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História Suicide Soul - Take Over


Escrita por: HeJuice

Notas do Autor


NÃO IGNORE AS NOTAS FINAIS!

Capítulo 1 - Take Over


Fanfic / Fanfiction Suicide Soul - Take Over

POV. Lilyan

 

         Seu alvo está a trinta graus ao norte. – ouvi  Donna dizer pelo ponto que estava em meu ouvido.

         ― Entendido! 

Confirmei apontando a arma para a direção indicada.

 – Quando posso atirar?  ― perguntei focando o laser  da arma na cabeça do alvo.

         O alvo está se movimentando? ― perguntou.

         ―Sim, mas nada brusco.

         O alvo de hoje era um empresário muito bem sucedido de Miami. A morte dele foi encomendada pela esposa, a mesma estava de olho na grande herança que herdaria depois de sua morte. Não me importei em saber mais sobre a vitima, o que importa para mim é que a mulher estava  pagando muito bem.

         Ele estava  no prédio da empresa, mais precisamente  na sala de reuniões. Já eu estava no ultimo andar do prédio ao lado aonde eu tinha a visão privilegiada.

        ―Assim que o alvo para de se movimentar você atira. Não podemos errar, o tiro tem que ser certeiro. – Donna disse.

         ―Relaxa gata! Eu não sou nenhuma amadora. – disse rindo.

         ― Quando a bala atingir o alvo você terá quinze minutos para chegar até a primeira esquina onde estará seu carro de fuga. Kevin vai está a duas quadras daí, lá você vai se desfazer do carro e seguir com  ele até aqui. Entendido? –explicou.

         ―sim! – respondi. – Kevin?  Você está pronto? – perguntei.

         ―Claro que estou gata. – ele respondeu pelo radio.

         ―Que o show comece! – disse.

         Mirei mais uma vez no alvo. O mesmo tinha parado em frente à mesa e estava de costas, melhor ainda. Ajeitei o silenciador, foquei bem na cabeça e apertei o gatilho.

O tiro foi certeiro. Em questão de milésimos de segundos  a bala atravessou o vidro da sala e o atingiu em cheio. E ele caiu em cima da mesa.

         ―Você tem quinze minutos. – Donna me lembrou pelo radio.

         Desmontei a arma rapidamente e enfiei dentro da pequena mala. Abri a porta que dava acesso ao interior do prédio, comecei a descer as escadas correndo e parei em frente ao elevador. 

Comecei  a apertar o botão o chamando,  e pra  minha sorte ele estava em um andar abaixo. Entrei no mesmo e estava vazio. Apertei o botão da portaria e ele começou a desce. Olhei para ver se não havia câmeras no mesmo, e por sorte não havia nenhuma. 

         Comecei a tirar a roupa que eu estava e substituir por uma que havia dentro da mala.  Troquei a calça e a blusa preta por uma saia da mesma cor e uma blusa vermelha com um decote em “V” na frente.

Soltei os cabelos que ficaram com algumas ondas, os ajeitei  em frente ao espelho do elevador,  passei um batom e ajeitei os sapatos.  Ficou impecável, peguei a mala do chão  antes do elevador se abrir.

         Sai disfarçadamente pela portaria sem ser reconhecida. Olhei no relógio em meu pulso e faltavam sete minutos. No prédio ao lado um tumulto já havia se formado, viaturas da policia estavam encostando, assim como paramédicos.

Aprecei-me em andar, atravessei a multidão que estava na calçada observando tudo. Cheguei até um carro preto parado exatamente aonde Donna havia dito.

         Abaixei-me e passei a mão sobre  os raios da roda até encontrar uma chave, a pequei, destravei o carro e entrei jogando a mala no banco de trás. Dei partida e sai cantando pneu.

Olhei mais uma vez no celular que estava no banco do carona e faltavam apenas cinco minutos. Acelerei mais e já conseguia ver aonde eu deveria parar, encostei perto do carro de Kevin e abaixei o vidro.

         ―Vamos seguir até a saída da cidade, ao extremo sul. – ele disse de dentro do carro.

Assenti e ele deu partida, o acompanhei.

