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História Suddenly Is Love - 2° Temporada - Capítulo 10


Escrita por: kccnizer

Notas do Autor


Relou! Voltei rápido de novo... Culpa de vocês! Faltam 15 capítulos para o termino e a fic ainda tá nessa treta. Então, eu já finalizei a fic e todos os 25 estão prontíssimos, só estou revisando antes de postar hahaha Mas não é só porque finalizei que virá assim tão fácil u.u
Enfim, obrigada a quem comentou e me desculpe se não estou respondendo. Estou literalmente sem tempo por agora. E obrigada a quem favoritou também. Esse capítulo saiu até que grande, temos algumas explicações do lado da Camila e a que vocês tanto queriam; sobre a Lauren! Asjahjahsj

Apreciem a leitura e desculpe os erros! <3

PS: mudei o mês de aniversário da Lauren propositalmente por conta da gestação da Camila.

Capítulo 10 - Capítulo 10


Pov Camila

Sexto mês.

— Esse menino vai ter vocação para ser lutador de rua. — Dianna disse divertida. Sua mão estava firme na minha barriga. — É cada chute. — riu. — Isso não dói?

— Não. Só incomoda um pouco, mas tudo bem. — respondi. — É só parar de falar perto de mim, ele adora você!

— A Ashley me disse que ele vai me reconhecer quando nascer só pelo som da minha voz. — ela sorriu boba.

— Sim. Fiz minhas pesquisas e você é a que mais interage com ele. — ela passou a mão delicadamente na minha barriga.

— Ele é um bom garoto! — firmou sua mão bem no meu umbigo e senti um chute fraco. — Né meu bebê? — ele se mexeu mais uma vez e depois cessou, talvez estivesse cansado.

Dianna tirou sua mão de lá e vi um sorriso em seu rosto. Ultimamente tenho passado muito tempo com ela e isso vinha fazendo tanto bem a mim quanto a ele. Ela adorava e sempre passava os finais de semana comigo apenas atormentando o irmão para que o mesmo chutasse na sua mão. Era engraçado como ela conversava com ele e dizia a ele que o ensinaria a conquistar as meninas. Dianna estava sendo incrível e vê-la feliz me deixava feliz, ela e Ashley ainda não tinham nada oficial, mas sempre que podiam elas saiam para passar um tempo juntas e se conhecerem mais.

E também sempre que podia Clara e Taylor estava por perto e elas tinham ciúmes porque Logan sempre interagia mais com a irmã do que com elas e aquilo chegava a ser engraçado a briga entre elas.

— Eu acho que já vou. — falou. Olhei em meu celular e franzi o cenho, hoje era sábado e ainda nem eram dez da manhã e Dianna já queria ir embora. Mas então bem abaixo dos números que marcavam as horas estava à data de hoje e foi quando petrifiquei ao ver os números... Vinte e sete de julho. Hoje era o aniversário dela.

— Hoje é o aniversário dela! — murmurei, mas ela escutou e me olhou.

— Sim, mas não vai ser nada grande. — deu de ombros. — Na verdade, nem vai ter nada, a minha mãe sumiu desde ontem e não responde as mensagens de ninguém.

— Hm... — ela me encarou um pouco sem graça e se sentou novamente a meu lado.

— Camila... Eu sei que...

— Nem vem, eu não vou fazer nada. — falei firme.

— Tudo bem! — levantou as mãos em sinal de paz e sorriu. — Você é dura na queda viu? — acertei uma tapa e em seu braço e ela riu.

Dianna foi embora e me deixou em meu quarto, aumentei um pouco a potencia do ar-condicionado e me deitei na cama e me permitir relaxar. Fechei meus olhos e senti uma lágrima solitária ultrapassar as barreiras e escorreu pelo canto dos meus olhos. Eu sentia falta dela e isso era um fato. Todos os dias quando eu me acordava e olhava para o lado e via que ela não estava li para me contagiar com seu sorriso e seu cheiro, sua voz rouca ao acordar. Sentia falta dos toques dela e dos seus beijos.

