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História Suicide love - Right by my side


Escrita por: HeJuice

Capítulo 49 - Right by my side


O carro parou em frente  a um hospital, sai do mesmo rapidamente com ela desacordada em meus braços, Gabriel me acompanhou e quando chegamos ao interior do hospital chamamos pelos médicos e logo um chegou perto de nós. Ele não nos fez muitas perguntas, logo que contamos que ela estava grávida ele ordenou que a internasse, e assim a colocaram em uma maca e a levaram me deixando com uma preocupação imensa.

         Era muita coisa para um dia só, aliais esses últimos dias tem sido assim, um pior do que o outro. Encostei-me  na parede e fechei os olhos, como de imediato um  flash passou pela minha cabeça.

         “ Se alguma coisa acontecer a ela ou a criança, você vai se sentir culpado pelos resto da sua vida . você ira carregar essa culpa para sempre. “ 

         Eu nunca deveria ter a deixado sair de casa, nunca deveria ter  a mandado ir, eu nunca deveria ter feito e falado aquelas coisa para ela. Eu deveria ter sido mais forte, ter resistido, deveria ter sido menos impulsivo e mais compreensivo, deveria ter ido atrás dela quando ela  foi embora.

                   “ eu vou sim Justin, eu vou embora”

 “…quando eu disse que te amava eu estava sendo sincera, eu me entreguei de corpo e alma…”

          Eu não deveria ter dado ouvido ao que os outros disseram, não deveria ter julgado, eu não deveria ter acreditado em falsas verdades. Eu deveria ter a ouvido antes.

 

         Flashback on

        

         Era de manhã e ela ainda não tinha voltado para casa, não tinha atendido minhas ligações. Joguei-me no sofá e fiquei encarando o celular, ela iria ligar, dentro de poucos segundos ela entraria pela aquela porta.

         Ouvi a porta se abrir e como de imediato olhei para trás na esperança de ser ela, mas me enganei, ao invés de uma morena, era uma loira, o motivo de tudo isso  está acontecendo.

         Ela adentrou e foi até onde eu estava me dando um beijo- que não foi correspondido.

         -o que foi? – ela se jogou no sofá.

         - o que foi? Você ainda pergunta?- a encarei, ela deu de ombro. –  não ficou contente com o que aconteceu ontem? Ela foi embora, e até agora não voltou.

         - não sei por que você se preocupa. Ela está no apartamento do Adam, e provavelmente está sendo bem cuidada. – ela disse com um sorriso nos lábios.

         - como assim  no apartamento dele? – disse serio.

         - ela passou a noite lá. – ela disse simples. – e  você sabe que ela o trai…- ela se levantou e foi para perto de mim. - … ela chegou abalada, e ele como é muito caridoso deve ter cuidado dela, feito ela esquecer tudo o que você a fez  passar. – disse bem perto do meu ouvido. - … do melhor jeito possível.

         Uma raiva tomou conta de mim nesse momento, eu não estava acreditando que ela teve a coragem de fazer isso, e ainda mais sendo com ele.  Anastásia se levantou e saiu me deixando naquele estado.

         Flashback off

 

         Eu deveria, eu poderia. Suposições de um  futuro inserto não ajudara  a consertar o que já se passou. Eu fiz a escolha errada, eu escolhi deixa-la ir e agora estou sofrendo as consequências, estou aqui entre o fogo e a fornalha correndo o risco de perdê-los, ela e o meu filho.

         Vi quando Chris, Chaz, Adam, Ryan e Candice entraram no hospital e vieram direto em mim.

         - onde ela está? Como ela está? Ela já esta internada? – eles enxiam minha cabeça com essas perguntas e eu não conseguia processar uma resposta, apenas assentia.

          Todos estavam sentados na sala de espera do hospital, todos com expressões ceradas, preocupadas, angustiadas. Ninguém dirigia a palavra a ninguém, muito menos a mim. Horas já haviam se passado e ninguém dava um parecer, ninguém vinha  explicar o que estava acontecendo, ninguém vinha amenizar a angustia da espera.

         Um homem de branco surgiu no corredor  e  logo o reconheci, era o médico que a tinha atendido. Levantei-me indo ao encontro do mesmo, todos fizeram o mesmo.