         Cortamos a cidade inteira até chegar à saída da mesma. Àquela parte nunca foi muito movimentada, lá sempre foi ponto de racha e coisas assim. Encostamos os carros e saímos dos mesmos.

         ― É hora de dizer adeus! – Kevin disse quando chegou perto de mim e me entregou uma pedra e um isqueiro.

         Peguei os mesmo, abri a porta do carro e o  liguei. Ele me entregou uma garrafa de álcool, joguei no carro, peguei meu celular que estava no banco do carona, soltei o freio de  mão  e coloquei a pedra no acelerador.

 O carro começou a andar sem condutor. Vimos quando o mesmo se chocou conta uma pedra e explodiu.

          ―eu gostava daquela arma. – disse manhosa.

         ―Com o dinheiro que nós vamos receber vai dar para comprar varias dessas. – ele riu.

         Assenti. Ele passou o braço em minha cintura e fomos em direção o carro dele, entramos no mesmo e saímos em alta velocidade.

         ―Para que você me entregou isso? ― falei mostrando o isqueiro.

         ― Sei lá, achei que fosse necessário. – ele deu de ombros. 

 Ri e balancei a cabeça.

          Até que não demoramos a chegar a casa, paramos na garagem do prédio onde morávamos e seguimos de elevador até a cobertura.

         ―A outra metade do pagamento já foi depositada. – Donna falou assim que entramos. – já estou fazendo a transferência da parte de vocês para suas respectivas contas. – disse enquanto mexia  no notebook.

         ―Bahamas, aí vou eu. – Kevin  disse se jogando no sofá fazendo nós duas ri.

         ―Com minha parte eu vou comprar um apartamento em Los Angeles. – Donna disse se sentando ao lado de Kevin. – E você Ly? O que pensa em fazer com sua parte?

         ―Não sei, acho que vou investir mais  nas buscas aos meus filhos. Uns parceiros me indicaram um detetive muito bom. Ele não deixa um caso sem solução. ―  sentei-me no outro sofá.

         ―De novo essa história Ly? – Donna me encarou. – você já está a três anos procurando e até agora nada. Você já gastou rios de dinheiro, vendeu metade da boate que herdou do seu irmão e até agora as únicas coisas que você conseguiu foram pistas falsas que não te levaram a lugar algum.

―Você não acha que está na hora de parar de procurar? Parar de sofre, de criar falsas esperanças em cada pista falsa que chega até você? – ela disse calma olhando em meus olhos.

         ―Não! – levantei-me com raiva. – eles são meus filhos. – apontei para mim. – e eu não vou desisti deles tão fácil assim.  Pode se passar vinte anos, mas eu nunca vou para de procura-los.

         ―Eu te entendo, mas…

         ―Não, você não me entende. Você nunca  foi mãe, nunca teve um filho em seus braços, nunca amamentou, cuidou. Você não me entende e nunca vai entender. – cuspi as palavras. 

Ela abaixou a cabeça.

         ―Ei, Ei!  Vamos parar por aqui. – Kevin disse se levantando.

Donna não disse nada, apenas se levantou e saiu da sala com um semblante abalado.

         Kevin me lançou um olhar de reprovação e balançou a cabeça. Eu sabia que tinha pegado pesado com ela, eu não deveria ter dito aquelas coisas. Eu sabia  que ela havia perdido um bebê ainda no inicio da gestação, e que depois disso ela não conseguiu  engravidar mais. 

 Confesso que me senti culpada por ter dito aquelas coisas.  Já estava sozinha na sala,  subi as escadas e parei em frente o quarto dela. O mesmo estava com a porta entreaberta, adentrei ao quarto e a encontrei sentada na beira da cama, me aproximei e sentei ao seu lado.

         ― Ei! – afastei uma mexa de seu cabelo chamando sua atenção. – me desculpa viu? -  ela apenas assentiu.

 – Eu não deveria ter dito aquelas coisas  pra você. Desculpa-me mesmo, é que eu até hoje eu fico abalada quando tocam nesse assunto comigo.

          ―Eu sei, eu também não deveria ter dito aquelas coisas. – ela me olhou nos olhos.

