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História Suddenly Is Love - 2° Temporada - Capítulo 5


Escrita por: kccnizer

Notas do Autor


Relouuuuu pessoas! Postando esse apenas porque não vai ter att semana que vem, então estou apenas adiantando. Irei viajar e não sei quando volto hahaha e talvez, mas só talvez eu poste um na sexta-feira, não é certeza, mas quem sabe a titia não brinca de ser boa.

Boa leitura!

Capítulo 5 - Capítulo 5


Pov Camila 

Acordei já me amaldiçoando por ter esquecido as persianas do quarto aberto. A luz do sol clareava o quarto todo e, consequentemente, aquilo me acordou. Gemi frustrada quando virei meu corpo para o lado e vi o espaço que Lauren dormia vazio. A noite foi difícil, pois ela não estava lá. Tudo era difícil sem ela ao meu lado, não literalmente, mas em algumas ocasiões eram difíceis. Me levantei rapidamente e fiz minha higiene pessoal, olhei no relógio que marcava sete e cinquenta e nove da manhã antes de sair do quarto.

Sai de meu quarto e fui até o antigo quarto de Dianna onde Vero deveria estar dormindo. Bati na porta três vezes e escutei um murmuro em resposta para que eu entrasse. Abri a porta e revirei os olhos quando a flagrei apenas de roupas íntimas. 

— Pelo amor de Deus, Verônica. — ela se virou e sorriu para mim. — Coloque uma roupa. 

— Por quê? Não resiste a essa delícia aqui? — revirei os olhos. 

— Só se vista e me leve para comer algo, estou faminta. — ela resmungou algo inaudível. — Estou falando sério. 

— Tá, eu já entendi. — murmurou. — O que normalmente come? 

— Algo que me satisfaça. Estou com fome e com vontade de... 

— Não. Não sou eu quem vai realizar seus desenhos mais nojentos. — me interrompeu. 

— É algo inofensivo. 

— Tipo? 

— Não é uma vontade avassaladora, mas... 

— Puta que pariu mulher. Fala logo o que você quer.  

— Quiabo com calda de chocolate. — ela fez uma careta. 

— Ew. Credo! Não! — ela se virou novamente e vestiu a calça. 

— Vero... Eu juro que te mato se não fizer o que eu quero. — alterei meu tom de voz. 

— Mas você sabe que pode vomitar uma gosma verde com uns detalhes pretos né? — ri. 

— Sim. 

— E isso não te incomoda? 

— Não. — dei de ombros. — Até a minha coisa favorita pode me fazer vomitar. 

— Grávidas são estranhas. 

— Você é estranha e não estou reclamando. E eu quero a porra do meu quiabo com calda de chocolate. 

— Tá, eu vou ao mercado comprar quiabos frescos e cobertura de chocolate. 

— Vero?  

— Sim? 

— Quero que seja feito da barra de chocolate. — exigi. 

— Tá de sacanagem? 

— Não. — dei de ombros. — Vai... 

— Eu nunca mais vou dormir na porra dessa casa com você sozinha. — vestiu sua camisa com um pouco de violência e antes de sair deu um beijo na minha bochecha me deixando sozinha no quarto. 

Quando finalmente desci às escadas ela já havia saído, me joguei no sofá e liguei a televisão. Sei que se passaram mais de quarenta minutos e Vero não chegou e a vontade de comer aquilo já estava passando aos pouco. Pensei comigo mesma que se ela voltasse e eu dissesse que não queria mais ela iria querer me matar sem dó. Fui até a cozinha e abri a geladeira e não encontrei nada de interessante lá para comer, queria o quiabo. Deitei-me no sofá e passei a assistir um programa de culinária, aquilo fez a minha barriga roncar uma oitava. 

Deus... eu estava faminta. 

Escutei a porta da frente ser aberta e levantei na expectativa de ser Verônica, mas desanimei por um lado quando vi Lauren e aquele seu sorriso maravilhoso que fazia as minhas pernas bambearem, portanto, não dei tanta atenção a ela. Lauren caminhou até mim e me agarrou pela cintura e em seguida deixou um beijo em meu pescoço, percebi sua frustração quando não dei a mínima a ela. 

