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História Sugar - Cap.8 - Clark


Escrita por: abacypher

Notas do Autor


BOA LEITURA ❤

Capítulo 8 - Cap.8 - Clark


Meia hora. Meia hora foi tempo suficiente para que um impaciente e raivoso Kent Parker me ligasse berrando xingamentos no celular.

- Se acalme, menino, eu não sou surdo. - murmurei rabiscando qualquer coisa numa folha em branco. Kent gruniu do outro lado da linha.

- Sua coisa ruim! - exclamou ele. - homem escrupuloso e repugnante!

- Continue assim que você vai longe.

- Eu quero meus bolinhos de volta! Agora!

- Ah é? - dei um sorriso irônico. - ou o que?

Aquilo pareceu irrita-lo ainda mais.

- Deusa da maquiagem, me ajude. - sussurrou ele, entre dentes. - Nicholls, se você não trazer meus bolinhos nesse mesmo instante eu vou...

- Ei, ei. - interrompi. - Eu levo seus bolinhos, mas só se você pedir com carinho.

- Você ainda ousa brincar?

- Não estou brincando.

- Seu...

- Você só está perdendo tempo. - cantarolei.

- Todo aquele papo furado de paz! Sua coisa ruim, eu já devia saber que estava apenas brincando com a minha cara! Eu quero meus bolinhos agora, Clark Nicholls. Meu futuro depende disso!

Balancei a caneta em minha mão de um lado para o outro enquanto ria por dentro.

- Certo. Então se seu futuro depende mesmo disso acho que não seria um problema para você pedir "por favor" não é?

Eu sabia que estava jogando sujo mas lembrem, foi ele quem pediu por isso. Kent respirou fundo e eu o imaginei apertando as têmporas.

- Escute, Clark, eu não vou pedir por favor e...

- Então eu não posso fazer nada por você, sinto muito, agora tenho que desligar, você também está atrapalhando o meu futuro.

Fiz menção de desligar, mas ele praguejou alto, me interrompendo.

- Espere, espere! - suspirou. - Tudo bem, vamos acabar logo com isso...

- Humm. - fiz um sinal de silêncio para minha secretaria que havia acabado de entrar. - Diga; por favor, Clark, eu preciso de você.

- Eu não vou...

- Então infelizmente não vou poder te ajudar.

- Ah, está bem! - praguejou. - porfavorClarkeuprecisodevocê.

- O que?

- Por-favor-Clark-eu-preciso-de-você. - murmurou entre dentes. Eu sabia que ele estava fervendo de raiva.

- Bom garoto. Chego aí em dez minutos.

- Mas eu preciso disso agora, Clark!

- Meu amor, - murmurei enquanto passava por minha secretária que escutava tudo quieta. - Eu não sei se você sabe, mas eu não sou o flash.

- É claro que não. - rosnou. - mas eu juro que se você não chegar exatamente em dez minutos, você vai ser um homem morto!

Ao dizer isso ele desligou. Aos poucos um sorriso zombeteiro se formava em meu rosto, eu não sabia porque estava sorrindo, mas Kent fazia isso comigo. Ao mesmo tempo em que ele despertava meu lado mais provocador, também acordava um lado meu que eu ainda não sabia que existia. Minha secretária ainda me encarava, especulativa.

- Eu vou até o centro, diga ao Sidney que chegarei quinze minutos atrasado para a reunião.

- Claro.

Sidney era um dos investidores mais antigos. Amigo, e leal colega de trabalho, serviu a empresa de meu pai por metade de sua vida, até que foi demitido por injusta causa. Na época eu precisava de mãos de obra, e ele de trabalho, e então foi aí que a Newcastle surgiu. Nós trabalhamos com todo o tipo de coisas televisionadas, e também tínhamos uma página própria no jornal Times, em troca fazíamos comerciais de divulgações. Era assim que funcionava no mundo dos negócios, uma coisa por outra. Nada é de graça.

Mal notei que já havia chegado a faculdade. Estava tão perdido em pensamentos que por pouco não passei do ponto. Quando enfim pulei para fora do carro com a sacola de bolinhos nas mãos, caminhei pele extenso gramado até a porta da universidade. Falei brevemente com o guarda que permitiu minha entrada. Por mensagem Kent já havia me mandado o andar, e o número de sua sala. Quando subi as longas escadas e cheguei ao seu andar, ele já estava do lado de fora da sala com a cara fechada e os braços cruzados.

- Ora ora, não foi tão mal foi? - sorri, seus olhos - que estavam fixos em mim desde que surgi na curva do corredor - se dilataram ficando mais escuros.

- Me dê. - estendeu a mão capturando a sacola.

- Não vai dizer nada? - me apoiei na parede enquanto o observava a girar nos calcanhares e caminhar para a porta. - Kent?

- Isso não acabou aqui.

Não pude impedir que uma gargalhada brotasse de minha garganta. Minha voz ecoou pelo corredor vazio, e logo depois a batida da porta também. Voltando para o carro, passei em uma loja de construções e comprei duas latas de tintas pretas. Se Kent achou que a vingança havia terminado ele estava muito enganado. Peguei meu celular em meu bolso e disquei o número de minha secretária.

- Kanye Martin falando, em que posso ajuda-lo?

- Kanye, o que eu tenho para hoje a tarde?

- Os formulários de entrega que precisam de assinados, e o senhor precisava ir até o galpão conferir o terreno de compra, além de ter contratos com duas acessórias pendentes e... Ah! A senhorita Melissa ligou, ela quer marcar uma entrevista para falar sobre...

