P.O.V Lilyan Green
Depois que todos foram embora, eu pude respirar melhor. Aquela noite parecia não ter fim, e minha cabeça já estava explodindo, de tanto acontecimento. Subi para o quarto e encontrei Justin sentado com o notebook no colo e encarava a tela fixamente. Resolvi ignora-lo e caminhei para o banheiro, tirei o vestido com muita dificuldade , em seguida os sapatos e lingerie, ficando só com as joias. Caminhei até a pia e fiquei encarando minha imagem refletida no espelho. Exausta, essa era a palavra que me definia.
Fui tirando o colar, anel e brinco, até ficar só com a aliança. Respirei fundo e comecei a remover a maquiagem, enquanto fazia isso comecei a pensar no que foi falado a horas atrás, mais precisamente nas palavras de Adam.
― Quem será essa mulher? ― falei, para mim mesma.
Não consegui explicar, mas parece que uma pontinha de ciúmes me tomou, claro, não era o mesmo que eu sentia pelo Justin.
― Será desde quando? ― sussurrei e mordi o lábio inferior. Balancei a cabeça, para ver se aqueles pensamentos se afastavam, não é conveniente que eu, uma mulher casada, fique preocupada com quem o Adam namora ou não.
Caminhei até o box, liguei o chuveiro, e fiquei debaixo dele. A água quente molhava todo meu corpo e levava embora todo aquele estresse e preocupação. O banho durou cerca de vinte minutos, quando voltei para o quarto Justin estava entrando no mesmo, já com roupa de dormir e cabelos molhados.
― Tomou banho em outro banheiro? ― perguntei, indo para o closet.
― Sim. ― respondeu, um pouco rude.
― Por que isso? Somos casados, podia muito bem ter entrado no nosso banheiro e tomado banho comigo. ― reclamei.
― Vamos brigar por uma coisa como essa? ― bufou.
― Não estou brigando. ― parei e o encarei. ― eu estou dizendo que não havia necessidade disso.
― Melhor pararmos por aqui, não quero discutir e terminar minha noite pior do que já está. ― bufou e jogou a roupa na poltrona.
― Lógico, vamos parar por aqui. ― falei, com ironia. ― nesses últimos anos é só isso que você tem feito. ― entrei no closet.
Não ouvi reclamações e também não insisti. Peguei minha camisola, a vesti e voltei para o quarto, encontrando Justin, aparentemente adormecido. Bufei alto e fui deitei também. Tudo o que eu queria era descansar
P.O.V. Justin Bieber
O relógio marcava cinco da manhã quando eu levantei sem sono algum. O quarto estava escuro, nem as luzes dos abajures estavam acesas, olhei para o lado da Ly e ela dormia. Odeio dormir de cara virada com ela, mas aquela noite tinha que terminar pra mim, e para não terminar pior eu decidir dormir. Levantei sem fazer barulho e calcei os chinelos, na noite anterior há havia recebido um e-mail, sobre uns assuntos que estou vendo, e isso me deixou intrigado.
Saio do quarto sem fazer barulho e desci até meu escritório, entrando e trancando a porta. Respirei fundo e caminhei, com cuidado, até a mesa e acendi o abajur que lá havia, sentei na cadeira e abri o notebook, comecei a olhar as planilhas que já estavam abertas.
As coisas na empresa iam de vento em popa, já na parte do tráfico estava o oposto, estávamos perdendo vários pontos e clientes. Os gráficos caiam cada vez mais, e eu tinha que tomar uma providencia quanto a isso.
O telefone tocou e eu atendi rapidamente.
― Alô?
― Chefe, temos mais informações sobre aquele assunto.
Ajeitei-me na cadeira.
― Tem certeza que dessa vez as fontes são quentes?
― Sim, dessa vez temos nomes.
― Gosto disso. ―sorri. ― prepare tudo aí, chegarei pela manhã.
― Ok, chefe.
Desliguei e recostei na cadeira.
― Agora só preciso avisar para a Pattie da minha ausência. ― Falo para mim mesmo. ― droga! ― praguejo. ― tem a situação dos pontos de drogas. ― bufei. ― essa a Lilyan vai ter que resolver. Os outros estão muito ocupados com suas vidas. ― passo as mãos pelo rosto. ― problemas, problemas e problemas.
