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História Sugar - Cap.5 - Kent


Escrita por: abacypher

Notas do Autor


Sem revisão! Boa leitura ♡♡♡

Capítulo 5 - Cap.5 - Kent


Meu olhar vagou pela sala iluminada, detendo-se em Clark. Ele conversava baixinho com uma senhora de cabelos escuros assim como o seu, ela sorria e as vezes gargalhava, mas então quando virava-se novamente parecia... diferente.

- Quem é? - me acheguei junto de Suzy e meneia a cabeça para a senhora.

- É Katrina, - sorriu, monogâmica. - ela é tia de Clark. Jay me disse que ela o criou, mais contraiu uma doença hereditária eu suponho. Pobrezinha.

- Oque ela tem? - sussurrei.

- Alzheimer, e outro montão de doenças, o que não ajuda nem um pouco em sua melhora. - encolheu os ombros. - não quero nem imaginar o que Clark está sentindo.

Senti uma onda de compaixão me percorrer, e essa mesma onda me fez caminhar em direção a amável idosa, apertando o presente no colo.

- Olá, - me agachei ao seu lado e ela sorriu. - não nos conhecemos, sou Kent.

- Kent? - franziu o cenho.

- Kent Parker. - assenti. - e a senhora é...?

- Katrina Nicholls. - curvou seu lábios em um sorriso.

- Um nome fabuloso. - adicionei e ela riu.

- Oh, porque não conheci cavalheiros como você em meu tempo?

- Ainda é seu tempo, senhora. - lhe lancei uma piscadela e ela gargalhou mais ainda. Clark deu um sorriso aliviado.

- Aqui, - coloquei o presente em seu colo. - espero que goste.

- Ah, não precisava... - abriu o presente, e tirou de lá um livro. - "O chamado do monstro"?

- Um livro interessante. - meneei a cabeça. - vai adora-lo.

- Acredito que vou. - revirou o livro nas mãos. - mas confesso que esperava mais... Kama Sutra.

Dei um risada engasgada, arregalando os olhos.

- Quanta indecência, - balancei a cabeça, mas me aproximei a abaixei a voz. - quantas posições conhece?

- Oh, Deus! - a idosa tampou os olhos com as mãos enquanto ria. Olhei para Clark, e vi que seu ombros se sacudiam. Ele estava rindo de mim?

- Está rindo de mim, Nicholls? - murmurei cruzando os braços.

- Eu não ousaria. - era óbvio até para um cego que ele estava morrendo de rir por dentro. Maldito.

- Babaca. - estreitei os olhos me voltando para a senhora a minha frente que me olhava torto.

- Quem é você? - franziu a testa. Procurei não vacilar.

- Sou Kent Parker. - segurei sua mãos pálida e ossuda e a levei aos lábios. - é um prazer conhece-la novamente.

- Novamente? - aquisesceu. - quanto cavalheirismo, - virou-se para Clark. - vê, filho? É assim que se trata um mulher.

- É, vê Clark? - dei lhe um olhar acusador.

- Oque é isso? Complô? - Clark estendeu as mãos como se se rendesse, e deu um sorriso brincalhão. - tia Kath, gostaria de uma rosquinha de chocolate?

- Eu posso? - ela elevou uma sobrancelha, sedenta.

- Apenas uma.

- Duas? - soou desesperada.

- Uma. - repetiu Clark, com mais firmeza.

- Uma e meia. - cruzou os braços. - é isso ou nada.

- Tudo bem, - ele se levantou de sua cadeira e pôs os olhos em branco. - sempre foi melhor em negociar que eu.

Assim que Clark saiu, ocupei seu lugar e me sentei ao lado de Katrina, que segurou minha mão entre as suas dando uns tapinhas.

- Vê? - meneou a cabeça para Clark. - meu sobrinho, um jovem gostosão.

- Realmente, gostosão. - concordei, e logo me tornei completamente vermelho. Oh Deus.

- O acha? - exclamou. - oh Deus! É gay?

- Como adivinhou? - curvei os ombros.

- Oh seu galanteador! - ela me deu um tapa fraco. - realmente devia ter percebido... pelo modo que Clark o olhava, namoram?

- Oque? - me engasguei, surpreendido com sua sinceridade. - não, Deus não.

- E oque tem? - se virou completamente para mim. - assumiu que ele é gostosão.

- Katrina Nicholls. - apertei os olhos. - você é a senhora mais atrevida que eu conheço.

- Um elogio? - arqueou a sobrancelha sugestiva.

- Um fato. - retruquei.

- Encantador. - murmurou.

- Realmente. - sorri. - daria a honra de dançar comigo, Katrina? Acho que essa festa precisa de uma a-ni-ma-da!

