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História Suicide Place - Send your happiness


Escrita por: HeJuice

Capítulo 1 - Send your happiness


Levantei da cama ouvindo um barulho estranho vindo do andar de baixo. Calcei meus chinelos rapidamente e desci as escadas correndo.

            Quando cheguei a sala não vi ninguém, mas o barulho ainda persistia e agora dava para discernir o que era. Eram gemidos e risadas. Para minha surpresa eles vinham do escritório do Justin, que estava com a porta entreaberta.

            Fui andando cuidadosamente até a porta, espiei pela greta. Meu coração parou quando eu vi o que estava acontecendo lá dentro. Não pensei duas vezes e abri a porta causando um estrondo.

            Justin e a mulher parecia não se preocupar com o barulho. Eles me ignoraram por completo.

            ―Que porra é essa? ― falei firme para que eles percebessem minha presença.

            Justin tirou as mãos da vadia e me olhou tranquilamente enquanto fechava a calça. O olhar dele era de deboche. Logo depois a mulher desceu da mesa. Quando meus olhos se encontraram com os delas meu coração acelerou e meu sangue ferveu.

            Era ela. Era a Anastásia.

            ―JUSTIN, COMO VOCÊ PODE? ― gritei olhando para os dois.

            Ele sorriu com deboche.

            ―VOCÊ E ESSA VADIA?  ― o encarei. ― ELA SEQUESTROU NOSSOS FILHOS. ELA TENTOU ME MATAR E TE MATAR. COMO VOCÊ PODE?

            Não me segurei e fui para cima dele e comecei a estapeá-lo. Enquanto eu o estapeava ambos riam da minha cara. Eu estava me sentindo uma idiota.

            ―NÃO ACREDITO QUE VOCÊ ME TROCOU POR ELA. ― gritei. ― NÓS FIZEMOS VOTOS, JUSTIN. VOCÊ PROMETEU  QUE IRIAMOS ATÉ O FIM.       

            ― Isso foi antes de eu descobri que você não é a mulher certa para mim. ― falou.

            ―O que? ― perguntei incrédula.

            ―É isso mesmo que você entendeu. Você não é a mulher certa para mim. ― deu de ombro. ― ela é a mulher certa para mim.

            Ele puxou a vadia e a beijou com intensidade. Bem na minha frente. Meus olhos se encheram d’agua. Como ele teve a coragem de me trocar por essa mulher?

            ―NÃO. NÃO. NÃO. ― comecei a separa-los. ― VOCÊ É MEU.

            ―ME SOLTA. ― Justin gritou me jogando longe.

            Cai no chão enquanto os dois me olhavam de cima. Eu estava me sentindo humilhada com aquilo tudo.

            ― Eu não sou seu e nunca vou ser. ― ele veio ao meu encontro.

            ―Mas nós fizemos jurar...

            ―Palavras vazias. ― deu de ombros. ― você não seve para mim.

            ―Mas e nossos filhos?

            ―Eu to pouco me fodendo para aqueles dois pirralhos. ― falou com desprezo. ―  até hoje eu não acredito que eles são meus filhos. ― deu de ombro.

            ―Mas Justin.... você disse que nos amava. Você disse que nunca me deixaria. Eu sou sua e você é meu. Você lembra?

            Ele olhou para mim e gargalhou

            ―Por que eu escolheria logo você para dizer uma coisa dessas? ― riu de deboche. ― Uma mulher ruim de cama, medrosa, inútil e desprezível. ― cuspiu as palavras.

            Minha carne estava tremendo. Meu mundo já havia desabado desde a primeira palavra. Eu estava completamente sem chão.

            ―O que você está esperando para dá um fora daqui? Que eu te chute ou mande os seguranças de retirarem? ― me encarou.

            ―Pelo jeito eu vou ter que te expulsar daqui a base de chutes. ― ele terminou de falar e começou a me chutar.

            Encolhi-me no chão tentando me defender  meu rosto. Mas ele estava fora de si. Aquele não era o Justin com quem eu me casei, aquele era outro homem.

           

Acordei assustada e sentei na cama. Meu coração batia forte, meu rosto suava muito e eu estava ofegante. Olhei para os lados e o quarto estava todo escuro e silencioso. Levantei da cama rapidamente não me importando se eu estava descabelada e descalço.

