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História Suddenly Is Love - 2° Temporada - Capítulo 6


Escrita por: kccnizer

Notas do Autor


Hey hey hey! Eu não iria postar hoje e muito menos essa semana, mas a falta de fazer aqui é muita. Sintam-se importantes, pois fiquei até agora acordada editando o capítulo. Eu mudei drasticamente o rumo da fic, então estejam preparados para tudo. Reescrevi algumas partes desse e corte a coisa mais importante: o casamento. Hahahaha

Obrigada a quem comentou. Não respondi porque? Bom, eu leio e fico tentada a responder e soltar um spoiler, então é melhor só ler mesmo jshshshs

Boa leitura! Perdoem os erros... ♥

Capítulo 6 - Capítulo 6


Pov Camila

— Tudo bem com você? — Lauren perguntou assim que desligou o carro. 

— Sim. — respondi sem olha-la e saí do carro. 

Percebi seu olhar cair em mim e não me importei. Abri a porta de trás do carro e peguei minha bolsa que estava lá. Lauren travou o carro em seguida e passou a mão em minha cintura, depositou um beijo na minha cabeça, puxou a bolsa da minha mão e me guiou para dentro do hospital. 

Ultimamente ela tem sido bem compreensiva comigo, pois durante uma semana senti enjoos constantes e aquilo estava me irritando profundamente, meu humor piorou; sempre irritada. E por mais que e sempre tirasse uma casquinha para brigar com ela, Lauren entendia e não me dava mais motivos para termos uma briga séria. 

E hoje voltamos ao hospital para finalmente sabermos o sexo do nosso bebê. Eu estava animada, mas ela parecia bem mais que eu. E àquela altura estava me sentindo uma péssima futura mãe. Quando Ashley disse que deveríamos entrar na sala dela, Lauren entrelaçou sua mão na minha e entramos na sala em silêncio.

Ashley estava linda — infelizmente a maldita era linda. —, um sorriso lindo brincou em seus lábios assim que nos viu, e lá estava de novo as lindas covinhas em suas bochechas. Sentamos a sua frente e em momento algum Lauren soltou minha mão, me senti feliz e segura com sua mão na minha. 

— Então, tudo bem com você, mamãe? — Ashley perguntou diretamente  a mim. 

 — Não, do mesmo jeito. — respondi. Eu havia ligado para ela e me informar sobre os enjoos e segundo ela aquilo era normal. 

— Entendo, mas logo vai passar. — respondeu.  

Lauren abriu minha bolsa e tirou de lá um envelope onde estava o exame e entregou a Ashley. 

— Preparadas? — Lauren apertou minha mão com mais firmeza e aquilo me passou paz. 

Ashley abriu o envelope completamente calma e por mais que aquilo estivesse me incomodando não poderia gritar e dizer para ela acabar com aquilo de vez e dizer se meu bebê era menino ou menina. Ela tirou uma folha de dentro do envelope e leu com atenção linha por linha e eu poderia até dizer que aquilo demorou um ano. Ela deixou o papel sobre a mesa e me olhou. 

— Bom, o exame deixou bem claro...  

— Fala logo. — Lauren disse agoniada. 

— Vocês vão ter um menino. Parabéns!  

Senti uma leve pressão na minha mão e percebi que Lauren tinha apertado mais, e por mais que eu sentisse um pouco de dor, aquilo não importava naquele momento. 

Eu vou ter um menino. 

Um menino. 

Serei a mãe de um menino. 

— No exame não deixa claro que vocês terão gêmeos ou não, mas se for gêmeos ou mais será sem dúvida apenas meninos. Portanto, eu creio que terão apenas um bebê. 

— Mas tem chances disso acontecer? — perguntei. Só um já estava de bom tamanho. Espero que Deus entenda isso. 

— Não lhe darei esperanças, mas quem sabe. — falou, e me deixou completamente atordoada. 

— Já pensou se tivermos gêmeos? — Lauren perguntou bastante animada.  

— Você tá ficando louca? Eu espero que não. — disse completamente incrédula com a animação dela quanto a isso. 

— Mas... Porque não? Já pensou dois bebês? 