         ―Mas vamos deixar isso de lado. – mudei de assunto. – vamos festejar, afinal nossa missão deu certo. – disse sorrindo. – que tal comemorarmos em uma boate? – ela assentiu.

         ―Alguém disse comemorar? – Kevin apareceu na porta do quarto. O encaramos e rimos.

         ―Sim! Que tal uma noite muito louca em uma boate? – Donna disse.

         ―AE! – eu e ele gritamos empolgados.

          ―Você disse noitada, boate e festejar numa mesma frase, v está quase que me invocando. – Kevin disse rindo, fizemos o mesmo.

         ― EI, Ei! Então vamos parar de enrolação e vamos nos preparar. – disse.

         ―É isso ai! – Donna confirmou.

         ―Ah, mas só depois. Pois agora eu estou com fome. – Kevin disse passando a mão pela barriga. – bem que uma de vocês poderia fazer algo para eu comer. – ele sorriu de lado.

         ―Larga de ser folgado! – Donna e eu dissemos. Ele riu.

         ―Eai? O lanche rola ou não rola? – ele disse.

         ―Vamos descer então Kevin! – fui empurrando ele.

                            ***

Descemos para a cozinha e xavecamos a Donna até ela fazer o lanche. Mas infelizmente a louça sobrou para Kevin e eu. Tenho que confessar que não foi tão ruim assim,  contando que Kevin e eu molhamos a cozinha inteira fazendo guerrinha e no final nós tivemos que secar tudo, mas ok.

                            ***

         Já eram sete horas da noite, subi para meu quarto para começar a me arrumar. Rumei para o banheiro e tomei um banho demorado de banheira, precisava relaxar um pouco.

Depois que terminei me enrolei em uma toalha e rumei para meu quarto abri o closet e peguei em vestido preto básico, curto na qual  tinha uma abertura nas costas. Peguei  um  sapato preto na qual o salto era dourado metálico, os coloquei em cima da cama.

 Voltei para o banheiro aonde fiz um penteado  fazendo um rabo de cavalo alto e deixando um topete não  muito alto na frente . Fiz uma maquiagem com tons de marrom nos olhos e na boca um batom forte. Voltei para o quarto  vesti o vestido e calcei o sapato, analisei minha imagem no espelho do closet e gostei do que eu vi.

Pequei minha bolsa de mão e desci   para a sala aonde  encontrei Donna já arrumada. Ela estava com um vestido  preto  com detalhes discretos em branco e curto, estava de salto, cabelos soltos em um liso escorrido, maquiagem marcante, estava linda.

      ―Esta uma gata. ―  assobiei quando acabei de descer as escadas.

     ―Você também não fica muito atrás.

 Ela pegou minha mão e fez com que eu rodasse enquanto me analisava.

―Você esta gostosa. - riu.

         ―Digo o mesmo de você. ― ri.  ―mas diz ai, aonde esta o Kevin?

         ―Você sabe muito bem que ele é o que mais nos apresa e também o que mais  se atrasa. - Donna se jogou no sofá.

       ―Alguém me chamou? - Kevin apareceu na escada arrumando o relógio em seu pulso.

           Donna e eu assubíamos quando ele acabou de descer as escadas.

            Nós o analisamos de cima a baixo e mordemos o lábio em um ato involuntário. Ele estava muito gato vestido com  uma calça um pouco rasgada nos joelhos e a mesma ficava apertadinha  em seu corpo, o que valoriza seu físico.

Uma blusa branca um pouco justa que valorizava seu peitoral definido e abdômen  da mesma forma. Uma jaqueta de couro e coturno nos pés. Kevin tinha um corpo dos Deuses, isso eu tenho que admitir, sua pele morena, olhos claros e barba cerrada completava o jogo perfeito.

         ―Você esta uma perdição, Kevin. - Donna o analisou de cima a baixo novamente mordendo os lábios.

       ―Tenho que concordar com você. ― repeti o ato de Donna.

       ―Parem com isso. - Kevin disse pegando seu celular.

       ―Isso o que? -  Donna e eu rimos e nos fizemos de desentendidas.

        ―Me tratarem como um pedaço de carne. - ele fingiu drama e riu.

Entreolhamo-nos e caímos na risada.  