            Desci as escadas correndo e cheguei a sala. A mesma estava silenciosa. Olhei para o escritório do Justin, a porta estava entreaberta. Não pensei duas vezes e corri para lá.

            Entrei causando um estrondo. Justin estava na janela falando ao telefone, quando ouviu o barulho olhou assustado.

             Ele franziu o cenho em uma expressão de desagrado. Com toda a certeza ele estava tratando de negócios, e quando ele esta fazendo isso não gostava de ser incomodado.

            Não importei com sua expressão cerrada e corri até ele. O abracei com força e comecei a beija-lo desesperada.

       — Lilyan. Lilyan. — Justin tentava falar entre os beijos. — você está louca? — falou rindo.

      Continuei a beija-lo com desespero. Tudo o que eu queria era tê-lo só para mim.

            — Ryan, depois a gente conversa. — Justin falou e desligou o celular.

            Justin foi andando e começou a corresponder meus beijos.

             — Assim nós vamos cair. — ele falou.

            Não demorou muito e ele caiu sentado em sua  cadeira. Não parei de beija-lo. Sentei em seu colo e o abracei com força.

            — Lilyan, o que está acontecendo com você? — perguntou rindo.

              Afastei-me e o encarei.

            — Justin, diz para mim que eu sou a única mulher na sua vida. Eu sou a que reina no seu coração. ― falei desesperada.

            ―Não posso dizer isso. Eu estaria mentindo. ― sorriu de lado.

            ―O que? ― perguntei incrédula.

            ―Tem uma certa princesinha do reino The Bizzle, filha do rei Bieber. Ela tem um lugar especial no meu coração. Desculpa. Mas eu não pude evitar.

            Respirei mais aliviada.

            ―Promete que vai ser só a Jas? ― segurei seu rosto e colei nossas testas.

            ―Não. ― falou lentamente.

            Afastei e o encarei. Arqueei a sobrancelha.

            ―Tem uma certa senhora que também tem um lugar especial guardado aqui. ― apontou para seu peito. ―Sei lá, mas eu a amo desde criança. Ela sempre esteve ao meu lado. Criou-me e tals. Ela merece um lugar também.

            Sorriu fraco.

            ―Ok. Somente Pattie, Jasmine e eu. Promete? ― perguntei.

            ―Não.  Vai que daqui. ― passou a mão pela minha barriga. ― sai outra princesinha. Vou ama-la também.

            Olhou-me e sorriu.

            ―Então promete uma coisa. ― assentiu. ―Como homem você será somente meu.

            ―Somente seu. ―falou e me puxou para um beijo.

            Passei as mãos pelo seu pescoço e colei ainda mais nossos corpos. Ele apertou minha coxa e começou a subir suas mãos por baixo da minha camisola.

            ― E você será somente minha. ― falou em meus lábios.

            ―Somente sua. ― falei da mesma forma.

            Aos poucos fui cessando o beijo até que me afastei por completo e o encarei.

            ―As crianças já estão na escola? ― perguntei.

            ―Sim. Eu os levei hoje. ― respondeu.

            ―Serio? ― falei surpresa. Assentiu. ―Queria está presente nesse milagre. ― ri.

            ―Ei, vamos parar. ― riu.

            ―Ok! ― me rendi. ― vou me arrumar, pois tenho muitas coisas a fazer hoje.

            Ameacei a levantar de seu colo. Mas ele me impediu.

            ―Opa. ― segurou minha cintura. ― Sinto muito em lhe informar, senhora Bieber. Mas você não vai me deixar desse jeito. ― olhou para seu membro coberto pelo jeans. O mesmo já estava dando sinal de vida. 

            ―Vou pensar no seu caso.

            Tentei levantar outra vez, porem foi inútil, pois ele continuava segurando minha cintura com força.

            ―Você está querendo me provocar. ― enviou o rosto na curvatura do meu pescoço. ― Pelo que eu notei você está sem nada debaixo da camisola. Estou certo?

            Ele subiu suas mãos por debaixo da camisola e acariciou minha intimidade. Mordi o lábio inferior e assenti.

            ―Fique sabendo que facilitou meu trabalho. ― riu de lado. ― Prometo que não vou demorar.

            Começou a tirar minha camisola. Ele encarou meu corpo nu.

            ―A não ser que você me implore por mais.

