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História Suddenly Is Love - 2° Temporada - Capítulo 12


Escrita por: kccnizer

Notas do Autor


Olá! Então pessoas, aqui está mais um capítulo, a leitura vai ser suave, nada pesada como os capítulos anteriores. Espero que apreciem a leitura, não foi o melhor capítulo que escrevi, porém virão outros melhores.

Muito obrigada a quem comentou, vocês são maravilhosos ♥ e fico rindo horrores da revolta de uns e de outros que são completamente contrários, apesar de tudo vocês são os melhores leitores do mundo hahahaha sz

Boa leitura e nos vemos lá em baixo! ♥

Capítulo 12 - Capítulo 12


Pov Lauren 

— A senhora deseja mais alguma coisa? — Rebeca perguntou enquanto anotava algo em seu bloco. 

— Já falei para você não me chamar de senhora. — ela riu. — Mas eu só quero que você cancele as consultas de hoje a tarde e transfira para amanhã, estou com muita dor de cabeça e irei ao vestiário tirar uma soneca. Quase ninguém usa aquilo, então... 

— Pode deixar senho... Lauren! — ela sorriu. — Se quiser posso pedir para ninguém lhe incomode lá. 

— Seria bom assim. — ela maneou a cabeça em concordância. — Boa tarde, Beca! 

Ela saiu de minha e logo após ela sair me retirei de lá também. Coloquei meu celular no silencioso e em seguida no bolso do meu jaleco. Tapei minha boca com uma mão quando bocejei e me permitir ficar quieta quando escutei vozes vindo da ala de onde ficava os armários. 

— Eu acho que ela só está confusa quanto a isso, não sei bem o que deu nela. — era a voz da minha filha. 

— De um tempo a ela, é sua mãe! — e desta vez foi a voz de... Ashley? — Meu amor, você precisa relaxar e tentar entender um pouco o lado dela também. 

— Eu tento, eu juro que eu tento, mas... — ela soltou um resmungo. 

 — Você está chata desde a semana passada.  — a voz de Ashley saiu risonha. Talvez ela tenha dito aquilo para distrai-la. 

 — É muita coisa acontecendo. — murmurou em resposta. 

Andei mais um pouco até para perto da porta e pude finalmente vê-las. Dianna estava quase que deitada no colo de Ashley que lhe acolhia como um bebê. 

Aquilo estava estranho...  

— Você  sabe que pode me contar o que quiser, baby! 

— Vai ter que ser desde o inicio para você poder entender algumas coisas. — respondeu. — Eu gosto muito de você  e não quero perder o que temos.  

— Só seja honesta comigo. — pontuou.  

— Lembra-se quando eu te disse que eu iria para a casa da minha tia com a Camz? Então  nesse dia a minha mãe  apareceu lá  e aconteceu algumas coisas desagradáveis. 

— Pode continuar...  

— Elas iriam conversar e no início  eu pensei que elas iriam se acertar, mas a Camila se irritou e quando percebi minha mãe estava acusando que eu e Camila tínhamos  algo.  

Ela finalizou.  E aquele lugar ficou em silêncio, tanto que até eu me incomodei. 

— Porque ela pensaria isso, Dianna? — Ashley quebrou o silêncio. 

— Porque um dia eu já fui apaixonada por ela. — disse de uma vez.  

E desta vez o silêncio se tornou mais longo e tortuoso. Ashley se remexeu e minha filha saiu de seu colo e ficou a sua frente. Ficaram naquela batalha de olhar por minutos ou até horas, não sei, mas pude ver medo nos olhos verdes da minha filha.  

— Mas isso passou e hoje eu sinto um carinho enorme de irmã, amiga e... 

— Calma! — Dianna se calou. — O que aconteceu no passado fica lá, ok? Só quero que me diga que não preciso me preocupar com isso. 

— Não. Você não precisa se preocupar com isso. Eu... Eu gosto muito de você! Nossa, eu realmente gosto muito de você... 

— E eu de você. — sorriram juntas. — Quando pretende contar a sua mãe sobre nós duas? Todos sabem, menos ela.

— Eu acho que isso não tem importância no momento, ela tá diferente como eu te disse,  e isso não iria ser importante pra ela. Às vezes acho que a minha mãe perdeu o afeto por mim desde quando descobriu isso. — falou um pouco baixo. 

— Não diga isso, sua mãe ama você! — Ashley tocou no rosto dela. — Ela só esta passando por momentos ruins e...

