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História Suicide love - New friend


Escrita por: HeJuice

Capítulo 42 - New friend


- Ultima parada, Macon! – o motorista gritou. Levantei-me da poltrona, assim que firmei meus pés no chão uma dor insuportável me atingiu, meus pés estavam doendo mais que tudo, fui andando para fora do ônibus com dificuldade e me sentei no banco da rodoviária, a mesma  já estava movimentada.

                  - Tá, eu estou numa cidade que eu não conheço, com menos de três mil dólares e uma fotografia. – disse para mim mesma. – você não tem roupa, documento, não tem nada além de uma fotografia. – passei  as mãos pelos cabelos. – Lilyan você não tem absolutamente nada. – disse para mim mesma tentando acreditar. – ai! – gemi de dor, me abaixei para ver o estado do meu pé e quase cai para trás, estava super inchado.

         - você costuma falar sozinha? – ouvi alguém dizer. Levantei e vi que era um homem, aparentava  ser um pouco mais velho do que eu.

         -  não,  só das vinte quarto horas para cá, quando minha vida se transformou num perfeito desastre. – disse olhando o estado do meu pé.

                   - é melhor você ir ao hospital ou isso só vai piorar.

         - acho que lá eles não dão jeito na vida. – disse  afrouxando o cadarço da tênis.

         - eu  estava falando do seu pé. – ele riu pelo nariz apontando para meu pé.

         - ata, isso não deve ser nada. – menti.

         - não é nada?  Seu pé esta ficando quase roxo. – ele disse rindo e vendo meu pé.  Ele estava exagerando,  nem estava tão roxo assim, só estava inchado, muito inchado. – venha, vou te levar ao hospital.

         - Ei, eu não vou com você. – o encarei. – eu nem ao menos te conheço, vai que você é um estuprador e vai me violentar. – disse desconfiada.

         - não tem importância. Prazer, meu nome é Gabriel. Agora vamos. – ele disse pegando minha mão e me puxando.

         - Ei, quem me diz que você não é um estuprador. – disse cruzando os braços. 

         - se eu fosse um “estuprador” com você esta dizendo, você acha que eu te ofereceria ajuda? – ele me encarou segurando o riso.

         - eu lá sei, quem é o criminoso aqui é você, não eu. – o encarei seria.

         - eu não sou estuprador. – ele riu fraco. – sou poeta. – ele mostrou um caderninho. – agora podemos ir mademoiselle. -  ele disse fazendo uma reverencia, tá tive que rir nessa hora.

         - tá, eu vou. – ele sorriu. – mas fique sabendo que eu sei lutar, fiz aulas de defesa pessoal. – menti, na verdade as únicas aulas que eu tinha feito foram as de ballet, mas ele não sabia, então tudo ok.

         Ele me ajudou a ir até o carro, o  mesmo era simples, bem diferente dos do Justin. Droga  estou pensando nele de novo.  No trajeto até o hospital foi em silencio tendo somente uma musica que parecia aquelas que tocavam em elevador . Chegamos ao hospital, ele parou bem perto da porta de entrada do mesmo e me ajudou a descer e a chegar até o interior do mesmo. Fomos até a recepcionista para ver se havia algum medico disponível no momento.

         - por favor, a senhorita poderia me mostrar onde fica a enfermaria? – ele disse para a moça de coque atrás do balcão.

         - qual seria o caso? – ela perguntou.

         - ela quebrou o pé. – ele disse simples. A mulher me olhou.  

         - preciso dos documentos dela para fazer a fixa. – ela olhou serio. 

         Agora ferrou de vez, eu estou sem documentos, nem certidão de nascimento, nada. Eu e ele nos entreolhamos e ele entendeu o recado, mas que rapidamente  inventou uma desculpa, que diga-se de passagem  não foi muito boa.

         - ela foi assaltada. – ele a encarou,  confirmei. – eu estava na rodoviária quando vi um homem assaltando-a, ele pegou a mochila dela, o relógio, mas ela conseguiu fugir e tropeçou.

         - e porque você não impediu isso. – ela nos olhou desconfiada.

         - e-e-eu. –ele  gaguejou tentando procurar uma resposta.

        - ele chegou depois. – disse. – cai quando estava correndo para escapar. – nos olhamos.  – mas já era tarde, pois o homem já tinha ido embora. Então ele me trouxe até aqui. – ela nos olhou ainda desconfiada, mas por fim ela nos entregou um papel.

         - a enfermaria fica no final do corredor à esquerda. – ela apontou.  Agradecemos e fomos à direção indicada.