         - Quem é o responsável pela senhorita  Lilyan Green? – ele perguntou.

         - EU! –respondi prontamente. – como ela está?

         - o quadro dela está se normalizando. Ainda não sabemos direito o que ela teve, fizemos alguns exames rápidos, mas nada muito detalhado os faremos só amanha quando ela acordar.

         - e o meu filho? – perguntei.

         - ela não apresenta nenhum dos sintomas de aborto espontâneo, e conseguimos abaixar a febre dela. Amanha  faremos os exames mais complexos para saber melhor. Mas fique tranquilo, ele com certeza estará bem. – ele nos tranquilizou.

         Aquilo me tranquilizou em partes, eu não sossegaria enquanto não a visse  bem e longe desse hospital. O médico se afastou voltando para o corredor, corri atrás dele e o chamei.

         - o que o senhor deseja?- ele perguntou.

         - eu preciso vê-la.  Nem se for por alguns instantes.

         - mas o senhor não pode. O horário de visita já acabou e ela precisa descansar.

         - eu não irei acorda-la. Somente preciso vê-la. – insisti. Ele me encarou sem esboçar nenhuma reação.

         - OK! Dou-lhe cinco minutos. – assenti.

         - onde ela está?

         - vou conduzi-lo até o quarto dela.  – assenti e fomos.

         Andamos pelos corredores do hospital até chegar de frente a um quarto.

         - somente cinco minutos. – ele repetiu. Assenti.

         Abri  a porta e entrei a fechando com cuidado atrás de mim. Olhei o local e parei onde estava a cama, caminhei até a mesma, ela estava no balão de oxigênio,  e não estava mais com as roupas sujas de sangue e sim com as do hospital, seu rosto sereno  porem com alguns arranhões , passei uma das mãos levemente pelo mesmo.

 Ela imóvel  em cima daquela cama me causava calafrio, me causava medo, medo de ter me arrependido tarde demais, medo da reação dela, medo de perder meu filho. Medo, uma palavra que nunca existiu em meu vocabulário, e nos últimos dias ela se faz mais presente do que nunca, se faz presente por causa de uma única pessoa, com nome e sobrenome. Lilyan Green.

Inclinei-me aproximando-me de seu rosto, o seu cheiro ainda era o mesmo, suave e envolvente. Afastei o aparelho que estava em sua boca, seus lábios estavam pálidos, depositei um beijo no mesmo e recoloquei o aparelho.  Vi o médico aparecer no vidro apontando para o relógio em seu pulso, já  havia acabado meu tempo, assenti.

- fica bem! – sussurrei perto do seu ouvido, depositei um beijo em sua testa e sai logo em seguida.

 

Quando cheguei de volta à sala de espera Pattie veio correndo ao meu encontro.

- vim o mais rápido que pude. Com ela está? – ela disse ofegante.

- ela está dormindo. O médico permitiu que eu a visse por alguns minutos.

- eles disseram o que ela tem?

- não, somente disseram que ela está voltando ao normal. Amanhã eles farão exames mais preciso

- e o Bebê?

- eles disseram que o bebê está bem, eles farão exames para vê-lo. – ela apenas assentia. Caminhei até um dos sofás e me sentei.

Os outros tinham voltado para Atlanta e viriam pela manhã visita-la. Eles tinham que se livrar dos corpos, dos carros, armas e tudo mais. Pedi que o corpo de Victor retornasse para Atlanta e que Ryan ligasse para Victoria para avisar sobre a morte dele. Com toda a certeza ele deverá ser enterrado perto dos pais da Ly. Ordenei que Ryan pedisse para Victoria manter o máximo de sigilo possível sobre a morte dele, pois ela sabia sobre nossos esquemas, e também Ryan não conseguiria esconder nada dela, ainda mais agora que eles voltaram. 

- você aparenta está exausto. -  Pattie disse tirando-me dos meus pensamentos. Ela passou  uma das mãos pelo meu rosto levantando-o. – há quantos dias você  está sem dormir? - me encarou.