            Apertou meus seios e beijou entre eles.

            ―Oh, Justin. ― rebolei em seu colo.

                                               ***

            Depois de duas horas fodendo loucamente em todos os cantos do escritório do Justin eu fui me arrumar. Fiz isso rapidamente, pois já havia combinado com as garotas para nos encontrarmos na fazenda.

            A fazenda se tornou nosso refugio. Fazíamos varias coisas lá, principalmente as reuniões de família. Também escondíamos algumas coisas, como armas e drogas. Mas tudo bem feito, nunca deixei que Jack e Jas vissem essas coisas, por isso que eu tirei da casa da cidade.

            Lá era também aonde treinávamos a nossa mira. Em uma parte da fazenda nós mandamos fazer um local aonde pudéssemos atirar. E foi lá que eu combinei de encontrar Candy, Donna e Vick.

            Estacionei o carro perto da casa e segui andando até onde ficava a melhor parte da fazenda, na  minha opinião.

            ―Até que em fim. ― Donna falou quando me viu.

            ―Desculpe o atraso. ― as cumprimentei. ― Justin e eu estávamos tratando de alguns assuntos.

            ―Não fale como se foder loucamente fosse um assunto serio. ― Vick revirou os olhos.

            ―Mas é. ― dei de ombros e ri.

            ―Vamos começar isso logo? ― Candy falou.

            ―Eita. A princesinha está apresada. ― Donna brincou.

            ―Eu estou muito nervosa, preciso aliviar. ― falou pegando uma das espingardas que estava na banca.

            ―O que aconteceu, Candy? ― perguntei pegando a outra espingarda.

            ―Aposto que é por causa do jantar. ― Donna falou pegando uma das armas.

            ―Exatamente. ― Candy confirmou.

            ―Só eu que acho que espingarda é uma coisa muito antiquada?  ― Vick falou pegando a dela.

            ―Não acho. ― dei de ombro e mirei no boneco.

            ―Também não. ― Donna falou. ― me sinto um coronel. ― riu.

            Rimos.            

            ― Só você para me fazer rir, Donna. ― Candy falou mirando para um outro boneco.

            Rimos.

            Começamos a atirar nos bonecos que estavam espalhados. Dessa vez estávamos treinando com espingardas, pois temos que está acostumadas com qualquer tipo de arma. Em um momento de desespero qualquer arma é útil.

            Ficamos mais de uma hora e meia nessa. Até que eu peguei a manha da espingarda. Mas continuo preferindo as armas automáticas. A quantidade de balas disparada por segundo de uma espingarda é mil vezes inferior as que eu estava acostumada a utilizar.

            ― Eai, Candy. Sobre o que é esse jantar que você vai oferecer? ― Donna perguntou enquanto andávamos na direção da casa.

            ―Essa é uma coisa que eu também quero saber. ― falei.

            Há duas semanas Candice havia inventado esse tal jantar. De primeiro ela disse que não havia significado nenhum e seria somente nós. Mas de uma semana para cá fiquei sabendo que ela convidou varias pessoas. Parentes do Chaz e os delas. Além dos amigos.

            ―Candy está aprontando alguma. ― Vick falou.

            ―Também acho. ― ri.

            ―Não tem treta nenhuma. É só um jantar para reunir a família. ― ela deu de ombros.

            ―AHAM, SABEMOS. ― falamos em uníssono.

            Ela revirou os olhos. Nós rimos.

            ―Vamos antes que os meninos venham nos buscar. ― Falou.

            ―Ok! ― falamos.

            Havíamos combinado de nos encontrarmos no Sother’s para almoçarmos todos juntos. De vez em quanto fazíamos isso. Era legal. Nós sempre fechávamos o Sother’s depois do almoço. Fazíamos isso para ter mais privacidade, e quem nos servia era nossos seguranças.

            Em menos de dois anos nós crescemos ainda mais. Agora éramos a segunda maior máfia do mundo, ficando atrás apenas dos Dragons. Depois que matamos Javier e seu herdeiro o império Perro ficou mais vulnerável. Aproveitamos para subir e conquistar território e conseguimos.

            Uma duvida pairava sobre nossas cabeças. Quem assumiu a liderança do El Perro? Alguns dizem que  foi o outro filho do Javier. Mas não sabíamos da existência do mesmo. Falando a verdade eu não sabia nem da existência do que morreu. Sabia entre aspas, eu já havia visto antes.