         - temos que admitir. Foi por pouco. –disse rindo, ele concordou.

         Entramos em uma sala branca com varias macas. Logo uma enfermeira veio nos conduziu até uma sala aonde faziam os raios-X. Entrei com ela, depois de alguns  minutos sai  e fiquei aguardando o resultado.

         - Está doendo. – ele me perguntou.  Assenti.

         - por que você me ajudou? – disse quebrando o silencio que se formou.

         -não sei. - ele deu de ombro. – tenho essa estranha mania de querer ajudar todos. - ele se virou para mim e me lançou um sorriso.

         - você é a senhorita Lilyan? – uma enfermeira perguntou.  Sim, eu tive que dizer meu nome na hora de fazer o exame. Assenti e me levantei. – você poderia me acompanhar? -  assenti e fui seguindo-a , Gabriel me ajudou  a andar .

         Chegamos à sala aonde imobilizavam os membros. Sentei-me em uma das macas e a moça começou a  imobilizar meu pé esquerdo  -  o que estava pior- com gesso e o direito com apenas uma tala no tornozelo, em seguida ela nos liberou  e se foi.

          Levantei-me da maca com um pouco de dificuldade, mentira com muita dificuldade, e fui tentar firmar o pé direito, afinal ele não estava engessado como o outro. Resultado disso foi, eu não consegui sair do lugar.

         - precisa de ajuda? – ele me olhou segurando o riso.

        - você ainda pergunta? – disse como se fosse obvio que eu queria ajuda. Ele me pegou no colo e me colocou no ombro. – eu quero ajuda, mas não assim.

         - você não tem opção, esse é o único jeito. - ele disse rindo.  Ele saiu pelos corredores do hospital comigo nos ombros e ouvindo meus protestos, e é claro que as pessoas ficavam nos olhando com aquela cara de: “quem são esses? Eles são normais? ” .Aquilo me trouxe uma lembrança que invadiu minha mente a tona.

 

         Flashback on

 

- me solta Justin. – disse estapeando suas costas e debatendo os pés.

         - não. – ele riu. –e fica quieta, pois esses seus saltos estão me machucando. – ele deu um tapa em meus glúteos.

         - Justin, eu estou ficando enjoada. – disse manhosa enquanto ele subia as escadas.

         - isso você já é. – ele riu.

 

         Flashback off

 

        Confesso que um sorriso saiu dos meus lábios ao lembrar-se dessa cena, mas em questão de segundos ele  se desfez quando lembrei que tudo isso acabou , lembrei também das coisas que vi e ouvi dele.

         - vamos? – ele disse apontando para o carro, assenti e entrei.  – você esta com fome? – ele disse quebrando o silencio. Assenti. – vamos a um lugar que você vai gostar.

         - aonde seria? – perguntei desconfiada. – você  vai  desovar meu corpo num terreno baldio. – disse fingindo desespero.

         - não. – ele disse rindo. – vamos ao “Buug Coffe”.

         - e aonde seria isso? – o encarei.

         - bem perto daqui, lá tem o melhor café da região minha cara. – ele desviou os olhos da estrada rapidamente e me olhou.

         Chegamos em frente ao “Buug Coffe”, ele me ajudou a descer, desta vez  de forma civilizada. Apoiei em seu ombro e  fomos em direção a cafeteria.  Entramos e a mesma estava cheia, sentamos em uma das mesas perto da janela. Pedimos  waffles  e cappuccino enquanto conversávamos.

         - me conte mais sobre você. – ele me perguntou.

         - bom, não tem muito do que saber. – dei de ombro.

         - creio que há. – ele sorriu.

         - bom, meu nome é Lilyan e vim para cá reconstruir minha vida.

         - vejo que é uma  garota decidida e sonhadora.- ele disse pegando nossos pedidos da bandeja e colocando na mesa. – já sabe por onde começar  essa sua “ nova vida”?

         - para na verdade não. Vim para cá só com a coragem, três mil dólares e uma fotografia. – disse pegando um dos  waffles.

         - você é corajosa, seus pais não te impediram?

         - eles morreram há mais de um ano. – tomei um gole do cappuccino.

         - me desculpe, não sabia. – ele disse sem graça.

         - está tudo bem. Conte-me sobre você. – disse mudando de assunto. – porque decidiu ser poeta?

         - não sei, sempre gostei de escrever. Tudo ao meu redor me inspira, a chuva, um pássaro, um casal, tudo.

         - quando você começou?