— Que recepção maravilhosa hein. — pisei forte em seu pé. — Ai. 

— Você sabe que eu te amo, mas agora estou com fome. — falei com a voz um pouco arrastada, só não entendi o por que. 

— Cadê a Verônica? Eu disse para ela cuidar de você! 

— E você porra? Deveria estar cuidando da mulher dela! — ela me encarou assustada. 

— A Demi dormiu faz horas e a Sandy disse que ela vai custar a acordar. — respondeu de forma simples. 

— E se fosse eu lá? Você gostaria que ela me deixasse sozinha? 

— Não, eu... 

— Cale a boca que você está errada. — ela se calou imediatamente. — Eu estou com fome e a Verônica foi comida pela porra do mercado e sumiu com o meu quiabo. 

— Vai com calma aí, você está um pouco eufórica. 

— Eu estou com fo... — a porta se abriu de novo e Vero entrou completamente calma. — Em que buraco você se meteu sua cretina? — ela me olhou assustada. 

— Camz... 

— Já mandei você calar a boca, Michelle! — rosnei de raiva. 

— Acabei de deduzir quem é que fica por cima. — Verônica comentou risonha. — Bom, eu vou fazer uma ligação e depois irei embora, só transem depois que eu sair pelo amor de Deus. 

Vero entregou as sacolas do mercado a Lauren. Minha barriga fez um barulho um pouco alto e aquilo me incomodou mais e mais. Lauren passou bem ao meu lado com um pouco de pressa e essa pressa me fez sentir um perfume que por acaso não era dela. 

— Que cheiro é esse? — a essa altura Vero já estava no andar de cima. 

— Que cheiro? — Lauren parou por um segundo e se virou para me olhar. 

— Esse cheiro de vagabunda barata. — falei despreocupada. 

— Não tem cheiro nenhum, é impressão sua. — falou com a voz vacilante. 

— Hmm... Ok! — finalizei aquela conversa e a expressão sem eu rosto suavizou. 

A segui até a cozinha e em momento algum ela se importou se eu estava ali ou não, fiquei a observando enquanto lavava os quiabos na pia. Sentei-me em frente ao balcão e olhei seu celular que estava por cima do balcão e por instinto peguei o mesmo e o destravei, mas naquele momento Lauren percebeu e foi até mim com um pouco de pressa e puxou o aparelho da minha mão. 

— O que foi isso? — questionei. 

— O que? — ela colocou seu celular no bolso da calça. 

— Você nunca fez isso, agora é proibido pegar no seu celular? — ela franziu o cenho. 

— Não é isso. Só estou esperando uma ligação importante. — seu olhar se desviou do meu. Ela estava mentindo. 

— Eu poderia muito bem atender por você e te passar em seguida. 

— Só eu posso atender a essa ligação. — falou um pouco alterada. — Só pare de mexer nas minhas coisas. 

— Tudo bem! — falei tentando manter a calma e não enfiar uma faca no pescoço dela naquele momento. 

Ela se virou novamente para a pia e peguei essa oportunidade e me retirei dali em silêncio. Encontrei Vero descendo às escadas com a sua mochila nas costas e assim que me viu sorriu para mim. 

— Me leva daqui? — ela me olhou confusa. 

— O que aconteceu? — perguntou preocupada. 

— Só me leve para algum lugar longe daqui. — murmurei chorosa. De repente a vontade que me deu foi apenas chorar. 

— O que ela fez? — perguntou irritada. 

— Por favor! 

Ela passou o braço pela minha cintura e me conduziu até a porta. De longe ela destravou o carro e abriu a porta do passageiro para mim. Verônica deu a volta no carro e sentou no banco ao meu lado, no momento em que ela deu a partida no carro vi Lauren passar pela porta da casa como um furacão e sua cara de paisagem a me ver no carro de Vero foi engraçada, devo confessar. 

— Tem algum lugar em mente? 

— Me deixe na casa do Shawn. — respondi. — E depois você pode ir ver seu filho e sua mulher. 

— Eu ficaria com você se não tivesse eles. — ela disse um pouco baixo. — Mas você sabe... 