- Tem como remarcar tudo para amanhã? - eu sabia que estava acumulando muito trabalho e que no fim de semana nós teríamos que trabalhar até tarde, mas pensar na cara surpresa e horrorizada de Kent fez com que eu esquecesse de todo o resto.

- Claro. - ela deu uma tosse forçada. - Mas o senhor Sidney ainda te espera. E não poderíamos dispensar a senhorita Melissa, ela já ligou quinze vezes.

- Diga que não estou disponível, - resmunguei. - ou que simplesmente não tenho tempo.

- Isso traria maus olhos para a empresa, senhor. - murmurou hesitante. - se me permite dizer, é claro.

Suspirei.

- É verdade, então faça o seguinte; diga que farei uma entrevista exclusiva no começo do mês que vem.

- Mês que vem, senhor? Não sei se a senhorita Melissa vai...

- Ela vai aceitar. Diga que vai ser onde e como ela quiser.

Melissa Ferraz era uma jornalista de trinta anos. Antes conhecida como Manuel Ferraz, ela mudou de sexo, abandonou seu cargo de âncora no jornal de manhã, conseguiu um emprego na Studio Guy, uma famosa empresa com os melhores paparazzis, fotógrafos, e jornalistas dos Estados Unidos. Não era um papo de sorte, todos sabiam o que ela fez para conseguir aquele emprego, mas bem, a vida dela não é da conta de ninguém.

A Studio é muito rígida em relação ao trabalho, para continuar lá você precisa ter garra e determinação, coisas que Melissa tinha de sobra, além de ser muito intrometida e perspicaz. Mas ela não me preocupava, Melissa era peixe pequeno comparado as outros intrometidos jornalistas, eu já havia me deparado com vários, tanto homens quanto mulheres, eles extorquem cada palavra sua e na manhã seguinte colocam tudo ao inverso. Mas eu tinha um grupo de empregados que se inteiravam só para processar e fazer desaparecer meu nome das colunas de fofocas. Minha vida pessoal é um segredo para mídia, e isso faz com que alimente seu interesse por mim.

Quando cheguei em casa, depois de passar no escritório de Sidney e resolver alguns assuntos, coloquei meus fones de ouvidos e me preparei para uma longa tarde de trabalho duro. Tive que primeiro tirar uma foto do quarto rosa púrpura de Kent, para depois arrastar os móveis para o corredor, cobri a colcha da cama com um plástico para evitar que sujasse de tinta. Depois coloquei vários jornais abertos no chão, quando comecei a pintar o cheiro forte de tinta encheu minhas narinas, fui o mais rápido possível, tentando apagar o rosa brilhante que tinha na parede.

Horas mais tarde quando terminei parecia que havia passado carvão na parede e também parecia que o quarto era de um gótico. Fiz meu melhor para retirar as gotas pretas que caíram no chão, para só depois arrastar os móveis de volta, deixei as coisas um pouco mais afastadas da parede, mas perfeitamente no lugar onde estavam. Na plaquinha de "uma princesa dorme aqui" coloquei uma papel com fita adesiva em cima do "princesa", escrito "demônia". Kent Parker iria surtar quando entrasse nesse quarto. Fechando a porta, escondi as latas de tinta, e sumi com os jornais manchados.

Agora era só aguardar. Olhei para o relógio. Ele chegaria a qualquer minuto, e eu estava completamente ansioso para que isso acontecesse.

- Eu sou fa-bu-lo-so! - ele escancarou a porta, jogando sua bolsa no sofá, abrindo os braços em gestos exagerados. - Tamanha é minha divindade!

- Olá, barbie. - sorri para Kent. No mesmo instante o sorriso desapareceu de seus lábios e ele franziu o nariz fazendo uma careta engraçada. - O que foi? Chupou limão?

- Não, - ele retrucou, cerrando os olhos. - Vi Satanás.

Fiz uma careta ofendida.

- Você não está magoado, está?

- Magoado? - ele fingiu jogar o cabelo para trás e gargalhou. - Você deveria esperar mais de mim, Nicholls.

- Eu só quis fazer uma brincadeira. - reprimi um sorriso quando ele passou bruscamente por mim.

- Sua brincadeira vai te custar caro. - ele murmurou entre dentes. - Mas agora não importa, eu tirei a melhor nota na prova prática! Preciso de um banho e uma boa noite de sono.

Mordi a língua, para não rir.

- Eu vou na casa de Jason.

Peguei meu casaco em cima da cadeira e girei nos calcanhares correndo para a porta. Ponderei em ficar e registrar seu ataque histérico para que risse mais tarde, porém pensei duas vezes. Se eu ficasse provavelmente ocorreria um assassinato, e eu não estava muito afim de morrer hoje. No mesmo instante em que alcancei a maçaneta, um grito agudo soou do corredor e logo depois centenas de xingamentos proferidos a mim. Antes que a porta se fechasse atrás de mim, pude escutar o urro cortante, furioso, e escandaloso de Kent, e tive o gostinho adocicado da minha vingança ali mesmo, na soleira da porta.

- CLARK NICHOLLS!



Notas Finais


HAHA

O PAPAI CHEGOU

HUHU

Capítulo curto? Eu sei, me perdoem, prometo compensar vocês no próximo. Jesus alguém me ajude com esses dois! E então, raparigas, será que Ken deixará isso barato? SABERÃO SOMENTE NO PRÓXIMO AA

Me desejem criatividade, meus xuxus! Beijões ♡


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