- desde o dia em que você foi à minha casa. – passei as mãos pelo rosto. – essa já é a segunda noite que eu passo em claro. –disse olhando para a janela. – há dois dias que eu estou sendo julgado por tudo e todos. Há dois dias que eu estou à procura dela. – voltei meu olhar para Pattie.

- foi você que deixou as coisas chegarem a esse ponto. – ela me encarou.

- se for para dar sermão e lição de moral, fique sabendo que essa não é uma boa hora. – ameacei a levantar, mas ela me impediu.

 - eu não vou te dar sermão. – ela se abaixou na minha frente e encarou meus olhos. – eu estou orgulhosa de você. – ela passou o dedo pelas minhas bochechas. – você fez a escolha certa, escolheu consertar seu erro, e isso me orgulha. – ela depositou um beijo em minha testa.

- e se ela não me perdoar? – segurei seu braço impedindo-a de se afastar.

- isso você só vai saber quando conversar com ela. – respondeu.

- quando ela acordar nem na minha cara  vai querer olhar.

- quanto a isso eu não tenho como resolver. Esse assunto é entre você e ela. – ela depositou um beijo no topo da minha cabeça.

Confesso que ouvir a frase oposta da que  ouvi há dois dias tirou um grande peso dos meus ombros.

   

O dia amanheceu e eu não tinha pregado os olhos, meu corpo estava pesado, exausto, mas eu não sairia daqui enquanto não souber se ela está bem ou não.

Os outros chegaram ao hospital, perguntei se eles tinham conseguido fazer tudo e eles disseram que sim. Os carros foram para o desmanche, as placas foram descartadas, os corpos dos seguranças do Victor foram parar no fundo do rio, as armas foram limpas, e o enterro do Victor já estava sendo providenciado, fiz a questão de mandar Ryan oferecer nossos sentimentos, se é que vocês me entendem.

Pedi para Victoria providenciar isso tudo o mais rápido possível, Ryan arranjaria um laudo falsificado com um legista parceiro nosso, ele deveria ser enterrado  mais que depressa, se possível fosse antes dela sair do hospital, não quero que ela  tenha que comparecer, ainda mais no estado em que ela está.

Geralmente eu não costumo dar essas regalias para meus inimigos depois da morte, eles sempre têm o mesmo fim, mas ele é uma exceção, odeio  exceções e também odeio admitir, mas ele é uma, ele é irmão dela.

         Já eram quase onze horas da manhã e até agora o médico não veio nos dar noticias sobre o estado dela.

         - vocês que são os amigos da paciente chamada Lilyan Green? – outro medico chegou à sala de espera onde estávamos.

           - sim, somos nós. – Adam respondeu. – como ela está?

         - o médico que a atendeu pediu para dar as noticias sobre o estado da paciente. – ele começou a olhar em uma prancheta. – os exames constataram que está tudo bem. Ela está bem, já está acordada, falando e tudo mais. Se ela não sentir mais nada já poderá receber alta até o final da tarde.

         Um peso saiu de cima das minhas costas, senti meu corpo mais leve e pude até respirar melhor. O semblante de todos já  era outro,  foi de preocupação para alegria. Mas eu ainda precisava saber de mais uma coisa, meu filho.

         - e o meu filho? Como ele está? – perguntei ao médico. Ele olhou na prancheta novamente.

         - os exames foram feitos e está tudo ok com eles. Seus filhos estão ótimos. – ele respondeu.

         Meu coração parou de bater por alguns segundos, e uma expressão de surpresa tomou todos na sala. Eu havia entendido direito?  Ele disse “SEUS FILHOS”?

         - Meus filhos? No plural? São mais de um? – perguntei ainda sem acreditar.

         - sim,  ela está grávida de gêmeos. Você vai ser pai de gêmeos. – ele disse com um sorriso  no rosto.

         Eu estava  no meio de um turbilhão de emoções, era uma mistura de surpresa, alegria, espanto, felicidade. Eu nunca me imaginei pai, muito menos pai de gêmeos.

         - mas o doutor precisa conversar com você sobre alguns assuntos. – o médico me tirou do meu surto. – siga-me. – assenti. – os outros se quiseram pode pegar o crachá na portaria para visita-la. – eles assentiram e foram.

