História Suicide - Imagine Suga (Min Yoongi) - Our Story.

"Talvez omitir seja o melhor remédio.

Mesmo que um dia isso possa nos prejudicar...

Espero que possa entender."

Esse garoto só pode ser louco... um louco lindo. Ri baixinho e ele me olhou torto.

- Eu não tenho namorado. Alias, nunca tive. Eu acho... - digo calma.

- (S/n) pare com isso já.

- Eu também já disse que não conheço essa tal de (s/n)... - revirei os olhos. - Meu Deus!

Os olhos do garoto ficaram vermelhos e úmidos. Será que ele iria chorar? Suspirou e sentou-se ao meu lado e, segurando em minha mão, ele me olhou nos olhos. Seu olhar era fixo e penetrante, parecia estar olhando dentro da minha alma. Fiquei com vergonha e, desviando o olhar abaixei a cabeça.

- Você deve ter perdido a memória.... - murmurou ele, mas eu consegui ouvir. - Bem, antes de eu chamar algum medico... - o interrompi.

- MÉDICO?! - gritei. - Para que um médico? E onde estou? - perguntei afoita.

- Shiu... não grita. - disse ele com uma cara nada amigável. - Seu nome é (s/n), você tentou suicídio, por isso está aqui. - arregalei meus olhos com tal confissão.

- Su-suicídio?! - gaguejei.

- Sim, e não me pergunte o por quê, que eu não sei. - disse ele rudemente.

Soltei um "ah!" e me acomodei na cama hospitalar. O garoto ficou me fitando por alguns segundos, se virou para a porta caminhou até a mesma e, ao segurar a maçaneta, o parei.

- Espera! - digo alto e ele me olha. - Qual seu nome? - perguntei hesitante.

- Yoongi, Min Yoongi. - disse com um sorriso de canto quase que imperceptível.

Yoongi.... seria errado achá-lo bonito? Não... alias ele mesmo disse.... somos namorados.

[Seu nome off~]

[Min Yoongi on~]

Tudo estava tão bem... porra! Fui até a recepcionista e avisei sobre a paciente, cuja é minha namorada. A mulher, desta vez mais nova que a de ontem, avisou o medico e pediu que eu esperasse aqui fora enquanto ele examinaria (s/n). Assim o fiz. Andando pelo hospital encontrei um jardim, o jardim era coberto por uma cobertura de vidro, que tinha pequenas janelas para ventilar o local.

Tinha algumas arvores, tipo aquelas que se tem em casa, tinha flores e um caminho de pedrinhas brancas. O local era agradável. Sentei-me em um dos bancos envernizados que ali haviam, peguei meu celular no bolso da calça e digitei uma palavra qualquer que veio a minha cabeça.

Como se já não bastasse eu quase ter perdido (s/n) e ela ter perdido a memória, ainda tem Natasha. Essa garota deve ser louca. Eu não posso ter ficado com ela, isso não! Me assustei ao sentir o celular vibrar em minhas mãos e, sem ao menos olhar quem era atendi.

- Alô? Alô?

~sem resposta~

- Alô? Mas que palha -...

A chamada foi encerrada sem que eu ao menos percebesse, suspirei e apertei o celular em minhas mãos. Que brincadeira mais sem graça. Revirei os olhos e observei um casal de pardais brincarem sobre as arvores, sorri involuntariamente. Espero que tudo fique bem...

- Yoongi?! - senti uma mão pesada em meu ombro e, ao me virar rápido por conta do pequeno susto suspirei aliviado. Era Fernando, sorri sem mostrar os dentes. - (S/n) já acordou, não é mesmo?! - perguntou.

- Sim, e o medico já está examinando-a. - cocei a nuca. - Ela perdeu a memória, eu acho... - Fernando arregalou os olhos. - Não lembrava de mim e nem de seu nome, provavelmente não lembre de mais nada. - digo serio.

- Me-meu... Deus. - Fernando inspirou o ar pesado. - Então vamos ter que esperar?! - assenti com a cabeça. - Vou ver se Mariana está bem sozinha na cantina... você vem?