***
Já se passavam das sete da manhã e Lilyan já estava acordada, a encarei assim que saiu do banheiro, me lançou um olhar de desdém e virou o rosto. Porra, essa mulher está de TPM ou alguma dessas outras merdas?
― Precisamos conversar. ― falo, ao vê-la passar por mim e entrar no closet.
― Agora que você quer conversar? ― responde de dentro do closet.
― Lilyan, meu amor, a parada é séria e você terá que resolver. ― ela aparece na porta, com a sobrancelha arqueada.
― O que aconteceu? ― pergunta, com uma preocupação.
― Vem aqui. ― a chamei, ela me olhou desconfiada, mas veio. A puxei para que ela sentasse em meu colo. ― tenho duas coisas pra falar.
― Para de enrolação, Justin. ― falou, irritada.
― Temos problemas, no nosso outro mundo. ― ela franziu o cenho.
― Desembucha logo, Justin. ― falou estressada. ― sabe que eu odeio isso.
― Ok. ― levantei as mãos em sinal de rendição. ― estamos perdendo pontos e dinheiro. ― fui objetivo. ― os gráficos que me enviaram só estão caindo cada vez mais.
― Como assim? ― se mexeu em meu colo, ficando frente a frente.
― É isso que você entendeu. Por isso te digo que você terá que resolver essa parada para mim. ― respirei fundo, não gosto de mentir pra ela, pois é sempre tão transparente comigo, mas seria necessário. ― Tenho uma viagem da empresa, preciso de novos fornecedores, e terei que embarcar hoje a noite, para está lá cedo.
― Eu estarei sozinha nessa?
― Não, amor. ― acariciei seus cabelos. ― tem os que ficam cuidando das coisas por lá, Lil é de confiança, ele vai te instruir nas coisas que deve fazer.
― Não sei como você consegue confiar tanto nesse tal de Lil. ― reclamou. ― ele é uma criança e você joga muita responsabilidade para cima dele.
― Ele tem mostrado seu valor. ― revirei os olhos. ― com quinze anos o moleque já me rendia uma grana e cuidava de tudo. Ele tá com dissésseis e continua me dando orgulho.
― Se você diz. ― deu de ombros.
― Tenho certeza. ― a beijei. ― agora eu tenho que ir a casa de Pattie. ― a segurei firme e levantei, fazendo-a levar um susto. A levei até a cama e lá a coloquei. ― até daqui a pouco. ― dei-lhe outro beijo.
― Não vai aprontar, hein. ― me alertou.
― Nunca apronto. ― me faço de sínico e saio.
***
Já fazia dois minutos que eu estava tocando a campainha do apartamento de Pattie e ninguém me atendia.
― Já vai. ― ouvi uma voz gritar de dentro do apartamento, e não era a voz da minha mãe. ― ah, é você. ― Gabriel abriu aporta e me encarou.
― Onde está a Pattie? ― entro, sem cumprimenta-lo, e dando-lhe um esbarrão.
― Está na cozinha, eu acho. ― respondeu e fechou a porta.
― Cara, você não tem vergonha? ― o encarei com indiferença. ― vai colocar uma roupa.
― Mas eu estou de roupa? ― jogou as mãos para o ar, indignado.
― Justin, pare de implicar com o Gabriel. ― Pattie surgiu do nada.
― Isso é ridículo. ― bufei. ― isso aqui parece uma cena de uma mãe repreendendo os filhos que estão brigando.
― Não comece. ― bufou e revirou os olhos. ― o que você está fazendo aqui, posso saber?
― Ué, um filho não pode mais visitar a mãe? ― me fiz de ofendido.
― Se tratando de você? ― apontou pra mim. ― ande, desembucha logo!
― Ok, serei bem breve. ― sentei no sofá e ela no outro. ― vou ter que fazer uma viagem e preciso que você fique no comando durante esse tempo.
― Viagem? Que tipo de viagem?
― Coisas pessoais.
― Lilyan sabe?
― Lilyan sabe que eu vou viajar e será a negócios. ― esclareci. ― e ela vai continuar pensando assim, combinado?
― Justin. ― me reprendeu.
― Nem começa. Não estou nada de grave, para o nosso casamento. Só preciso de sigilo, por enquanto.
― Ok. ― respirou fundo. ― por quanto tempo vai ficar fora?