— Não Lauren, eu não pensei nisso. — Ashley nos encarava com um sorriso divertido.

— Nossa! Você é chata! — falou igual uma criança mimada. 

— Não é você que vai parir,  criatura. Então fica quieta na sua. — rebati. Ashley soltou uma risada discreta. 

— Vocês são tão lindas juntas. — ela comentou. 

Acenei brevemente com a cabeça e ela passou a me dar mais algumas dicas sobre a gravidez e me dizendo que com um tempo eu iria me acostumar com tais coisas normais durante a minha gestação e sobre a primeira ultrassom que teríamos no mês seguinte. 

Lauren estava distante e seus olhos verdes estavam fixos em um ponto na mesa de Ashley. Ela tinha um sorriso em seus lábios e me permitir sorrir também. 

Ela estava feliz. 

Eu estava feliz. 

Teríamos um menino, o nosso menino. 

...  

Quarto mês. 

Acordei em uma manhã de sábado e vi que Lauren não estava ao meu lado. Tomei um banho rápido e vesti minhas roupas íntimas e fiquei por um bom tempo sentada a beirada da cama olhando minha barriga que já estava um pouco volumosa. Passei as mãos por ela e sorri ao lembrar que meu filho estava ali dentro. Levantei-me e abri a porta do closet onde tinha um espelho enorme, fiquei parada de lado e vi a diferença em meu corpo. Minha barriga avantajada me chamou a atenção. Nunca tinha me imaginado assim; grávida. 

— Hey! — virei apenas meu rosto e olhei para a porta onde Lauren estava. Ela usava um conjunto de moletom cinza e tênis, seus cabelos estavam amarrados em um rabo de cavalo e em seu rosto brilhava uma fina camada de suor e a coloração vermelha nele a deixou completamente sexy... 

Eu não queria me excitar com ela, eu não queria me entregar a ela e não queria ser tão dependente dela, mas naquele momento toda a raiva e frustração haviam passado e eu via ali a minha Lauren, a mulher que amo e com quem irei construir uma família. 

— Estava correndo? — perguntei já sentindo meu corpo me desobedecer. 

— Sim. — respondeu. Ela passou a mão em sua testa e limpou o suor. — Preciso de um banho. 

— Não. Você não precisa. — minha voz saiu um pouco arrastada. 

— Estou toda suada, amor. — ela puxou sua camisa de moletom cinza para cima e a tirou e ficou apenas de top. — Porque está me olhando assim? — perguntou desconfiada. 

— Você... — deixei a frase morrer na minha garganta. 

— Eu? 

— Senta! — apontei para a cama e mesmo confusa ela fez o que pedi. 

Naquele momento a minha sanidade havia sumido e eu estava completamente louca por ela e com vontade de tirar o resto de roupa que sobrava em seu corpo e força-la a me foder até desfalecer. Ela tinha seus olhos firmes em mim, e no momento em que me coloquei a sua frente suas mãos automaticamente repousaram em minha cintura, procurei por seus olhos, mas eles estavam agora atentos em minha barriga e pareciam hipnotizados com aquilo. Fechei meus olhos quando senti seus lábios naquela região protuberante, não estava tão grande, ainda ganhando um pouco de tamanho, pois eu ainda estava em meu quarto mês. Aquela altura o meu tesão por ela ainda estava me consumindo, mas aquele carinho todo que ela estava tendo comigo de alguma me encantou e freou as minhas vontades. 

Passei minha mão em sua cabeça e desfiz o rabo de cavalo, ela deslizou seus lábios delicadamente por toda extensão da minha barriga e tornou aquilo gostoso de sentir. Suas mãos possessivas, mas em momento algum ela usou força em minha cintura, ela modelou perfeitamente sua mão naquela região.  

— De alguma forma isso me atrai tanto. — sua voz saiu um pouco abafada. Abri meus olhos e procurei seu olhar que rapidamente se encontrou com o meu. — Me deixa completamente louca por você. 

— Você... — ela deslizou suas mãos da minha cintura e parou na barra da minha calcinha e logo foi descendo de uma forma lenta e torturante até parar em meus joelhos. 

