1. Spirit Fanfics >
  2. Suicide Place >
  3. Congratulations, Candice and Chaz

História Suicide Place - Congratulations, Candice and Chaz


Escrita por: HeJuice

Notas do Autor


Aqui finalizaremos a primeira parte da história.

BOA LEITURA

Capítulo 11 - Congratulations, Candice and Chaz


Pov Lilyan

            Estacionei o carro em frente a casa de Candy, e  o desliguei. Antes de sair peguei o portfólio no banco do carona, onde estavam as coisas do casamento.  Abri a porta e sair, travei o carro e caminhei rapidamente até a porta da casa, apertei a campainha e esperei alguém atender. Não demorou muito e Vick abriu.

            ― Entra, precisamos de você. ― falou me dando passagem. Entrei e  logo de cara vi Candy a beira de um ataque, de felicidade.

            ―Meu Deus. ― falei vendo a euforia. ― o que aconteceu com ela? ― perguntei para Donna.

            ―Candy sendo Candy. ― deu de ombros.

            ―Ai. Ai. ― Candy suspirou se jogando no sofá. Hesitei em correr até ela, pois fiquei com medo dela se machucar, mas parei quando vi que estava tudo ok. ― eu nem acredito que eu vou casar. ― suspirou. Riu fraco. ― eu vou casar. ― deu um gritinho e jogou a almofada para o ar.

            Donna, Vick e eu nos entregamos e olhamos para Candy.

            ―Candy, você está bem? ― perguntei.

            ― Eu estou Ó-TI-MA! ― me olhou e sorriu.

            ― Ok! ― respirei fundo. ― vamos parar com esse ataque, porque temos muita coisa para organizar. ― falei.

            ―Eu nem acredito que vocês estavam organizando minha festa. ― falou alegre. ― Será que eu vou ficar tão linda como vocês duas ficaram? ― olhou para Vick e eu.

            ―Claro que vai, sua boba. ― sorri. ― você vai está magnifica.  ― a abracei. ― agora chega de histeria, pois temos muito que fazer.

            ― Ok! ― ela respirou fundo. ― quanto tempo falta para o meu casamento? ― nos perguntou.

            ―Um pouco mais de um mês. ― Donna respondeu.

            ―Meu Deus! ― exclamou. ― é muito pouco tempo. ― tapou a boca.

            ―Relaxa. ― Vick se jogou no sofá. ― está tudo nos conformes.

            ―Ok! ― respondeu. ― Onde está o Justin? Preciso falar com ele. ― me olhou.

            Respirei fundo antes de responder.

            ―Justin foi tratar de negócios com a Pattie. ― sorri amarelo.

            ―Ah tá... ― retorceu os lábios. ― Vamos aos preparativos. ― falou animada.

            ―Ok! ―rimos.

***

Pov. Justin

            Estacionei o carro em frente ao prédio, onde Pattie tinha um apartamento. Adentrei a portaria e passei direto, sem precisar me identificar. Entrei no elevador, que já estava parado na portaria, e apertei o botão do andar desejado, o mesmo se fechou e começou a subir.

            Analisando minha imagem no espelho, que havia no interior do elevador, pude perceber a aflição estampada em meu rosto. Até agora eu não estou acreditando que serei obrigado a fazer tal coisa, cara, eu nunca pensei que viveria uma vida assim.

            O elevador parou e a porta se abriu, sai. Caminhei pelo extenso corredor até chegar a penúltima porta do lado esquerdo, onde parei e bati na porta três vezes. Respirei fundo e esperei alguém vir atender. Não demorou muito e a porta foi aberta, mas não foi pela minha mãe.

            ―Gabriel? ― perguntei confuso.

            ― Lógico, ou tem outro igual a mim? ― falou brincalhão.

            Revirei os olhos e entrei no apartamento, o mesmo estava silencioso, ouvi a porta sendo fechada.

            ―Onde está Pattie? ― perguntei virando para ele.

            ―Sua mãe não está. ― ele respondeu saindo de perto da porta.

            ―E onde ela está? ― o encarei. ― Afinal, o que você está fazendo aqui?

            ―Eu... ― começou a gaguejar. ― Vim tratar de negócios. ― falou. Franzi o cenho.

            ― Que negócios? Você lá tem negócios? ― o encarei.

            ―Fique sabendo, Justin, que eu estou trabalhando em um projeto. ― caminhou até a cozinha e abriu a geladeira.

            ―E o que faz aqui? ― o segui.

            ― Agora, sempre que eu venho para Atlanta fico aqui. ― tirou da geladeira uma garrafa d’agua. Arqueei a sobrancelha.

