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História Suicide Soul - Playtime is over


Escrita por: HeJuice

Capítulo 13 - Playtime is over


 

A carreguei nos braços até meu carro, a coloquei no banco de trás e entrei logo em seguida, liguei o carro e sai em alta velocidade.  Durante o percurso eu ia olhando-a pelo espelho, ela continuava desacordada e na mesma posição que eu havia colocado.

            — o que você foi fazer, Lilyan?

            Cheguei a frente o hospital, desci do carro, a peguei no banco de trás  e a levei para dentro do mesmo.

            — Ajuda, ajuda, eu preciso de um medico. – falei quando cheguei a recepção com ela ainda desacordada nos braços.

            —coloque-a aqui. – um enfermeiro veio trazendo consigo uma maca, na qual a coloquei deitada. – o que aconteceu com ela?

            —eu acho que ela consumiu uma grande quantidade de droga, misturando com álcool.

            Eu não podia mentir em relação a isso, o que ela fez é serio, ela poderia ter tido uma overdose, ou quase isso. O enfermeiro não falou nada comigo, apenas a levou  e chamou um outro médico. Eu fiquei lá na recepção, com uma  preocupação gigantesca, por que essa filha da puta foi fazer isso? Será que ela não sabe os riscos de consumir cocaína e bebida alcoólica ao mesmo tempo?

            — Merda! – exclamei passando as mãos pelo rosto.

            Sentei-me em uma das cadeiras da recepção e fiquei ali, de cabeça baixa esperando no que ia dar a burrada que aquela louca cometeu.

            — senhor. – uma voz feminina me fez levantar a cabeça. Era uma mulher de cabelos castanhos claros e olhos impactantes. – o senhor que é responsável pela moça que chegou agora pouco?

            Confesso que a minha vontade era de dizer um belo NÃO e deixar ela por aqui e arcar as consequências sozinha, mas eu não consegui, então resolvi só assenti.

            — o senhor pode ir até o balcão fazer a ficha de internação dela. – falou.

            Levantei-me e fui até o balcão, respondi todas as perguntas sobre os dados pessoais dela, excerto documento. Logo em seguida me sentei novamente nas cadeiras e fiquei ali, esperando algum parecer.

             E eu fiquei ali, sentado naquela cadeira desconfortável esperando qualquer noticia vinda  de qualquer pessoa. As horas corriam, pessoas iam e viam e eu ficava parado ali, no mesmo lugar.

              — o senhor  é o responsável pela paciente  Lilyan Green? - um homem de branco se aproximou e perguntou.

            —sim. - levantei-me da cadeira. - como ela esta?

            ­­­­—digamos que bem.  - respondeu.

             —o que ela teve?

             — ­ela misturou cocaína com uma bebida alcoólica. -falou.

            Disso eu já sabia, eu queria saber uma novidade.

            — por sorte ela não consumiu uma grande quantidade de cocaína nem de bebida alcoólica,  e a mesma não era forte. - assenti. – só uma pergunta, ela costuma ter esses desmaios com frequência? Por motivos emocionais ou coisa do tipo?

            —sim, ela costuma ter essas coisas quando sofre abalos emocionais muito fortes. - respondi depois de um certo.

 — então esta explicado o motivo do desmaio. A quantidade de droga ingerida não era suficiente para uma overdose.

             —vamos ao que interessa. Quando ela vai poder sair daqui? 

            ­— vamos deixa-la em observação, por precaução. -assenti. - ela deve ser libertada dentro e vinte e quatro horas ou menos.

            —ok!

            —esteja  aqui para assinar os papeis de liberação. - alertou-me, assenti.  ­—quer vê-la?

             O encarei pensando em alguma resposta a dar, e ao fim confirmei. Ele me guiou até a porta da sala na qual ela estava.

            — você tem apenas alguns minutos, lembre-se, sem barulho.

            ­—eu já sei. - rebati.

             Entrei na sala aonde havia  vários leitos separados por cortinas, perguntei para uma das enfermeiras aonde Lilyan estava e ela me conduziram ate o leito. Cheguei ate o mesmo, afastei a cortina e a vi na cama, dormindo e ligada por alguns aparelhos na veia, o que deveria ser soro e algum remédio. Aproximei-me.

— por que você faz isso comigo? – sussurrei.  — faz minha raiva se transformar em preocupação… — acariciei seu rosto de leve. —  pisa na minha confiança como se ela fosse um papel qualquer…

— o seu tempo acabou. – a enfermeira se aproximou e disse.

