História Suddenly " l.h - 11° Capítulo

Subo as escadas e abro a porta do meu quarto, adentro me jogando na cama em meio as cobertas. Não sei o porquê de Nathan, meu irmão dizer isso. Mas vou esquecer, quero dormir, ao certo não sei que horas Luke vai ir embora, mas agora quero que ele tenha ido. Pego no meu celular percebendo que já são quase 11:00 da noite. Me aconchego mais tentando encontrar o sono.

Fecho os olhos e num instante ouço toques à porta, bufo pois não quero falar com ninguém agora. Me viro e grito.

"Não quero conversar com você agora, Nathan!" volto a posição que estava.

Não escuto mais nenhum toque ou barulho, agradeço mentalmente por isso, mas quando volto a fechar os olhos ouço a porta se abrindo e não ouso em olhar, Nathan sempre foi teimoso e sei que ele vai tentar explicar ou tirar algumas perguntas de mim.

Sinto o baixar do colchão ao meu lado e dessa vez viro, vendo o que não esperava. O que ele está fazendo aqui?

Luke está com uma regata preta e uma calça no mesmo tom; Seu cabelo está bagunçado como sempre. Era a única bagunça que eu amava, seus olhos estava com o azul cristal que eu não cansaria de olhar nunca.

Me saio de meus desvaneios e volto a ficar de costas, não queria mesmo conversar com ninguém, amanhã teria aula e com certeza vou estar a morrer de sono mais uma vez.

"Não vire as costas Collins! Apesar que elas são lindas." sua voz ecoa pelo quarto me fazendo sentir um arrepio em minha nuca.

"Disse que não quero conversar Luke" volto a fechar meus olhos.

"Se eu ouvi bem, você disse que não quer conversar com o Nathan" abro meus olhos o vendo dar o contorno da cama e parar em minha frente, se sentando no chão escuro do quarto.

"É verdade, pensei que fosse Nathan batendo à porta" falo e Luke como sempre está encarando o nada além da janela.

"Agora você está vendo que sou eu, então vai dizer que não quer conversar também comigo?" ele pergunta ainda olhando através da janela.

"Sim estou vendo que é você" digo e volto mais uma vez a fechar meus olhos.

"Não vai ver se estiver com os olhos fechados" meio que ouço Luke sorrir e em um segundo abro os olhos e vejo em seus dentes brancos e perfeitos o sorriso mais raro e lindo ser colocado em sua boca.

"Porque está rindo?" pergunto.

"Por você nem se importar que estou no seu quarto, sendo tarde da noite." o tom de sarcasmo é óbvio me fazendo revirar os olhos.

"Só não quero que Nathan ache que trato mau você, ou algum amigo meu, assim ele iria ficar me enchendo mais de perguntas e se fazer de meu pai." respondo vendo Luke se virar tirando a sua atenção da janela.

"Nathan não tem cara de ser tão mau assim" ele olha para mim e não consigo ficar olhando em seus olhos.

"Ah, você não viu nada, ele é sim, basta acontecer uma coisa que ele não gosta." Luke mais uma vez sorri, só que dessa vez ele tem um sorriso malicioso em seus lábios.

"Acho que ele não iria ficar com raiva de uma certa coisa que estou pensando em fazer" percebo que ele ainda me fita, não sei ao certo o que Luke quer dizer com isso.

"Então se você acha isso Luke, faça, Nathan não vai fazer nada com você" digo simplesmente. Eu não sei ao certo o que estou fazendo.

"Oh, mas ele tem o direito de fazer algo com você?" levanta uma sobrancelha.

"Meio que sim, ele é meu irmão mais velho infelizmente." dessa vez minha voz soa alto e Luke sorri de lado.

"Mas ele não está aqui, acho que ele não vai precisar saber" diz e ainda não sei do que ele está falando, o sorriso malicioso ainda está estampado em sua face.

"E você acha que vai fazer isso no meu quarto? Nunca, vai para sua casa, Luke" digo irritada fazendo ele sorrir ainda mais com minha atitude.

"À não ser que você queira ir comigo até minha casa, aí eu faço" sua voz está rouca e o vejo esticar os braços os colocando sobre o joelho.

"Não vou à lugar nenhum com você, não sei o que quer fazer" balanço a cabeça. Luke me olha nos olhos, nunca ele tinha feito isso, por um instante se aproximou da cama, sem se levantar de onde estava.

"Quero fazer isso." exclama e me toca com sua mão em meu rosto, dessa vez sinto que sua mão está quente, apenas consigo fechar os olhos sentindo a sensação dele a tocar-me.

Continuo com os olhos fechados e em fração de segundos, sinto seus lábios roçarem nos meus, é lento o beijo, a sensação é indescritível, solto um baixo gemido ao sentir Luke morder meu lábio inferior, sei que isso não deveria estar a acontecer, eu apenas penso que não quero que pare. Ele parece gostar do que estamos fazendo, nos beijar era como estar satisfazendo um ao outro, foi isso que senti quando nos beijamos na festa, nossas línguas dançavam em um ritmo nosso, nossas bocas estavam quentes e por sinal bem vermelhas, o frio era sentido em todo o quarto, mas nós estávamos aquecidos com aquele ato confuso, que eu não sabia processar, queria apenas aproveitar.

Ele me causa coisas que nem meu próprio eu poderia decifrar.