— Não. — ela soltou um longo suspiro. — Quando elas terminaram eu fiz coisas para elas se separarem e quando ela descobriu as coisas mudaram entre nós duas, até desconfiou se era a minha mãe ou não. Fizemos exames de sangue, passei até seis meses de castigo. 

— O castigo foi merecido, Dianna. — minha filha revirou os olhos. — Agora quanto ao teste...

— Minha outra mãe a traiu e isso veio a tona depois de dezessete anos. — a cortou. — O meu pai poderia ser um homem gato todo tatuado e estranho. 

— Gato? — não evitei de rir, mas fui discreta.

— Sim... Não... Ele era legal! — Ashley a olhou por longos segundos. — É sério... 

— Frouxa... — falei baixinho só pra mim. 

— Como se sentiu quanto a isso? — Ashley mudou de assunto e vi que minha filha suspirou aliviada. 

— Terrível. Sabe, e se ela não fosse a minha mãe ou pai? Sei lá como é isso... — Ashley riu. — Ela estava me odiando e eu não ser a filha dela colaboraria para muitas coisas e uma delas seria se livrar de mim. 

— Ela não faria isso...

— Quem sabe? A minha mãe era louca pela Camila e era arriscado até de me trocar por ela. — deu de ombros. 

— É louca até hoje... Mas ela não faria isso. 

— Tem razão... Mas eu não sei, é que às vezes ela demonstra o contrário. E sobre aquilo que aconteceu na semana passada... — ela parou e olhou para a loira a sua frente. — Aquilo me magoou de verdade, pois eu jamais me aproveitaria da Camila em uma situação dessas. 

— Mesmo se gostasse dela? 

— Até por isso, eu a respeitaria porque acima de tudo é o meu irmão que ela carrega na barriga. 

— Tá, onde você esteve esse tempo todo? — minha filha sorriu. Seu rosto pálido ganhou uma coloração vermelha.  

— Por aí... — deu de ombros. — Perdendo tempo com quem não devia.  

— Já ficou com bastante meninas?  

— Algumas. — respondeu. 

— Mas a Allyson... 

— Sim, essa me tinha na palma da mão. — fez uma careta. — E você? 

— Eu o que? — se fez de confusa,  ou estava mesmo confusa. 

— Com quantas meninas já ficou? 

— Uma.  

— Hein?  

— Uma. Que no caso é você... 

— Devo me sentir feliz por isso? — minha filha disse um pouco orgulhosa.  

— Eu nunca havia me interessado por uma mulher antes... 

— Sério? 

— Sim. Mas quando te vi naquele dia toda marrenta, mimada e cheia de si... 

— Foi amor a primeira vista! 

— Ridícula! — a loira acertou uma tapa no ombro da milha filha. — Você só me encantou com aquele seu jeito todo durão. 

— Eu nem sou assim.  

— É sim. — retrucou. 

— Na verdade, eu sou uma manteiga derretida que chora por qualquer coisa.  

Ela estava certa. Dianna só tinha aquele jeito dela porque herdou da mãe, mas no fundo era uma bebezona. 

— Você é romântica. — revirei os olhos. 

— Gosta do que eu faço pra você? 

— Eu amo, na verdade... 

— Eu não mereço um prêmio? 

— Dianna... 

— Ei, vai com calma... Quantas vezes já dormimos na mesma cama e tentei algo contigo? 

— Nem uma vez. 

— Então? 

— Desculpe... — minha filha sorriu. — Eu sou idiota!  

— Não. — riu. — Agora eu entendi porque me evita. 

— É, você entendeu.  

— Não precisa sentir vergonha. 

— Eu sou inexperiente com garotas e se eu fizer errado? 

— Eu te ensino. — minha filha falou de forma galanteadora.  

— Diiiiiiiiiiiiiii... — Ashley corou e minha filha não evitou de rir ganhando uma tapa em troca da loira. 

— Estou brincando. Eu respeito o seu tempo, se bem que às vezes acho até que você é virgem. — Ashley riu.

— Eu não sou virgem, Dianna. Só nunca transei com uma mulher na vida! — se defendeu. — Você tem vinte e um, mas parece que tem dezessete e só pensa em sexo. 

— A culpa não é minha se você me deixa na vontade! — defendeu-se. — Estou em uma abstinência de seis meses. 

— Vai ficar mais quatro meses... 

— Lauren? O que você... — olhei assustada para Ashley e Dianna que olharam para porta e me virei e olhei para Normani. 

— Cala a boca! — sai puxando a mulher comigo.

— É feio escutar a conversa entre sua filha e a namorada dela, viu? 

— Elas namoram? — perguntei quando já estávamos fora da ala dos vestiários.