Assenti e me levantei, dei um selinho de leve em seus lábios e quando me afastei senti ela se mexer. A encarei por alguns instantes, mas ela não se mexeu mais, deve ter sido somente um espasmo. Depois disso me retirei, entreguei o crachá de visitante na recepção e segui até meu carro, entrei no mesmo e arrancei. Não voltei para casa, pelo contrario fui para a casa dela, estacionei em frente ao portão, desliguei o carro e sai do mesmo. Adentrei ao portão e caminhei até a porta, a mesma só estava encostada, entrei.

Reparando melhora sala estava bagunçada, havia três baldes de pipoca no sofá, três copos no chão, chocolate, dava a entender que havia mais duas pessoas com ela na casa. Subi as escadas e andei por um corredor, bateu uma curiosidade fui abrindo cada porta, a primeira era um quarto de hospede, a outra um banheiro e  uma outra me intrigou, era um quarto de garota, todo rosa e branco, com bailarinas na decoração, entrei no mesmo.

Fui analisando coisa por coisa, o quarto estava impecável, parecia que estava esperando a garotinha para dormir, caminhei até uma das paredes na qual havia um mural de fotografias, as encarei de perto e reconheci as fotos. As fotos eram do ensaio fotográfico que a Lilyan fez quando estava grávida, ela estava linda, em outras estava somente a Jasmine, outras a Lilyan no hospital, em casa, na casa do Ryan e assim sucessivamente. Encarei as fotos mais de perto ainda e vi uma foto, bem lá no canto, praticamente coberta pelas outras, nela estava Lilyan, Jacke, Jasmine e eu, me lembro desse dia, estávamos todos na mina casa, até meu pai – o que era um milagre.

Olhar aquela foto me dava uma raiva, raiva de mim mesmo, que não fui capaz de proteger minha própria família, se eu tivesse mandado seguranças com elas aquele dia, eu poderia ter evitado toda aquela  tragédia. Recoloquei a foto no lugar e sai do quarto, abri o outro, agora era um quarto de menino, o quarto era maneiro, se eu fosse pirralho eu gostaria de ter um quarto assim. Nele havia cestas de basquetes, bolas de bastões de basebol, dardos e o escambal, o quarto era realmente foda, a marrentinha sabia escolher as coisas. Peguei uma das bolas que estava na prateleira – a mesma era de basquete- dei dois toques no chão e arremessei, e cesta.

Dei mais uma olhada no quarto e sai, foi para o outro, a ultima porta do corredor, o quarto dela. Entrei no mesmo, o cheiro logo veio, perfume suave. Reparando melhor o quarto da marrentinha não era dos piores, a decoração combinava com ela, se bem que eu acho mais apropriado esses casais de bailarinos está com armas, pelo menos a mulher – se isso estiver representando-a  -  não fiquei muito tempo no quarto, sai  depois de alguns minutos. No corredor olhei para cima e no teto tinha um quadrado, parecia uma abertura, puxei pela abertura que nele havia e fui revelado uma escadas, a travei  e olhei para cima, estava escuro, lá deveria ser o sótão.

Subi as escadas, e sim era um sótão, mas não um sótão qualquer, ali tinha uma espécie de mini sala de cinema e sala de jogos. Está bem, a marrentinha tinha estilo pra porra, a casa não esbanjava luxo igual a minha, mas era foda.

 

Pov. Lilyan

 

            Fui abrindo os olhos lentamente e me deparei com uma mulher de branco, confesso que tomei um susto, e senti também uma pontada forte na cabeça.

            — Ai! – coloquei a mão aonde doía. – o que eu estou fazendo aqui? – tentei me sentar na cama.

            — calma, calma. – a enfermeira veio para cima de mim. – não levanta agora.

            — eu quero ir embora! – falei. – eu já estou melhor.

            — isso quem tem que dizer é o medico que te atendeu. – ela me olhou e deu um sorrisinho fraco, sorri amarelo.

            — e aonde ele esta, posso saber?

            ­— ele vira depois do seu almoço.

            — eu não quero almoçar, afinal, que horas são? – retruquei.

            — são meio dia. E sim, você quer almoçar. – respondeu. – sem almoço, sem alta.

            Cruzei os braços e entrunfei o rosto, esse sarcasmo da enfermeira estava dando nos nervos. Será que nem no hospital se encontra pessoas simpáticas?