            ―Você não ficava na antiga casa dos pais da Lilyan? ― questionei.

            ―Ficava, na época que aquela casa era habitada, mas agora Lilyan a fechou, e eu não quero ser um incomodo, a fazendo abrir a casa e organizar todas as vezes que eu vier aqui. ― deu de ombros.

            ―Você é um incomodo. ― fui até ele e peguei a garrafa de suas mãos. ― só você que não percebeu. ― abri a mesma e tomei um gole da água.

            ―Isso tudo é admiração reprimida? ― ignorou minha ofensa, e reagiu com ironia.

            ―Meu sentimento por você está mais para re...

            ―Gabriel, eu trouxe... ― ouvi a voz de Pattie e logo ela apareceu na cozinha. ― Justin? O que faz aqui a essa hora? ― colocou as sacolas em cima da bancada. ― pensei que viesse mais tarde. ― me encarou.

            ―Tive uma folga e resolvi vir. ― dei de ombros. ― mas vejo que não poderemos ter nossa conversa aqui. ― olhei para Gabriel.

            ―Tudo bem. Tudo bem. ― levantou as mãos em sinal de rendição. ― eu já estou de saída. ―passou por nós e caminhou até a porta.

            ―Está levando sua chave? ― Pattie perguntou antes que ele atravessasse a porta. O mesmo levantou a mão esquerda e balançou a chave que nela havia. Logo depois saiu.

            ―Por que ele tem a chave do apartamento? ― questionei.

            ― Isso não vem ao caso. ― começou a prender os cabelos em um coque frouxo. ― Vamos, agora podemos conversar. ― me puxou.

***

            Depois de tanta conversa eu não tinha mais da onde tirar assunto. Fiquei encurralado, não havia mais saída, a resposta tinha que ser dada.

            ―Você falou, falou e falou, mas ainda não disse se aceita a proposta ou não. ― Pattie cortou o assunto em que nós estávamos e me encurralou com a pergunta.

            ―Eu... ― comecei a procurar as palavras. ― Pattie, você sabe muito bem que isso será um fiasco. ― a encarei.

            ―E por que seria? ― apoiou os cotovelos na mesa e me encarou nos olhos.

            ―Eu não nasci para essa vida. ― me aconcheguei na cadeira. ―Eu vivo em um mundo ilícito, não sirvo para isso. ― a encarei.

            ― Não será difícil para você. ― foi a vez dela se aconchegar na cadeira. ― Você criou um império no mundo ilícito, até hoje não foi pego, é um ótimo administrador. Você vai tirar de letra. ― sorriu de lado.

            ― Meu império é totalmente diferente...

            ―Justin, o The Bizzle é como se fosse uma multinacional, com inúmeras filiais...

            ―Mas nessa eu tenho ajuda, em cada uma eu tenho um responsável, e a administração geral não cabe só a mim,  mas também aos outros garotos e nossas mulheres. ― rebati. ―Nessa eu estarei sozinho. Não quero virar um engravatado, que transa de meia. ― a encarei. ― eu não quero ter com a Lilyan as brigas que você e o papai tinham. Não quero chegar em casa um dia e não encontrar meus filhos e sim um papel de divorcio. Eu não quero isso para a minha vida, eu tenho outros planos.

            Ficamos em silencio por alguns minutos.

            ―Justin, você não estará sozinho, em uma empresa ha um corpo administrativo que te ajudará, e você só precisará aprovar as coisas ou não. ― falou. ― e seu casamento não vai ser afetado. Fico feliz por você ter pensado na vida de sua família antes de tomar alguma decisão na vida. ― riu fraco. ― mostra que está crescendo. ― estendeu a mão até a minha. ― você vai ter um horário razoável, vai poder ter sua vida normal.

            ― E o The Bizzle? Eu não posso larga-lo assim, do nada. Lembre-se de que somos a segunda maior máfia do mundo, temos carteis de drogas, fazemos contrabando de armas e por ai vai. ― a encarei.

            ―Eu sei filho. ― apertou minhas mãos. ― você não precisa largar tudo, só vai mudar o núcleo de sua convivência social, será igual o Adam, ele é desse mundo, mas na vida social ele é conhecido como dono da rede de restaurantes. ― me encarou.

            ―Isso não vai dar certo. ― soltei sua mão a balancei a cabeça.

            Ela recostou na cadeira e bufou alto.

            ―Justin! ― exclamou com firmeza. ― Eu vou ter que tomar outras atitudes com você. ― me encarou. ― se você não aceitar  eu serei obrigada a proibir sua lavagem de dinheiro na minha empresa. ― me encarou seria.