         Pattie e eu seguimos o médico pelo hospital até chegarmos a um consultório, entramos e ficamos esperando pelo médico que viria falar conosco.

         - vocês que são os responsáveis pela menina Lilyan Green? – um médico de cabelos grisalhos perguntou ao entrar na sala e se sentar em sua cadeira.

         - sim doutor. – Pattie respondeu

         -Ótimo!  E você deve ser o  pai dos bebês? – disse para mim. Assenti. – meus parabéns! – ele estendeu uma das mãos para um cumprimento, apertei sua mão. – ela é uma bela garota, ou melhor, mulher.

         Por que os homens insistem em elogia-la? Principalmente os médicos?

         - vamos ser diretos, o que deseja falar conosco? – fui direto antes que ele começasse a elogia-la demais.

         - vejo que é um rapaz objetivo. –ele me olhou e deu um sorriso. – bom, vamos ao que interessa. – ele ajeitou alguns papeis em cima de sua mesa. – o que eu tenho para falar com vocês é sobre o que a paciente teve e quais serão as recomendações e medicamentos que ela devera tomar.

         - mas o outro médico disse que ela esta bem. -  me ajeitei na cadeira aonde estava sentado.

          - mas ela está porem tem que ter alguns cuidados para que ela continue assim. – ele respondeu.

         - então diga o que esta acontecendo.

         - ela sofreu uma crise de pânico ou  ataque de pânico, e não foi um ataque qualquer o dela foi intenso.

         - o senhor pode explicar melhor? – Pattie disse.

         - isso nada mais é que um momento intenso de medo, desconforto e etc. Isso acontece quando a pessoa afetada sofre um grande baque, passa por uma situação extrema... Os sintomas são muitos, e pelo que eu percebi do estado dela, ela sofreu quase todos eles. – respondeu.

         - cada corpo reage de um jeito, o dela reagiu se fechando. É como se ela fosse uma bomba prestes a explodir, porem ela mesmo contem o estrago. Foi mais ou menos isso que aconteceu. – ele continuou. Assentimos.

         - mas isso não vem ao caso, o  assunto que vamos tratar é sobre os bebês. Durante uma gestação a gestante não pode sofrer emoções extremas, pois muitas das vezes a intensidade da emoção é tão grande que acaba por afetar o feto.  Em casos extremos podendo ocasionar até o aborto espontâneo. – ele contou.

         -  e foi isso que  quase aconteceu com ela, por conta das fortes emoções tudo foi se acumulando até dá aquele surto, e foi por pouco que ela não perdeu os bebês, foi por muito pouco mesmo, se o corpo dela não reagisse daquela forma o pior aconteceria com  as crianças. – ele completou.

         -mas eles estão bem, não é? – perguntei preocupado.

         - sim, eles estão bem, mas todo cuidado é pouco.

         - então o que poderemos  fazer para evitar o que isso ocorra novamente. – Pattie perguntou.

         - o bom seria que ela não tivesse  emoções  extremas enquanto estiver no período gestacional .  Evitando contato com pessoas, coisas e lugares que  vocês sabem que não vão fazer bem a ela.

          - e você nos receita algo? – Pattie perguntou.

         - bom, eu vou receitar alguns remédios que ajudaram a controlar isso. – ele pegou alguns papeis que estava em sua mesa e entregou para Pattie. – esses remédios que estão ai, são calmantes, remédio para que  ela consiga  segurar a criança até o final da gestação, mas esse remédio não precisa tomar diariamente, na receita eu coloquei as observações. E também complementos alimentares, pois ela não está se alimentando direito, e como ela está gestante ela tem que ter uma boa alimentação.

         Pattie e eu prestávamos atenção em tudo o que ele dizia, porem  estava contando os segundos para aquela conversa acabar, tudo o que eu queria era vê-la, toca-la.

         - bom, são essas as recomendações. – ele concluiu. -  espero as sigam. -  ele riu fraco.

         - pode deixar, assim que chegarmos a Atlanta iremos procurar um médico para fazermos o acompanhamento durante toda a gestação. – Pattie respondeu.