            — e a que horas é servido o almoço? – dei um sorriso amarelo.

            — onze e meia.

            — infelizmente não foi essa vez, então vou ter que recusar a comida. – fui sínica.

            — de madeira alguma, eu buscarei sua refeição. – respondeu do mesmo modo.

            Fiquei ali, esperando  a enfermeira sem graça trazer minha refeição. Fiz um esforço para lembrar-se de alguma coisa que esclarecesse o motivo deu ter vindo parar aqui, mas a única coisa que me vinha na cabeça era a discussão com o Justin e eu caindo, mas nada.

— aqui está! – a enfermeira veio com uma bandeja e me entregou.

Sopinha de hospital, minha comida predileta, só que não. O que eu daria por um preparado pelo Adam uma hora dessas, mas como isso não seria possível, o jeito é abraçar isso. Comi sem prazer algum, aquilo descem empurrado pela minha garganta, depois disso não demorou para que o medico viesse me ver. O mesmo me falou que eu deveria esperar o senhor que me trouxe – Justin-  para me buscar, porem eu disse que não precisaria. De tanto insisti ele me liberou, tive que assinar um termo de responsabilidade, mas não me importei, tudo o que eu queria era está fora daquele hospital.

Peguei um taxi e pedi que me levasse ate minha casa, para completar o pacote de problemas o transito estava caótico, levamos o dobro do tempo para chegar até meu destino. Cheguei  em casa, desci do taxi e o paguei – ainda tinha restado alguns trocados no bolso da calça. Vi que tinha um carro estacionado em meu portão, carro do Justin, e eu que pensei que a coisa não poderia piorar. Respirei fundo e abri o portão, caminhei até a porta principal e a abri e dei de cara com quem? Sim, Justin.

— o que você está fazendo aqui? – cruzei os braços.

— estava te esperando. – me encarou.

­— você deveria ter ido me buscar no hospital,  você não acha? – o encarei.

— para que? Quando eu cheguei você já tinha saído, os enfermeiros e os médicos disseram que você vez um rebu.

— agradeço a sua intensão. – sorri amarelo. – mas agora você pode ir embora. – caminhei até a porta e abri.

— você não acha que me deve uma explicação? – ele se levantou do sofá, caminhou até mim e bateu a porta.

— eu discordo, eu acho que não temos nenhum assunto a tratar.  – respondi e me afastei.

— vamos parar com a brincadeira, o que aconteceu com o dinheiro do cofre da boate?

— e o que te leva a pensar que fui eu quem tirou o dinheiro do cofre? Pode muito bem ter sido um dos funcionários de lá. – desviei o assunto.

— para de ser sínica, você sabe muito bem que quem tem a senha do cofre é você e eu, somente. – veio para perto de mim.

— dane-se, fui eu mesmo que tirei, e aí? O que você vai fazer? – o peitei.

— eu vou fazer você devolver essa droga de dinheiro. – aumentou o tom de voz.

O encarei e ri debochada, olhei para ele e seus olhos estavam serrados e transpareciam fúria. Ele odiava que agisse com sarcasmo com ele.

— quem é você para fazer isso? – debochei.

— Justin Drew Bieber, líder dos The Bizzle e dono da metade daquela porra de boate. – falou com uma voz ameaçadora e chegava a intimidar.

— e eu sou Lilyan Green, integrante do The Wings, herdeira e dona da outra metade da boate, então eu faço o que eu quiser, pego o dinheiro que eu quiser. –respondi em um tom de ironia.

— escuta aqui. – ele segurou firme em meus braços. – eu não estou para brincadeiras, você vai me dizer aonde você colocou a grana ou não? – falou com fúria.

 Eu o encarei bem nos seus olhos e cuspi um belo.

­— Não!

Ouvi trincando os dentes na tentativa de amenizar um pouco sua raiva para não desconta-la sacando a arma e dando um tiro em minha testa. Ele soltou meus braços me empurrando de uma forma tão bruta que cai no chão, ele me olhou de cima com um olhar de ódio, eu pensei que ele iria me chutar, pois se aproximou mais, porem ele se afastou indo para o outro lado da sala.