Ela deslizou uma de suas mãos para o meio das minhas pernas e seus dedos foram de encontro a minha intimidade que estava completamente molhada por ela. Soltei um longo suspiro e senti meu coração se acelerar com aquele toque delicioso que poderia me levar à loucura em segundos. Eu precisava dela e ela sabia perfeitamente disso. Mordi meu lábio inferior quando Lauren tirou seus dedos de lá e os colocou em sua boca que por questão de segundos deslizou novamente até a minha intimidade, mas desta vez ela me penetrou delicadamente mantendo apenas a metade de seus dedos em meu interior. 

Trabalhou em seus movimentos lentos de entra e sai me levando a loucura, segurei seus cabelos com força e usando também sua cabeça como apoio, pois eu senti que poderia cair a qualquer momento. No momento em que Lauren moveu sua cabeça até minha intimidade para me dar mais prazer com sua língua maravilhosa à campainha tocou. 

— Não amor, não faz isso comigo, por favor... — minha voz saiu manhosa quando seus dedos saíram de dentro de mim. 

A campainha havia tocado mais uma vez. 

Tocou de novo. De novo. E de novo. 

Lauren puxou sua camisa de moletom e a vestiu. Abriu um pouco as minhas pernas e beijou minha intimidade sensível, acertei uma tapa em seu ombro e ela saiu rindo de nosso quarto. 

Bufei irritada e levantei minha calcinha vestindo-a novamente e fui até o closet e peguei um vestido. 

— Não seja inconveniente, Verônica. — escutei a voz irritada de Demi e ri. 

E com toda a certeza Vero havia dito algo completamente idiota sobre Lauren e eu que acabou irritando a mulher. Escutei um grito alto e fino vindo do andar de baixo e me permitir sorrir por saber que era o Toby. 

Desci às escadas com um pouco de pressa e encontrei as três sentadas no sofá admirando o pequeno que estava no colo de Lauren. Verônica era a que mais paparicava o filho e aquilo chegava a ser fofo da parte dela. Me aproximei de Lauren e peguei o pequeno e o enchi de beijos. Para um bebê que tinha apenas um mês de vida e que nasceu prematuro ele era bastante ativo. 

— Então, podemos conversar agora? — escutei a voz de Verônica e olhei para Lauren.

— Claro... 

Elas duas se levantaram e foram em direção al escritório de Lauren que ficava próximo às escadas. Aconcheguei Toby em meu peito e aspirei seu cheiro delicioso de bebê. 

— Ele gosta de você! — Demi falou com a voz calma, me permitir sorrir com aquilo. 

— E eu dele. Né meu pequenino. — falei com uma voz fina enquanto mexia com ele ainda em meu peito. 

— E como vão as coisas? — me sentei melhor no sofá e fitei a mulher a meu lado. 

— Bem, mas às vezes eu nem me reconheço. 

— Isso é normal. — falou. — Você está grávida, Camila! — disse em um tom animado. 

— Eu estou tão feliz, Demi. 

— Eu na sua idade só pensava em festas e nada de produtivo na minha vida. E olha você aos vinte e três anos construindo uma família. 

— Eu encontrei o amor cedo. — murmurei um pouco baixo quando senti o corpinho que estava em meu colo amolecer por conta do sono. — Ele dormiu. 

— Camila, você se sente feliz de estar com a Lauren? Sei lá, estou vendo algo em seus olhos e eles não me passam segurança e felicidade. 

— Estou só um pouco incomodada com algumas coisas que veem acontecendo. 

— Não precisa me contar se não quiser. — ela disse calma. 

— Eu preciso conversar com alguém sobre isso, posso confiar em você? 

— Você sabe que sim. — sorriu. 

— Promete que não vai comentar com a Vero sobre? — ela franziu o cenho. 

— Camila... 

— Deve ser coisa de mulher grávida. — tentei mudar de assunto. 

Ela me olhou e me olhou, em momento algum desviou seu olhar de meu rosto. Desci meus olhos para o pequeno em meu colo e vi a forma serena e tranquila de como ele dormia em meus braços me permitindo sorrir por ter algo tão pequeno e frágil em meu colo adormecido lindamente. 