            ―Você não seria capaz disso. ― a encarei incrédulo. ― há anos que temos uma aliança, aquela empresa nunca afundou por causa do The Bizzle, sempre paguei pelo favor, desembolsei milhões para aquela empresa, quando precisava fechar as contas no fim do mês. Você deve muito a mim. ― comecei a me alterar.

            ―Eu sei de tudo isso, não precisa me relembrar. ― rebateu na maior serenidade. ―Mas eu vou sair da presidência, e o Jeremy não poderá assumi-la para mim, e se você não assumir eu vou ter que nomear presidente um do corpo administrativo. ― me encarou. ― está cheio de gente que está de olho no seu cargo. E se eu colocar um deles no poder terei que interromper os nossos “esquemas”, pois se descobrirem roda eu, roda a empresa e roda você, e eu não quero meu nome envolvido em escândalos. ―  me encarou. ― eai, o que me diz?

            Respirei fundo e me pus a analisar a proposta. Se antes eu achava que ela tinha me posto em um beco sem saída, agora estava pior, eu simplesmente não tinha para onde fugir, a opção era aceitar ou aceitar. Respirei fundo mais uma vez e tomei a decisão mais cabível.

            ―Eu aceito. ― um sorriso formou nos lábios dela. ― eu não sei como eu vou dar conta disso, mas eu aceito. ― me rendi.

            ―Vou providenciar os papeis e tudo mais. ― falou animada.

            ―Peço que seja depois do casamento da Candice.

            ―Pra mim tudo ok! ― falou.

***

            Sai daquele prédio pisando alto, minha cabeça estava rodando, aliais, não era só a cabeça e sim toda a minha vida. Entrei no carro, o liguei e sai em alta velocidade, tudo que eu precisava naquela hora é beber, encher a cara, esquecer tudo.

            Quando eu estava quase perto de um bar, na qual eu costumo ir, meu celular começou a tocar, olhei no visou e vi que era o número da Candice, revirei os olhos. Eu não estava a fim de ouvir chiliques de casamento, não hoje, não agora, aliais, nunca.

            Deixei tocar, mas ela era tão insistente que resolvi atender.

            ―Alô? ― falei a contra gosto.

            ―Justin, estou incomodando?

            Afastei o telefone da orelha e bufei.

            ―Não. ― respirei fundo.

            ―Você poderia passar aqui em casa? Vai ser rápido, eu prometo.

            Afastei o celular mais uma vez da orelha, abafei onde era a entrada de som e murmurei um ‘ puta que pariu’.

            ―Claro, onde você quer que eu te encontre? ― revirei os olhos.

            ―Na minha casa mesmo. Pode ser?

            ―É claro que pode. ― sorri amarelo e revirei os olhos mais uma vez.

            ―Ok! Vou te esperar. Beijos.

            Joguei o celular no banco do carona e mudei minha rota. Precisei contar até dez para não sair mandando todo mundo se foder.  

***

            Estacionei em frente a casa do Chaz, passei pelo portão e caminhei rapidamente até a entrada. Antes de bater na porta eu respirei fundo, na tentativa de buscar paciência onde não havia. Dei dois toques na porta e esperei, não demorou muito e Candice apareceu.

            ―Entra. ― ela me deu passagem.

            Assim fiz, entrei e esperei que ela fechasse a porta. Logo depois ela veio até mim.

            ―Aceita algo para beber? ― perguntou.

            ―Não, a única coisa que eu quero é objetividade da sua parte. ― respondi.

            ―Ok! ― ela encontrou as muletas no braço do sofá e sentou no mesmo. ― sente-se. ― assim fiz. ― eu conversei com o papai sobre uma coisa...

            ―Não me diga que quer desisti do casamento? Porra, faça-me um favor...

            ―Não.. não é isso. ― a encarei. ― eu quero pedir que você me leve até o altar. Já falei com o papai e ele concordou e disse que não ficaria chateado. ― falou.

            WOW! Confesso que essa me pegou de surpresa. Entrar com ela na igreja?

            ―WOW! Você me pegou de surpresa. ― falei ainda meio desnorteado.

            ―Você quer pensar? Eu super vou entender se você não quiser... ― retorceu os lábios.

            ―Não, eu faço questão. ―respondi. ― Cara, só que é meio estranho... você  é a pirralha que enchia meu saco. ― rimos fraco. ― você é a nanica que me deve obediência, por eu ser o irmão mais velho. ― a encarei. ― e agora você vai casar e tals.