Eu poderia muito bem dizer o motivo real pelo qual eu peguei  a merda do dinheiro, mas eu não iria fazer isso, não por medo, mas por vergonha. Eu estava com vergonha dele, vergonha de ter fracassado, vergonha de ter caído em um golpe tão barato como esse, vergonha de não ter tido capacidade de reconhecer meus próprios filhos. Uma mulher que conseguiu enganar um governador e roubar  suas impressões digitais, pulou de um transatlântico no mar, isso tudo em menos de duas semanas atrás e conseguiu ser enganada por uma vigarista qualquer?

Por isso eu preferi me calar, eu enfrentaria as consequências, por mais árduas que elas sejam eu irei enfrenta-las, melhor isso do que admitir que fracassei em uma missão, a missão mais importante da minha vida.

— você não tem nada para me dizer? – perguntou. Neguei.  – eu estou cansado. – começou. – estou cansado de te dar votos de confiança e você jogar fora, de vocês fazer merda e eu ficar  sempre atrás limpando para te proteger, isso tudo para no final você fazer esse tipo de coisa comigo.

— Justin, vai embora. – falei.

— não, eu não vou. – falou firme. – eu vou ficar aqui e você vai me escutar. – alterou mais ainda o tom de voz. – depois você vem me dizer para eu ter confiança em você. – riu fraco. – como?  Explica-me! – encarou-me. – eu confiei em você e você fez merda, te dei uma segunda chance , e você fez a mesma coisa, agora já chega, isso já está virando cachorrada. Eu devo respeito, confiança e lealdade as pessoas que  dão essas coisas para mim, e você não está entre elas.

Aquelas palavras entraram rasgando meu ser, tive que me concentrar bastante para não derramar uma lágrima sequer. Levantei-me, prendi as lagrimas na garganta e o encarei dando um aceno de leve com a cabeça.

—  eu tinha tudo isso por você, Justin. – engoli as lágrimas.

— se você tivesse não teria ido embora, você teria ficado ao meu lado. – respondeu.

— eu fui embora, pois era a melhor coisa a fazer naquele momento…

— a melhor coisa naquele momento era você ficar ao meu lado. – gritou. – unindo forças para procurarmos eles juntos.

— e continuar sendo a garotinha ingênua e indefesa que você dava dentro da cara,  e fazia o que queria? – gritei. – eu fui embora, eu cresci, eu mudei, eu me tornei igual a você.

— não é porque você  foi embora durante três anos, aprendeu a atirar, matou uma ou duas pessoas que você é igual a mim. – rebateu. – você nunca vai conseguir ser o que eu sou, você nunca vai chegar aos meus pés. – se aproximou.

— se eu sou um nada para você, porque ainda está aqui? – o encarei sem deixar intimidar. – vai embora, a porta está ali.

— tem razão, eu não sei o porquê eu me preocupo com você, eu não sei por que eu fui te socorrer. Quando eu te vi caída no chão desacordada eu deveria ter injetado mais droga na sua veia para que você morresse e assim todos os meus problemas estariam acabados. – cuspiu as palavras.

— seria uma ótima ideia, só assim eu não precisaria conviver no mesmo mundo que você. – segurei as lágrimas que queriam escapar. – vai, vai embora! Some da minha vida, esquece que eu existo, me deixa viver minha vida em paz, me esquece. – gritei.

— Você é apenas uma inconsequência de um ato incalculável da minha parte. Eu não sei o porquê insisto com você. -  me olhou com pouco de desdém. –  Eu só não te peço a pulseira de volta e te expulso do The Bizzle, porque essa decisão não cabe somente a mim, mesmo eu sendo o líder, não posso fazer isso. – continuou. – E se você quiser comprar a outra parte da boate, fique a vontade, pois eu não quero nada que me lembre de você na minha vida. Eu vou embora, vou e não volto mais, acabou!

 Ele caminhou até a porta e saiu pela mesma. No dado momento em que a porta bateu e eu me vi sozinha, me dei conta do que tinha acabado de acontecer, minhas pernas bambearam e eu fui caminhando para trás até cair sentada no sofá. As lágrimas desentalaram da minha garganta e jorraram pelos meus olhos, havia acabado, agora seria cada seguindo caminhos diferentes.