Ter Lauren longe de mim era incrivelmente doloroso, chegava a ser uma dor física que eu sentia em todos os membros do meu corpo. Limpei as lágrimas, mas quanto mais eu limpava mais lagrimas surgiam e me deixavam entregue. Eu estava passando por uma fase em que tudo era motivo para chorar e não tinha um dia em que eu não me lembrasse dela.

— Filha? Camila? — olhei para a porta e logo ela foi aberta. — Meu Deus! Você não sente frio? — ela esfregou os braços.

— O que foi mama? — perguntei desanimada, tentei disfarçar que estava chorando e dei graças aos céus que ela não percebeu.

— Três amigas suas estão lá embaixo.

— Eu não vou descer. — falei. — Mas quem é?

— Dinah, Hailee e Lucy. — senti uma alegria enorme tomar de conta de mim.

— Pede para elas subirem, por favor, mama.

— Claro querida. E diminua isso, está muito frio aqui.

Ignorei o que ela disse e nem mexi na temperatura do ar-condicionado. Passei a mão em meu rosto e me sentei na cama. Olhei em meu celular e vi que já eram dez e trinta e sete da manhã. Escutei três batidas na porta, mas um berro de Dinah  me fez rir e não demorou muito até que ela entrasse no quarto como um furacão que ela mesma já era.

— Karla Camila! — ela disse séria.

— Quando você ia nos contar o que houve? — Hailee se sentou a minha frente. — Se a Lily não tivesse comentado ontem no jantar eu jamais iria saber o que a Lauren fez a você!

— Isso já faz dois meses.

— Você é uma cretina, Camila! — Dinah bufou. — Eu sou a sua melhor amiga e tive que viajar seis horas de carro porque soube dessa palhaçada que aquela folha de A4 filha de uma...

— Dinah! — Lucy e Hailee disseram juntas.

— Tem que haver uma explicação para isso. — Hailee disse pensativa.

— Eu estive na casa dela mês passado e ela me disse que você não morava mais lá e então eu meio que deduzi isso. — Lucy falou de forma simples.

— E você não nos falou nada sua escrota? — soltei uma risada.

— Dinah! Pare de xingar as pessoas, por favor... — pedi.

— Eu sei o que a Verônica me contou, pois quando estive na casa da Lauren resolvi não te perturbar a dizer nada e quando estava voltando para a casa da minha mãe encontrei com ela no caminho. — ela me olhou com cautela. — É verdade?

— Sim. Acabou! — falei sentindo uma dor no peito. — Dessa vez é pra valer!

Um silêncio se instalou no quarto e vi três pares de olhos sobre mim. Dinah se sentou ao pé da cama e Lucy ao meu lado. Senti-me confortável com a presença de todas elas, até mesmo de Lucy.

— Você sabe que pode nos contar tudo o que quiser... — Hailee começou.

— Eu não sei como contar isso a vocês... — respondi.

— Do começo, meu anjo! — Dinah disse paciente.

— Isso foi tudo por causa da gravidez. — comecei. — Todas vocês sabem que eu meio que engravidei de proposito.

— Camila — Hailee me interrompeu. —, qual era realmente o motivo de uma gravidez assim tão cedo?

— No ano passado quando ela foi ao médico fazer exames para ver sobre a fertilidade dela a taxa caiu muito. — elas me olharam atentamente. — Como vocês sabem que a gente tinha muitos planos até tentar um bebê, mas isso iria demorar pelo menos uns três a quatro anos e o doutor foi sincero comigo ao dizer que a Lauren não tinha chances de engravidar mais ninguém e que  raramente uma pessoa intersexual tem esse “dom” — fiz aspas no ar. — a Lauren foi uma exceção nesse grupo de pessoas quando engravidou a Keana.

— Aonde você quer chegar com isso? — Dinah perguntou bastante curiosa.

— Ele me disse que a única chance para eu poder engravidar seria se fosse com outro parceiro, ou uma inseminação, mas com ela não. — falei. — Foram mais de três meses tentando e tentando, tanto que quase desistir. E no inicio de fevereiro eu comecei a sentir mal estar, enjoos atrás de enjoos. Ela não tinha conhecimento disso porque para a Lauren tudo tem que ser resolvido no hospital. — sorri sozinha. — Até que eu fui à farmácia e comprei dez tipos de testes diferentes e todos deram positivos.