        ―Vamos concordar que você é uma carne muito apetitosa. - Donna disse rindo.

        ―Vocês também  não ficam muito atrás.

 Ele segurou nossas mãos e nos levantou fazendo com nos duas rodássemos.

―Ai Meu Deus, esta difícil ser forte hoje. – rimos.

       ―Vamos embora, que a noite nos espera. - disse mudando de assunto.

        ―Com uma morena a minha esquerda. -ele me puxou pela cintura. - e uma loira a minha direita.- ele puxou Donna da mesma forma. - hoje eu estou muito bem acompanhado. - ele riu.

      Saímos da cobertura e descemos para a garagem onde nossos carros estavam.

        ―Cada um no seu carro? - perguntei.

        ―Não, vamos todos juntos no meu. -Donna respondeu.  Demos de ombro e seguimos ate o carro dela.

        Kevin assumiu o a condição, Donna no carona e eu fui no banco de trás. Ele deu partida e rumamos para a boate, no caminho fomos ao som de Chris Brown  e tocava a música Love more no ultimo volume.

 Como sempre fazíamos Kevin começou a  cantar a parte do Brown enquanto Donna e eu  arriscávamos na parte da Nicki, isso tudo misturado com dancinhas improvisadas e risos.

Estacionamos em frente à boate e saímos do carro. Já dava para ouvi a música alta, não hesitamos em entrar, passamos pelos seguranças, casa estava lotada.

        ―hoje a noite promete. - Kevin disse esfregando as mãos e rindo.

       ―É hora de nos separar. - falei.

        ―Hoje a noite é uma criança e eu não sei se volto para casa. - Donna falou sendo puxada por um  gatinho para o meio da pista.

         ―Tá ouvindo isso? – Kevin colocou uma de suas mãos no ouvido. – São as gatinhas chamando pelo papai aqui. – ele riu e foi para o meio da multidão.

         Fui  para o bar e pedi uma tequila,  logo depois segui para o meio da multidão que estava na pista de dança.

Comecei a dançar com o primeiro cara que vi pela frente, estava dançando como se não houvesse amanha, via as luzes sendo refletidas nos copos de bebidas que eu estava virando.

         Todos dançavam em pleno fervor, corpo a corpo, sentia o hálito de álcool e  cheiro de droga no ar. Luzes coloridas varrendo o local deixando tudo alucinante, eu ainda estava pura na questão droga, mas na bebida não posso disser o mesmo.

Olhei para cima e na grade do camarote havia um gatinho apoiado com um copo do que parecia ser whisky. Ele olhou para mim e eu olhei para ele. Levantou o copo em sinal de brinde, fiz o mesmo da pista de dança.

Ele sorriu de lado e balançou levemente a cabeça  jogando um verde pedindo para subir ate o camarote.

         Não pensei duas vezes e assenti. Não sou de fazer  esse tipo de coisas, não sou dessas, mas hoje vou fazer uma exceção. Hoje eu só quero comemorar.

Atravessei a pista de dança e fui ate as escadas que dava acesso aos camarotes. A mesma estava lotada de pessoas dançando e se pegando, foi um pouco difícil subir, mas eu consegui.  O vi da grade e soube em qual camarote entrar.

         O camarote estava cheio de outras mulheres e homens também. Entrei sem cerimonia, o ambiente estava meio escuro  caminhei até a grade. Ele está lá debruçado não foi necessário chama-lo quando me aproximei ele logo se virou para mim.

Puxou-me pela cintura fazendo com que nossos corpos se chocassem. Passou  a mão pela minha nuca, encravou seus dedos em meus cabelos e me beijou com intensidade. Nossas línguas em uma batalha travada lutando pelo melhor prazer, o ar se fez necessário. Ele se afastou um pouco para tomarmos um pouco de ar.

         Ele sorriu de lado e se encostou a uma das pilastras da grade  me posicionando entre suas pernas e me puxou para outro beijo de tirar o fôlego. Suas mãos que estavam em minha cintura desceram até meus glúteos os apertamos e me fazendo soltar um leve gemido em seus lábios.

Uma coisa ficou evidente, ele tem pegada. Cada beijo era diferente do outro  e mais intenso também. Suas mãos alisavam minha coxa e as apertava, ele ameaçou a subir suas mãos por baixo do vestido, mas eu o impedi.