         Agradecemos e saímos daquele consultório. Fomos  até a portaria aonde pegamos os crachás de visitantes, subimos de elevador até o andar aonde ela estava, eu olhava para o painel que indicava em que andar o elevador estava, parecia que ele nunca  chegaria ao quinto andar. O elevador apitou indicando que havíamos chegado, fomos caminhando pelos corredores  até pararmos em frente ao quarto 501.

         A vi pelo vidro, ela estava sentada na cama conversando com Gabriel, vi quando ele se despediu dela e saiu,  ela o acompanhou com o olhar , quando ele passou perto de mim nossos olhares se cruzaram, ela ficou sem esboçar nenhuma reação, dei um sorriso fraco, mas ela não retribuiu, ao invés disso abaixou a cabeça e começou a fitar suas mãos , o sorriso dos meus lábios se desfizeram de imediato.  

         - não entre agora, eu vou falar com ela antes, depois você entra. - Pattie disse. Eu apenas assenti, ela entrou e eu fiquei no corredor esperando por uma confirmação.

 

         Depois de alguns minutos ouço a porta do quarto se abrir, de dentro sai Pattie com uma cara não muito boa.

         - o que foi Pattie? – pergunto.

         - eu acho melhor você ir para casa. Descansa, come alguma coisa  e em Atlanta você fala com ela.

         - ela não quer me ver, não é Pattie? – perguntei. – ela não quer olhar na minha cara,  ela não quer saber mais de mim. Ela encontrou outra pessoa não foi? Pode falar, é aquele Gabriel, só pode. – disse começando a andar de um lado pro outro.

         - calma Justin, não diga coisa que você não sabe, antes que você cometa o mesmo erro pela segunda vez. – ela tentou me acalmar. -  ela não encontrou outra pessoa, o Gabriel é só um amigo. Ela só esta confusa  e não esta preparada para uma conversa com você.  Fica tranquilo, Adam disse que não devolveu uma das aeronaves, então ele a levará de volta a Atlanta.  Vou leva-la para meu apartamento, amanhã talvez, com mais calma você vai até lá e conversa com ela. ok?  -  apenas assenti.

         Confesso que parecia que alguém havia me jogado um balde de água fria, sai do hospital pisando alto, minha mente em um turbilhão. Cheguei à frente do hospital e entrei em meu carro- eu havia pedido para um dos seguranças o trazerem para cá- e sai cantando pneu.

         Quando cheguei a Atlanta já havia anoitecido, no caminho Pattie me ligou perguntando se eu já havia chegado na cidade e também avisando que ela já se encontrava em Atlanta e que estava descansando. Parei o carro na escada da principal de casa e sai,  entrei  na mesma e subi direto pro meu quarto.

         Joguei as chaves do carro e o celular em cima da cama, rumei para o banheiro aonde me despi e entrei debaixo do chuveiro, deixei a agua fria cai sobre meu corpo e fiquei parado por alguns minutos. Um turbilhão de pensamentos invadia minha cabeça, esfreguei meu rosto para tentar afasta-los.

         Terminei meu banho e rumei para o quarto enrolando uma toalha na minha cintura e tirando o excesso de agua dos cabelos, fui até o closet aonde peguei uma boxer e uma bermuda e as vesti. Joguei-me n cama e peguei meu celular, fui até a galeria aonde tinha fotos dela de quando ficamos na casa do lago, e parei em uma foto que ela havia tirado. Na foto ela estava deita em minhas costas, com os cabelos espalhados pela mesma e  sorria para a câmera.

         Fiquei encarando a foto por alguns segundos e depois joguei o celular para um canto e comecei a fitar o teto, logo adormeci.

         Acordei e o quarto já estava escuro, levantei da cama e fui até a parede aonde acendi a luz, olhei  no celular novamente para ver se havia alguma mensagem ou ligação de Pattie, mas não tinha nenhuma. Desci e fui para a cozinha aonde pedi para Lupy preparar algo para eu comer.

         Sentei-me a mesa da cozinha e ela me serviu, estava com uma fome do cão, mas confesso que não senti nem o gosto da comida, comi por comer, para me aguentar em pé. Olhei mais uma vez no visor do celular e já marcava nove horas da noite e até agora mais nenhuma ligação. Eu não vou consegui esperar até o dia seguinte para vê-la, para toca-la. Eu irei vê-la agora, levantei da mesa e rumei até meu quarto, me arrumei e desci rapidamente indo até um dos carros, fui com o que já estava preparado.