         - desde muito jovem. Quando eu tinha oito anos em vez de pedi  bola de futebol eu pedia livros de poesia. – ele riu fraco. - Meu pai nunca gostou, ele dizia que isso não era coisa de homem. – ele deu um gole no cappuccino.

         - olha, quando eu era pequena eu sonhava em casar com um príncipe encantado. – disse tentando descontrai.

         - e você  encontrou esse príncipe?- ele me encarou.

         -Bom, eu encontrei. Só que esse príncipe é meio “das avessas”. – o encarei. – ele tem aparência de príncipe, mas as atitudes são de um ogro. – desviei o olhar

         - lembre-se de uma coisa. – ele fez com que eu olhasse em seus olhos. – até nas pedras mais duras pode sair água, basta saber bater. – ele sorriu fraco.

 Aquelas palavras invadiram minha cabeça me fazendo relembrar muitas coisas e de uma pessoa em especial, mas uma coisa eu não consigo entender. Como insistir em uma pessoa que se afasta de você. Quando você sabe que ela não te quer por perto,  e que insiste em te magoar, te fazer chorar, te ver triste. Com certas pessoas  não dá para insistir, é como dar murro em ponta de faca, você vai se machucar e não vai resultar em nada.

- Vamos? – ele me tirou do meu pequeno transe. Assenti e ele me ajudou a caminhar até o carro. – você tem para onde ir? – ele me perguntou.

- na verdade não.  Ainda não pensei nisso. Talvez haja alguma hospedaria aqui por perto, e que cobre pouco, é claro.

- isso vai ser difícil de encontrar. – ele riu fraco. – com três mil dólares você não sobrevive nem duas semanas. – ele me olhou de relance. – contando que você vai ter que pagar hospedagem e alimentação, sem contar com os imprevistos como remédio, pois seu pé logo vai começar a doer. - agora foi a minha vez de encara-lo,  agora é oficial, eu estou ferrada. – mas você pode passar uns dias na minha casa, o refugio dos sonhadores. Pelo menos até você se organizar. - assenti. Depois de alguns minutos paramos em frente ao prédio onde ele morava.

O prédio tinha uma arquitetura antiga, meio década de 70, entramos no mesmo e fomos até o elevador, que  não era daqueles modernos, espelhados e tal, mas não apresentava nenhum problema. Chegamos ao andar onde ele morava  e fomos até o apartamento.

Confesso que imaginei esse ”refugio dos sonhadores” como sendo uma quitinete de três cômodos aonde vivia cerca de  vinte pessoas, que não trabalhavam e viviam  brisadas vinte e quatro horas por dia. Mas não, o apartamento não era uma quitinete e também não viviam vinte pessoas. Pelo nível da bagunça só morava uma. Ele tinha uma sala ampla e um pouco bagunçada, havia vários livros espalhados assim como jornais, fora isso era normal.

- você deve esta cansada! – assenti. – você pode tomar um banho e descansar. – ele disse meio atrapalhado. – vem comigo. – ele disse e eu o segui. – eu tenho algumas roupas da minha irmã, ela deixou aqui e saiu em viagem.

- mas ela não vai se importar?

- não, ela se foi e eu não sei nem quando volta. Aquela dali desde quando se  envolveu com um gangster nunca mais foi a mesma. – ele disse pegando uma muda de roupa no guarda roupa. – ela some por algum tempo e ninguém sabe onde está nem quando vai voltar. –ele me entregou a roupa e me conduziu até o banheiro.

 

POV. Adam

 

- não podemos começar logo? – Candice disse inquieta andando de um lado para o outro.

- Porra Candice, já disse que tem que esperar o Bieber chegar. – Chris disse impaciente. Ela já havia perguntado isso centenas de vezes.

         - Ryan, você avisou o Justin que  tínhamos uma reunião? – perguntei para ele.

- sim, ele disse que já esta chegando. – assenti e me sentei novamente no sofá.

         Não demorou muito e ouvimos o barulho do carro dele estacionar em frente à casa, provavelmente a conversa com  a Ly foi longa assim como a reconciliação, com toda a certeza ela o perdoou .

Ouvimos o barulho da porta se abrindo e todos olharam na mesma direção,  a expressão de todos mudaram para de espanto ao verem quem entrou o acompanhando, não podia ser, eu não acredito que ele fez isso, como ele teve coragem.


Notas Finais


então... resolvi nao castigar você nesse capitulo , só deixar uma ponta de curiosidade. Mas prepare o coração para o proximo( eu aconselho). bom, pelo finalzinho vocês já entenderam o que vem por ai. ;)

bom, COMENTEM...
ps: calma, isso é só uma "virgula" se é que vocês me entendem.


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