            O líder do El Perro sempre foi invisível aos olhos dos inimigos. Nem Justin sabia qual era o verdadeiro rosto de Javier até aquilo tudo acontecer. Eles não são de se exibir. Os grandes fazem tudo em oculto.     

                                   ***

            Estacionamos nossos carros em frente ao Sothes’s. Na porta estava a placa de fechado. Isso indicava que todos já estavam lá.  O relógio marcava duas da tarde. As meninas e eu entramos no restaurante. O ambiente estava um pouco escuro, sendo iluminado apenas pelos abajures que estavam nas mesas.

            Eles rapidamente perceberam nossa presença, sorrimos para eles e cainhamos a mesa na qual todos estavam sentados. Os cumprimentamos.

            ― Pensei que alguma coisa tivesse acontecido com vocês. ― Chris falou passando o braço esquerdo pelo pescoço de Donna. ― vocês demoraram. ―A puxou para um beijo.

            Chris e Donna mantinham uma relação aberta. Ambos não gostavam de admitir, por isso diziam isso. Mas os dois moravam sobre o mesmo teto, dormia na mesma cama e as escovas de dente ficavam na mesma pia. Em minha opinião eles eram um casal. Mas vai conviesse-los disso.

            ―Não demoramos. ― Candy falou. ― Chegamos na hora marcada. ― deu de ombros.

            ―Fiquei preocupado. ― Chaz a puxou para um beijo.

            Nesses anos que passaram Chaz e Candice estavam ainda mais melosos. Mas uma coisa ainda não havia mudado. O incrível dom que o Chaz tinha de enganar a Candice. Ele se negava a casar até hoje.

            ― E qual foi a arma da vez? ― Adam perguntou.

            ―Espingarda. ― respondi.

            ―Espingarda para mim é só para caçar pássaros. ― Ryan falou.

            ―Então é por isso que os pássaros do Mike somem. ― Vick o encarou.

            Rimos.

            ―Isso eu não posso falar nada. ― Ryan se defendeu. ― Mike não tem cuidado com os bichinhos. Ele pensa que são de pelúcia. ― riu.

            Mike estava com dois anos e a cada dia ficava mais parecido com Ryan. O que não era muito bom, Ryan é estranho. Ainda bem que tem a Vick para salvar. Mike é uma criança muito linda, seu olho claro e cabelo loiro são de encantar qualquer pessoa.

            ― Um exemplo disso é o gatinho que sua mãe deu para ele. ― Ryan falou. ― o coitado do gato não durou nem duas semanas.

            Rimos.

            ―Mike tomava banho com o gato, dormia com o gato, comia com o gato.  O coitado do gato era a sombra dele. ― Ryan falou rindo. ― Eu tentei tirar o gato, mas você lembra o escândalo que ele fez.

            ―Isso é verdade. ― Vick concordou.

            O nosso almoço começou a ser servido. O cardápio estava magnifico, como sempre. Adam sempre arrasa nos pratos.

            Na vida amorosa do Adam nada mudou, ou melhor, quase nada. Agora sem o  seu parceiro Chris ele está sozinho na pegação das gatinha. Não gosto da vida que ele está levando, mas não posso fazer nada.

            Uma vez eu fui conversar com ele sobre essa vida. E como resposta eu ouvi “ Se eu tivesse com você nada disso estaria acontecendo. Mas como o destino não nos uniu o que me resta é isso. Não quero colocar uma pessoa em primeiro plano na minha vida, pelo menos não agora. Esse lugar ainda pertence a você. “ Não esqueci daquelas palavras, pois elas ficaram martelando na minha cabeça.

            Graças aos céus ele não tentou nada igual da ultima vez. Nisso eu não tinha que reclamar, ele me respeitava e respeitava minha condição de casada.

            O almoço correu tranquilo. Depois da sobremesa ficamos conversando sobre assuntos aleatórios, quando olhamos para o relógio já era quatro horas e tínhamos que ir embora.  

            Aos poucos um a um foi levantando e indo embora. Eu fui uma das primeiras, pois já estava na hora de pegar os J’s na escola.

            ―Vou indo. ― falei para Justin que estava com os braços em torno da minha cintura.