- Isso aí. - Katrina se levantou sem dificuldade nenhuma. - mas creio que não terei aquele molejo todo de antes.

- A senhora vai brilhar. - puxei-a para o meio da sala vazia, fui até a cabine onde tocavam uma música clássica e dei o nome da música "Lost Stars" do Adam Levine, era uma música calma, minha vontade era de colocar Beyoncé e o faria mais tarde.

- Senhora... - fiz um reverência tomando a mão de Katrina, ela levou uma mão até meu ombro, encaixando-a ali.

- Uma bela música. - sorriu encostando a cabeça em meu ombro. Nós éramos praticamente do mesmo tamanho.

- Irão achar que estou te tarando. - sussurrei em confidência, olhando em volta.

- Fazia tempos que eu não recordava oque era ser tarada. - ela sorriu, melancólica.

- Pois agora recordara. - lhe pisquei um olho e ela riu. - a vida é jovem e lhe sorri.

- É mesmo? - murmurou de olhos fechados.

- Sim sim, - apertei sua mão. - poderia ir a uma ilha, ou simplesmente a praia, desenhar a tudo o que visse. Assim lembraria para sempre onde esteve.

- Acredito que já sabe sobre minha doença. - meneou a cabeça.

- Sei. - sorri, desconcertado. - sinto muito.

- Oh, a culpa não é sua. - ela abriu os olhos e os elevou até o teto. - canso de dizer isso a todos.

- E então. - apertei sua cintura em um gesto. - oque acha da minha idéia?

Ela piscou e franziu o cenho.

- Que idéia?

- De viajar... pintar a tudo oque ver. - exibi um olhar sonhador. - já foi a Cornualha?

- Não.

- Sabe onde é?

- É onde fica os cornos? - olhou-me torto. Soltei um risada.

- Não, Kath, Cornualha se encontra nos confins de Londres, realmente o fim do mundo, - pisquei, suspirando. - lá é simplesmente ma-ra-vi-lho-so! Pode ver o por do sol todas os dias, os bosques longos, as folhas de outono cobrindo o chão, os rochedos ostensivos, os campos verdes... simplesmente maravilhoso.

- Uau, - Kath piscou, seus olhos cheios de lágrimas. - conte-me mais.

- Índia Ocidental. - murmurei. - estrangeiro, alegre, marcante.

- E oque mais?

- Jamaica. - sorri. - união, risos, música, muito sol principalmente.

- Hum?

- Vietnã.

- Onde aconteceu a guerra?

- Exato. E também França, onde os grupos Aliados se detiveram, por fim liberando a França dos nazistas.

- E oque acha dos nazistas? - enrugou o nariz. - assassinos? Animais? Frios?

- Incompreensíveis.

- Todos somos incompreensíveis. - ela piscou.

- A senhora é inteligente. - ofereci meu braço a ela quando a música acabou.

- Anos de prática.

Soltei uma gargalhada. Katrina Nicholls era realmente maravilhosa. Era até cruel o modo como seu destino se selava. Ela devia ter um final feliz. Ela merecia um final feliz.

- É alegre?

- Oque? - ela murmurou, confusa.

- Quero dizer, é feliz? Aqui?

- Como jamais fui em outro lugar. - ela respondeu segundos depois. - onde está Clark?

- Voltando com sua rosquinha.

- Minha... rosquinha...? - seu rosto se transformou em uma confusão de sentimentos, mas quando seus olhos viram os de Clark, ela se acalmou. - Clark! Está aqui!

- Estou. - Clark estendeu a rosquinha para sua tia. - uma de chocolate. - mordeu a outra. - e uma metade de baunilha.

Observei-o entrar em uma discussão sobre rosquinhas, e algo se ascendeu em meu peito. O modo como a tratava. O carinho. Queria esse lado dele.

- Se importaria se eu tirasse Kent para dançar, tia? - meu olhos se arregalaram. Deusa formosa da maquiagem. Me acuda.

- De jeito nenhum. - sacudiu as mãos. - vá, vá. Qualquer um que chama ao meu sobrinho de "gostosão" tem a minha bênção.

Clark me olhou com um sorriso de canto, e eu rezei para que o chão se abrisse ao meu redor e me engolisse.

- Sr. Parker. - Clark estendeu a mão e eu olhei para a sala, onde estava dançando com Kath momentos antes, apenas Suzy e Jason dançavam. Engoli em seco. - oque me diz?

- Eu...

- Não diga que está com vergonha! - Katrina plantou as mãos na cintura. - realmente? Depois de chama-lo de gostoso?