                                      ***

Já havia se passado algumas horas e agora estávamos na pista de dança junto com os outros. Eu já havia tomado mais de cinco doses, estava soltinha e comecei a dançar provocantemente.

Ele me segurava por trás e fala ao pé do meu ouvido coisas quente. Sua voz me era muito familiar, mas com o tanto de bebida que estava em mim ficava difícil de associar  sua voz a  alguma pessoa.

         ―Você não acha que aqui já está perdendo a graça?

 Ele disse com uma voz roca ao pé no meu ouvido, assenti.

– vamos para minha casa e eu farei ter graça. Tudo lá vai ficar mais divertido, só eu e você,  topa? -  a voz roca dele me causava  arrepios, assenti.

         Cortamos a pista de dança e saímos da boate. Fomos em direção  ao seu carro o mesmo era um esportivo novinho. Entramos, ele deu partida  e saímos em alta velocidade.

Cortamos a  cidade até chegarmos em um prédio de luxo. Saímos do carro,  ele segurou em minha cintura me conduziu até o interior do mesmo, entramos no elevador e bastou a porta do mesmo se fechar para ele me prensar contra o espelho do mesmo e me beijar logo em seguida.

 Só paramos quando o elevador apitou indicando que havíamos chegado ao andar desejado. Rumamos para dentro do apartamento e ele me puxou pela cintura unindo nossos lábios novamente. Bateu a porta com o pé e foi me conduzindo para algum lugar.

 Comecei a tirar meus sapatos, joguei minha bolsa em algum lugar, tudo isso  sem sessar o beijo.

         Ele pegou minha perna fazendo com que ela ficasse enrolada em sua cintura e começou a andar até abri uma porta do que parecia ser um quarto. Desceu-me e deu para analisar mais detalhadamente o local, o quarto era imenso e muito bem decorado. 

 Ele se agachou um pouco em minha frente e começou a subir uma trilha de beijos e mordidas pela minha coxa enquanto suas mãos iam levantado meu vestido. Seus beijos subiram pela  lateral de todo o meu corpo até tirar o vestido por completo.

 Logo depois ele me jogou na cama e tirou sua camisa. Subiu em cima de mim me prendendo entre suas  pernas, minha visão estava embasada por conta da bebida. Mas pelo que eu passei a mão em seu abdome para perceber que o mesmo era definido. Ele passou a mão pelo meu corpo e disse:

         ―Pode ficar tranquila por que hoje eu faço o trabalho.

                                      ***

        

         Fui abrindo os olhos devagar para que o mesmo se acostumasse com a claridade, quando os abri por completo uma pontada forte atingiu minha cabeça. Fiz um esforço e me sentei na cama, analisei o local eu estava no quarto do carinha.  Peguei um relógio que estava do lado da cama, o mesmo marcava onze horas da manhã.

         ―Droga! – exclamei baixo.

         Me atrevi a olhar para o lado. O carinha estava dormindo e seu rosto estava sendo tampado pelo travesseiro, analisando melhor ele tem o corpo perfeito. Ele estava só de boxer branca  e mesmo dormindo a mesma tinha volume.  

Fui subindo os olhos para seu abdômen o mesmo era definido, os  gominhos eram visíveis.  Subi mais até que bati os olhos em uma tatuagem que ele tinha no peito, meu coração parou quando a vi.

Eu conhecia aquela tatuagem muito bem, mas eu não  consegui acreditar que era ele. Aproximei-me um pouco e levantei um o travesseiro para poder ver seu rosto.

         ―Puta que pariu!

Falei quando vi o rosto da pessoa. Ele se mexeu, tapei a boca de imediato.

 – Eu não acredito nisso, não acredito que eu transei com ele. Eu não acredito que eu fui para a cama com ele, não acredito.

 Olhei mais uma vez para ter certeza de que não era uma alucinação.

 – Ai meu Deus, é ele sim, Justin!

         Acho que minha voz saiu alta demais, ele se mexeu mais uma vez, prendi a respiração e esperei o pior acontecer. Mas hoje é meu dia de sorte, foi somente um espasmo.