            ―É maninho, eu cresci. ― sorri.

            Maninho, a muito tempo ela não me chama assim. Acho que desde que nós éramos pirralhos.

            ―Parece que foi ontem que você corria pela casa do papai, me atrapalhando a jogar com os garotos. ― sorri de lado. ―parece que foi ontem que eu empacava suas coisas com o Chaz.

            ―Nem me lembre disso, você estragou minha primeira vez. ― me encarou.

            Flashback on

            Tínhamos mudado de pouco para essa casa. Ryan, Chris, Chaz e eu agora morávamos juntos, já que optamos por viver essa vida ilícita, nossos pais disseram que não iriam mais nos acobertar. Se queríamos seguir essa vida, que fosse longe deles.

            Não achei ruim, uma hora ou outra teríamos que sair de debaixo das assas de nossos pais, então que bom que foi agora. A única coisa que me desagradava era que Candice vinha para cá às vezes. O motivo? Chaz. Sim, eles estão namorando, mas nosso pai não sabe, para ele, Chaz e ela são apenas amigos e ela vem para cá por causa de mim. Piada.

            Levantei da cama e caminhei até a porta do quarto. A casa não era como a dos nossos pais, mas era confortável, tínhamos um quarto para cada um, incluindo o da Candice. Desci as escadas até chegar à cozinha, onde peguei um copo com água. Logo que terminei de beber tornei assubir às escadas que davam para o segundo andar.

            Passei pelo corredor até chegar meu quarto, mas antes resolvi conferir uma coisa. Caminhei até a porta do quarto de Candice e abri lentamente, só para confirmar se ela estava mesmo lá. Resultado, da porta não dava para ver nada direito. Resolvi entrar, claro, de fininho para não acorda-la. Quando cheguei perto da cama e puxei a coberta. Cadê Candice?

            ― Filha da puta. ― xinguei. Ela só poderia está em um lugar... ― Chaz. ― rosnei.

            Sai do quarto e fechei a porta. Eu iria tirar essa história a limpo agora. Caminhei pelo mesmo corredor e parei na última porta, antes de entrar encostei o ouvido na porta, para tentar escutar algo. Gemidos, era isso que eu escutava.

            ― Filho da puta. ― abri a porta e logo acendi a luz, deixando tudo iluminado, me dando uma visão que eu não queria ver. Chaz em cima da Candice. ― Você pode me explicar o que está acontecendo aqui? ― perguntei como se já não soubesse.

            Chaz saiu de cima dela e deitou ao lado da mesma, ele passava as mãos pelo rosto freneticamente enquanto ela me encarava toda corada,  não sei se foi por causa do esforço que estava fazendo, ou por vergonha.

            ― É melhor você levantar e sair desse quarto, antes que eu te tire. ― falei pausadamente. Ela começou a  vesti algo por debaixo do cobertor. ― e você, Chaz, nós conversaremos depois. ― falei em um tom de ameaça.

            Em dois minutos Candice já estava de pé e passava por mim, a acompanhei.

            ―É melhor me esperar. ― falei firme.

            Ela bufou e parou me encarando com cara de cu.

            ―Vamos para o meu quarto. ― falei quando cheguei perto dela. ― não vou correr o risco de você volta.

            ―Justin, você é um temendo idiota, saiba disso. ― falou nervosinha.

            ―Foda-se, para o meu quarto agora. ― ordenei.

            Ela saiu pisando firme, na minha frente, e entrou em meu quarto. Entrei logo em seguida e tranquei a porta. Candice estava sentada na minha cama, vestida com uma blusa que e sei que pertence ao Chaz e uma tromba do tamanho do universo.

            ― O que você está pensando que essa casa é? ― a encarei. ― isso aqui não é puteiro. ― fui firme.

            Ela sorriu debochada.

            ―Não é puteiro, mas você e os outros trazem putas para cá. ― rebateu me olhando.

            ―Foda-se. ― falei. ― eu não quero você indo para o quarto do Chaz de madrugada para foder. ― fui firme. ― porra, Candice, você só tem treze anos.

            ―Tenho quatorze, Justin. ― me encarou. ― faço quinze daqui a dois meses.

            ―Que seja. ― dei de ombros. ― você ainda é uma criança, deveria está brincando de boneca, e não fazendo posição mamãe e papai. ― cruzei os braços.

            ―Eu não sou mais criança, Justin. ― falou firme.

            ―To vendo. ― a encarei. ― crianças não fazem o que você estava fazendo.

            ―Então por que você está dando esse chilique todo?

            ―Porque você é minha irmã mais nova, porra. Se o papai souber...