- Não, não. Daqui a pouco vou, obrigado. - digo tentando parecer calmo, mas por dentro estava uma pilha de nervos. Fernando assentiu e saiu.

Juro que por um momento senti uma vontade enorme de chorar, mas eu não ia o fazer. Não era justo. Apenas ela era culpada de tudo isso estar acontecendo.

- AAAH! MALDITA LAGRIMA! - balbuciei irritado limpando a mesma que insistia em cair.

[...]

Eu já estava no colégio, não avisei Fernando, nem ninguém que iria voltar. Eu estava exausto e frustrado, principalmente comigo mesmo. Eu não era capaz nem de protege-la... suspirei e alcancei meu celular no criado mudo ao lado da cama. Olhei por cima e havia mensagens e ligações, ignorei-as e levantando e caminhando até meu guarda roupas, peguei meu caderno onde estava escrevendo uma música a qual em quem pensava e quem dedicava era à (s/n).

Lendo os trechos anteriores os rasguei frustrado com tamanha idiotice e comecei a pensar em outra coisas e já passando para o papel, sorri começando a gostar do que estava saindo. Fazia tempo que eu não sentia vontade alguma de compor, mas nesses últimos meses minha vida está completamente mudada. Talvez ter vindo para o Brasil e ter voltado a estudar tenha sido uma boa idéia... fora o fato de que a mulher que eu amo é meio louquinha. Sorri com tal pensamento.

~toctoctoc~

O som da madeira da porta do quarto ecoou pelo mesmo, fazendo-me pular de susto. Levantei irritado e caminhei à mesma e a abri sem animo algum. Quem estava lá...: Natasha!

- O que você quer? - perguntei com meu jeito legal de ser.

- Nossa... vim apenas te ver, e... saber como sua namorada está. - disse ela com um ar de deboche.

- Ora, me poupe, garota.

Fechei a porta e ao me virar, ouvi a mesma sendo aberta novamente.

- Eu já disse para sair daqui ou não respondo por mim. - digo andando de costas e a observando.

- Poxa... eu vim aqui para te dar um apoio. Sei que é difícil... - quanto mais ela se aproximava, mais eu esbarrava nas coisas que haviam no quarto. - Vai Yoongi... não seja chato. - disse ela me segurando pelo colarinho.

- Me solte ou eu já disse... - balbuciei, mas foi em vão.

Ela atacou meus lábios com voracidade e quanto mais tentava sair, mais era em vão. Aquela garota seria um carrapato se não fosse um demônio. A empurrei, fazendo com que caísse no chão e batesse a cabeça na beira da cama. A garota me olhou com ódio nos olhos, mas dando de ombros apenas a olhei com desdém.

- Saia daqui agora! - digo segurando em seu braço e a arrastando para fora.

Bati a porta e a tranquei. Eu tenho que dar um jeito nessa menina...

[Min Yoongi off~]

[Seu nome on~]

Após o medico me examinar, fiquei sozinha no quarto hospitalar. Aquele garoto... não sai da minha cabeça, e o fato de ele ter dito que somos "namorados" menos ainda. Será que é verdade? Acho que ele não iria mentir... iria? Ele não tem cara de quem faz isso. Ai, ai... esse quarto é entediante. Não tem nada para fazer. Vi o trinco da porta abaixar e de trás dela sair um homem de mais ou menos uns 40 anos e uma menina que aparentava ser parente dele.

- (S/n)? - disse o homem.

- Desculpe, mas... quem é você? - perguntei e ao entrar no quarto, o homem e a garota se aproximaram de mim.

- Eu sou Fernando, seu pai. E esta aqui é Mariana, sua irmã mais nova. - disse ele. - Você perdeu a memória, por isso não se lembra.

- É um menino, chamado Yoongi, disse isso também... além do médico. - digo sorrindo.

Era engraçado o fato de varias pessoas me conhecerem e eu nem se quer lembrar delas.

- Então... poderia me contar mais sobre mim. - rimos da situação e Fernando, meu pai começou a falar.