— Você é muito louca! — Haille disse rindo.

— Eu tive várias oportunidades para dizer isso a ela antes do meu aniversário, mas ela sempre vinha tão animada falando que queria que realizássemos viagens para vários lugares do mundo e a oportunidade passou, às vezes eu esquecia que estava grávida e lembrava quando sentia enjoos. — Hailee esticou sua mão e a espalmou na minha barriga. — E quando eu disse a ela percebi que não causou algo grande nela, de primeira ela ficou completamente sem  ação, mas depois ela suavizou e eu podia ver que aos poucos ela foi aceitando a minha gravidez, tanto que discutíamos sobre o sexo dele e o sonho dela era que fosse um menino.

— E não é um menino? — Lucy perguntou.

— Sim, o nome dele é Logan! — respondi com um sorriso. — Meu filho!

— Não enrola a gente Camila, ou eu sou capaz de fazer loucuras do tipo de ir atrás daquela albina e cortar aquele pintinho dela e jogar para os cachorros comerem. — Dinah já estava impaciente.

— Ela foi mudando aos poucos novamente, ela mudou completamente. Não era mais a Lauren por quem me apaixonei. — a vontade de chorar agora havia voltado novamente. — Chegava tarde do trabalho e o perfume que estava na roupa dela... Teve uma noite que ela chegou totalmente bêbada em casa.

— O que? — disseram quase que em uníssono

— E nessa noite eu passei mal e temi pela vida do meu filho. — toquei na minha barriga. — Eu acho que nunca senti tanto medo na minha vida. Eu juro que esqueci a palhaçada que ela tinha feito naquela noite e quando eu a vi entrando no quarto em que fiquei em observação não resistir e... tudo deu errado novamente porque o cheiro estava lá de novo. — murmurei. — Mas eu acho que a dor de uma traição doeria menos, muito menos do que as palavras dela.

— O que ela disse? — Lucy desde vez empurrou um pouco seu corpo para frente e me olhou nos olhos.

Foi você quem escolheu essa merda! Então a culpa é toda sua! — repeti da mesma forma que ela disse a mim, aquelas palavras ecoavam na minha cabeça e me deixavam claramente triste, decepcionada e irritada.

— Não pode ser... — Lucy parecia incrédula. — A Lauren não disse isso!

— Até eu não acreditei, mas depois a ficha caiu. — forcei um sorriso. — A Lauren nunca quis esse bebê e essa mulher com quem ela estava era a que tirava todas as preocupações de sua cabeça, simples assim.

— Eu sinto muito, Mila! — Hailee me olhou com... pena! Eu odiava quando me olhavam assim.

— Mas quem é a baranga que a Lauren está?

— A Dianna disse que não sabe o nome, mas ela me mandou uma foto dela. — peguei meu celular e as três quase pularam em cima de mim.

Abri a janela da conversa entre mim e Dianna e deslizei um pouco para cima e abri a imagem. As três observaram atentamente a imagem, mas logo escutei uma risada da Lucy.

— Jura que é essa daí? — perguntou.

— Você a conhece? — Hailee foi rápida em perguntar.

— Mas é claro! Essa daí é a Ariana Grande!

— Eu sempre saia para beber com a Vero e você não tem ideia de quantas garotas se jogavam pra cima da gente, Demi era uma que vivia na minha cola e a outra... A Ariana, essa daí era perturbada. Ela e a Demi eram inseparáveis.

Lembrei-me da conversa  que tive com Lauren um dia antes do termino e ela citou o nome dessa mulher.

— Ela estudou com a gente no colegial e assim como a Demi, ela também era motivo das brigas entre Keana e Lauren. — falou. — Eu realmente não estou acreditando nisso.

— Você fala como se não fizesse parte desse grupo de biscates. — Dinah comentou descontraída.

— Dinah! — ralhei minha amiga que riu.

— Não resistir à piada. Apesar de tudo eu tenho um pé atrás com você. — falou. — Você não tem nada a ver com isso, não é? — e de repente nós três olhamos para Lucy, eu confiava nela, mas Dinah até que tinha um pouco de razão.