― Estimo que por uma semana. ― dei de ombros. ― isso é o máximo, fique tranquila.
― Ok! Mas tome cuidado.
― Sempre tomo. ― sorri e levantei. ― te vejo mais tarde no almoço de casais?
― Sim. ― levantou também.
― Ok! ― dei-lhe um beijo na testa. ― avisa pro seu pirralho para ele vestir roupas descentes. ― ela revirou os olhos.
― Tchau, Justin.
***
P.O.V Lilyan Green
― Lilyan, eu juro que se você não descer agora, eu vou aí e te trago a força. ― ouvi Justin gritando lá da sala, bufei e revirei os olhos.
― LARGA DE SER CHATO, JUSTIN! ― Berrei em resposta. Peguei minha bolsa em cima da cama e sai do quarto, indo em direção as escadas, as descendo. ― Está satisfeito. ― falei, mal humorada, enquanto descia as escadas.
― Pensei que teria que te buscar. ― ele levantou da poltrona e veio até mim. ― está linda. ― me elogiou.
― Ainda estou irritada com você. ― cruzei os braços e o encarei. Me beijou.
― Melhorou? ― sorriu de lado.
― Hm, acho que sim. ― sorri.
― Então vamos, estamos atrasados. ― segurou minha mão e caminhamos até o exterior da casa.
― As crianças já saíram? ― perguntei assim que entramos no carro.
― Eles foram passear com a Rose. ― colocou o cinto de segurança.
― Ata. ― fiz o mesmo. Ele deu partida. ― como foi na Pattie, se comportou? ― o encarei.
― Você fala como se eu fosse criança. ― revirou os olhos.
― Mas as vezes se comporta como uma. ― apertei sua bochecha.
― Acho que os papeis se inverteram. ― me olhou. ― a criança aqui sempre foi você. ― sorriu.
― Crianças crescem. ― dei uma piscadela.
― E se aprimoram. ― olhou para minhas pernas e umedeceu os lábios lentamente. ―em todos os sentidos. ― olhou nos meus olhos. Mordi o lábio inferior. ― chegamos. ― ele anunciou parando em frente o galpão.
Como era domingo e a L.L Arts não abríamos decidimos fazer o almoço no restaurante que tem na praça de alimentação, por dois motivos, primeiro, Justin não queria almoçar no Sothe’s, alegando que sempre comíamos lá, e segundo, porque aqui poderíamos ficar mais a vontade.
Descemos do carro e entramos por uma das portas alternativas do galpão, era estranho ver aquele lugar imenso sem ninguém, mas ao mesmo tempo dava para ver o quão grande e bonito era. Caminhamos até o segundo piso, onde ficava a praça de alimentação, e logo avistamos três dos casais, Pattie e Gabriel, Chaz e Candice e Donna e Chris.
― Olá, amores. ― os cumprimentei assim que cheguei perto. ― estou muito atrasada?
― Até que não. ― Chris deu de ombros. ― acabamos de chegar.
― Gabriel e Pattie vieram na frente para abrir. ― Donna falou.
― Espero que não tenham feito certas coisas enquanto estavam sozinhos. ― Justin alfinetou. O repreendi com um tapa discreto.
― Vamos sentar, daqui a pouco Vick e Ryan estão chegando, ela já me avisou por mensagem. ― Candice se pronunciou.
― Queridos! ― ouvimos uma voz feminina ecoar e todos olhamos na direção da mesma. ― cheguei! ―Vick anunciou. Ela e Ryan se aproximaram e nos cumprimentaram.
―Agora só falta o Adam e a tal namorada. ― Chaz falou, enquanto sentávamos todos a mesa que foi colocada pelo lado de fora do restaurante, para não ficar aquela coisa fechada, afinal, estava só nós.
― Estou curioso para conhece-la. ―Chris falou com um tom de interesse e Donna lançou um olhar de tédio para ele.
Estávamos todos a mesa comendo tira gosto, enquanto esperávamos o novo casal chegar. A conversa que rolava era descontraída, história dos velhos tempos de guerra, tempos esses que eu nunca imaginei que sentiria tanta falta como estou sentindo hoje.
― Eu acho que eles chegaram. ― Pattie interrompeu a conversa, fazendo com que todos olhassem na mesma direção que ela.
Adam vinha sorridente e de mãos dadas com uma garoa, de longe eu tinha uma leve impressão de já ter visto em algum lugar.