— Camila... — tentou novamente. 

— Eu acho que ela está me traindo. — me permitir olha-la e sua feição era um pouco indecifrável. — Satisfeita? 

— Não. Isso é um absurdo, sabia? 

— Não Lovato, isso não é um absurdo, isso é o que estou sentindo no momento. — soltei de uma vez só. — O que você iria achar se a sua mulher chegasse em sua casa tarde da noite e ainda por cima com um perfume desconhecido e pra variar cansada? 

— Camila, isso é coisa da sua cabeça. — ela me olhou completamente incrédula. — Tente conversar com ela! 

— Eu não pretendo conversar com ela, Demi. — falei. — A ultima vez em que consegui mexer no celular dela, ela quase me agrediu. 

— E vai deixar isso assim mesmo? — ela tocou em meu ombro. — Camila... vocês vão se casar em um mês. 

— Eu pensei sobre isso também. — falei calmamente. 

— E o que vai ser? 

— Vou cancelar o casamento até o nascimento do meu filho. 

— Isso pode trazer desconfiança a ela e você sabe disso. — disse em um murmuro. 

— Eu sei, mas é que... 

— QUEM VOCÊ PENSA QUE É PARA VIR ATÉ A MINHA CASA E ME DAR ORDENS DO QUE DEVO FAZER COM A MINHA FILHA? — pulei em um susto um pouco assustada com a voz grave de Lauren vindo de seu escritório. 

Toby se remexeu em meu colo e no momento em que abriu a boca o choro alto, agudo e incessante soou na sala, Demi o puxou para seu colo e se levantou do sofá na tentativa de tentar acalma-lo. 

Fui até o escritório dela e fiquei perto da porta, ela havia parado de gritar, ou seja, tinha se acalmado pelo menos um pouco, ou não... 

— Ela é minha filha, Verônica. Ela é minha filha! 

— Eu sei que é, mas às vezes nem parece que você se importa com ela. — Vero rebateu e sua voz tinha um tom alterado, mas Lauren parecia pior. 

— Ela tem vinte e um anos, porra. — vociferou. — E você a trata como se ela tivesse dois anos e fica mimando e puxando o saco dela o tempo inteiro. O quão irritante isso é? Responde-me! 

— Não tem nada de irritante nisso. Eu a amo! Ela é a minha afilhada e é como se fosse uma filha para mim. 

Escutei uma risada vindo de Lauren. 

— Então é assim? Você simplesmente sempre vai passar a mão na cabeça dela? 

— Todos cometemos erros, Lauren. Seja racional! 

— Estou sendo tão racional quanto você. — escutei sua voz ganhar mais volume. — A porra do seu problema é que quando ela te chamar você vai igual uma retardada da mesma forma em que ela vai para aquela filha da puta da Allyson! 

Respirei fundo. 

Uma... Duas... Três... 

Ela estava falando da minha irmã. 

— Eu gastei muito dinheiro com ela nessa faculdade, Vero e ela me faz uma sacanagem dessas. 

— Você não gastou nada, a faculdade foi de graça. 

— Não. Não foi. A Dianna não foi aceita em nenhuma faculdade por ela ser burra o suficiente para não saber se descrever em uma maldita redação e a porcaria das notas delas só pioraram a situação dela mais ainda, e a Lily me chamou e me informou sobre tudo o que estava acontecendo com ela no colégio. — senti que Lauren poderia explodir a qualquer momento. — Eu estava pagando a merda dessa faculdade o tempo inteiro porque ela sempre me disse que queria ser que nem eu, e eu dei esse prazer a ela, mas ela sempre me da um motivo para deixar de acreditar na capacidade dela. Droga! Ela é a minha filha e eu não deveria achar que ela é uma completa fracassada! 

— Lauren... 

— Não! Minha família, você e a Lucy sempre souberam o quanto eu sofri quando a Keana faleceu. Todos vocês tinham o conhecimento disso. — ela soltou um longo suspiro. — Foi difícil cria-la sozinha e fazê-la se tornar essa mulher incrível. Mas eu realmente não sei onde foi que errei com ela. 

