, algo que nunca contaria para alguem que conheci em algumas horas. Falo que tenho 17 anos, 2 anos mais nova que ele, e que ir para a Inglaterra sempre foi meu sonho desde criança. Conhecer a terra onde o Rock começou me encantava.

Começo a assistir alguns filmes no avião e durmo até a viagem acabar. Sou acordada por John me chacoalhando delicadamente e avisando:

           -Parabéns senhorita Mia, o seu sonho finalmente virou realidade! Bem vinda a Inglaterra!

Dou um sorriso largo e me viro à janela  para observar o avião descendo no país dos meus sonhos.

  Quando finalmente aterrisa, pego a minha bolsa e ajo rapidamente para ser uma das primeiras a descer.

            -Você é bem apressadinha em? – Diz John com um sorriso de lado
            -Gosto de ser a primeira em tudo – digo retribuindo o sorriso e arrancando uma risada dele. Talvez seja mais fácil fazer amigos aqui.

Depois de sair do avião sinto a mudança de clima do Brasil e daqui. Estou com o moletom mais quente que tenho e ainda sinto frio. John vendo que estava tremendo oferece o seu agasalho mas recuso com gentileza. Ele deve estar acostumado com isso, porque esta apenas com um casaco super fino e não demonstra nenhum sinal de frio.

  Na hora de retirar as bagagens quase tive um treco. Todas as malas dos passageiros ja tinham chegado mas nenhum sinal das minhas. Até que finalmente avisto elas chegando na esteira e consigo suspirar de alivio. John tenta conter o riso ao ver as minhas malas. Sei que a cor delas são bem chamativas e com certeza daria para ver elas do espaço como ponto de referência da Nasa, mas não é tão ruim assim. Ele me ajuda a tirar elas da esteira e caminhamos até a porta de saida. Tento encontrar o meu nome em alguma plaquinha mas não encontro. Depois de alguns minutos um carro com som bem alto para na frente do aeroporto e começa a buzinar. Olho com um pouco de medo e John me avisa com um sorriso:

             -São meus amigos

Tento abrir um sorriso mas a janela do carro se abre e meus olhos ficam totalmente vidrados. O motorista do carro esta com a mão no volante e com os olhos fixos em nós. Reparo que está apenas com uma camisa, revelando seus braços fortes tatuados. Seu cabelo estava bagunçado e molhados com alguns fios caindo sobre os olhos. A intensidade de seus olhos sobre mim me deixavam inquieta. Não consegui destinguir a cor deles, mas são lindos. Ele me olhou de pé a cabeça e nunca me senti tão exposta na vida, querendo me cobrir mesmo estando de moletom e calça.

             -Eai? Vai ficar aí parado na calçada o dia inteiro? Entra logo no carro

Por um momento penso que é comigo e perco o ar, mas em seguida John fala:

            -To indo seu babaca, tambem senti sua falta

Ele me olha com um sorrisão e diz enquanto anda até o carro:

            -Tchau Mia! Prazer em te conhecer! Espero que goste da Inglaterra!
 
Aceno para ele e reparo que aquele garoto não parou de me encarar até agora, me fazendo virar a cara, provavelmente vermelha. O carro finalmente deu a partida e posso voltar a respirar novamente. O que deu em mim? Nunca fui de ficar de perna bamba só com um olhar. Algo naquele cara me desiquilibrou por alguns segundos, mas agora que já foi, posso me concentrar em achar o motorista que vai me levar para a minha cidade. O que me faz lembrar que esqueci de perguntar para John onde sua familia mora, mesmo sabendo que era impossivel ficar na mesma cidadezinha do sul que eu iria ficar.

  Depois de 30 minutos de procura e nada, resolvo ligar para Ken, o agente da minha viagem de intercâmbio. Ele atende no segundo toque:

           -Alô?
            -Ken? Oi! É a Mia! – digo num tom quase desesperador
            -Oi Mia! Como vai? Já chegou na sua casa?- Ele pergunta num tom meio preocupado
            -Ainda não. Para falar a verdade ainda nem sai do aeroporto, por isso que te liguei
           -Como assim ainda não saiu do aeroporto? Vou ligar agora para o seu motorista! Pode ficar tranquila que daqui a pouco ele vai estar ai ou providenciarei outro para você

Agradeço e desligo o celular. Depois de alguns minutos que pareceram horas, um homem de gravata e terno aparece com meu nome e coloca as minhas bagagens no carro. Entro meio sem jeito e começamos a conversar um pouco durante a viagem e ele me conta um pouco sobre a Inglaterra. O que devo admitir que não prestei a mínima atenção por estar distraída demais olhando a paisagem desse paraíso. Eu realmente estava em choque e não estava acreditando no que estava vendo.

    Depois de 1 hora, o carro finalmente para em frente a uma casa super bonitinha. Ela é toda feita de tijolinhos e tem 3 andares se não me engano. A porta é de frente para a rua e não consigo esconder o sorriso.

  Pego as minhas bagagens e agradeço o motorista. Bato na porta e um homem, bem jovem aliás, me atende com um sorriso de orelha à orelha.

               -Você deve ser a Mia! Prazer em te conhecer. Venha entre!

Com vergonha e com um sorrisinho eu entro

               -A casa ta um pouco bagunçada agora, não tive ainda tempo de arrumar. Uma casa de 3 homens é complicado!

O que?? Quase deixei a minha mala cair junto com meu queixo. 3 homens na casa? Na folha estava dizendo que era um casal junto com um filho e uma filha da minha idade. Ele vendo a minha reação disse:

                - Ah calma, pode ficar tranquila que a minha namorada sempre dorme aqui então não fica essa bagunça sempre! O meu nome é Louis. Mas você pode me chama de Lou. Os seus “irmãos” estão na sala. Venha

Ainda meio perplexa, segui o tal de Louis. E chegando lá a minha bolsa literalmente cai. Eu olho para aquele garoto com braços tatuados e com um sorriso malicioso:

               - Bem vinda a sua nova casa, irmãzinha.



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