            ―Quer que eu vá com você? ― perguntou.

            ―Não. ― sorri. ― sei da conta dos pirralhos sozinha. ― sorri de lado.

            Ele riu.

            ―Se você diz. ― deu de ombros. ― te encontro em casa então. ― me deu um selinho rápido.

            ―Ok. E não esquece que temos que ir ao jantar na casa da Candy e do Chaz.

            ―Ah, esse jantar. ― ele revirou os olhos. ― Ok!

            Ele caminhou até seu carro e eu até o meu.

                                   ***

            Estacionei em frente a escola aonde Jack e Jasmine estudam. Ambos já estavam na idade de seis anos. Justin fez questão de pesquisar sobre os antecedentes da escola e os alunos que ali frequentava. Ele quis embargar quando soube que a  filha do Jason estudava lá também.

            Justin não pode nem imaginar, sonhar ou coisa do tipo que Jack e Alison, filha do Jason com a Nora, são amiguinhos. Jack uma vez me contou que os dois namoram. Se Justin souber disso é bem capaz dele tirar os J’s dessa escola. O que não seria nada bom. Essa é a melhor escola do estado.

            Sai do carro e logo vi Jas e Jack caminhando pelo gramado. Os dois pareciam discutir. Balancei a cabeça e ri.

            ― Mamãe, fala com o Jack parar de amarrar minha trança. ― Jas falou assim que chegou perto de mim.

            ―Eu não amarrei sua trança. ― Jack riu. ― eu só estava juntando-as de uma maneira diferente. ― gargalhou.

            O olhei seria e ele parrou de rir na hora.

            ―Já falei que isso não pode, Jack. ― fui firme. ―Vamos. ― abri a porta de trás do carro.

            Ambos entraram. Dei a volta e fiz o mesmo.

            ―Apertaram o cinto? ― perguntei olhando pelo espelho retrovisor.

            ―Não preciso disso, mamãe. ― Jack falou afrouxando a gravata do uniforme.

            ―É claro que precisa. ― rebati. ― anda, coloque os cintos.

            ―O papai não coloca. ― resmungou enquanto colocava o cinto.

            ―Seu pai é adulto e pode responder pelos seus próprios atos. Você é criança.

            Quando vi que ele já havia  colocado o cinto de segurança dei partida.

                                                ***

            Depois de vinte minutos já estávamos em casa. Ambos desceram do carro eufóricos e brigando, como sempre. Coisa de irmãos.

            Caminhamos até a casa e entramos. Eles atravessaram a sala discutindo sobre o que aconteceu na escola.

            ―Crianças. ― chamei a atenção dos dois.

            Eles me olharam.

            ―Assunto encerrado. ― falei seria.

            ―Mas mãe. ― Jas tentou.

            ―Já disse. ― falei.

            ―EI! ― Justin chegou a sala. ― O que está acontecendo aqui? ― caminhou até os dois.

            ―Jack está amarrando minhas tranças. ― Jas falou.

            ―Jack. ― Justin o repreendeu.

            ―Papai, ela é mentirosa. ― Jack falou rindo.

            Meu Deus, a cada dia está mais parecido com o Justin. Incrível isso.

            ―Ok. Ok. Ok. ― falei batendo palmas. ― Vão lanchar, pois temos um jantar para ir.

            ―Na casa da tia Candy? ― perguntaram rindo.

            ―Sim. ―assenti.

            ―EPAAA! ― saíram correndo na direção da cozinha.

            Ouvi Justin rindo.

            ―E você também. Já para o quarto e  vai se arrumar. ― falei batendo palmas.

            ―Eu hein. ― Justin me olhou de cima a baixo. ―Você não me manda.

            ―Não mando? ― cruzei os braços. ― Se você não subir agora para o quarto pode esquecer sexo durante duas noites e dois dias. ― falei seria.

            ―Você não seria capaz. ― me encarou com os olhos cerrados.

            ―Quer tentar a sorte?

            ―Eu vou subir. ― sorri convencida. ― Mas saiba que é por que eu quero e não por que você está mandando.

            ―Aham, sei. ― ri.

            ―Hoje a noite eu vou te foder por trás. Já vou avisando. ― falou subindo as escadas.