 Levantei-me com cautela e comecei a vestir minha roupa que estava  espalhada pelo chão do quarto. Quando eu senti duas mãos segurar minha cintura.

         ― Aonde a gatinha vai com tanta presa?

 Ele disse com voz roca perto do meu ouvido, prendi a respiração quando ele começou a me virar de frente.

         Quando nossos olhares se cruzaram a minha expressão era de nervosismo, e a dele era de confusão. Eu não poderia deixar ele me reconhecer.

Em um ato involuntário dei uma joelhada em suas partes baixas, ele se contorceu. Sem dar oportunidade para  revidar o atingi com um soco em seu rosto que o fez cair na cama.

         ―Ai! – gemi de dor.

         Aproximei-me da cama e balancei a mão em frente ao seu rosto, e nada ele havia desmaiado.

         ―Sinto muito.

  Acariciei seu rosto rapidamente e analisei mais uma vez seu corpo, bem que eu estava reconhecendo aquela voz, aquele toque me era familiar.

– tomara que ele não sofra muito. – olhei para seu membro. – seria uma pena invalidar uma coisa tão boa. – sorri de lado e mordi os lábios.

         Sai do quarto e fui caminhando em direção à sala aonde peguei meus sapatos e minha bolsa e sai do apartamento. Caminhei até o elevador, o mesmo estava no andar, a porta se abriu e dentro dele havia uma senhora de idade. Entrei e apartei o botão para a portaria.

 A senhora ficou me encarando, talvez pelo jeito que eu estava vestida, ou por esta toda descabelada, com os sapatos e bolsas nas mãos. Eu olhava para o painel e nada de chegar até a portaria.

         ―A noite foi boa, hein minha filha. – a senhora disse.

A olhei encabulada, para menos constrangimento da minha parte a porta do elevador se abriu e  eu sai.

         Passei pela portaria fazendo o máximo para que não me vissem. Sai na rua e reconheci de imediato onde estava. Não era possível isso, aquela era a mesma rua que eu morava, e o edifício aonde eu residia ficava um pouco a frente.

Fui caminhando  com os sapatos nas mão até chegar  no edifício, entrei e rumei direto para o elevador, apertei  o botão  da cobertura, não demorou muito para que  apitasse avisando que havia chegado ao meu destino. Sai do elevador e entrei rapidamente em casa. Bati a porta e encostei na mesma.

         ―Foi por pouco. – falei ainda ofegante.

          Respirei mais uma vez e fui em direção o sofá aonde me joguei.

         ―Pelo visto a noite foi boa hein? – Donna se sentou ao meu lado. – me diga, qual o nome do bofe?

         ―Justin Bieber.

         ― OI? O Bieber? Seu passado? – perguntou surpresa. 

Assenti.

 – Me conta isso direito, ele te reconheceu? Você falou com ele? Anda, me conta. –  disse me  sacodindo.

         ―Depois falamos sobre isso. – me levantei e andei até as escadas.

         ―Eu quero uma explicação…

         ―Depois, depois.

         Comecei a subir as escadas até chegar ao segundo andar aonde rumei até meu quarto. Bati a porta e fui direto para o banheiro aonde me despi rapidamente e entrei debaixo do chuveiro.

 Eu precisava de um banho bem gelado para por a cabeça em ordem. Depois de três anos sem vê-lo e ter noticias eu não imaginava encontrar ele dessa forma. Duvidas começaram em minha cabeça, será que ele me reconheceu? Será que ele me esqueceu?

         Nunca pensei que depois desses anos ele ainda continuaria mexendo tanto comigo, com apenas uma noite acabar com todos os meus esforços de anos tentando esquece-lo. Mas tenho que admitir que nunca consegui, ele será sempre uma mancha em meu passado.

 Ele foi meu primeiro amor e temo dizer que o único. O primeiro homem na qual me tocou de forma diferente. Tenho que admitir que nesses três anos o único homem na qual eu fiquei da mesma forma foi o Kevin, mas não era a mesma coisa.

         Desliguei o chuveiro e me enrolei na toalha rumando para o quarto, abri o closet e peguei uma roupa qualquer, vesti e sai do quarto.