Se um dia existiu um nós, ele acabou, eu vi em seus olhos, senti firmeza nas suas palavras, sim, havia acabado. Suas  ultimas palavras  entraram em meu ser o cortando como se fosse a espada mais afiada. Essa briga foi pior do que a ultima que me fez sair  de sua casa e ir embora sem rumo, agora, ele deixou bem claro que não me quer na  sua vida, não tem nada subentendido, esta tudo claro como a água. Eu parecia que eu ia afogar em meio as lágrimas, o ar parecia faltar em meus pulmões, meu coração parar ou explodir, os soluços  me sufocar. Arrastei-me até a mesa de centro na qual meu celular estava, na lista telefônica liguei para a primeira pessoa que lá estava, eu precisava desabafar. Começou a chamar, e chamar até que atendeu.

— Adam. – falei em meio o chora.

— Lilyan? É você?

— Adam… Adam…

— Lilyan, o que está acontecendo? Responde-me, por favor.

— Adam…Adam. – eu não conseguia falar nada, apenas chama-lo em meio a choro.

— Lilyan, você está me deixando preocupado, o que está acontecendo com você, pelo amor de Deus, me diga.

Não consegui responder mais nada, larguei o telefone e me encolhi no chão.  Era muita coisa para muito pouco tempo, em menos de vinte e quatro horas minha vida foi de maravilhosa a péssima.

 

Após alguns minutos ouso a porta se abrindo, me recolhi de imediato, fiquei com medo de ser o Justin voltando com  outra enxurrada de palavras assassinas para acabar mais comigo. Mas me enganei, duas mãos me pegaram, me levantaram do chão e me envolveram.

— o que aconteceu com você, Ly? – Adam perguntou afastando meus cabelos da minha face.

Eu não estava conseguindo pronunciar uma única palavra, a única coisa que saía da minha boca eram os soluços, resultado de um choro intenso.

— Lilyan, por favor, fala comigo. – pediu, mas o choro persistia. Afundei o rosto em seu peito. – vem, eu vou te levar lá pra cima.

Senti meu corpo sendo erguido pelos seus braços e ele começou a caminhar comigo. Ouvi o barulho de seus passos subindo a escada e só vi aonde estava quando entramos em meu quarto, quando ele me colocou na cama.

— consegue tomar banho sozinha? – perguntou-me, assenti.

Ele me conduziu até o banheiro,  me colocou no box e me ajudou a tirar minha roupa até me deixar somente de roupa intima, ele saiu me deixando sozinha, acabei de me despi e liguei o chuveiro. Fiquei um bom tempo debaixo do mesmo somente deixando a agua escorrer pelo meu corpo, só depois tomei o banho e o desliguei.  Sai do box, peguei a toalha, me enrolei na mesma e rumei para o quarto aonde encontrei Adam sentado em minha cama de cabeça baixa.

— eu acho que já estou melhor. – me olhou. – se você quiser, pode ir embora. – passei a mão pelo cabelo.

­— eu não vou deixar você aqui sozinha, da para ver nos seus olhos que você não está bem. – se levantou e veio até a mim.

Ele parou em minha frente e ficou me encarando enquanto acariciava meus cabelos, meus olhos no dele, não aguentei e afundei meu rosto em seu peito e desabei novamente.

 

Pov. Adam

 Vê-la assim, com os olhos transbordando lágrimas, cabeça afunda em meu peito o molhando me dava um aperto no coração. Não era necessário perguntar o motivo das lagrimas, isso já era evidente, como sempre, Justin.  Levantei seu rosto e pude ver mais claramente o estrago, seus olhos estavam inchados, acariciei seu rosto.   

            O cheiro dela me envolvia de uma forma inexplicável. Em um ato incalculável fui aproximando nossos lábios. O verde de seus olhos  se misturavam com os meus azuis, nossos lábios se encontraram e eu iniciei um beijo. Minha língua pediu passagem e ela deu lentamente.

            Segurei em sua cintura aproximando mais nossos corpos, suas mãos seguraram a barra da minha camisa, a conduzi ate a cama e a deitei  lentamente. Deixando-a por baixo eu a beijei novamente, com calma afastei seus cabelos do seu rosto e a encarei. Ela estava ofegante. Olhei  seu corpo coberto apenas por uma toalha e minha vontade de tê-la aumentou.

            Beijei seu pescoço lentamente e a ouvi arfar, fui descendo até a toalha. Confesso que estava receoso em seguir em frente, mas fui com cuidado, se ela me negasse eu me conformaria. Abri a toalha lentamente e tive a plena visão do seu corpo perfeito, ele era exatamente como eu tinha idealizado, ou ate melhor.