— Mas é claro que não! — respondeu sem hesitar. — A Ariana me odiava e a Demi não ficava atrás. — falou.

— É, e hoje ela é casada com a sua ex. — de novo Dinah.

— Dinah! Já chega! — me irritei. — A Lucy já pagou pelo o que fez...

— Relaxa...

— Só cale a boca!

— Olha Mila, eu não acredito que a Lauren esteja te traindo com essa anã. — Lucy voltou a falar. — Ela odeia traição.

— E como você explica o cheiro do perfume da puta, gênio? — Hailee revirou os olhos teatralmente.

— Sei lá... Abraços?

— E a noitada? — Dinah perguntou.

— Isso realmente me pegou! — falou.

— Porque você está defendendo a Lauren? — Dinah ergueu a sobrancelha.

— Não estou defendendo ninguém. Só estou dizendo o que acho.

— De qualquer forma... Acabou! — finalizei aquela conversa.

Não queria mais falar sobre e o assunto já não me interessava mais, eu amava Lauren com todas as forças, mas a minha maior prioridade agora era meu filho.

Dinah levantou a mão como uma criança faz quando quer pedir algo.

— O que foi?

— Tem como diminuir a temperatura desse ar-condicionado? Aqui está parecendo o Polo Norte!

Todas riram até mesmo eu.

...

Pov Lauren

Acordei sentindo uma dor de cabeça chata e dor nas costas, após dormir em meu escritório completamente sentada e a cabeça deitada sobre a mesa pude constatar o quanto eu já estava ficando velha. Peguei meu celular e vi diversas mensagens da minha filha e de Ariana. Ignorei as duas e olhei para o papel de parede do meu celular já sentindo as lágrimas em meus olhos. Já faziam dois meses desde a ultima vez e eu já não aguentava mais tudo isso. Apesar de eu tentar me aproximar de todas as formas dela, Camila sempre tinha alguém por ela um passo a frente e me deixava completamente frustrada.

E hoje após longos dois meses fico pensando até que ponto cheguei e como eu pus tudo a perder com ela, com tudo que construímos e que iriamos construir futuramente. Meu filho, nosso filho... Depois de ouvir suas palavras tive a total certeza de que nunca iria conhecê-lo! Camila deixou claro quando me falou aquelas coisas no quarto do hospital, eu só precisava de um tempo para processar algumas coisas e tentar ao menos planejar algo e de algum jeito me reaproximar dela.

O telefone tocou, tocou e tocou diversas vezes. Minha vontade era de pegar aquela merda de aparelho e jogar no chão e vê-lo quebrando, mas como era a minha filha que atender.

— Pensei que estivesse morta, Lauren! — sua voz estava irritada.

— Eu ainda sou a sua mãe! — retruquei no mesmo tom. — Olho como fala comigo!

— Então aja como uma e abra essa porcaria de porta pra mim. — sorri.

— Pelo amor de Deus! — desliguei o celular fui até a sala. — O que você quer filha?

Ela me olhou por um longo minuto. Dianna revirou os olhos e segurou com firmeza o iPad que tinha em mãos. Reparei nela que estava incrivelmente linda, usava um vestido básico, porém lindo, sandálias rasteiras, maquiagem leve e rabo de cavalo.

— Está linda demais. — murmurei orgulhosa.

Não me lembro de quando e como foi que ela cresceu tanto assim. Toda a vez em que olhava para ela via Keana aos seus dezesseis anos e ultimamente de uns tempos pra cá ela ia ficando mais linda ainda, tão linda quanto à mãe se fosse possível.

— E você está horrível. — falou.

— É sério meu amor, o que você quer?

— Te entregar seu presente de aniversário. — falou sorrindo.

— Ah... — falei desanimada. — E o que é?

— Sente-se! — ela apontou para o sofá. Fiz o que ela pediu e me sentei e logo ela se sentou ao meu lado. Dianna mexeu em seu iPad e depois colocou em meu colo. — Feliz aniversário, mãe.