                                   ***

            O relógio marcava sete horas e eu ainda estava me arrumando. Justin quando o ameaça a ficar sem sexo ele faz as coisas rapidamente. Ele já estava arrumado há meia hora.

            ―Justin. ― o chamei.

            ―Que foi. ―respondeu.

            ―Qual deles? ― mostrei dois vestidos.

            Um era preto e longo com uma fenda lateral e o outro era vermelho com branco. Esse era curto.

            ―O branco com vermelho. ― falou.

            ―Ok. Vou com o preto. ― dei de ombro.

            ―Por que você pediu minha opinião se não ia segui-la? ― perguntou indignado.

            Dei de ombros.

            Vesti o vestido rapidamente e calcei minhas sandálias douradas.  Penteei meus cabelos os deixando caídos sobre os ombros. Fiz uma maquiagem que destacasse bem a boca com um batom vinho. Olhei minha imagem no espelho e gostei do que eu vi.

            ―Vamos? ― perguntei saindo do banheiro.

            ―WOW. ― Justin levantou da poltrona. ― Acho que iremos nos atrasar. ― umedeceu os lábios.

            ―Não. ― o afastei. ― já estamos atrasados. ― olhei em seu relógio. ― Depois que voltarmos quem sabe. ― sorri sapeca.

            ―Quem sabe? ― arqueou a sobrancelha. ― Eu tenho certeza. Eu vou te comer por trás. Já disse.

            Soltei uma gargalhada.

            ―Acho que não estou a fim. ― o encarei.

            ―Então quem vai entrar em greve de sexo será eu. ― falou.

            ―Você fazer greve de sexo? ― gargalhei. ― Contra outra, amor.

            Deu de ombros e saiu do quarto. O acompanhei. Logo vimos Jack e Jas vindo em direção a escada. Jas vestia um vestido azul claro e sapatos brancos. Seus cabelos estavam em um rabo de cavalo. Já Jack estava de calça Jeans, blusa social e blazer. Igual o pai.

            ―Jack, por que você está de óculos escuros? ― perguntei.

            ―Ele é maluco, mamãe. ― Jas falou.

            ―To de ressaca, mamãe. ― Jack respondeu.

            ―Que ressaca, garoto? Você nem bebe. ― falei.

            ―To cansado da escola. ― bufou.

            O olhei descendo as escadas e logo olhei para Justin.

            ―Você está ensinando essas coisas para o garoto. ― falei.

            Justin riu e levantou as mãos em sinal de rendição.

            Bufei e comecei a descer as escadas.

            Caminhamos até o carro que estava estacionado em frente a casa. Jack e Jas entraram e sentaram no banco de trás. Justin e eu fomos na frente.

            ―Já colocaram o cinto? ― perguntei.

            ―Papai não colocou. ― Jack logo falou.

            Olhei para Justin com uma expressão fechada. Ele bufou e colocou o cinto de segurança.

            ―Você está muito chata hoje. ― Justin reclamou.

            ―Também acho. ― Jack resmungou.

            ―É complô contra mim? ― falei.

            ―Mas você é chata mesmo. ― Justin falou.

            ―Cala a boca, idiota. ― dei um tapa no braço dele.

            ―Por que estamos indo a esse jantar mesmo? ― Justin falou.

            ―Por que Chaz é nosso amigo  e nosso cunhado. E Candice é sua irmã e minha cunhada. ― falei.

            ―Gosto da tia Candy. Ela é legal. ― Jas falou.

            ―Candice é louca. ― Justin disse.

            Justin recebeu outro tapa no braço.

                                                ***

            Estacionamos em frente a casa do Chaz, a mesma estava bem iluminada. Saímos e caminhamos até o interior da mesma.  Jas e Jack logo saíram para brincar com Mike e com outras crianças parentes do Chaz.

            A sala estava lotada. Em uma olhada rápida consegui identificar muitas pessoas. Uma que me surpreendeu foi Jeremy e mulher. Assim que encontramos nosso “grupo” fomos até eles.

            ―Eai. ― falei quando chegamos perto.

            ―Pensei que não viriam mais. ― Chaz falou nos cumprimentamos.

            ―Uma certa pessoa se atrasou. ― Justin falou.

            ―Tive que arrumar as crianças primeiro. ― rebati.

            ―Onde está a Candice? ― Justin perguntou.

            ―Não sei. ― Vick falou.