             Apertei sua cintura descoberta, me inclinei e beijei entre seus seios. Ela não negou meu toque, então prossegui. Beijei cada um deles estimulando seus mamilos e sugando. Ela gemeu. Afastei-me e a olhei, seus olhos estavam fechados então fui descendo uma trilha de beijo pela  sua barriga e parei antes da sua intimidade. A olhei.

            Afastei-me um pouco e  comecei a tirar  a camisa. Ela me olhava sem expressar nada,  a tirei por completo, parei e a olhei em silencio. Ela puxou a ponta da minha calça, isso era um sinal para prosseguir. Inclinei-me e beijei  sua intimidade lentamente, ela arfou. Comecei a estimular seu clitóris com a língua fazendo movimentos circulares  a fazendo gemer. Entoquei com cuidado um dedo e em seguida coloquei mais um e fui aumentando a velocidade aos poucos a fazendo se contorcer e gemer alto.  Comecei a chupa-la naquela região sem parar a entocada, seus gemidos aumentavam cada vez mais. Senti seu gosto doce em  minha língua, sorri e engoli tudo.

            Ajoelhei-me na cama  prendendo-a  entre minhas pernas,  ela me olhou esperando alguma reação da minha parte. Eu sabia o que tinha que fazer e a vontade de tê-la estavam incontroláveis. Meu membro faltava pouco gritar para entrar dentro dela,  estava latejando que chegava a doer. O ato dela me surpreendeu, ela abriu minha calça. A ajudei a tira-la mais rápido e fiquei somente de boxer. Livrei-me da mesma, me posicionei entre suas pernas colando nossas intimidades, ela arfou.

            Inclinei-me para frente enquanto a penetrava, ela era apertada - isso era um milagre, já que tinha uma vida  sexual ativa. Ela gemeu e mordeu os lábios.

            — você quer que eu pare? - sussurrei, negou. —eu estou aqui para te montar, eu nunca vou te machucar.

             A beijei com calma e comecei a me movimentar lentamente. Ela gemia e eu intensificava cada vez mais os movimentos dando  entocadas fortes. Ela agarrou em meus cabelos e me implorou para ir mais rápido, não hesitei em obedecer, comecei com entocadas fortes que faziam a cama ranger.

            Ela arranhou minhas costas e soltou um grito alto e roco. Senti seu liquido escorrendo pelo meu membro,  tirei meu membro e gozei. A beijei com intensidade.

            Pisquei duas vezes para ver se eu não estava sonhado. E não, eu estava ali,.com ela entre meus braços. Inverti a posição a deixando por cima, ela sentou em meu membro e rebolou. Apertei sua cintura e começou a se mexer  fazendo um movimento de vai e vem. Passei as mãos pelo seu corpo ate chegar em seus  seios e os apertei lentamente. Ela começou a fazer movimentos de vai e vem lentos  enquanto apalpava meu peito. A puxei pelo braço e a beijei.

     O gosto de seu beijo era incomparável, é  singular, ela era singular. Eu sei que ela não esta fazendo amor comigo, mas eu estou fazendo com ela.

 

   Pov. Lilyan.

 

            Duas semanas havia se passado desde a briga entre Justin e eu. Depois daquilo eu jurei a mim mesma que reuniria todo o dinheiro que eu o devia e pagaria tostão por tostão, com juros e correção monetária. E eu consegui, não me pergunte como,  eu dei meu jeito. Não pedi emprestado a ninguém, é tudo meu. Quase vinte milhões de dólares em espécie. Fiz questão de pagar até os dose milhões que eu tirei do cofre dele para pagar o vigarista do meu irmão, que acabou por me enganando.

             A única coisa que eu não o devolveria seria a pulseira do The Bizzle. Ele teria que me aturar, me engoli a seco, sem direito de reclamar, ate porque ele não tem o direito de me expulsar. A parte da boate eu preferi deixar quieto, eu  não dava a mínima para aquilo.  

            Confesso que não esta sendo fácil para mim, as palavras daquele dia estão gravadas ate hoje na minha mente. Tenho que admitir que dói saber que acabou, e ainda mais desse jeito. Mas não dá para continuar, pelo menos não esse jeito. Eu estou pagando essa dinheirama para ele não ter  pretextos pra me colocar a menos.

                                                           ***

             — desse jeito você vai acabar furando a testa. — Adam chegou a sala.  — ela foi feita para cortar comida, não pessoas, muito menos você.