— Eu te entendo. Hoje a Lauren não esta em um dia bom. — comentei. O celular de Verônica começou a tocar, Lauren bem deixe ter encontrado meu celular em cima do sofá e tentou com a amiga. — Só atenda quando não estiver mais comigo. 

— Certo. Coloque isso no silencioso, pois ela é chata quando quer. — peguei seu celular que estava em sua mochila no banco de trás e vi o nome de Lauren piscando na tela. Rejeitei imediatamente a ligação e coloquei no modo silencioso. 

Encostei minha cabeça no vidro da janela do carro e fiquei apreciando a paisagem lá fora. Fiquei pensando que talvez que tivesse sido intrometida demais, ou até mesmo um pouco infantil. Portanto, a forma como ela me tratou e me privou de mexer em seu celular — coisa que nunca tinha feito antes — me pegou de surpresa. A mudança de humor dela me afetou, de ontem para hoje ela mudou completamente, pois não era mais a Lauren que estava me enchendo de mimos  e hoje simplesmente me atacou. 

Naquele momento eu quis gritar com ela, mas eu não tive forças. Só tive forças para chorar, porém fui mais forte e segurei as lágrimas que teimavam e que queriam me desobedecer. Quando Verônica estacionou em frente a casa de Shawn me senti leve, precisava do meu amigo ou até mesmo de Dinah, mas ela estava fora da cidade. 

— Ei... — Vero tocou em meu braço. — Tudo bem? Olha, eu posso ficar com você... 

— Não, eu fico aqui com ele. Cuide do seu filho e da sua mulher. — soltei meu cinto e me aproximei dela deixando um beijo em sua bochecha. — Obrigada, Vero. 

— Mila... 

— Tudo bem! — sai do carro e ela apenas me observava. 

Dei tchau a ela e mesmo a contragosto saiu de lá. Atravessei o gramado da casa do meu melhor amigo e quando iria tocar a campainha meu amigo abriu a porta me causando um susto. 

— Shawn! 

Ele estava com o celular no ouvido e quando me viu franziu o cenho. 

—... não, mas qualquer coisa te mantenho informada. — disse a pessoa que estava do outro lado da linha. — Vocês brigaram? 

— Que? 

— A sua mulher acabou de me ligar preocupada perguntando por você. — revirei os olhos. 

— Foda-se essa filha da puta! — ele soltou uma risada. — Cadê o Austino? 

— Foi ao mercado comprar algumas coisas. — ele deu espaço para eu que entrasse. — Escutei um barulho de carro e pensei que fosse ele. 

— Verônica veio me deixar. — ele sorriu. 

— A Jauregui esta muito puta com ela. 

— E não tem esse direito. — me irritei. — Posso ficar aqui? 

— Claro que pode, amiga. — ele me abraçou por trás me fazendo rir. — Quando vou saber o sexo do meu afilhado? — percebi que ele não queria tocar no assunto sobre eu e Lauren

— Em breve, quarta-feira tenho consulta com a minha nova obstetra e farei o exame logo após. 

— Isso é incrível. — falou animado e se sentou no sofá. Sentei-me entre suas pernas e senti suas mãos em meus ombros. — Irei enchê-lo de mimos. 

Quando decidir que Shawn seria o padrinho do nosso filho, Lauren relutou bastante, mas no fim cedeu. Já que Lily seria a madrinha dele ela achava que seria pessoas perturbadas demais perto do nosso filho. Bom, eu fiquei feliz com a escolha. Shawn era o meu amigo desde sempre e Lily é a única pessoa em que Lauren confia depois da Verônica como amiga. E como Vero já era madrinha de Dianna não tinha cabimento ela ser de seu outro filho.  

— Você está com fome? — ele passou mão na minha nuca. 

— Muita. — murmurei chorosa. — O que tem aí? 

— Tudo o que imaginar e Austin está chegando com mais aí. 

— Você o trata como o seu empregado. — ele riu. 

— Negativo, ele que me trata como um empregado. — sorriu. Fiz uma careta quando entendi o que ele quis dizer. 

— Que nojo, Mendes! — ele deixou um beijo demorado em minha bochecha e me empurrou um pouco para frente para que eu me levantasse. 

— Vai dormir aqui? 

— Pretendo! 