Meu mundo parou naquele instante, aquilo era o vídeo do ultrassom de Logan em 3D. Ele estava maior do que a fotografia que ela me entregou no mês passado. Olhei atentamente o corpinho dele e todos os detalhes de seu rosto, boca, orelha, nariz e olhos... Ele era tão perfeito, tão pequeno e tão lindo. Olhei para a minha filha que me encarava com um sorriso lindo nos lábios e me permitir sorrir pra ela já voltando a olhar de novo a tela do aparelho. Logan estava ali, mesmo que fosse apenas uma gravação dele durante o ultrassom de Camila. Os movimentos sutis e lentos que seus bracinhos faziam me fascinaram.

— Ele é perfeito! — murmurei.

— Ele é. — falou. — Você precisa sentir os chutes magníficos que ele dá na barriga da Camz, esse menino vai ser ótimo em marcar pênaltis. — brincou.

Engoli um bolo que se formou em minha garganta reprimindo o choro e os ciúmes que senti da minha filha naquele momento. Ela e Camila estavam mais próximas e a minha filha acompanhava de perto a gravidez dela e eu não. Eu simplesmente fui cortada de tudo na vida dela e do meu filho. Estraguei tudo por ser uma completa idiota e com certeza nunca iria ter mais nenhum um tipo de contato com ela e para piorar nem com ele. Essa merda ecoava na minha cabeça o tempo todo me deixando a beira do abismo com uma maldita vontade de chorar até desfalecer e quando acordasse saberia que tudo era só um maldito pesadelo. Esfreguei meus olhos com força, me levantei e fui em direção à porta. Abri a mesma a apontei para fora.

— Vai embora! — ela me olhou confusa.

— O que? Por quê?

— Só vai embora, por favor! — senti as lágrimas e logo ela entendeu o motivo.

— Tudo bem... — ela se levantou e passou pela porta.

Voltei para o sofá e continuei a admirar a imagem dele na tela do iPad. A vontade de chorar voltou e então eu simplesmente desabei.

Flashbcak

— Já pensou se for um menino? — Camila olhou para mim e riu. — Já pensou? — eu pulava na cama igual a uma louca.

— Bom, se for você vai ficar mais idiota do que já é. — sorri. — Está mesmo feliz com tudo isso? Digo, eu te peguei tão desprevenida.

— Camila, você está gravida! Você está gravida e esse bebê é meu, é nosso! — ela sorriu e se sentou em meu colo. — Eu sei que é muito cedo, mas já pensou? Um bebê igualzinho a você?

— Ou você...

— Ele tem que ser igual a você, vai fazer um arraso com as meninas.

— Uma porra, meu filho não vai namorar com nenhuma menina até a minha ordem.

— Bom, se ele for igual a você vai ser espetacular e será impossível manter as meninas longe dele.

— E se for parecido com você eu estou perdida. — ela mordeu o lábio e sorriu.

— Por quê?

— Porque você é perfeita, incrivelmente linda, absurdamente gostosa e esses olhos? Por Deus... Meu filho vai ser um arrasador de corações com essas duas esmeraldas. — senti meu rosto esquentar. — Mas não vai ficar com nenhuma delas. — pontuou. Segurei-me para não rir de seus ciúmes antecipado.

— Eu arrasei seu coração com elas?

— Na verdade, ele se apaixonou por elas e pela dona delas. — sorri.

— Eu te amo! — murmurei e beijei seu pescoço. — Seu cheiro é maravilhoso.

— Não faz isso que você me seduz. — ri contra seu pescoço e a abracei com força. — Todos os dias fico olhando você dormir e quando paro pra pensar lembro-me de tudo o que aconteceu para chegarmos aqui e...

— Por Deus! Você é muito tagarela quando quer expor algo!

— É que você me deixa nervosa! — tirei meu rosto de seu pescoço e encarei seus olhos. — Eu olho para você e não acredito que isso tudo é real.

— Isso não é um sonho! — falou. — E se fosse, seria um lindo sonho!

— Se fosse um sonho eu não iria querer acordar nunca, iria preferir dormir uma eternidade para ter uma vida com você.

— Você é muito fofa! — ela apertou as minhas bochechas.

— Para!

— Você corou! — ela riu. — Você fica tão linda vermelha desse jeito.

— Camz...