— Eu acho que sim, quer dizer, elas só vivem juntas, então... 

— E porque eu não sei disso? 

— E eu sei? A filha é tua! — revirou os olhos. 

— Quem mais sabe? 

— Todo mundo... Andam cochichando sobre a Ashley, falam que a mulher esta com a sua filha porque ela é meio que dona do hospital. — franzi o cenho.

— Porque dizem isso?

— Bom, a sua filha ainda é uma menina e a Ashley já é uma mulher e você sabe...

— A minha filha também é uma mulher, ela já tem vinte e um. — retruquei. 

— Mas ela é bobinha demais e...

— Não fala assim da minha filha, Normani. Ela não é burra! — me irritei. — E eu quero saber quem são essas pessoas que ficam falando essa merda das duas dentro do meu hospital.

— Ei, calma aí. — ela tocou em meu ombro. — O que você tem? 

Tirei meu jaleco e deixei na mão dela.

— Eu preciso ir. — ela me olhou confusa. 

Aquela coisa entre Ashley e Dianna me deixou intrigada. Ela sempre me contava tudo, me falava com quem estava ou se você estava solteira. Ela sempre me deixava sabendo de tudo o que acontecia na sua vida e saber aquilo por alto por uma colega de trabalho me deixou completamente decepcionada e doeu mais que um soco no estômago. Eu não sabia se ela estava namorado, ou se Ashley era apenas mais uma conquista dela, mas ao ver em seus olhos e o brilho neles mostrava o quanto ela estava apaixonada e desta vez finalmente era um sentimento recíproco. 

Saí do hospital e peguei meu carro. Dirigi até a casa de Camila e fiquei parada com o carro na frente tomando coragem para sair e ir atrás dela. Peguei meu celular e no relógio marcava uma e vinte e oito da tarde. Deixei o celular no bolso da minha calça e me praguejei por ter deixando meu blazer no hospital. Arrumei meus cabelos e sai do carro. Respirei fundo e fiquei contando os números imaginários em minha cabeça até chegar na porta e quando cheguei ao número trinta e oito apertei a campainha que em menos dez segundos foi aberta por Sinu e um sorriso encantador em seus lábios. 

— Lauren? — questionou confusa. — Quanto tempo querida... — se aproximou de mim e me abraçou. 

— Oi Sinu... — retribui um abraço. 

— Você está  magra! — falou  quando me soltou. — Vamos,  entre...  

Parei onde estava e ela me olhou confusa.  

— A Camila... — ela sorriu e negou com a cabeça. 

— Ela não  está. — falou. — Saiu com a Lucy!  

— Ah... Então eu volto outra hora! 

— Não... Seu assunto é  com ela, mas eu quero conversar contigo. — disse séria. —  Entre... — sorri pra ela, mas foi de nervoso. 

Ela apontou para o sofá  e logo me sentei no mesmo. Sinu foi até  a cozinha e ficou por lá aproximadamente três minutos e voltou com uma bandeja. Deixou sobre a mesinha de centro e se sentou ao meu lado. 

— É chá! — falou. 

— Ah sim... — me virei e fiquei de frente pra ela.  

— O que aconteceu entre você  e a Camila? 

Me olhou nos olhos. Franzi o cenho e concluí que Camila não havia contado absolutamente nada a mãe, aquilo me deixou claramente confusa.  

— A gente brigou. — pontuei. 

— Eu sei, mas o que induziu essa briga?  

— A minha estupidez. — ela riu e negou com a cabeça. — Eu disse coisas imperdoáveis a ela sobre o nosso filho. 

— O que você  disse? 

— Eu fui uma idiota,  Sinu. A minha cabeça  estava cheia e quando dei em mim eu acabei chamando meu filho de merda. 

— Com todas essas palavras? 

— Sim. — ela me olhou. Desviei meu olhar do dela. 

— Você se arrepende? 

— Muito! — disse sincera. — Se eu pudesse voltar e refazer tudo eu faria tudo do jeito certo. 

— A Camila está muito nervosa por ser a primeira gravidez dela, querida. A gravidez mexe com a cabeça de qualquer mulher e você  como já foi mãe uma vez deveria estar ciente disso. — disse. — Uma mãe faz de tudo para proteger e defender o filho até mesmo do pai, que no seu caso é mãe, eu acho.

— A Dianna sempre me chamou de mãe, então eu acho que é isso. — ela riu. 

