História Suicide Love - O ponto pro desastre

Dia 19 de março de 2016, nunca vou esquecer esse dia... Quer saber porque né? Só um segundo que chegaremos lá.

Sou Kate Henderson e agora tenho 16 anos, sim eu sei, pode não parecer que uma garota com essa idade tenha algo à dizer, mas sim! Eu tenho muita coisa a dizer! Já passei por muitas situações incrivelmente sérias para uma pessoa tão nova, e sempre quis compartilhar elas com outras pessoas.

Era o início do ano, eu havia feito uma ligeira amizade com uma garota dessa nova escola, o nome dela era Alice uma garota loira, com olhos extremamente claros e um corpo invejável, a pele num tom ligeiro de bronze, os lábios apesar de grossos tinham um contorno leve, o que só os tornava mais interessantes, já eu sou o oposto dessa obra perfeita da natureza, sou branca e pálida como leite, com cabelos pretos, acentuando minha palidez  mostrando minha vampira interior, sempre andava de preto ou azul e ela variava das formas mais inimagináveis e peculiares ao mesmo tempo, era o segundo dia de aula e com ela eu ja me sentia incluída de alguma forma, apesar de ambas sermos novatas. Eram assuntos infinitos, as vezes repetidos e nao nos cansavamos deles nunca, era tudo maravilhoso.

Naquela mesma semana eu ja passara a fazer amizade com o grupo dos garotos, afinal as meninas realmente não olhavam na minha cara, somente a Alice, meus novos amigos eram todos diferentes, cada um tinha um gosto, cada um tinha um hobby, um estilo, entre outros, não era possível saber como davam certo sendo que nem gostos parecidos tinham, na época eu pensava assim é agora eu entendo que eles não faziam amigos para encontrar pessoas iguais à eles e sim diferentes, pois as diferenças é que tornam a amizade emocionante.

Um tempo passou e tudo estava perfeito até uma diabólica garota entrar pras nossas aulas: Rachel Hudson, a garota mais maluca, psicopata, retardada e destruidora de amizades que eu já conheci, mas eu também agradeço à ela porque se não fosse por ela essa história não estaria acontecendo, ela quase me fez perder a Alice várias vezes e me acusa até hoje de ter roubado o crush/namorado dela, o que na verdade não aconteceu, o verdadeiro fato foi que ele percebeu como ela era e se distanciou e continuou a falar comigo. Até hoje essa garota me odeia e eu só não gosto dela, mas também foi graças à ela que conheci Jeremy T. Turner, dia 19 de março de 2016, chegamos à essa data, dia no qual eu iria à casa de Andressa amiga/inimiga da Rachel fazer um trabalho do colégio, Rachel estava junto e Jeremy também, foi a tarde na qual nos conhecemos, naquele dia parecia tudo normal, só parecia mesmo, pois foi ali onde tudo começou.

Na escola éramos cordiais, as únicas palavras trocadas eram "bom dia"e "até amanhã" as vezes um "tudo bem com você?", mas somente isso.

Meses se passaram depois do dia que nos conhecemos e foi nas férias do meio do ano que realmente começamos a conversar e a cordialidade entre nós acabou ficamos super próximos, eram conversas interrompidas pela preguiçosa rotina de uma longa estadia em casa, assuntos que quando começavam não tinham fim. Tudo normal entre amigos, mas um dia numa ligação meio da noite que foi possível perceber o primeiro sinal de algo que poderia não ser muito bom.

Flashback de ligação On:

03:30, uma madrugada comum das férias.

– Oie migo – eu dizia docemente.

– Oi Key. – ele disse sem sentimentos.

– Qual o problema? – ele ficou em silêncio e assim permaneceu por um longo tempo, eu só escutava sua respiração.

– As coisas vão mudar! – ele gritou de forma feroz.

– Han? – eu disse em entender o que aquilo queria dizer.

– Vocês vão ver!!! – ele gritava de novo, esperai! Vocês? Quem são vocês?

– Jeremy! – podia ouvir seu choro.

– Eles me atormentam a tanto tempo Isa. – ele deu uma pausa e gritou novamente – EU NAO AGUENTO MAIS!!!!!

– Se acalme! Quem são eles?

– Eles me seguem e... – ele parou de falar por uns momentos – Boa noite. – ele disse sério e desligou de repente.

Flashback off

A partir desse dia vi que havia algo de errado com ele e querendo ou não eu me importava, ainda me importo. Depois daquele dia as conversas eram breves e raras, novamente de volta à cordialidade.

A volta as aulas foram um tanto quanto indesejadas por mim, tudo que eu queria era morrer em casa sozinha, nada nem ninguém me interessava naquela escola.

Lembro-me bem que estava no ônibus com a cabeça encostada no vidro e tudo que me passava pela mente era ele.... mesmo distante parecia que ele estava ali, pois era o que mais se passava pelos meus pensamentos, tudo que eu queria era que as coisas voltassem a ser o que foram nas férias. Entrei no colégio e avisei meus colegas de sala e numa mesa ao fundo do refeitório, somente à espera do sinal, fui na direção deles dando bom dia à todos e quando terminei Jeremy chegou, nos encaramos desde o momento que ele entrou no colégio até ele parar na minha frente e do nada me abraçar, correspondi o abraço e percebi a sensação de proteção que ele me proporcionava a impressionante.

– Me desculpa Key, eu não gritei contigo aquele dia por querer, se quiser eu te explico o que aconteceu e... – o interrompi.

– Não precisa me contar nada que não quiser, se você se sentir confortável fale senão não é preciso, vou continuar aqui não importa o que aconteça. – e com isso ele me abraçou de novo e só quebramos o abraço depois que o sinal tocou. Ali foi o início de um longo drama...