Ela segurou meu rosto com as duas mãos e me olhou bem nos olhos. Aquelas olhos chocolates que me hipnotizavam e aquela carinha de inocente — porém de inocente não tinha nada — me levavam a loucura. Camila tinha um olhar tão penetrante, eu sempre dizia a ela que seus olhos tinham uma beleza hipnótica assim como ela.

— Você é linda e eu tenho tanta sorte... — murmurou encostando seus lábios nos meus.

— Eu que tenho sorte. — concluí.

Separei a distancia entre nós duas e tomei seus lábios nos meus. Naquela noite fiz Camila minha diversas vezes até nos cansarmos. A única coisa que sempre importava era que estávamos juntas e felizes. Camila era a minha felicidade, nosso filho e claro, a minha filha também.

Flashbcak of.

— Lauren? — abri meus olhos e vi Verônica me olhando.

— Como você entrou aqui?

— Eu tenho a cópia da chave, gênio. — ela me estendeu uma caixinha de cerveja.

— Dispenso! — deixei a mesma sobre a mesinha de centro.

— Qual é? Hoje você está ficando mais velha! — brincou. — Vamos comemorar como pessoas normais.

— Você está quieta, porque se fosse a Verônica de anos atrás me arrastaria para uma boate.

— Você é louca? A Demi me coloca pra dormir com o Apollo! — não evitei a risada. — Mais animo Lauren!

— É melhor você ir pra casa! — falei. — Hoje eu não estou em um dia bom!

— Olha, eu sei que a sua família se revoltou contra você, mas veja bem, você tem a mim e a sua filha! — sorriu e sentou ao meu lado. — Por mais que você tenha me decepcionado eu jamais ficaria contra você!

— Só é difícil. — a vontade de chorar voltou e não aguentei.

— Ah minha nossa! Vem cá... — ela me puxou pelos ombros e deitei minha cabeça em seu peito. — Eu sei que não sou a melhor pessoa do mundo para dar concelhos, mas de tempo ao tempo. — ela falou em meu ouvido. — O tempo pode curar essas feridas, e quem sabe a Camila te perdoe um dia.

— Amo a sua sinceridade. — ela riu e beijou minha cabeça. — Obrigada Vero.

— Não há de quê, meu palmitinho. — ri entre o choro. — Agora me pague quinhentos.

— Hein?

— A consulta é quinhentos dólares.

— Vá se foder! — me separei do abraço dela.

Ela me olhou.

Verônica também me deu tempo para dizer a ela o que tinha realmente acontecido, ela foi paciente, mas eu sabia que minha filha havia adiantado muito coisa a ela.

— Ela só me ajudava a relaxar. — comecei. — Passávamos o dia juntas sim, mas fazendo coisas inúteis.

— Tipo?

— A gente brincava de ficar jogando pratos na parede. — dei de ombros. — Conversa vai, conversa vem e quando percebia o peso nas minhas costas já tinha sumido.

— Sinistro. Tudo o que essa menina queria era ter você entre as pernas dela e vocês ficam brincando de quebrar pratos. — concordei.

— Ela é casada e tá passando por uma fase ruim também, então uma mão lava a outra.

— E a noitada?

— Nesse dia a gente foi para uma pista de corrida e foi incrível, me senti até nova por correr tanto em menos de três minutos. — minha amiga riu.

— E balançou pouco lá em baixo né?

— Verônica!

Ela riu.

— Ela apareceu no hospital me dizendo que iriamos tomar apenas uns drinques, mas como disse antes: conversa vai, conversa vem e quando percebemos já estávamos bêbadas e rindo do vento.

— Você errou! A Camila estava grávida de quatro meses, Lauren!

— Eu sei. Droga... Eu sei disso! — passei a mão em meu rosto.

— Mas o que você disse...

— Foi cruel. Eu estava falando do meu filho! Eu o chamei de merda!

— Desculpe dizer isso, mas agora pague pelos seus atos e suas palavras. Não sei até quando vai ser isso, mas tenha paciência.

— Eu quero conhecer meu filho, Vero!

— Paciência é uma virtude Lauren... — ela falou calmamente. — Aliás, feliz aniversário palmitinho!


Notas Finais


É isso, até a próxima... não sei quando, mas volto!

Beijos <3


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