— Entenda o lado dela, mas faça ela entender o seu lado também, querida. — Sinu tocou em meu ombro. — Esfrie a cabeça e reveja algumas coisas que não estão certas aí dentro, eu conheci uma mulher doce e sensível, não essa mulher que fala coisas impensáveis e age desta forma. Você não é assim, mas às vezes o calor do momento e o estresse nos faz agir de uma forma completamente diferente do que somos e às vezes mostra quem realmente somos, já em outros casos são apenas pessoas cansadas de suas vidas já ensaiadas.  

Engoli todo aquele monólogo e percebi que ela estava certa e que por mais que eu esteja com uma vontade imensa de conversar com Camila o quanto antes, deveria dar um tempo à ela e a mim também. Ela está em um nível de estresse muito alto e agora com oito meses de gravidez a coisa só se agravou muito. 

— Agora tente concertar as coisas. — pontuou. 

— Eu tentei, mas é que... 

— Tem mais coisa? — perguntou incrédula. 

— Eu comecei a sair com uma velha amiga e a Camila desconfiou de uma traição. — ela me olhou com uma feição confusa. — A gente fazia coisas legais juntas, mas teve uma noite em que extrapolei de vez. 

— O que você fez? 

— A gente saiu, bebeu e ficamos completamente bêbadas. Cheguei em casa de madrugada e a Camila surtou. 

— Não Lauren, você fez mesmo isso? — indagou completamente incrédula. 

— Fiz e me arrependo, eu juro que me arrependo. — falei completamente atordoada. — Eu jamais trairia a Camila e faria mal a ela, mas eu não sei como as coisas saíram do controle. Deu errado, deu tudo muito errado! 

— Eu acredito em você! — falou. 

— O que você disse?  

— Que eu acredito em você! Olha, ela é minha filha e eu a amo, mas vocês se amam e por mais que eu esteja com vontade de te dar um chute entre suas pernas, eu gostaria que tudo entre vocês se resolvessem. — vi sinceridade em seus olhos castanhos. 

— Ela não me quer mais, Sinu. A Camila não quer mais nada comigo. — falei triste. — Eu só quero mais que tudo ter algum tipo de contato com o meu filho! 

— Ela não deixa? 

— Não! — soltei um suspiro. — A Dianna era a única que me dava fotos da ultrassom e depois do que fiz e disse nem ela quer mais contato comigo também. 

— O meu concelho foi dado e quanto a sua filha; resolva sozinha! — falou.  — Independente do que disse a ela. 

Olhei para a bandeja e vi que nem tínhamos tocado no chá. 

...

Pov Camila 

Arrumei a bolsa azul sobre meu colo e fui ajeitando as roupinhas do meu filho dentro da mesma. Lucy estava do outro lado da cama concentrada em dobrar uma manta perfeitamente bem para caber ali dentro. Toda a vez em que olhava para ela não evitava o sorriso em olhar a feição concentrada em seu rosto. Joguei uma pelúcia dos minions nela que riu e me mostrou o dedo do meio. 

— Você tem algum problema em sua coordenação motora porque não é possível... — ela revirou os olhos.  

— Cale a boquinha. — falou risonha. — Mas pra que levar tanta coisa? 

— Sei lá, me orientaram assim. — respondi. 

— Eu amei esse macacão, Mila. — ela apontou para um macacão de cor amarela. Foi Dianna que deu ele de presente para o irmão dela e era a roupinha mais linda do enxoval dele. — Dianna tem um bom gosto! 

— Ela faz falta... — Lucy me olhou. 

— Ela ainda não veio aqui? 

— Não, desde aquele incidente na casa da Vero. — ela mordeu o lábio e desviou o olhar. 

— Entendi. — pontuou. 

Voltei a minha atenção para as roupinhas de Logan e deixei Lucy de lado. Ela estava diferente, mas reservada e quieta. Quase não conversávamos mais como antes, não que eu não confiasse nela, mas ela mesma evitava os assuntos e deixava de lado e aquilo me acalmava um pouco, pois queria esquecer os problemas pessoais e focar apenas no nascimento do meu bebê que seria em três semanas. Ashley havia me dito que poderia nascer antes ou também poderia nascer depois. Às vezes ela me falava da filha que agora já estava enorme beirando seus oito anos, Emily não era a filha biológica dela, mas a menina era estupidamente parecida com ela em alguns aspectos de sua personalidade. Lucy a havia criado de seu jeito e aquela menina era realmente uma cópia fiel de Lucy Vives. 

— Filha? — escutei batidas na porta e olhei para a mesma. 

— Pode entrar! — falei. 

Ela abriu a porta e sorriu para nós duas. 

— Lucy, você poderia...? 