            ―Ele não vai saber.

            ―E se você aparecer gravida em casa? A culpa vai cair em cima de mim. Papai vai me chamar de irmão irresponsável.

            ―Chaz e eu usamos camisinha.

            ―E das outras vezes? Vocês usaram também?

            ―Não, porque aquela estava sendo nossa primeira vez. ― me encarou. ― e você estragou tudo. Chaz estava sendo tão carinhoso comigo. ― fungou. ― Eu te odeio, Justin.

            Tá, essa me pegou de surpresa. Sempre soube que esse lance de primeira vez de uma garota tinha que ser especial e tals. Mas eu não sabia como lidar com essa situação. Tal coisa estava totalmente fora da minha compreensão.

            Flashback off

            ―Ei! Vamos parar, antes que eu me arrependa do convite que eu fiz. ― Ela riu.

            ― Ok! ― joguei as mãos para o ar. ― Mas que é bizarro é. ― ri.

            ―Justin. ― ela me repreendeu jogando uma almofada em mim. Rimos

***

            Três semanas antes do casamento...

 

            Faltavam exatas três semanas para o casamento, e os preparativos estavam a todo vapor, assim como a noiva. Vick, Donna e eu viemos até o Buffet para escolher o cardápio e as flores que fariam a ornamentação da igreja e das mesas.

            Nas últimas semanas muitas coisas aconteceram na minha vida, alias , ela está uma bagunça. A beira do casamento de Candice e Chaz, Justin resolve aceitar a proposta de Pattie, claro, fiquei extasiada na hora, afinal, eu já estou nessa vida a anos e sair dela agora não será fácil, e outra, temo pelo meu casamento.

            ―Ly, qual você acha mais bonito? ― Vick perguntou mostrando dois arranjos, um rosa e outro amarelo.

            ―O amarelo. ― falo. Ela dá de ombros e volta a falar algo com a funcionaria do Buffet.

            Respirei fundo e levantei da cadeira onde estava sentada, esses dias eu estava andando muito inquieta. Olhei pela janela da janela e pude ver a rua bem movimentada. Senti meu celular vibrar no bolso, o peguei para ver quem era. No visor mostrava o nome do Gabriel. Franzi o cenho.

            ―Alô?

            ―Ly, você está muito ocupada no momento?

            Olhei para trás e vi que as meninas estavam conversando com a mulher a todo vapor. Ainda havia muitas coisas para se resolver.  

            ―Mais ou menos. Por quê?

            ― Estou necessitando da sua ajuda.

            ―Que tipo de ajuda?

            ―Preciso presentear uma mulher, mas não sei o que dar?

            ―Você não sabendo o que dar para uma mulher? É o fim do mundo?  ― brinquei.

            ―Fim do meu mundo, pelo menos.  ― riu meio sem animo.

            ― E quem seria a pessoa  que você quer presentear?

            ―Minha namorada, oras pois.  ― falou brincalhão.

            ―Hmm... O que você aprontou para ela está chateada com você?

            ― Izabel me ligou perguntando se eu poderia dar uma indicação para ela. Só que quando eu estava falando no telefone com ela, meu bem ouviu e discutimos. Quer dizer, ela discutiu comigo.  ― explicou.

            ―Hm... Mas a Pattie não pode te ajudar com isso? É porque eu estou atolada de coisas para resolver sobre o casamento da Candice e do Chaz. ― retorci os lábios.

            ― Pattie está em uma reunião com acionista, se não me engano. ―resmungou. ―Ly, por favor, prometo que não tomarei muito tempo. ― pediu com voz manhosa.

            ― Vamos fazer assim... ― respirei fundo. ― Você quer fazer as passes?

            ―É tudo que eu mais quero, ficar sem conversar com ela é muito ruim.

            ―Então aconselho que faça um jantar romântico, aquele com velas e tals. ― sugeri. ― vai até a casa dela e leve vinho, ou champanhe. Morangos, chocolates... Hum.. é infalível.

            ―Vou fazer isso. ― respondeu.

            ―Ah, e faz uma poesia. Você é ótimo nisso.

            ―Pode deixar. Beijos.

            ―Beijos. ― desliguei o celular 

            Guardei o celular no bolso e voltei para perto das meninas, as mesmas estavam vendo os últimos detalhes da ornamentação.

           

            ***

            Pov. Candice.

            Eu estava uma pilha de nervos, ou melhor, estou nervosa, e para tentar aliviar isso estou andando de um lado para o outro. Vocês devem está se perguntando o porquê disso tudo. Bom, é que eu acabei de descobrir uma coisa que eu tanto estava esperando. Olhei mais uma vez para minha mão e conferir o resultado do teste. Positivo. Meu Deus amado, eu estou grávida outra vez. Isso é maravilhoso, expendido.