— Você não errou! Ela quem procurou! — Verônica disse algo que realmente me surpreendeu. De uns tempos pra cá ela sempre defendia Dianna de tudo e de todos e isso incluía Lauren. — Todos quando somos jovens erramos Lauren. 

— Eu nunca errei, sempre acertei. — me afastei um pouco da porta. — Quando a Keana me disse que estava grávida confesso que me praguejei de todas as formas possíveis por ter sido babaca o suficiente em deixar esse deslize acontecer, mas quando esse deslize nasceu eu vi o mundo em minhas mãos, em meu colo. O melhor erro da minha vida e eu não me arrependo disso! Eu só queria tentar entender o que fiz de errado com ela, éramos tão próximas e do nada nos distanciamos e toda a vez que tento me aproximar ela me afasta e isso dói tanto. 

Saí de lá e rumei para sala novamente. Demi já estava sentada no sofá e o pequeno já dormia novamente. Sorri para ela que sorriu de volta. 

— O que a Dianna aprontou desta vez? 

Todos tínhamos o conhecimento de que a briga entre as duas amigas sempre tinham um único motivo: Dianna. E aquilo chegava a ser tão irritante que não entendia como elas sempre batiam na mesma tecla com a mesma pessoa que parece nem se importar com elas. 

...

Mais tarde naquele dia Lauren saiu para fazer compras e eu me encontrava novamente em frente ao espelho admirando a bola que se formava em mim. Desde a minha conversa com Demi fiquei pensando na possibilidade de adiar o casamento e em outras vezes eu não queria adiar aquilo. Queria me casar com ela o mais rápido possível e deixar as deixar as desconfianças de lado, mais uma voz lá fundo dizia para eu deixar do jeito que está e esperar meu bebê nascer.

— Você está linda!  — escutei a voz de Lauren e me assustei. 

Me olhei no espelho e uma tristeza reinou em mim. 

— Não estou nada. Estou ridícula. — olhei novamente a minha imagem no espelho e senti uma vontade monstra de chorar, o que não passou despercebida por ela. 

— Camz... 

— Olha isso. — apalpei meus seios sensíveis. — Ganhei até peitos. 

Lauren soltou uma risada incrivelmente alta. 

— Lo, eu estou feia, estou gorda. 

— Você não está feia. Isso é por causa dele, amor. 

— Você acabou de dizer que não estou feia, mas em momento algum negou que não estou gorda. — senti meus olhos marejados. 

— Meu Deus... — ela veio até mim, mas eu recuei e ela logo se afastou. 

Senti meus olhos arderem e as lágrimas banharam meu rosto. Lauren me olhou um pouco assustada e ficou sem ação. 

Quando Ashley me disse sobre a minha mudança de humor, eu já estava ciente, porém eu estava começando a achar que tinha transtorno bipolar. Eu não sabia como controlar as emoções que tomavam de conta de mim. Às vezes a forma como Lauren me olhava eu podia ter a certeza que ela tinha medo, ela tinha medo de mim. E eu poderia achar engraçado se no fundo aquilo não fosse trágico, antes eu sabia que ela tinha medo, mas parece que após a gravidez esse seu medo triplicou. 

A forma como ela me tratava era fofo, ela fazia de tudo para me ver sorrir quando eu estava prestes a chorar e nunca argumentava em nada quando eu estava explodindo de raiva, ela sempre se calava e me deixava soltar fogo com as minhas palavras desnecessárias. Na maioria das vezes, eu sempre puxava briga por qualquer coisa idiota que me vinha a mente. Ela percebia isso e não perdia seu tempo comigo, que na minha opinião era o mais sábio a se fazer. 

— Olha, eu passei na banca de revista e encontrei isso. — e só agora que notei que Lauren tinha um pequeno livro em mãos. —  Tem nome de bebês e seus significados, então se quiser sentar e ler alguns nomes... 

Seu sorriso. Aquele maldito sorriso me contagiou. Lauren era estupidamente perfeita e incrivelmente linda.  

