POV. Lilyan
Minha cabeça parecia que ia explodir em meio a um turbilhão de pensamentos. O que seria de mim agora? Como eu iria ficar nessa historia? Agora que o passado se faz tão presente quanto o próprio presente. Com a volta dela, ele ficou abalado, eu consigo perceber isso, por baixo daquela pose de durão transparecia uma preocupação, uma indecisão, afinal ela marcou muito ele, eles eram muito ligados, e eu sou só uma intrusa na historia, a que veio depois. Só de pensar nisso um aperto imenso atinge meu coração.
Limpei as lagrimas que escorreram quando ouvi algum entras. Quando olhei era Paty que havia chegado de viajem. Me levantei correndo e fui até ela e lhe abracei, e ela por sua vez retribuiu.
- como foi esse tempo sem mim? Você e o Justin se acertaram? – ela me encarou
- sim, estávamos indo bem, bem até demais para ser verdade. – ela me olhou confusa.
- o que aconteceu?
- nada, nada demais.- menti. Não ia enchê-la de preocupações.
- bom, vou subir e tomar um banho. Quando descer quero você arrumada. – olhei para ela confusa. Afinal aonde íamos ?
- aonde vamos?
- você saberá quando chegarmos lá. – ela deu uma piscadela e subiu. Sorri e subi em seguida para o quarto, tomei um banho rápido e me arrumei. Coloquei uma saia que era um pouco curta e meio soltinha, uma blusa de manda cumprida que aparecia um pouco da barriga, essa era uma das roupas que Pattie havia comprado para mim, olhei meu reflexo no espelho e gostei do que vi, penteei meus cabelos que estavam em um liso perfeito , fiz uma maquiagem leve e calcei os sapatos de salto fechado, dei mais uma olhada em frente ao espelho passando as mãos pelo corpo, estava perfeito. Sai do quarto e passei no quarto do Justin, quando cheguei lá estava vazio, caminhei para seu interior para ver se estava mesmo vazio, vi o celular dele em cima da cama, eu sei que não deveria fazer isso, o peguei e vi uma mensagem, abri e estava escrito
“ amei nossa noite. Espero que se repita mais vezes! Bjs da sua Anna!”
Aquilo fez todas as minhas duvidas se confirmarem. Enquanto eu fui compreensiva em relação a chegada dela, ele vai e me passa a noite com ela? aquilo me deu uma forte dor no peito e algumas lagrimas escorreram.
-o que você está fazendo aqui? –ouvi a voz dele. O encarei.
-me explica isso Justin. –disse entregado o celular a ele. Ele correu os olhos pela mensagem e deu um sorriso de lado.
- essa garota é louca! –passei por ele com raiva saído do quarto. – Ly, espera eu posso explicar.
-a sua reação já fez isso por você! -desci as escadas correndo e rumei até onde Pattie estava, dentro do carro. Entrei sem dar atenção para ele, ela ligou o carro e nós fomos embora, quando chegamos ao portão os seguranças não queriam liberar nossa saída, pois Justin havia dado a ordem para não abrirem o portão. Dentro de poucos segundos ele parece perto do carro batendo na porta, me mandando sair. Eu estava uma pilha de nervos, e sai batendo os pés.
- o que você quer? - disse cruzando os braços.
- aquilo foi um mal entendido. - ele se aproximou de mim passando a mão em meus cabelos, o rejeitei.
- É Justin, é somente um mal entendido. Eu está aqui, é um mapa entendido! Eu me entregar a você, foi um mal entendido! Ela chegar do nada, é um mal entendido! Você ir passar a noite com ela, é um mal entendido! - eu cuspia as palavras, que a meu ver não fazia nenhum sentido, mas era o desabafo que vinha na minha cabeça.
- eu já disse que foi um mal entendido... Eu não passei a porra da noite com ela. Porra, eu já disse! - ele disse começando a ficar nervoso.
- eu pensei que você tivesse alguma consideração por mim Justin ... Que eu significava alguma coisa pra você - o encarei com uma expressão de frustração e entrei no carro e logo em seguida fomos embora. Eu respirava fundo para não derramar nenhuma lágrima.
Depois de alguns minutos chegamos ao shopping, reconheci logo de cara, eu acostumada vir aqui com meus pais. Estacionamos o carro e entramos. Pattie insistiu em irmos para a praça de alimentação, então fomos lá sentamos em uma mesa e fizemos nossos pedidos.
- então... Você quer me contar o que está acontecendo entre vocês? -ela começou. Neguei com a cabeça e ela me encarou com aquele olhar de mãe quando conhece quando sua " cria" está com problemas , respirei fundo e comecei.
- Paty eu amo o seu filho, mas eu sei que isso é um erro, sei que eu vou sofrer, mas eu não escolhi isso, apenas aconteceu! - abaixei o olhar, ela me encarou com um sorriso.
- isso já estava nos seus olhos desde o dia em que eu te vi na cozinha com ele. - fiquei vermelha em lembrar da cena constrangedora em que ela nos pegou. - e isso não é erro nenhum..
- como não? Eu estou ciente que nunca vou ter o amor dele, que estarei fardada a sofrer por um amor não correspondido e em passar noites em lágrimas ao ver ele chegar com outra, ou melhor outras . Eu sei que isso vai doer Paty. - a encarei com os olhos já marejados. - e isso se confirmou com a chegada dela.
- Anastásia? - assenti - tenho que confessar, quando Justin descobriu que ela estava morta isso mexeu muito com ele. Mas isso já é passado.
- mas esse passado está de volta me assombrando.