— Irei preparar o quarto para você. — foi em direção às escadas. — Você já conhece o caminho da cozinha, então pode comer o que quiser. 

Fiz o que tinha que fazer e depois subir para tomar um banho, Shawn me cedeu umas roupas dele e uma cueca que jurou ser nova e nunca usada. Senti-me confortável com aquelas roupas largas, comi mais um pouco no jantar e subi para o quarto de hospedes deixando ele e Austin a sós. Espero que eles não façam nada comigo nessa casa. 

Repensei um pouco nas coisas que haviam acontecido e me considerei uma infantil por meu ato de hoje mais cedo, mas eu não estava a fim de brigar e ela não se importou em momento algum quando gritou comigo, não se importou com as minhas emoções e ela sabia o quanto eu odiava quando ela gritava comigo. Toda a vez que ela fazia isso eu tinha a vontade de quebrar o pescoço dela, mas no fim passava... 

Fui fechando meus olhos aos poucos não tendo mais o controle sobre eles. Cobri meu corpo com o edredom grosso e apaguei o abajur que estava ao lado da cama e finalmente cai em um sono profundo. 

Acordei quando escutei vozes alteradas no andar de baixo. Shawn, Austin e... Lauren? Sentei-me a contragosto na cama e foquei na gritaria no andar de baixo. 

... vocês estão mentindo para mim. Ela tem que estar aqui. Eu fui à casa da Hailee e não a encontrei lá, na casa dos meus irmãos, dos pais dela e dos meus pais, fora que eles estão querendo o meu couro por causa do sumiço dela. Ela não está com a Dinah, pois ela está em Ohio, não está com Lucy porque ela está em Boston. Eu juro que se vocês não me deixarem entrar eu quebro essa porra toda. — ela parecia irritada. 

Com que direito hein Lauren? — Austin gritou. — É melhor você ir embora daqui antes que eu chame a policia. 

Você não ousaria Mahone. 

Então faça o teste, minha cara. — despertei e desci às escadas com rapidez. 

— Não briguem, por favor! — falei irritada. — Você! — apontei meu dedo pra ela. — Vai embora daqui. 

— Só irei com você. 

— Não sou obrigada! — retruquei. 

— Você é a minha mulher! 

— Eu não sou nada sua e a única coisa que nos mantem unidas é meu filho. 

— Nosso filho! — me corrigiu aflita. — Pare com isso e volta pra casa. 

— Eu já disse que não vou porra! — ela tentou entrar na casa, mas Austin pôs a mão no peito dela e a empurrou para fora de novo. — Só vai embora, Lauren! 

— Amor... Camz... Não faz assim. — senti o desespero em sua voz. — Eu passei o dia todo atrás de você com medo por vocês, droga... hoje meu dia foi assustador! Eu preciso de você, vem comigo. Vamos conversar! 

Eu sou tão idiota. 

Tão trouxa. 

E não consigo ficar longe dela. 

Aproximei-me cautelosamente dela e rapidamente ela me alcançou com as suas mãos e me abraçou, mas não com muita força, provavelmente por medo de me machucar. 

— Eu te amo... Droga... me desculpe! 

— Eu te odeio Lauren! — falei contra seu pescoço, mas algo em deixou em alerta; o perfume que havia sentido hoje pela manhã estava lá novamente. 

— Eu sei... Eu... Vamos pra casa! — ela se afastou de mim e tirou sua jaqueta para enfim colocar em mim. 

Não conseguir me despedir de meus dois amigos e muito menos agradecer pelo o dia maravilhoso que eles me deram. Voltaria outro dia para buscar minhas roupas e agradecer a hospitalidade. O caminho de volta para casa foi calmo, Lauren tinha sua mão livre por cima da minha coxa que estava descoberta já que eu usava apenas uma cueca boxer azul que Shawn havia me dado. 

Eu mal coloquei meus pés para dentro de casa e pude sentir os braços dela em minha cintura e seus beijos delicados em meu pescoço, não evitei um gemido que escapou e o arrepio que percorreu por meu corpo com aquele toque delicado e carinhoso. 