— Quer que eu saia? — perguntou. 

— Vai ser rápido! — minha mãe se sentou ao meu lado e Lucy levantou-se da cama. 

— Aguardo lá baixo, estou com fome mesmo. 

— Fique à vontade, querida!

Deixamos Lucy sair e nos olhamos. Ela me olhava com dúvida e confusão, aquilo me deixou tão confusa quanto ela estava. 

— A Lauren esteve aqui hoje mais cedo. — começou. — Conversamos e... 

— O que ela queria? — fui direto ao ponto. 

— Ela queria conversar com você, mas no fim eu que conversei com ela. — disse. — E vocês deveriam conversar, mas por enquanto... 

— Não se meta nisso, mãe! — larguei a bolsa ao meu lado e bufei. 

— Karla! — ela elevou o tom de voz. — Você tem vinte e três anos e não dezesseis, então veja bem o que anda fazendo com a sua vida, menina. E eu... 

— Mãe! 

— Fique quieta! Eu sei que se você não der o direito a Lauren de conhecer o filho ela pode muito bem tomá-lo de você! — aquilo me atingiu em cheio. — Os seus argumentos sobre traição e sobre o que ela falou do filho de vocês não vau adiantar em nada no tribunal. Lauren tem estabilidade e está sempre um passo à sua frente! Ela já criou uma filha sozinha que hoje é uma mulher incrível. 

— Ela não faria isso! 

— Eu realmente acho a mesma coisa, mas com tudo que vem acontecendo ninguém sabe mais de nada. Ela pode mudar suas atitudes e aquela paciência que reina nela pode sumir em um estalar de dedos e a vontade de ter o filho com ela vai falar mais alto. 

— Ela não tem o direito! — me irritei. — Ela cuspiu na minha cara dizendo que o meu filho era uma merda, a minha decisão, a culpa era minha, então o que você acha? Que ela quer mesmo esse bebê? Você acha isso?  Em momento algum ela se importou comigo e você acha que ela pode se importar com o meu filho? A mulher que dizia me amar faz uma sacanagem dessa comigo! Me poupe desse argumento idiota, mãe! 

— Camila, você não esta raciocinando direito, filha! — esbravejou. — Ela pode ter sido idiota! Mas quem não é? A sua própria irmã foi um erro, um deslize meu com seu pai, eu não a queria, mas ela era a minha filha!  

— Certo que o Logan não foi um deslize da minha parte, mas da dela foi e muita. Não sou eu que tem a porra de um pau. Não sou eu que preciso usar a porra de uma camisinha para gozar nela e não engravidar alguém. — eu estava completamente puta. — Eu não fui a única irracional durante as nossas transas, mãe!  

— Tá Camila, eu já entendi. — ela soltou um longo suspiro. Percebi que ela não tinha mais argumentos e aquilo me aliviou. — Mas pensa nesse bebê, eu não estou pedindo para que vocês fiquem juntas. Estou apenas pedindo para que dê uma chance a ela em relação ao filho de vocês. 

Ela saiu do quarto e me deixou ali sozinha. Fechei minhas mãos em punho, mas não tive uma reação. Não consegui gritar e muito menos extravasar com algo. Aquilo poderia trazer vibrações ruins para o meu filho. 

... 

Uma semana depois... 

Terminei de tomar minha vitamina e mesmo a contragosto me levantei e fui lavar meu copo. Minha mãe estava bebendo água próximo a geladeira e eu fiquei apenas a observando de canto de olho. Ela veio até mim e pegou um molho de chaves que estava em cima do balcão e me deixou um beijo demorado na testa. 

— Vou ao mercado comprar algumas coisas. — disse. — Qualquer coisa me ligue, filha! 

— A Hailee já deve estar chegando! 

— Tudo bem, mas me ligue! — passou a mão em minha barriga e se afastou. 

Escutei a porta da frente bater e depositei o copo agora limpo sobre o balcão e fui até a sala, bufei quando escutei a campainha tocar no momento em que iria me sentar. Abri a porta e senti meu coração acelerar em questão de segundos. 

Lauren me olhou bem nos olhos e de alguma forma não consegui quebrar aquele contato visual. Ela passou a língua entre os lábios e finalmente disse:

Podemos conversar? 


Notas Finais


No próximo tem a tão esperada conversa entre as duas e o resultado a meu ver ficou bom. E também o nascimento do Logan! O capítulo 13 vai ser bem intenso, estou lendo e relendo ele antes de posta-lo. Mas acho que o que está escrito é o que vai ficar mesmo. Até o próximo capítulo. ♥

Beijos!


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