Me sentei na cama e vi outra revista e então me toque era a revista para o quarto do bebê que Vero havia deixado para nós. Lauren se encostou na cabeceira da cama, mas antes retirou sua camisa e ficou apenas de top e um short flanela, ela abriu seus braços e então me aconcheguei em seu colo, peguei o livro que estava em suas mãos e abri em uma página qualquer. 

— Jacob? — Lauren perguntou, mas logo neguei. — Vamos usar hífen?

— Com hífen fica feio amor. — falei. — Arthur?

— Credo Camila, vai por o nome de uma pessoa de setenta anos no nosso filho que ainda nem nasceu? 

— É difícil escolher nome de criança. Meu Deus... 

— Não é nada. Não estamos fazendo isso nem a um minuto e já desistiu? — seu tom brincalhão me fez rir.

— É sim, pois faz um mês que descobrimos que vamos ter um menino e nada. — fiz uma pausa. — Como você e a Keana escolheram o nome da Dianna? — o livro iria nos ajudar bastante, mas eu realmente estava muito a fim de saber. 

— Estava passando um comercial de TV e o nome da mulher era Diana com apenas um n, então gostamos de cara, mas fizemos o diferencial e acrescentamos mais um n. — aquilo soou tão idiota. — Não me julgue, era a nossa primeira filha. Eu tinha dezoito e ela dezessete. 

— Vocês escolheram o nome da filha de vocês a dedo. — soltei uma risada. 

— Nem começa, é um nome bonito. — ela passou a folhear novamente o livro que continha centenas de nomes. 

— Qual era o sobrenome dela

— Issartel. — respondeu. — A Dianna pegou o segundo nome dela apenas e ficou Dianna Marie Jauregui. 

— Porque a Dianna não herdou Issartel? 

— A Keana não era chegada nesse nome — ela fechou o livro que estava em minhas mãos e virei um pouco me rosto para olha-la. —, ela meio que criou raiva da mãe pelo o que ela fez. 

— A traição?

— Sim. Ela adorava o pai, mas no fundo sentia um pouco de raiva por ele ter largado a mãe da Alexa por elas. 

— Pensei que ela fosse feliz.

— Keana sempre sofreu na mão da Alexa. Essa gritava, se fosse possível, para todo mundo saber o quanto ela odiava a irmã. — observei a expressão inquieta em seu rosto. — Ela se odiava por ter destruído a família perfeita que a Alexa pintava pra ela. 

— Deve ser horrível. 

— Sabe o que é irônico? — fiz que não com a cabeça. — Ela odiava traição, mas acabou me traindo. 

Fiquei em silêncio por alguns segundos e vi uma fina camada de tristeza em seus olhos verdes. 

— Às vezes quando bebemos...

— Nada justifica o que ela fez, amor. — me cortou. — Eu sempre saia para beber com a Vero e você não tem ideia de quantas garotas se jogavam pra cima da gente, Demi era uma que vivia na minha cola e a outra... — ela riu. 

— Quem? 

— A Ariana, essa daí era perturbada. — balancei a cabeça em negação. — Ela e a Demi eram inseparáveis. 

— Pelo menos a tara que a Demi tinha por você  passou, vocês... 

— Camz... Não! O mais perto de sexo que chegamos foi o oral. 

— Você fazia sexo oral nela? 

— Eu não. Ela que fazia em mim. — disse orgulhosa de si. Minha vontade foi de acertar um murro na cara dessa abusada.  

— Porque que tudo é tão fácil para quem tem a porra de um pau entre as pernas? 

— Eu realmente não sei te responder essa pergunta. — respondeu pensativa. 

— Agora quem tem uma vagina sempre se ferra. 

— Devo concordar, porque se eu tivesse uma vagina e de brinde com uma coisinha crescendo dentro de mim estaria em pânico. — soltei uma risada pela forma como ela se referiu ao nosso filho.  

Ficamos em silêncio por um bom tempo após aquela conversa que saiu naturalmente. Lauren voltou a sua atenção para o livrinho de nomes e eu desta vez puxei a revista que Vero tinha deixando para a decoração do quartinho dele. Quando descobrimos o sexo tudo pareceu tão mais fácil, pois o enxoval dele seria totalmente azul e branca e algumas coisinhas amarelas que encontrei para meninos que agradou à ela também. 