- Oh, está bem, está bem. Basta disso. - me levantei e caminhei para a sala enquanto escutava os dois rirem.

Um música suave e calma começou e Clark pegou minha mãos e levou-as a seu pescoço. Estremeci com o contato breve de suas mãos grandes em meu quadril.

- Que música é essa? - pirragueei.

- "Skinny Love" de Birdy. - ele inclinou um pouco a cabeça. Seus lábios atentos em minha boca.

- Não conheço. - puxei o ar. - mas é linda.

- É mesmo. - seus olhos se detiveram em minha boca mais um instante, antes de se voltarem para meus olhos. - tia Kath gostou de você.

- Eu também gostei dela. - sorri.

- Ela não se dá muito bem com as pessoas, - murmurou desconfortavel. - geralmente ninguém tem paciência. Como a Sra. Hanstings, - meneou a cabeça para um velha de cabelo castanhos, anéis gigantes em cada dedo, e um sorriso arrogante nos lábios. - ela a chamava de... retardada.

Senti como seus músculos se tensionaram.

- Retardada para mim é ela, - franzi o cenho. - realmente, parece que têm uma gaivota na cabeça.

- Meu Deus, é verdade. - Clark olhou para ela seriamente.

- E todos aqueles anéis? Está claro que comprou em alguma loja batata. - Clark escondeu o rosto em meu pescoço, seus ombros sacudiam enquanto ele ria sem parar. - e aquele olhos de peixe, Jesus a acuda.

- Kent. - ele sussurrou acalmando sua respiração, seu rosto ainda estava se apertando contra meu pescoço e seu hálito fazia uma carícia sedutora em minha pele, segundos depois senti sua língua percorrer a linha do meu maxilar e eu não gostei nenhum pouco do que senti.

Ele não parecia ligar para os olhares horrorizados de seus familiares. Quando novamente senti sua língua, dei um pulo para trás, afastando-o, e antes que ele pudesse abrir a boca, passei por ele, indo em direção a um corredor escuro, me aponhei contra parede e traguei o ar que me escapará dos pulmões.

Que diabos era isso?

Oh, que toda essa negatividade saísse de minha vida e tomasse um rumo distante. Meu Deus, eu queria brilhar, mas não desse jeito. Clark não devia ter feito aquilo. Droga.

Eu não sabia se estava bravo comigo mesmo por ter saído andando como um... menos fabuloso, ou de Clark, por ter... bom. Não preciso mencionar oque ele fizera. Já era ruim o suficiente o ter feito.

- Ken, - Suzy tocou meu ombro me fazendo pular de susto.

- Diabos, Suzana! - gritei. - está doida? Meu Deus, chega como um fantasma.

- Porque está tão nervoso? Vi aquela cena entre você e o...

- Não, - tapei sua boca. - não diga o nome proibido.

- O que? Desde quando ele passou a ser um nome proibido?

- Desde que... bom...

- Oque não está me contando, Parker? - ela plantou as mãos na cintura.

- Né... - pirragueei. - Clark é... ocaracomquemtransei. - murmurou tão rápido que Suzy teve que se inclinar.

- O que disse? - fez uma careta.

- Clark-é-o-cara-com-quem-transei. - respondi entre dentes e Suzy deu um gritinho estrangulado.

- O Sexo Selvagem? - exclamou. - está brincando!

- Não estou. - resmunguei.

- Puto de sorte. - me deu um tapa.

- Você já tem a Jason, - devolvi o tapa. - sossegue a perseguida.

- A perseguida está muito bem, obrigada. - ela deu uma batidinha em sua barriga. - mas e você? O pé entrou no sapatinho?

Se o pé entrou no sapatinho? Ah, Deus.

- Está me enjoando, Suzy. - me pus a andar de volta para sala. Suzy me seguiu.

- Entrou? - repetiu e quando eu assenti quase milimétricamente ela deu um grito entusiasmado. - oh, meu Deus, bata aqui.

Bati a palma na sua e ela continuou me olhando inacreditada.

- Puto de sorte. - repitiu balançando a cabeça.

- Suzy, foi apenas sexo.

- Ah, pelo que me disse naquela manhã, não foi apenas sexo não. - riu.

- Eu estava de resseca, e o álcool não havia deixado completamente o meu corpo.

- Dê o argumento que quiser, mas eu ainda acho que aí tem. - ela murmurava, enquanto eu fazia uma oração silenciosa para que ela estivesse errada.



Notas Finais


CARACA MLK
TÔ PIRANDO JÁ JGJHSHFHSWHC
EU ESPERO DE CORAÇÃO Q ESTEJAM GOSTANDO ♡
BJSSSSSS ♡♡♡♡♡


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