Meu pai, dizia apenas coisas boas, desde minha infância até os últimos dias. Eu devia ser uma pessoa bem legal, pelo menos é o que parece. Eu dava gargalhadas e mais gargalhadas com as historias de meu pai. Mariana disse, que quando éramos pequenas brincávamos de achar "namorados" quando saiamos, isso era bem infantil, mas fazer o que?! Soube que minha mãe não é muito próxima á mim, mas isso é o de menos já que não me lembro dela. Meu pai parece ser uma pessoa bem legal, ele está casado com uma coreana, que pelo que me falam parece ser uma boa pessoa.

- O que Yoongi é meu? - perguntei.

- Amigo... pelo menos é o que ele diz. - disse meu pai. - Mas vejo que ele gosta de você muito além da amizade. - sorri. - Ele é um bom menino.

- É... - digo sorrindo.

- Hmm... parece que alguém gostou dessa informação. - disse minha irmã.

- Cala a boca. - empurrei-a de leve e rimos.

Sabe, até que tudo não parece ser tão ruim. Por que caralhos fui tentar suicídio? Ah! Isso não importa. Eu estou bem agora.

[...]

Não tem coisa mais intediante do que ficar presa em uma cama. Provavelmente terei alta daqui dois dias, ou menos. Meu pai já se foi há duas horas e aqui estou eu, sem nada para fazer. Eles trouxeram meu celular, mas como não lembro a senha me resta apenas ficar igual besta aqui. Seria bom se Yoongi viesse aqui...

~toctoctoc~

Pulei e despertando de meus devaneios, me ajeito na cama.

- Pode entrar... - digo alto. - Yoongi?

Vi seus olhos brilharem e ele sorrir de lado. Fofo. Mordi o lábio, ele se aproximou e sentando-se ao meu lado beijou minha bochecha. Meu coração acelerou.

- O que faz aqui a essa hora? - perguntei.

- Vim te ver. - balbuciou ele. - Eu acho que não falei tudo o que devia antes.... - coçou a nuca e eu sorri com seu ato mais que fofo.

- Bem... - corei. Eu não sabia o que falar. Eu estava envergonhada. - C-como nos conhecemos? - perguntei.

Yoongi começou a contar nossa "história". A cada palavra dele sentia meus olhos brilharem e meu coração acelerar. Pelo visto eu era bem mal educada, nossa primeira conversa, confesso, foi bem engraçada ao meu ver. Yoongi se intrometendo nas minhas coisas, eu o cortando, deixando ele no vácuo... eu ri muito enquanto o ouvia dizer.

- E... como... você sabe, começamos a namorar? - perguntei receosa e envergonhada.

- Desde que nos conhecemos fiquei bem interessado em você... seu jeito, não sei bem o que me interessou mais em você. Um dia resolvi me declarar e dizer tudo o que eu sentia. Eu cheguei em nosso quarto e me deparei com uma cena que me fez perder o chão e querer matar... - franzi o cenho sem entender e prestando mais a atenção, ele continuou. - Um garoto do nosso colégio estava tentando te beijar a força e eu cheguei bem na hora... enfim, depois disso nos declaramos um para o outro e acabamos por começar a namorar no mesmo dia. - sorriu e mordendo o lábio, sorri em seguida.

- E... esse menino? Ele ainda está lá? - perguntei.

- Não, ele foi embora, voltou para o seu pais. - disse ele.

- Ah, bom! - balbucio. - Yoongi... - o chamei. - P-pode me dar... um... - corei e abaixei o olhar.

Yoongi riu soprado e já entendendo o que eu queria, aproximou-se e tirando o cabelo que estava em meu rosto, encostou seus lábios aos meus. Meu coração disparou, parecia que ia expludir dentro de mim. Pedindo passagem com a língua eu cedi lentamente, sentindo seu sabor adocicado, nossas bocas se encaixavam perfeitamente. Logo, elas começaram a cravar um pequena batalha, onde qual estava na vantagem era a de Yoongi. Mordendo meu lábio inferior ele se separou de mim.

Sorrindo igual criança, corei e Yoongi segurou minha mão.

- Logo, logo estará fora daqui, meu amor... - agora sim eu estava morta.

Sorri em resposta.

To be continued...