         ―Bom dia. – Kevin disse me puxando para um beijo.

Era assim que ele cumprimentava Donna e eu, um beijo, mania de amigo.  Porem hoje foi diferente, o beijo não foi correspondido.

– o que está acontecendo com você? – perguntou-me.

         ―nada não. – balancei a cabeça.

         ―Você mente muito mal, senhorita Green. – ele riu. – não vai mesmo me dizer. – neguei. –então vou ter que te torturar.

         Ele começou a me fazer cocegas, eu pedia para ele parar, mas ele se negava. Kevin sempre foi um ótimo amigo, em todos os sentidos imagináveis, e um deles era ser vidente e adivinhar quando eu estava mal apenas olhando para mim.

         ―Para Kevin. – disse rindo.

         ―Não. – respondeu simples e me pegou nas costas.

         ―Me põe no chão. – protestei rindo.

         ―Também não. – respondeu rindo e começou a descer as escadas comigo nas costas. – agora sim. – ele me desceu quando chegamos a cozinha.

        ―O café está na mesa. – Donna disse, assentimos e sentamos a mesa. – você não tem nada para me contar? – me olhou.

         ―Talvez sim. – respondi enquanto tomava meu café.

         ―Talvez sim? – questionou. Assenti. – você dorme com seu Ex e depois diz que acha que tem algo a dizer? Você merece um tapa.

         ―Estou me sentindo traído. ―Kevin pôs a mão no peito fazendo drama, começamos ai.

         ―O que você quer que eu diga?

    ―Hm... Tudo.

     ―Não tem nada de mais. ―dei uma mordida na torrada.

         ―Ah, não tem nada demais?  Então você encontra com o seu passado em uma boate e transa loucamente com ele e não tem nada demais?  - Donna fala indignada.

     ―É! – dei de ombro ela me encarou seria. - vou subir para me arrumar, meu voo sai daqui a uma hora.

     Levantei da cadeira e rumei para o segundo andar, enquanto Donna vinha atrás de mim para tentar arrancar informações. Adentrei ao quarto e fui direto ate o closet aonde puxei minha mala que já estava arrumada.

      ―Você não vai mesmo me contar? - Donna se jogou na cama fazendo drama.

      ―Não foi nada demais. Eu estava na boate, já bêbada, um carinha do camarote me convidou para subi. Eu fui, se pegamos lá, fomos para a pista e se pegamos lá  também e depois ele me chamou para a casa dele  e aconteceu o que você já sabe.

      Contei enquanto escolhia uma roupa para viajar.

       ―E você não o reconheceu? – neguei. - nem pela voz, pela pegada ou coisa assim?

       ―Eu estava  muito chapada esta legal? - falei um pouco irritada. ―só fui perceber quando acordei com ele ao meu lado.

      ―Ele te reconheceu?

       ―Acho que não. - comecei a trocar de roupa.

        ―Essa noite mexeu com você, não foi? -me encarou

         ―Claro que não. ―menti. ― foi uma noite como outra qualquer.

       ―Larga de ser mentirosa. ― ela riu. – é  claro que ele mexeu com você. Ele foi seu primeiro homem, sempre vai mexer com você.

      ―Eu não acho. - menti novamente.

      Ela balança a cabeça e sorri, eu não conseguia mentir para ela, mesmo que eu tentasse não conseguiria.

     ―Eu acho melhor você não ir para esse tal jantar pré-matrimonial  da sua prima.

     ―Por que não? - apareci na porta do banheiro

     ―O Bieber vai esta lá e tudo mais.

      ―Eu não tenho medo do Bieber,  vou encara-lo normalmente  como se nada tivesse acontecido. Afinal eu não vou ter como  escapar desse jantar, Victoria insistiu muito, e também eu sou uma das madrinhas.

         ―O engraçado seria se  você e ele  fosse um dos casais  de padrinhos. - riu. - isso seria divertido.

       Ri com ironia, ela só poderia esta brincando, a Victoria não se atreveria a fazer uma coisa dessas comigo.

     ―Chega de conversa. - peguei minha mala. – vamos indo por que meu voo sai daqui a meia hora.