            Do quarto eu ouço a porta principal sendo aberta. Chaz chegou.

            ―Candice. ― me chamou.

            Respirei fundo e peguei a muleta que estava do lado da cama.

            ―Oi! Eu estou aqui. ― respondi.

            Ouvi barulho de passos e em poucos segundo Chaz aparece na porta do quarto. Ele entra já tirando a jaqueta e a blusa, os jogando na cama. Logo se joga na mesma também. Fico encarando-o.

            ―O que foi? ― perguntou.

            Retorci os lábios.

            ―Tenho uma coisa para te contar.

            Ele levanta um pouco e apoia o braço na cama.

            ―O que aconteceu? Você passou mal, caiu, ou assim? ― perguntou preocupado. Neguei. ― Então o que? Me fala, estou ficando preocupado. ― sentou na cama.

            Levantei  a mão que estava o teste e sorri.

            ―Eu estou grávida, Chaz. ― falei sorrindo.

            ―Sério? Tipo, você tem certeza? Não brinca com os meus sentimentos, eu estou esperando por isso tanto quanto você.

            ―Claro que é, seu bobo. ― sorri.

            ―Oh, Meu Deus. ― ele levantou da cama e foi até a mim, me abraçando forte e me suspendendo no ar. ― Nós vamos ter um filho. ―começou a girar. ― um filho, Candy. ― sorriu abertamente.

            ―Sim. ― respondi na mesma empolgação. ― Nós teremos um filho. ― sorri mais uma vez.

            Ele me pôs no chão e me abraçou forte.

            ―Eu te amo. ― ele falou com um sorriso no rosto.

            ―Eu também te amo. ― sorri e o beijei.

            ―Eu amo você também, ok, baixinho. ― acariciou minha barriga.

            ***

Dia do casamento

Pov. Justin

            E o grande dia chegou. Hoje será o casamento do Chaz e da Candice, até  que enfim! Eu nem estou acreditando que o Chaz tomou vergonha na cara e pediu Candice em casamento. Inacreditável, essa é a palavra correta.

            Ajeitei mais uma vez a gravata em frente ao espelho. Nós estávamos nos arrumado na casa do Chris, já que era mais próxima da igreja, já as mulheres se arrumariam no salão, que fizemos questão de fechar só para elas se arrumarem.

            ― Justin. ― ouvi Ryan me chamando.

            ―Fala. ― respondi.

            Ele apareceu na porta com Mike no colo.

            ―Dá uma mãozinha aqui, Chaz está quase dando um ataque. ― falou. Franzi o cenho e o segui.

            Chegamos até o quarto de hospedes, onde Chaz estava se arrumando, lá estava Chris, Adam, Gabriel e Chaz.

            ― Que porra está acontecendo aqui? ― perguntei.

            ―Chaz está tendo uma crise de ansiedade. ― Adam respondeu.

            ―Toma no cu. ― falei. ― Para com essa viadagem, Chaz. ― fui até ele.

            ―Não é viadagem mano, eu estou realmente muito nervoso. Nunca fiz isso antes. ― ele falou quase se descabelando.

            Bufei alto. É um cuzão mesmo.

            ―Eu  vou te avisar uma coisa. ― apontei. ― É melhor você tomar uma postura de homem e terminar de se arrumar, porque minha irmã não vai ficar plantada no altar.

            ―Mas eu não vou desistir. ― respondeu.

            ―Então tome cuidado para não desmaiar, porque eu te acordarei com ponta pés. ― cerrei os olhos.

            ―Ok! ― ele engoliu a seco.

            ― Acho bom. ― falei sério.

            ― Não é por nada não, mas a Ly já me mandou mensagem dizendo que já podemos ir para a igreja. ― Adam falou.

            Ah, eu esqueci de mencionar. Como entrarei com Candice, Lilyan entrara com Adam. Coisa que eu não aprovei, mas tive que aceitar. Já que teve isso, os pares de padrinhos ficaram divididos da seguinte maneira: Chris e Donna, Ryan e Victoria, Gabriel e Pattie,  Lilyan e Adam. Achei a divisão certa, até saber que o bom samaritano entraria com Lilyan.

            ―Então vamos. ― Chris falou.

            ―Arruma esse cabelo e vamos. – falei com Chaz. Ele assentiu. ― Você vai no meu carro por precaução.