- olha posso te contar um segredo ? - assenti. - eu conheço o filho que tenho. E eu posso afirmar com todas as letras ele sente algo por você. - ela segurou minhas mãos. - e isso se confirmou hoje, quando ele veio te dar explicações. Ele não faz isso com nenhuma outra garota. Ele pode não ter percebido ainda, mas um sentimento está crescendo dentro dele. Se isso não fosse verdade, por que ele aceitaria te proteger? Ou entrar em um galpão pegando fogo, só para te salvar. Ou talvez passar a noite em claro em um hospital...
- talvez seja apenas por pena...
- não, não. Isso não é pena... Isso é preocupação, carinho, e quem sabe um amor. Ele tem um jeito muito próprio para demonstrar que se importa com você.
Aquelas palavras foram se casando com cada lembrança. E isso me dava um fio de esperança. Nossos lanches chegaram, os comemora s começamos a andar pelo shopping, Paty passou em várias lojas para comprar roupas para ela e para mim, já estávamos com as mãos cheias de sacolas. Estávamos caminhando para uma loja de sapatos quando passamos em frente uma loja de artigos para a prática de Ballet, parei em frente ela e comecei a admirar a vitrine, aquela loja me fazia lembrar da infância, das aulas de Ballet e tudo mais.
- quer entrar? - Paty disse
- podemos.? – ela assentiu e entramos. Lá dentro tinha tudo, desde roupas para treino até figurinos para apresentação, aquela loja era mágica para mim, a música suave ao fundo, dava um clima perfeito, havia mães levando suas filhas para escolher suas primeiras sapatilhas e bailarinas comprando suas roupas.
- quer experimentar? - uma das vendedoras veio até mim me estendendo uma sapatilha. Assenti e as peguei, sentei no sofá que tinha ali e a coloquei nos pés. - experimente. - ela disse. Levantei-me e respirei fundo, reconheci a música que começou a tocar "quebra nozes " comecei a dançar perto dos espelhos, com os olhos fechados eu parecia flutuar e entrar em um mundo só meu. Eu me via na minha primeira apresentação, a plateia toda me olhado o frio na barriga. Só parei quando a música acabou, ouvi os aplausos das pessoas que estavam na loja, eu não podia ter dançado tão bem assim , afinal faz muito tempo que não dançava.
- bravo! - Pattie dizia enquanto aplaudia. - você dança muito bem.
- obrigada! – sorri.
- acho que já sei o que vou te dar. - ela me puxou para escolher tudo que eu quisesse. Peguei apenas uma roupa para prática simples, meia calça, CD com músicas e uma sapatilhas pérola. Logo em seguida ela pagou e fomos embora. Com as mãos cheias de sacolas fomos para o estacionamento e em seguida fomos para casa. Chegado lá a casa estava em silêncio com apenas os empregados.
- vai experimentar. - ela me entregou a sacola da loja de Ballet.
- mas não tem aonde praticar aqui.
- quem disse que não? - ela deu uma piscadela. - venha comigo. - fomos para os cômodos mais para o fundo da casa e ela abriu uma sala, as paredes dela eram cheias de espelho. - Justin fez essa sala para treinar os passos de dança, você sabe né hip hop essas coisas que eu não entendo. – ela riu. - mas ele a abandonou a alguns anos. Então fique a vontade. - ela me deixou a sós na sala.
Troquei minha roupa pelas de Ballet , coloquei o CD em um aparelho de música que havia ali, fechei a porta e dei play, a música começou a tocar, e eu comecei a dançar. Eu encarada cada passo no espelho, até que entrei em meu mundo novamente, meus pés leves pareciam flutuar e um sentimento de liberdade me tomava, arrisquei alguns saltos, os mais simples é claro, era como se eu tivesse voltado no tempo.
Comecei a girar na ponta dos pés, quando de repente sinto uma mão em minha cintura me desequilibrei e cai em seus braços. Abri os olhos e vi um loiro dos olhos cor de mel.
- não sabia que era você - menti, eu reconhecia o cheiro dele de longe.
- não sabia que dançava ballet . – ele desligou a música.
- posso te pedi uma coisa . - ele me olhou confuso, não dei oportunidade para ele responder e fui falando. - não me deixa criar falsas expectativas. - ele me olhou mais confuso e começou a se aproximar. -Eu te amo, mas eu estou ciente que isso é um erro, pois que eu não significo nada para você, mas mesmo assim eu te peco, não me deixa criar falsas ilusões, coisas que eu sei que não vão existir e vão me machucar ,só não me deixa sofrer mais do que eu já sofri e sofro. – ele se aproximou de mim me prensando contra parede. Ele unindo nossos lábios em um beijo.
Eu não sabia o por que disse aquilo, tal vez foi em um ato de desespero ou coisa parecida.
Ele me ergueu se posicionado entre minhas pernas. Senti o volume de seu membro petrificado e arfei, ele subiu um pouco a minha roupa e começou a rasgar a meia calça, murmurei em seus lábios, mas ele não ligou. Ele me soltou do beijo e tirou minha calcinha e posicionado seu membro em minha entrada, e começou as estocadas , o beijei com paixão, nossas línguas estavam numa perfeita sintonia, as entocada foram aumentando para mais fortes e profundas, gemidos escapavam por minha boca, quando senti que estava quase lá ele parou, o olhei com um olhar de protesto e ele deu um riso e mordeu meu pescoço me colocando no chão, ele me encarou e me deu um beijo suave, coisa que não era normal dele.
- ah como eu queria que você não significasse nada para mim. - ele acariciou meus cabelos enquanto olhava fixamente em meus olhos.
Confesso que meu corpo gelou, eu estava sem reação, era a coisa que eu precisava ouvi. Antes que eu pudesse dizer algo ele tomou meus lábios novamente em um beijo agora urgente e cheio de desejo.
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