Lauren agora tinha a mania de dizer para todo mundo que ela encontrava na rua que o nosso bebê  era um menino. E que seria o bebê mais lindo de toda Miami. A sua animação quanto a isso me contagiava a cada dia, pois agora todas as noites antes de dormir ela conversava com a minha barriga alegando que era com ele. Era engraçado. Ela era fofa e muito boba e isso fazia-me apaixonar mais ainda por ela. 

Tinha algumas coisas que ainda me deixavam com um pé atrás com ela, pois ela às vezes chegava um pouco tarde em casa e sempre com aquele maldito cheiro. Eu sempre me deixava acreditar que poderia ser o novo perfume dela, mas não era. Lauren saía de casa com um cheiro e voltava com outro completamente diferente e muito exausta. Às vezes as mudanças de humor dela variavam mais do que a minha, mas desde o meu último momento de loucura quando sumi por um dia,  ela tinha relevado suas atitudes e nunca mais tinha me tratado mal. 

Portanto, eu tinha minhas desconfianças, pois tinha vezes em que ela mentia pra mim e eu deixava passar. Lauren estava diferente em algumas coisas, mas sabia ser discreta. Erro dela foi deixar que eu a conhecesse e soubesse quando estava mentindo e dizendo verdade. Só que diante de tudo em que estávamos vivendo; noivado, a minha gestação, a convivência entre nós duas como casal. Poderia dizer que estávamos bem e vivendo como um casal normal vive hoje em dia. Ela era atenciosa e se mostrava uma boa mulher mesmo que ainda não fossemos casadas ela já me tratava como tal e eu estava amando isso. 

— O que você acha de Logan? — despertei de meus devaneios. 

— Oi? 

— Logan Cabello Jauregui. — falou animada. — Gosta desse? 

— Ficou perfeito! — falei animada. — Gostei! 

— Mesmo? — perguntou receosa. 

— Mesmo. — ela riu. — Vamos mandar fazer um letreiro com o nome dele. 

— Animada? — sorri e fiz que sim com a cabeça. — Vem cá. — ela tirou a revista da minha mão e colocou no criado onde já estava o livrinho com os nomes que ela lia. Lauren segurou minha cintura com uma delicadeza de tirar o fôlego e me virou já colocando-me perfeitamente sentada em seu colo. — Você não sabe a alegria que está me dando com tudo isso que está fazendo comigo, na minha vida. 

— Eu te amo, Lauren. — foi tudo que consegui dizer antes de atacar seus lábios em um beijo delicado. Seus dedos foram deslizando para dentro da minha camisa. Migrei meus lábios dos seus até parar em seus pescoço, me afastei no mesmo instante em que senti o cheiro agora bastante conhecido por mim. Sai de seu colo e catei sua camisa, passei a gola da mesma em meu nariz e fechei meus olhos com um pouco de força. — Onde você esteve? 

— No mercado! — falou firme. 

— Não mente pra mim. 

— Eu não estou mentindo. 

— Com quem você estava? — ela me olhou confusa. 

— Sozinha!  

— Tudo bem! — joguei a camisa dela com um pouco de força no chão e passei por ela saindo do nosso quarto. 

— Camz! Camila! — seus passos atrás de mim me fizeram recuar e parar. 

— Eu tomei uma decisão, Lauren! — falei. 

— Do que você está falando? 

— O nosso casamento... Está cancelado! 

— Você ficou louca? 

— Não Lauren! Eu estou super normal, muito normal e talvez até mais que você, minha cara! — ela recuou dois passos para trás e me fitou completamente confusa e assustada, seus olhos diziam isso. 

— Camz... Calma! A gravidez... 

— Não põe a culpa na porra da gravidez, Lauren! 

— Meu Deus! O que deu em você? Estávamos tão bem...

Eu só não confio mais em você. — pontuei. 


Notas Finais


Até semana que vem hahahahaha e não me odeiem, podem odiar a Lauren, eu deixo u.u

Amo vocês. Fui ♥


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