            ***

Após vinte minutos já estávamos todos na igreja, só esperando elas chegarem. O local estava ficando cada vez mais cheio e o Chaz mais nervoso. Para acalmar os nervos resolvi ligar para Lilyan.

― Alô? ― ela falou do outro lado da linha.

―Onde você está? ― falo nervoso.

Já estamos saindo daqui, sem chiliques. ― falou no mesmo tom.

―Chilique? A igreja está abarrotada e até agora vocês não chegaram.

Normal, a noiva se atrasa.

―Dane-se. Quero vocês aqui em no máximo dez minutos. O trânsito está ótimo e não quero atrasos.

Menos, Justin. ― bufou.

―Espero que tenha diminuído esse seu decote, está mostrando muito.

Tchau, Justin. ― desligou na minha cara.

―Desgraçada! ― rosnei olhando para o telefone. ― mas é gostosa pra caralho. ― falei quando fixei meus olhos no papel de parede, no qual era uma foto da última viajem que fizemos para Bora Bora.

―Justin! ― fui tirado de meus pensamentos por Ryan. ― Elas já estão vindo?

―Sim! ― respondi. ― avise a todos que a noiva já está chegando.

Ele assentiu e entrou novamente.

            ***

Ryan, Chris, Adam e eu estávamos a espera delas quando finalmente a limousine branca parou em frente a igreja.

―Graças a Deus. ― Ryan falou.

O motorista abriu a porta, a primeira a sair foi Donna, seguida de Vick e Lilyan. Vadia, ela estava com aquele vestido mega decotado, tá bem que tem um pano transparente, mas deixa aqueles peitões a mostra. E logo depois sai Candice, Porra, ela estava linda, a segunda noiva mais linda do mundo, claro, o primeiro lugar sempre será da Lilyan. Ela terminou de sair e Donna a entregou o buquê. O sorriso estava presente em seus lábios.

―Vamos gente. ― Donna chamou.

Todos os casais de  padrinhos,  as daminhas e os  pajens, Jas, Jack e Mike eram um deles, caminharam até a porta da igreja. Caminhei até Candice, que estava com um sorriso nos lábios.

― Está nervosa? ― perguntei.

―Muito. ― respondeu. ― por favor, não me deixe cair.

―Nunca. ― sorri. ― Vamos? ― dei-lhe o braço.

Caminhamos até a entrada da igreja, não demorou muito e começou a tocar a macha nupcial. Jas que estava em nossa frente começou a dar os primeiros em cima do tapete vermelho.

― Pronta?

―  Sim. ― apertou meu braço.

Dei o primeiro passo em cima do tapete. A igreja estava lotada, as pessoas nos olhavam sorridente, entre a plateia havia familiares, amigos e assim por diante. De onde estávamos até o altar parecia ter uma légua de distância, mas aposto que para Candice a distância era bem menor. Senti os passos de Candice vacilar, então eu a segurei firme, passando-lhe firmeza. Quando chegamos ao altar a entreguei para Chaz e murmurei um ‘ Cuida bem dela, se não eu te capo.’ Ele assentiu e sorriu nervoso.

Fui para o lado de Lilyan, que estava no lado direito do altar.

―O que eu falei sobre o decote? ― sussurrei.

―Menos Justin. ― respondeu.

―Aposto que ele está toda hora olhando para seus seios. ― a encarei.

―Não seja idiota. ― bufou baixo.

―Cuido do que é meu. ― passei o braço ao redor da cintura dela.

―Justin, não começa. ― me repreendeu.

―O que eu estou fazendo? ― perguntei inocentemente.

―Não se faça de cínico. Sabe que eu odeio essa sua desconfiança. – me encarou. ― até parece que não se garante.

―Eu me garanto. Você quer que eu te mostre? ― mordi o lábio inferior.

Riu fraco e negou.

―Preste atenção. ― virou meu rosto para frente.

―Ele fala demais. ― me referi ao padre. Bufei.

― Vai sair feio na foto.

―Nunca. ― sorri debochado.

 

***

― Pelos poderes em mim investido, eu vos declaro marido e mulher. Pode deixar a noiva. ― o padre disse.

Candice e Chaz se beijaram e todos aplaudiram. Logo depois eles já estavam saindo da igreja, e como manda o figurino, os padrinhos iriam atrás e eu teria que sair com a mãe do Chaz, porém eu sou mais esperto e puxei a Lilyan junto a mim e começamos a sair junto com os outros. Adam que se foda.

Quando os noivos chegaram a porta de saída inúmeras pessoas começaram a jogar arroz nos dois, inclusive nós, os padrinho. Assim eles caminharam até a Limousine.