            ―Alguém pode me explicar qual o motivo desse jantar? ― Donna perguntou.

            ―Eu não sei. ― Chaz falou. ― e olha que eu sou o dono da casa. ― riu.

            ―Candy está aprontando algo. ― falei.

            ―Eu tenho certeza. ― Chris falou.

            Não demorou muito e Candy chegou perto de nós.

            ―Eai. ― falou empolgada.

            ―Eai. ― respondemos.

            ―Estão gostando? ― perguntou. ― Daqui a pouco será servido o jantar.

            ―Mas já? Eu acabei de chegar. ― ri.

            ―É quase oito, querida. ― falou.

                                               ***

            Durante toda a festa ficamos conversando. Os garotos foram para um lado, tratar de negócios, enquanto nós ficamos de outro conversando sobre coisas aleatórias.

            O jantar correu tudo bem. O mesmo foi servido no jardim dos fundos, aonde havia varias mesas e cadeira. Tudo estava muito organizado.

            Logo após o jantar varias pessoas voltaram para a sala, onde rolava musica. Candice chamou Donna, Vick e eu até a cozinha. Ela parecia está nervosa.

            ―O que aconteceu? ― perguntei vendo as mãos dela tremer.

            ―Vou pedir o Chaz em casamento. ― falou e logo deu um gole no suco.

            ―O QUE? ―Donna gritou.

            ―SHIUUUUU. ―Candy  a repreendeu. ― Quer que todos ouçam?

            ―É serio isso? ― Vick questionou.

            ―Sim. ― mostrou as alianças. ― Vou pedi-lo daqui a alguns minutos. O jantar já esta no fim.

            ―Boa sorte. ― falei.

            ―Vou precisar. ― falou. ― e se ele não aceitar?

            ―Claro que ele vai aceitar. Vocês estão juntos a anos. E ele te ama. Não há duvidas. ― Vick falou.

            ―Valeu meninas. ― sorriu. ― me abracem. ― estendeu os braços para nós.

            Fomos até ela e nos abraçamos.

                                                ***

            Pov. Candice

                  Pedi para que todos os convidados se reunissem na sala, inventei a desculpa de que iria fazer os agradecimentos.

            — Aqui esta, Candy. ― Ly me entregou a caixinha com a aliança.

            — Eu estou nervosa, será que ele vai aceitar?  - perguntei com  receio.

            — Ei, calma. Vai dar tudo certo, ok? - me lançou um sorriso confiante.

            —Ok! - respirei fundo e caminhei ate a sala.

       Peguei a caixinha e tirei a aliança de dentro dela, a apertei na mão e segui para  a sala, a mesma estava lotada. Um frio na espinha me atingiu, caminhei ate o centro da sala e parei ao lado de Chaz.

            —Bom, primeiramente eu quero agradecer a todos que vieram. Deixaram seus compromissos para nos permitir reencontra-los. - comecei. - Eu dei esse jantar com dois proposito, primeiro, de reunir todos vocês e aproveitarmos esse momento em família. - sorri para todos. - e segundo...

      Um frio na boca do estomago me atingiu, minhas mãos começaram a suar de uma maneira exagerada. Olhei para as meninas e elas me lançaram um sorriso confiante, fechei os olhos, respirei fundo e prossegui.

            — Eu sempre ouvi dizer que quem planeja, realiza. Há muito tempo que eu estou planejando  uma coisa. ―pausei e corri o olho pela sala. ― e para realizar esse sonho eu preciso de ação e um elemento indispensável, você, Chaz.

            Virei-me para ele, sua expressão era confusa. Minhas pernas ficaram bambas e tive a leve impressão que iria cair.

             ― Chaz Somers, eu vou te fazer um pedido, e sua resposta fara toda a diferença. ― me dirigi somente a ele, mas em um tom de voz que desce para todos escutar.

             Chaz me olhava um pouco assustado, o clima da sala esta tenso, eu estava tensa, daqui a alguns segundos pedirei a mão do homem da minha vida em casamento na frente da minha família e amigos.

Sem cortar o contrato visual que eu mantinha com ele desde o começo, comecei a me abaixar ate que meus joelhos tocasse o chão. Ele me olhou mais confuso ainda, aliais, todos naquela sala estavam confusos, engoli secoE respirei fundo.