    Ela se levantou da cama,   me ajudou a descer com minhas malas e Kevin ajudou a desce-las até o carro.

                   ***

Fomos todos no carro do Kevin, graças aos céus que não pegamos engarrafamento  e chegamos ao aeroporto rapidamente.  Entramos no aeroporto , fiz o Check-in, despachei minhas malas e caminhamos ate o portão de embarque.

      ―você tem certeza de que quer ir? - Donna me perguntou mais uma vez.

      ―eu tenho que ir Donna. - ri. - tenho que resolver assuntos da boate e  sobre a casa dos meus pais também. 

        Ela assentiu enxugando uma lagrima que brotou em seu olho.

      ―não fica assim. ―a abracei. ―somente uma semana.

      ―e se você resolver ficar por lá? Eu não quero ter que te dividir com eles.  - ela emburrou a cara.

     ―Larga de ser egoístas. - ri.

     ―escuta, se alguma coisa acontecer é só ligar que vamos te buscar, esta legal?  - Kevin me deu um abraço  e um beijo rápido

      ―Hey, eu sei me cuidar, viu? - respondi.

        ―Vou sentir sua falta. - depositou um beijo em minha testa.

         ―eu também  vou sentir falta de vocês. - os abracei.

         " Segunda chamada para o voo com destino a Atlanta- Geórgia , portão 2 "

     A voz da mulher soou pelo alto falante.

         ―chegou a hora. - os soltei.

     Fui caminhando ate o portão de embarque,  antes de atravessa-lo dei um ultimo aceno de despedida e entrei.


Notas Finais


Eu sei que alguns leitores que acompanham a fanfic desde a primeira temporada estão decepcionados com o rumo com a historia tomou, que esperavam mais desse segunda temporada e tals, que a fanfic perdeu o nexo. Mas desde o dado momento que eu disse que " AGORA O FOCO NÃO É MAIS O AMOR E SIM A FELICIDADE " eu a mudei totalmente, Suicide soul é a continuação de Suicide Love, mas isso nao significa que ela segue o mesmo foco que ela. é Suicide SOUL, e não LOVE, o foco nao é mais o amor e sim a alma de ambos, os efeitos do amor deles desceram para a alma e as consumiram de uma maneira que deixou eles assim. quando eu disse que " a felicidade estara a uma bala de distancia" eu confirmei isso.
Sei tambem que muitos amaram a nova Lilyan e outros não. POREM desde a primeira temporada já foi sitado que ambos se tornariam o reflexo um do outro e se tornaram, essa Lilyan é o mais claro reflexo do Justin, agora ela é independente tanto quanto ele. agora ela nao é mais aquela garotinha perdida com frustrações da vida colocando a culpa sempre no destino, agora ela comanda o seu próprio destino
O AMOR DELES NAO ACABOU, continua o mesmo, eles estão predestinados um ao outro, tudo que acontecer nessa ao desenrolar dessa historia sera para fundamentar o amor deles, no final de tudo não havera nada que os separe, que os detenha. essa nova lilyan vei para o Justin aprender a respeita-la como uma igual e nao uma subi misa a ele. quando foi sitado " TRES ANOS É MUITO POUCO PARA ESQUECER UMA PESSOA, mas é o suficiente para construir uma nova vida" está evidente que nenhum dos dois esqueceram do passado, esqueceram do amor. e a parte da nova vida pode ser interpretada de duas forma. 1) a vida que eles construiram separados 2) a nova vida que eles construirão juntos.
ELES NAO SE ESQUECERAM DOS SEUS FILHOS , eles vão procurar pelo Jacke e a Jasmine sim, eles se transformaram por eles, a felicidade deles em partes está no Jacke e da Jasmine. eles são a válvula de escape deles.
O NOME MUDOU MAIS O RADICAL AINDA É O MESMO... ELES NUNCA DEIXARAM DE SER " SUICIDE".
ELES SÃO O OPOSTO E O RFLEXO UM DO OUTRO, SÃO O ANTIDOTO E O VENENO, ELES CONTINUAM SENDO OS MESMOS... ELA É O LADO BOM DELE E ELE O LADO RUIM DELA, ELES SE COMPLETAM, SE PROCURAM.


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