― Oi, pessoal! ― a voz grossa de Adam ecoou enquanto cumprimentava cada um de nós, assim como sua nova...namorada.
― Pensei que tivesse esquecendo-se de nosso almoço. ― Chris reclamou enquanto o casal sentava a mesa.
― Desculpa, é que a Alexia estava se arrumando. ― Adam se justificou. Então é esse o nome dela, Alexia, esse nome não me é estranho.
― Nos apresente sua nova namorada, Adam. ― Pattie tirou as palavras da minha boca. A garota corou.
― Família, essa é Alexia, minha nova namorada. ― apontou para ela. ― Alexia, essa é minha família. ― apontou para nós.
― Prazer. ― falou ainda envergonhada.
A garota era bonita, muito bonita por sinal, isso eu não posso negar. Era dona de um corpo esquio e delicado, sua pele clara, não tanto quanto a minha, pois percebia-se claramente o dourado rasteiro do sol, os cabelos na altura do ombro, em um loiro escuro, lábios carnudos e nariz fininho. Ela era muito bonita mesmo.
― Bem vinda a família, Alex, posso te chamar assim? ― Chris falou em um tom galanteador.
― Pode sim. ― respondeu timidamente.
― Como vocês se conheceram? ― a pergunta saiu sem involuntariamente dos meus lábios.
― É... ― ela começou.
― Nos conhecemos aqui mesmo. ― Adam a cortou. ― no galpão.
― Você estuda aqui, Alex? ― tentei falar com naturalidade, para não deixar explicito minha curiosidade.
― Sim, faço aula de piano. ― respondeu e deu um sorriso no final.
Forcei a memoria para procurar mais informações sobre ela, os outros foram fazendo outras perguntas, enquanto eu fiquei ali, tentando lembrar mais coisas, até que minha mente encontrou, e eu não acreditei no que lembrei. Ela era a garota que se destacava nas aulas de piano, mas era apenas uma criança, ao meu ver, se não me engano tinha a idade de 15 anos, se não me engano a margem de erro é de um ano para mais. Adam deve está perdendo o juízo, namorar uma garota com menos da metade da idade dele.
Bom, não posso falar muito isso, pois minha sogra namora um rapaz que tem a mesma idade de seu filho. Mas o caso dela é diferente, Gabriel já é um homem, apesar da pouca idade, comparado a Pattie, ele já é bem maduro em seus atos e personalidade. Mas agora entre o Adam e a Alex é bem diferente, a garota realmente é uma criança, em todos os sentidos.
― Fico feliz que seguiu em frente. ― falei sem pensar.
― Não digo que conseguir seguir em frente em todos os sentidos, afinal, algumas coisas nunca mudam. ― respondeu ele.
Os outros não perceberam, pois estavam muito ocupados paparicando Alex, mas uma certa pessoa ouviu e captou a mensagem subliminar camuflada naquela fala. É isso mesmo, Justin.
Olhei para ele disfarçadamente, para constatar minhas suspeitas, ele me encarava com uma cara nada boa. Voltei minha atenção para o prato e continuei a comer.
***
Cerca de duas horas se passaram e nós decidimos ir embora, todos tinham outros planos para o domingo a noite. Nos despedimos um dos outros e cada um seguiu para seu carro, Justin em todo momento se manteve com a expressão cerrada, não dirigia nenhuma palavra, muito menos para mim.
Depois de vinte minutos estacionamos em frente a nossa casa, ele desceu rápidos e bateu a porta do carro, não me intimidei, respirei fundo e sai, seguindo para o interior da casa logo depois. Subi as escadas, e antes de chegar a porta de nosso quarto eu já ouvia o barulho de coisas batendo. Respirei fundo e entrei.
― O que está acontecendo? ― perguntei ao ver Justin com uma mala e colocando roupa dentro da mesma. ― onde você vai?
― Eu já não disse que terei que fazer uma viajem de trabalho? Então! ― foi rude e seco em suas palavras.
― Pensei que fosse só mais tarde e passaria o resto do domingo comigo. ― lamentei.
― Pra que? ― parou e me encarou. ― parece que você não está gostando muito da minha companhia, ultimamente.
― Como assim? ― perguntei sem entender. Ele riu irônico.