             ―Chaz Somers, você aceita se casar comigo?

        Abri a mãos que estava a aliança, Chaz agora me olhava com os olhos esbugalhados, suas mãos estavam suadas, e sua boca não dizia nenhuma  palavra.

O seu silencio fazia meu coração palpitar, a falta de reação da parte dele me dava medo, medo dele dizer não, medo de passar vergonha em frente da minha família, medo dele ficar chateado pelo meu ato, e, maiormente, o medo de perdê-lo.

            ―Chaz, você tem alguma coisa a dizer? ― perguntei calma. Ele assentiu. ―então diga amor.

             ―S-s-si-sim, eu aceito.

             Um peso de um milhão de toneladas saiu das minhas costas. Levantei-me do chão, o tomei em meus braços e o beijei, as lagrimas começaram a rolar pelo meu rosto freneticamente e se misturaram com nosso beijo.

            Afastei um pouco e sorri, ele retribuiu com um sorriso, peguei sua mão  e coloquei a aliança, a beijei e beijei seus lábios novamente. Todos  a nossa volta nos aplaudiram, aquilo parecia cena de cinema, todos ao nosso redor nos aplaudindo, enquanto nós desfrutávamos do nosso amor.

            Depois de certo tempo me afastei ofegante, pois o ar já estava me faltando e eu ignorava, olhei Chaz e seu rosto estava corado, sua boca vermelhinha- por conta dos inúmeros beijos que lhe dei.

            Aproveitei o momento de alegria da parte de todos e decidi contar mais uma novidade, afinal, todos já tinham levado um susto mesmo. Segurei nas mãos de Chaz e limpei a garganta  chamando a atenção de todos para mim.

             ― Bom, essa não é a única novidade. ― sorri. ― já que vamos constituir uma família. ― olhei de relance para Chaz e sorri. ―É melhor já irmos  preparando para a chegada do novo membro, ou membra. ― pousei minha mão e a mão dele sobre minha barriga. ― eu estou gravida, Chaz.

             Senti o corpo do Chaz mole e logo em seguida ele foi pra o chão, se eu não tivesse me segurando firme, cairia também. Abaixei-me do lado dele para ver o que havia acontecido, Chaz havia desmaiado.

        Todos se juntaram ao redor dele para acudi-lo, mas isso só acabava piorando tudo, era muita gente aglomerada, pedi que todos se afastassem.

             —Chaz, Chaz, Chaz. ― comecei a chama-lo, porem não adiantava.

       Pronto, já foi uma dificuldade para eu convencê-lo a se casar, agora  que ele aceitou eu quase o matei.

            —Chaz, Chaz, Chaz. - o chamei novamente, dessa vez ele acordou.

         Miranda e eu o ajudamos a se sentar na poltrona, ele ainda estava meio pálido. Os garotos que nunca perdem uma oportunidade, começaram a fazer  piadinhas, os olhei seria.

       — Chaz, meu amor. Você esta bem? - perguntei preocupada. Assentiu.

       Entreguei-lhe um copo com agua, ele deu um gole.

       — Candice, eu tive um sonho muito louco. ―me olhou. ―eu sonhei que você disse que estava gravida. ―sorriu fraco e deu outro gole. ― que loucura, não?

      Ele me encarou e eu o encarei.

            — Chaz, isso não foi um sonho, eu estou gravida. ― falei.

            —O QUE? ― gritou se engasgando com a agua. ― Candice, vamos ali, precisamos conversar. ―assenti

      Saímos do meio do aglomerado e fomos para um canto da sala aonde não tinha ninguém.

         —Candice, você não acha que esta cedo demais para termos um filho? - me encarou.

        —mas Chaz....

      — Candice, acho melhor adiarmos isso por alguns anos, você não acha? Pelo menos ate eu aceitar essa ideia direito, quem sabe daqui a dois ou três anos?

       O encarei incrédula como assim ele não queria o filho que eu estava esperando?

 Suas palavras me cortaram por dentro, segurei minhas lagrimas para não desabar na frente de dele e de todos como um bebê.   Corri o olho pela sala e todos me olhavam, olhei para Chaz novamente e fiz um aceno negativo  e sai da  sala ignorando seu chamado.


Notas Finais


eai? gostaram do susto kkkk
comentem o que acharam do cap .


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