―Justin, você não vale nada. ―Lilyan falou.

―O que? Não fiz nada. ― me fiz de inocente. Ela me olhou. ― você é só minha. ― a puxei para mais perto. ― inteiramente minha. ― a beijei.

***

Pov. Lilyan.

―É chegada a hora tão esperada. ― Candice falou pelo microfone. ― é hora de passar a sorte que eu tive. ― mandou um beijo para Chaz. ― para uma solteira. Então meninas, cheguem mais perto. ― falou.

As garotas todas se aglomeram atrás de Candice.

―Donna, você não vai? ― perguntei.

―Não. ― falou rindo.

―Vai. ― Vick falou.

―Não. Eu não quero.

―Vai pela Candy, se o buquê vier na sua direção, você desvia. ― falei.

Ela bufou e foi, a contra gosto, mas foi. Donna se juntou as outras garotas histéricas. Candice virou para e a as encarou.

―Eu vou fazer diferente. ― falou. ― Eu desejo que todas vocês encontrem o príncipe encantado, mas eu vou fazer como minha amiga Ly fez. ― apontou para mim. ― eu não vou jogar o buquê, pois ele já pertence a uma pessoa. ― começou a se aproximar das garotas. ― por mais que essa pessoa não queira casar, ou pelo menos diz isso... ― já saquei tudo. ― eu vou dar ele a ela. Donna, esse buquê é seu, você será a próxima a casar.

Donna pegou o buquê. Ela tentou disfarçar a felicidade, mas deu para perceber o brilho em seus olhos.

―Ae, Chris! ― os garotos falaram.

― Eu acho que não.  ―Chris falou brincalhão.

―Ah, qual foi Chris. Está com medo do altar? ― questionei.

―Não quero casar, muito menos com ela. ― ele falou assim que Donna chegou a mesa. ― eu não me casaria com ela nem a pau, só sexo sem compromisso. ― deu um sorrisinho cafajeste para ela.

Chris falou de brincadeira, isso eu percebi, mas Donna não entendeu assim e parece ter  se magoado.

―E quem disse que eu quero casar com uma pessoa como você? ― falou rude. ― o único homem que me fez cogitar essa ideia foi de quem eu engravidei. ― levantou. ― mas infelizmente ele morreu, assim como nosso filho. ― o encarou com desgosto. ― ele sim foi um homem, você é só um moleque. ― jogou o buquê em cima do Chris e saiu pisando firme.

― Eu acho que alguém não gostou da sua brincadeira. ― Justin deu um gole no vinho.

―Ela vai voltar. ― Chris deu de ombros. ― elas sempre voltam. ― deu um gole no Whisky que estava bebendo. ― você vai ver.

―Eu não teria tanta certeza, principalmente dependendo de Donna. ― falei.

Ela realmente havia ficado magoada, eu a conheço.  

 

***

Já se passava da meia noite e a festa estava a todo vapor. A música estava no último volume e nós dançávamos loucamente.

―Gente! ― Vick chamou nossa atenção. ― vamos para o jardim fazer um brinde.

Não hesitamos e  fomos para a área externa, onde havia um gramado enorme, pegamos uma taça de champanhe na bandeja de um garçom que estava passando no momento e fizemos uma roda, na qual estavam: Chaz e Candice, Vick e Ryan, Donna, Chris e Adam, Justin e eu.

―Aqui vamos brindar a felicidade de todos nós. ― Vick levantou a taça.

―E também a nossa nova vida... ― Ryan olhou para todos. ― Seremos homens e mulheres que andam na lei. ― riu.

―Eu até agora não sei como isso será possível. ― Donna falou rindo.

―Também não, mas topo tudo junto com vocês. ― falei.

―Simples, gatinhas. ― Chris falou. ― Continuamos reis da criminalidade, só que agora não iremos sujar nossas mãos. Seremos como aqueles caras da máfia italiana. Os outros sujam as mãos por nós. ― riu.

―Viveremos uma vida correta perante a lei. ― Justin levantou a taça.

― Agora seremos do colarinho branco, mano. ― Chaz riu.

―UM BRINDE A ESSA NOVA VIDA. ― Candice gritou.

Todos nós impúnhamos as taças e fizemos um brinde, concretizando assim uma etapa de nossas vidas e iniciando outra. 


Notas Finais


é, minha gente. Agora a badalação começa. Nessa nova etapa descobriremos muitas coisas ocultadas desde a primeira temporada, traidores serão revelados e mortos. Os amores escondidos virão todos a tona.
Se preparem.
#comentem


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...