― Pensa que eu não vi? Pensa que eu não percebi os olhares e as indiretas? ― falou em um tom agressivo.
― Justin... eu...
― Justin nada. ― me cortou. ― Parece que você está se cansando de sua família, está se cansando do seu casamento, está se cansando de mim. ― veio se aproximando de mim, com um olhar ameaçador.
―Justin, eu não disse isso...
― Não precisa dizer. ― negou. ― eu percebi o seu ciúmes camuflado. ― riu. ― se você não tinha a plena certeza do que sentia por mim, porque casou? ― me encarou com fúria. ― HEIN, LILYAN! ― gritou.
― EU NÃO ME ARREPENDI DE TER CASADO COM VOCÊ, JUSTIN. ― explodi. ― EU SÓ ESTOU FARTA DESSA VIDA QUE ESTAMOS LEVANDO. ― O peitei.
― ENTÃO PORQUE NÃO ME DISSE? POR QUE NÃO DISSE QUE NÃO QUERIA ISSO, ANTES DE EU ACEITAR? ― gritou de volta.
― EU FIZ UM JURAMENTO, JUSTIN, JUREI ESTÁ DO SEU LADO. ― rebati.
Ele respirou fundo e passou as mãos pelos cabelos.
― Então, quer disser que seus votos foram da boca para fora. É isso? ― me olhou decepcionado.
― Não, eu não disse isso. ― neguei.
― Mas foi isso que eu entendi, com suas palavras. ― respirou fundo. ― o que você quer que eu faça? ― me encarou. ― que eu jogue tudo para os ares e volte a ter a vida que nós tínhamos? ― abaixei a cabeça. ― um dos motivos pelo qual aceitei essa vida, Lilyan, foi pelos nossos filhos. ― ouvi ele respirar fundo. ― eu aceitei, visando um futuro mais seguro para eles. Não tendo que me preocupar tanto com meus inimigos, com a policia batendo na porta os deixando em choque. Foi por isso.
― Desculpa, Justin. ― pedi, em um sussurro. ― eu me precipitei em meio as palavras, desculpa mesmo. ― funguei. ― eu estou sendo egoísta. ― o encarei. ― mas eu estou sentindo falta de você, antes você tinha mais tempo para as crianças e para mim, mas agora há um desencontro entre nós. ― caminhei até a cama e lá sentei. ― você está sempre muito ocupado com o trabalho e os assuntos do The Bizzle, eu fui egoísta. Me perdoe. ― pedi.
Ele respirou fundo e eu senti o colchão afundar ao meu lado, seus braços fortes me envolveram e eu me aconcheguei sem seu peito, não demorando muito e caindo no choro.
― Eu sei que estou sendo um pai e marido ausente. ― respirou fundo. ― estou sendo negligente nessa parte, mas eu prometo melhorar isso, eu juro. ― beijou meus cabelos.
― Eu não posso exigir nada de você, Justin. ― funguei.
― Não, eu insisto. ― se afastou e nos encaramos. ― vou ser menos negligente, quando o assunto for nossa família. Ok? ― assenti. ― eu vou fazer essa viagem, e quando voltar vejo o que foi resolvido no The Bizzle e tiro um fim de semana só para nós e as crianças, tá legal?
― Sim. ― sorri.
― Estou pensando em fazer um programinha a dois. ― segurou meu rosto e uniu seus lábios aos meus. ― te amo. ― sussurrou.
― Eu também te amo, Justin.
***
Pov. Justin Bieber
O relógio marcava onze e meia da noite, me despedi de Lilyan, em casa mesma, assim como das crianças, sei que vou sentir uma puta falta deles desses dias, mas será necessário. Estacionei o carro perto do jatinho que me levaria ao meu destino e sai, segurando a mala.
― Boa noite, chefia. ― um dos seguranças me cumprimentou.
― Boa noite. ― falei e passei direto, entrando no jatinho.
Coloquei minha mala em uma das poltronas e sentei em outra, alguns de meus seguidores, do The Bizzle, me acompanharão, precisarei deles para que as coisas andem mais rápido, não posso demorar mais do que uma semana, esse é meu tempo limite.
― Creio que pela madrugada já estaremos em nosso destino, senhor. ― o piloto me informou.
― Assim eu espero. ― respondi. Ele assentiu e foi para a cabine. Não demorou muito e o jatinho decolou.
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