— Eu sei... Eu sei que fui uma grossa com você hoje, prometo que irei mudar esse meu jeito e ser menos assim com você. — falou em meu ouvido. — Nunca mais suma assim, meu amor. Eu não suportaria a dor se caso acontecesse algo com vocês dois. — era tão lindo fato dela já se referir ao nosso filho em tudo. — E nunca diga que ele é a única coisa que nos mantém juntas, pois você sabe que não é assim. Você é a minha pessoa especial, a pessoa que mudou meu mundo e eu te amo tanto. É o nosso amor que nos une, então não fale bobagens.  

— Me desculpe também... 

— Não. Não. Não. — falou. — A culpa foi só minha, irei trabalhar nos meus defeitos e prometo meu amor, eu prometo mudar por você, por nós e por ele. — ela colocou sua mão por dentro do moletom e acariciou a minha barriga. — Vocês são tudo de mais precioso que tenho nesse mundo... e a Dianna! — acrescentou. 

... 

Na quarta-feira acordei sentindo uma alegria enorme dentro de mim. Mexi-me um pouco e senti a mão direita de Lauren por dentro da minha camiseta, virou mania agora dela de dormir com a mão na minha barriga. Era um gesto fofo e eu amava aquilo nela. O mais engraçado era o que cutucava a minha bunda todo o santo dia e que me tornava uma depravada todas as manhãs, Lauren sempre iria trabalhar com um sorriso largo no rosto, mas cansada de tanto fazer amor comigo. 

Girei meu corpo em um golpe rápido e fiquei por cima dela, ela se mexeu e soltou um resmungo baixo, porém não se acordou. Rebolei em seu membro ereto e ela gemeu desta vez. 

— Vamos lá... Temos uma consulta hoje! — ela estava tão animada nos últimos dias e me admirou ser eu a primeira a acordar naquela manhã.  Sai de cima dela e me pôs ao lado da cama. — Se você não se levantar em cinco minutos eu não vou te chupar. — tirei minha camiseta e deslizei minha calcinha para baixo pronta para ir ao banheiro, até sentir o corpo dela abraçar o meu. — Boa garota! 

Tomamos um longo banho por sinal e tomamos um café da manhã delicioso preparado por ela que havia tirado o dia de folga e como a consulta seria apenas às nove não nos preocupamos tanto com a hora. Saímos de casa um pouco mais de oito e meia e não demorou tanto até chegarmos ao hospital. A enfermeira que conheci como Sandy me cumprimentou e em seguida nos disse que Ashley estava a nossa espera. 

Entramos no consultório e em momento algum Lauren soltou minha mão. Ashley nos cumprimentou com um sorriso lindo nos lábios rosados deixa do suas covinhas à mostra e em seguida escreveu algo em um papel.  

— Vamos as perguntas básicas... — ela olhou diretamente pra mim. — É o seu primeiro filho, Camila?  

— Sim. 

— Foi planejado ou...?

— Por mim sim, mas por ela não. — respondi. 

— Certo... A Lauren me passou que você  estava sendo acompanhada pelo o doutor Ibañes, então deve ter feito exames... 

— Oh... Sim. — Lauren me entregou um envelope que continha os exames feitos no último mês. 

Ela abriu o envelope e passou a ler com interesse os papéis que tinha em mãos. E por fim me olhou.  

— Seus exames estão ótimos. — sorriu cordialmente. — Desde quando toma anticoncepcional? 

— Comecei a tomar aos quinze anos e parei aos dezoito. — respondi. 

— OK. Camila, você só manteve relação sexual com a Lauren nos últimos meses? — senti vontade de dar um soco na cara dela. 

— Na verdade, nos últimos cinco anos. — ela me fitou desconfortável. Bingo!  

— Uau. — Lauren riu baixo. — Vão querer saber o sexo do bebê? 

— Sim. — Lauren foi a primeira a se pronunciar. Revirei os olhos. 

— Sim, Ashley. Queremos. — ela riu e olhou para a minha Lauren. 

— Não irei passar outro hemograma completo porque esse seu é atualizado de menos de um mês atrás. — acenei positivamente. — Só irei pedir esse que vai constar o sexo do bebê no resultado. — ela anotou algo no papel.  

— Como funciona esse exame? — perguntei claramente curiosa.  