         Sai pelas ruas em alta velocidade, eu não conseguiria esperar nem mais um minuto para vê-la, ignorei todos os sinais vermelhos até chegar em frente o edifício aonde Pattie tinha o apartamento, passei pela portaria e subi sem ser anunciado, pois o porteiro já me conhecia e afinal eu sou filho da proprietária do apartamento. Subi de elevador até o andar e parei em frente ao apartamento, bati na porta e esperei alguém abri.

 

         Pov. Lilyan

 

         Acordei e olhei no relógio que havia na mesinha ao lado da cama, marcava nove horas da noite, eu havia dormido demais. Levantei e fui até a cozinha, no caminho percebi que estava sozinha no apartamento. Cheguei a mesma e encontrei um bilhete de Pattie, lá ela dizia que  teve que sair para comprar algumas coisas e que não demoraria a voltar. Deixei a mesmo na bancada e fui até a geladeira pegar algo para comer, peguei um copo de leite e alguns biscoitos que havia no armário. Sentei-me à mesa e comecei a comer,  ouço alguém bater na porta. Levantei-me e fui até a mesma abrindo-a.

         - posso entrar? – Justin perguntou apontando para o interior do apartamento.

         - fique a vontade o apartamento é da sua mãe. – disse seca dando passagem. Ele entrou. – se veio falar com ela perdeu a viajem, ela não está aqui, ela teve que sair para comprar algumas coisas. – disse indo em direção à cozinha.

         - eu não vim falar com ela, eu vim falar com você. – ele segurou em meu braço e me puxou  para si unindo nossos corpos , seus olhos fixos no meu, respiração leve, cheiro envolvente, ele me impedia de afastar. – volta pra mim. – ele rosou sua boca na minha. – hein, eu estou sentindo sua falta. – ele mordeu de leve meus lábios.

         - é só isso que você tem a dizer? – disse me afastando dele. – depois de todo esse tempo, depois de tudo o que você me disse, depois de tudo que eu passei,  é só isso que você tem a me dizer? – o encarei cruzando os braços. – Hein Justin, me responde.

         - eu vim te pedir desculpas, vim te pedi para voltar para mim, para esquecer tudo o que passou e para contarmos tudo a partir de agora. – ele se aproximou de mim. – eu quero você e nossos filhos perto de mim. – ele disse passando a mão pela minha barriga.

          Não disse nada, somente virei o rosto para não encara-lo.

         - eu sei que eu errei, e eu estou pagando por isso. – ele continuou. – eu ouvi coisas que eu nunca tinha ouvido antes, de pessoas  de quem eu não esperava. Mas eu mudei, eu tentei consertar meu erro, eu pedi desculpas, eu pisei no meu orgulho, eu  fui atrás de você. 90% do meu erro já foi consertado, agora só falta 10%, eles só dependem de você.  – ele virou meu rosto para que eu o encarasse. – hein Lilyan, me responde. Você me perdoa?

         - o que você me disse doeu muito sabia? -  disse tirando suas mãos do meu rosto com brutalidade. – você me traiu, você desconfiou de mim, me julgou sem ao menos ouvi minha versão,  jogou dinheiro em cima de mim como se eu fosse uma qualquer, me expulsou da sua vida, colocou tudo que nós vivemos como se não tivesse significado nada para você. – disse me afastando dele. -  e agora vem com esse papo  para cima de mim?

         - eu sei, mas… - ele tentou me tocar, mas  eu me esquivei.

        - não tem “mas” Justin. Você me magoou muito. Eu disse que te amava, eu arrisquei a minha vida por você, eu me entreguei a você e olha o que você fez comigo. – comecei  a ir para cima dele estapeando seu peito.

         Ele ameaçou me impedir, mas levantou as mãos em sinal de rendição enquanto eu  estapeava seu peito, eu estava no meio de uma explosão de sentimentos, eu só queria extravasa-los, eu o estapeava e ele  não revidava, as lagrimas começaram a descer pelo meu rosto, ele me envolvem em seus braços me contendo e  foi se abaixando até que nós no sentássemos no chão, ele me apertava em seus braços e  eu tentava sair.

