História Suicide Love - Work

POV. Jeremy

Acordei no dia seguinte abraçando Kate, por uns segundos fiquei sentindo o calor dela contra meu corpo até que ela despertou e soltei-a um pouco envergonhado.

— Bom dia – ela falou com uma voz rouca mega fofa.

— Bom dia espaçosa. — já coloquei meu lado mau humorado à tona.

— Credo você acorda assim. — ela foi se levantando – eu incomodei tanto assim?

— Não. — falei sério e sai do quarto em direção ao banheiro do corredor, fiz minhas higienes matinais que incluiu um banho bem longo. Quando voltei ao meu quarto, não encontrei mais ela lá e as roupas que ela usou estavam dobradas em cima da minha cama, ela foi embora sem se despedir mesmo? Desci para a cozinha, com intuito de tomar café, mas minha mãe estava lá, com uma cara meio estranha.

— Quem realmente é a garota? – ela deixou transparecer um meio sorriso.

— Uma amiga. – respondi seco.

— Vai me conta filho!

— NÃO TEM O QUE CONTAR!!! – sai dali rápido sem dar chances de fala à ela.

Sai de casa e fui andar por aí, precisava clarear a mente, a noite passada havia me deixado mais que confuso.

Flashback On

— Jer não... — ela falava numa voz de gemido.

— Eu sei que você quer Key — eu a beijava no pescoço e ameaçava tirar sua camiseta que na verdade era minha.

— Ok – ela falou quase como um sussurro.

Flashback Off

POV Kate

Quando vi que a grosseria de Jer não ia passar decidi vir embora para minha casa, então peguei minhas roupas e coloquei,  dobrei as que eu estava vestindo e sai do quarto de Jer pra ver se ele estava por perto e nada, desci as escadas e dei de cara com Sophia.

— Bom dia Kate! – ela disse alegre e me acolheu num abraço.

— Bom dia! — falei com um sorriso

— Vem tomar café! Venha! – ela foi me puxando.

— Não, eu já vou! Tenho coisas à fazer hoje. – ela fez uma cara triste.

— Tabom, mas volte mais vezes para tomarmos um chá juntas ok? – ela deu uma piscadela.

— Ok – soltei um riso tímido.

Sai da casa de Sophia e Jeremy e coloquei-me à andar em direção à minha casa. Aí queria chegar na mesma e esquecer o dia de hoje e de ontem que eu já não me lembrava muito, eu sou muito fraca pra drogas, que merda, mas de uma coisa não consigo me esquecer, a transa entre eu e Jeremy, aquilo não deveria ter acontecido! Ah mas a vida tem que dar um desconto eu tava meio chapada ainda né? NÃO! E agora ele ainda me trata desse jeito! Isso não se faz!

Em casa eu só queria saber de voltar à dormir, mas aí peguei meu celular: 50 ligações de Alice e mais 137 mensagens também da Alice, ok isso é loucura. Resolvi ligar pra ela, pois dava pra se ver que a coisa era séria.

Ligação On

— Alô Alice? — dias quando percebi que ela atendeu.

— Onde você tá sua vaca? – ela falou baixo com uma voz incrivelmente sexy.

— Em casa, que voz seduzente! Meu Deus!!

— Não quero brincar, você sumiu! Por muito tempo. Fui até na sua casa e sua mãe falou que você tinha saído e não falou quando voltava.

— Ué normal!

—Naaaaooooooo!!!!!! – Alice disse brava.

— Aí eu vou dormir, não dormi direito essa noite.

— AH ENTÃO A SENHORA FOI PRA CASA DE ALGUMA PIRANHA? – revirei os olhos e queria que ela pudesse ver.

— Passar bem Alice! – falei ameaçando desligar.

— AH MEU DEUS! NAO FOI UMA PIRANHA!!! — ela deu um gritinho fino e depois completou baixinho – Foi um boy. — a malícia em sua voz era evidente demais.

— Para de ser trouxa. — falei e desliguei o logo em seguida.

Deitei-me com intuito de dormir, mas me revirava na cama de um lado pro outro pensando somente no dia anterior e lembrando algumas coisas em flashs rápidos, odeio essa sensação, não sei porque ainda insisto em causa-las. Todo ocorrido de ontem foi um erro eu nunca deveria ter cedido ao Jer. 'Para de ser retardada Kate você tava doida pra dar pra ele' meu subconsciente me acusou e ele não estava mentindo.

Com aquela bagunça na minha cabeça resolvi dar uma volta, então troquei de roupa, colocando um short azul, uma regata branca e um vans azul claro, peguei meu celular e fui meio desanimada, mas fui.

— Mãe vou sair! – gritei já da porta.

— Pega dinheiro na minha carteira!! – ela berrou de volta.

Nesse ambiente que tive uma boa ideia para me livrar dos ruídos que vagavam em minha mente. Eu iria em busca de um emprego. Com este objetivo em mente fui à uma lan house montar meu currículo. Quando terminado passei em alguns subways que estavam dispostos a contratar, não quero trabalhar em lugar algum que não seja lá, todos os outros me pareciam quase péssimos, muito tempo depois, entrei num estabelecimento e resolvi comer antes de entregar o currículo, então fiz meu pedido e me sentei.

— Olá – uma garota loira com olhos verde azulado sentou-se à minha frente.

— Oi – falei meio tímida.

— Se incomoda de eu me sentar junto à você? – a voz dela era aveludada.

— Claro que não! – percebi que tinha uma plaquinha em seu uniforme escrito gerente. — Nossa é gerente de onde? – disse um pouco surpresa por ela parecer ser extremamente jovem.

— De um banco à algumas quadras daqui. — ela disse normalmente.

— Ah si... — antes de eu terminar de falar vejo que meu pedido estava pronto. — Me dê licença por um minuto? — ela se levantou junto à mim e pegou meu pedido por mim, levou à mesa e logo depois voltou para pegar o dela.

— Estou vendo que você está procurando emprego. Quantos anos você tem? — fiquei meio receosa de saber que ela me observou tanto a ponto de ver meus currículos em baixo da minha pasta.

— Eu tenho 15 anos. — ela se mostrou supresa.

— Nossa! Achei que você era bem mais velha! — ela riu meio sem graça.

— Isso acontece bastante — falei e ri do mesmo modo que ela. — Que idade achou que eu tinha? — perguntei abocanhando meu lanche.

— Ah, mais ou menos uns 20. – ela mordeu o lanche olhando pra mim. — O que acha de trabalhar num banco ao invés de trabalhar no subway? – fiz uma cara de confusão.

—  Como assim? – perguntei à ela, que ainda nem sabia o nome.

— Eu estou a fim de te contratar como estagiária, você exercerá as funções de uma secretária. Aceita? — assenti.

— Só uma coisa. – eu falei acho que muito rápido e ela fez sinal para eu prosseguir – Não sei nem seu nome...

— É Cassidy, mas pode me chamar de Cassy. E o seu nome é?

— Kate Henderson.

Neste momento ouve-se o som do sininho da porta quando se entra alguém, olho de relance e vejo Jer que vinha em minha direção...