— Tem a sexagem fetal. É feita através de um exame de sangue, e apresenta a presença ou a ausência do cromossomo Y no sangue da mãe. E como esse cromossomo é exclusivo dos homens,  a presença dele indica um menino, e a ausência uma menina. — Lauren apertou minha mão com um pouco de força. 

— Você me disse que não tem erros... 

— Eu lhe asseguro que não tem erros, Lauren. — Ashley pontuou.  

— Pode pedir esse exame então. — disse decidida. — Tudo bem amor? 

— Sim. — respondi. 

— Agora você vá ao banheiro e tire sua roupa, coloque a bata limpa que tem lá e deite-se aqui. — ela apontou para a “cama” que tinha ali. 

Me levantei e fui até onde ela me indicou. Tirei meu vestido e meu sutiã apenas, deixei a calcinha. Vesti a bata e voltei para o quarto, Lauren e Ashley estavam aos risos e quando me viram se calaram. 

— Deite-se aqui. — ela bateu na cama e rapidamente me posicionei lá. — Relaxa, ok? 

Dei uma última olhada em Lauren ela nos olhava de longe com os braços cruzados abaixo do peito. 

Ashley passou suas mãos delicadamente por meu pescoço o apalpando a procura de algum nódulo. Ela desceu suas mãos até meus seios onde ela firmou suas mãos ali, por baixo deles e quando percebeu que não tinha nada afastou as mãos para minhas juntas e todas as articulações do meu corpo. Desceu até a área da virilha, olhei para Lauren que tinha seus olhos firmes nas mãos  de Ashley e a expressão indecifrável em seu rosto me deixou agoniada.  

— Parece que está tudo certo. — ela olhou em meus olhos e sorriu. — Pode ir se trocar! 

Fiz o que ela pediu e rapidamente voltei para a sala. Ela já havia entregado o pedido do exame a Lauren. 

— Assim que sair o resultado do exame aguardo vocês ansiosa. — ela sorriu para Lauren. 

Ansiosa é a puta que pariu. — pensei comigo mesma. 

Me aproximei de Lauren e entrelacei minha mão na dela. Sorri falsamente para Ashley e agradeci com um aceno de cabeça. 

— Eu não gosto dela! — falei quando já estávamos no estacionamento.

— Camz... 

— Camz o caralho! Ela te come com os olhos... 

— Porque você acha que todo mundo é a fim de mim? 

— Se olha no espelho minha querida, até os héteros  te querem. — ela riu. 

— Mas eu amo você... 

— Não gosto dessas pu...

— Camila! — ela riu. — Se controla, mulher... 

— Vamos a casa dos seus pais. Hoje eu irei sair com a Taylor e a sua mãe, elas me esperam lá. 

— O que? Porque? Hoje era nosso dia juntas. Tirei até folga. 

— Sua irmã também. — revirei os olhos. — Vamos ver o meu vestido. 

— Que vestido? — ela perguntou confusa. 

— Como assim que vestido, Michelle? O vestido de casamento! 

— Porque você se altera com tanta facilidade? — ela colocou a mão em seu peito. Dramática. — Meu Deus... Eu vou casar! 

— É, com uma gorda. 

— Você não está gorda. — argumentou. 

— Mas vou ficar. Até o casamento você já fugiu de mim e da minha gordura. 

— Você sempre vai ser linda. — ela sorriu. — E eu amo você independente da sua gordura. — rimos. 

— Eu também te amo, Lo. 

O telefone dela tocou. 

— Um minuto. — ela se afastou de seu carro e andou um pouco distante de mim. E falou com alguem ao telefone.

— Vamos? 

— Quem era? 

— A Lily. — deu de ombros. 

— O que ela quer? 

— Vou vê-la depois, vou te deixar na casa de meus pais e quando estiver disponível para mim é só me ligar. 

Ela mentiu. Lily estava em Nova Iorque  com Hailee, e disse que só voltariam em duas semanas. 

— Tudo bem... — foi tudo o que consegui responder antes de entrar no carro. 


Notas Finais


O próximo capítulo vai ter uma mistura doida, pov Dianna, Lauren e Camila e o casamento delas hshshshsjs até não sei quando. Bye ♥


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