         - me solta Justin,  me solta. Vai embora, me deixa. – comecei a estapeá-lo, arranha-lo e empurra-lo. Ele se defendia se esquivando. Eu me debatia tentando sair de seus braços, mas ele não permitia.

         - PARA! PARA E OLHA PRA MIM!  - ele  disse firme e segurou meus braços com força fazendo parar. –  olhe nos meus olhos. – eu comecei a encarar aquela imensidão cor de mel. –  Por favor, esquece isso tudo, não permita que esse passado estrague o nosso futuro, o nosso e dos nossos filhos. Eu já te disse que aquilo não significou nada para mim, aquilo foi um momento de fraqueza, eu me arrependo de ter dito aquelas coisas para você. Eu mudei Lilyan, acredite em mim. – ele disse olhando em meus olhos.

         Tentei sair mais uma vez, mas ele me segurou.

         -  quem trai uma vez sempre vai trair. -  disse olhando em seus olhos.

         - isso até pode ser verdade para o mundo lá fora, mas eu vou fazer de tudo para isso não acontecer comigo, eu vou fazer de tudo para ter só você. Será que você não entende que eu quero somente você. – desviei o olhar dele, mas ele fez com que eu o olhasse. – Eu te amo. Eu te amo Lilyan e é só você que eu quero, será que você não entende isso? Eu tive que quase te perder para perceber. – ele tinha o olhar fixo em meus olhos.

         - tarde demais para perceber isso. – aproveitei que suas mãos não estavam segurando meus braços e me levantei indo para o outro lado da sala. – vai embora! – tentei ser firme.

         - não, eu não vou embora. – ele se levantou e me encarou.

         - está bem, então eu vou! – fui em direção à porta. Mas ele foi mais rápido e se pôs em frente a mesma impedindo minha passagem.

         - não, você não vai embora. Eu não vou deixar você ir outra vez. – ele me impedia de tocar na porta.

         - sai da frente Justin. – protestei.

         - não, dessa vez não Lilyan. – ele encostou-me na parede pondo seus braços no lado do meu corpo me prendendo entre eles.

         - me solta. – comecei a protestar e tentar sair de seus braços. Ele balançou a cabeça negativamente e se aproximou de mim unindo nossos lábios antes que eu pudesse protestar novamente.

         Agarrei em sua blusa tentando afasta-lo, mas ele aprofundou mais o beijo e segurou minha cintura. Minhas mãos que o empurrava agora o puxava. Eu estava sentindo falta daquilo, eu estava sentindo falta dele. A burrada que ele fez foi grande, mas a vontade de tê-lo e a falta que ele estava fazendo eram maiores. Depois de tudo que ele me disse relutar não era a opção mais correta,  eu tentei, mas tudo o que eu queria era ele, tudo que eu preciso é ele, e agora ele está aqui para mim. O “eu te amo” que ele disse foi mais do que esperado, foi mais do que desejado por mim.

         - eu te amo. – disse entre o beijo. Ele sorriu.

         - eu também te amo. – ele me beijou.

         - mesmo estando desse jeito? – disse me referindo ao estado que eu me apresentava. Com o cabelo bagunçado em um coque frouxo, com baby doll nada atraente e com aquela cara de  quem acabou de sair do hospital  –se bem que eu acabei de sair de um. Mas ok.-.

         -  você ainda não entendeu que eu te quero de qualquer jeito? – ele me encarou. – bem vestida, desarrumada, com roupa ou sem roupa. – ele se reaproximou de mim. – e agora eu estou te querendo sem ela. – ele mordeu os lábios e me beijou novamente.

         Ele começou a tirar a parte de cima do baby doll e me pegou no colo enlaçando minhas pernas em sua cintura, suas mãos   começaram a percorrer todo meu corpo. Passei meus braços em volta de seu pescoço juntando mais os nossos corpos, mas ele me impediu.

         - o que foi? – perguntei confusa.

         - isso vai machucar os bebês. – ele disse preocupado olhando para minha barriga. Sorri fraco.

         - relaxa, não vai acontecer nada com eles. – o beijei novamente.

         - tem certeza? – ele disse em meus lábios. Assenti.  Ele voltou a me beijar e se afastou da parede saindo andando pela sala comigo no colo.

         Ele entrou no primeiro quarto que estava com a porta aberta, o que eu estava dormindo. Colocou-me com cuidado na cama finalizando o beijo. Ele tirou meu short e começou a trilhar meus corpo com beijos, começando pela  coxa até chegar na barriga aonde ele depositou um beijo.

         - Garotões, prestem atenção no que eu vou fazer com a mãe de vocês, aprendam desde já. – ele disse olhando para minha barriga em seguida mandou um olhar safado para mim me fazendo rir.

         - quero ver se forem meninas. – disse olhando para ele.

         - se vocês forem meninas, é melhor tamparem os ouvidos, por que vocês não irão fazer isso nem tão cedo. – ele disse olhando serio pra barriga e logo depois depositando um beijo na mesma.  Comecei a rir.

         Ele voltou a trilhar meu corpo com beijos passando pelos seios e chegando a minha boca me beijando com intensidade. Com nossos corpos assim tão próximos já dava para sentir sua excitação, aquilo me fez arfar. Ele começou a desabotoar meu sutiã  e desceu seus beijos para lá mordicando ambos , ele começou fazer a trilha inversa descendo até minha intimidade e depositando um beijo na mesma ainda coberta pelo pano.

         Ele a tirou e começou a estimular meu clitóris com a língua fazendo movimentos circulares e lentos, gemidos escapavam pela minha boca à medida que ele ia intensificando os movimentos. Segurei em seus cabelos os puxando pedindo para ele ir mais rápido. Ele intensificou agora me entocando com dois dedos, arqueei minhas costas enquanto gemidos altos saiam da minha boca. Pressionei a cabeça dele contra minha intimidade para ele ir mais rápido com os movimentos, assim ele fez, soltei um grito alto quando cheguei ao ápice.

           Ele se afastou se livrando de sua roupa ficando somente de boxer. Aquele corpo me fazia perder a razão, não esperei ele vir até mim  se pus de joelhos na cama e comecei a beija-lo novamente enquanto minhas mãos de livravam de sua boxer e estimulava seu membro . Ele enfiou os dedos em meus cabelos aprofundando o beijo, me deitou novamente na cama e se posicionando entre minhas pernas  e começou a me penetrar lentamente, gemi de dor.

         - você está apertada. – ele disse com voz roca.

         - é a falta de você que causa isso. – disse mordendo os lábios, ele sorriu safado e me penetrou por completo fazendo um gemido alto sair da minha boca.

         Ele começou com entocadas lentas e depois rápidas me fazendo gemer alto, ele se inclinou para me beijar, mas com a intensidade das entocadas ficava até difícil de corresponder, ele mordeu meus lábios com força que senti  o gosto salgado do sangue. Eu gemia seu nome e pedia para ir mais rápido, ele correspondia sem excitar.

         Meu corpo parecia que entraria em erupção a qualquer momento, meu corpo estava suado, minha respiração acelerada e sentia as paredes de minha intimidade pulsarem, ele aumentou as entocadas  e passou a mão pelo meu corpo mais uma vez, senti minha intimidade travar o seu membro  e foi isso que faltava para nós dois chegarmos ao ápice juntos.

         Estávamos ofegantes e suados,  o joguei na cama e subi em cima dele, ele me olhava com aquele olhar que transbordava luxuria e eu retribuía do mesmo modo, me inclinei o beijando enquanto ele passava as mãos pelo meu corpo, apertando meus glúteos e dando tapas nos meus , gemi com isso.  Finalizei o beijo com uma mordida em seus lábios.

         - espero que você não esteja cansado. – disse passando as mãos  pelo seu peito. Ele me encarou e sorriu safado balbuciou  um “nem um pouco”.  Sorri de lado. – … por que eu  ainda nem comecei. – rebolei em cima do seu membro, ele mordeu os lábios e segurou em minha cintura.


Notas Finais


então.. desculpa ai pela demora... mas compensou rsrs


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