              Ele se referiu a faca na qual eu extava girando a sua ponta em minha testa. Não sei por que, mas me ajudava a pensar. Adam tem frequentado muito a minha casa nessas  duas semanas, e não,  nós não repetimos a dose daquela noite. Não foi por que ele era ruim.de cama, não, isso nunca, ele tinha seus potenciais.

             Eu jurei para mim mesma que fecharia meu coração para novos amores. Eu simplesmente cansei de ser magoada, cansei de sofrer, tudo nessa vida tem limite e o meu já acabou. Aquela briga foi a tacada final, o jogo do amor acabou, os únicos que terão meu amor incondicional serão os meus filhos.

    

             — mas em um momento de desespero pode ser uma boa opção. - respondi analisando a faca.

            —mas como isso não é o caso. - me encarou. — pode parando, mocinha.

         —Adam, você confia em mim? - perguntei sem mais nem menos.

              — qual o motivo da pergunta?

            — só responde, sim ou não.

            — sim, eu confio. Você nunca me deu motivos para  que eu não confiasse.

            —me dê seu braço. - estendi a mão.

            —pra que? - me olhou meio  desconfiado.

            —você disse que confiava em mim? - assentiu. -então, me dê seu braço. - ele estendeu o braço.

              Peguei a faca e comecei a aproxima-la do seu braço. Ele me olhou assustado. Comecei a raspar a faca em seu braço levemente sobre a superfície da  pele um pouco abaixo da linha do pulso.

            —o que você vai fazer?

            —confia em mim. - o olhei, assentiu. - feche o olho. - assim ele fez.

             Esculpi um desenho em seu antebraço. Quando acabei percebi que o mesmo tinha ficado vermelho na região - isso era normal. - o desenho era de um par de assas, o símbolo do T.W.,  o mesmo  incharia depois  de um certo tempo, e ficaria uma coisa em  alto relevo, parecido com uma cicatriz.

            —pronto. - falei e ele abriu os olhos e olhou para seu braço.

            —o que eh isso? Ou melhor, pra que isso?

            — isso é para você nunca se esquecer de mim. Vou ser como uma cicatriz na sua vida. -respondi.

            — como se fosse preciso uma coisa dessas para que eu me lembre de você. - sorriu. — eu nunca vou te esquecer. você sempre estará aqui. – apontou para sua cabeça. — e aqui. - apontou para seu peito do lado do coração.

        — obrigada! —sussurrei. Ele me deu um beijo na testa.

            — mas agora me responde uma coisa. Vai viajar? - ele olhou para a mala que estava no pé do sofá.

            — sim

       — posso perguntar para onde?

            —não. - o olhei. — mas eu  vou precisar do seu helicóptero emprestado.

            —vai me falar para onde vai? - cruzou os braços.

            —Macon

            —vai visitar o Gabriel?

            —sim. 

            —ok! Quer que eu te leve ate o heliporto?

            —não, tenho que passar em um lugar antes. - me levantei do sofá.

           Peguei a mala e caminhe ate a porta, Adam saiu primeiro e  eu logo em seguida, caminhamos cada um em seu carro.

                                               ***

            Segui até a casa do Justin. Não me importei com a velocidade,  andei no limite permitido, isso me daria tempo para pensar. Parei em frente o portão da sua casa, o chefe dos seguranças estava, então  minha entrada foi liberada facilmente. Entrei com o carro e parei em frente aos degraus na porta principal.  Peguei a mala que estava no banco do carona e sai do carro.

            Caminhei até a porta e bati na mesma, demorou poucos segundos para a mesma  ser aberta por uma das empregadas. A mesma me olhou de cima a baixo com um olhar de nojo. Deu-me passagem e eu entrei.

            — com quem deseja falar?  - a garota com voz de puta falou.

            —Bieber,  Justin Bieber.

            — e quem é você?

            — não te interessa, eu quero falar com o seu patrão. Da pra ser? - falei.

        Torceu o nariz e saiu rebolando em direção o escritório. Muitas coisas mudaram por aqui, principalmente as empregadas. A roupa da vadia além de apertada era curta pra caralho, a saia mal tampava a bunda, o decote era enorme. 

         — menina Lilyan. - ouvi uma voz doce me chamar.

        —Lupy. - fui ao encontro dela e lhe abracei. — quanto tempo.

        ­—veio para ficar?

         —não, vim só tratar alguns assuntos  com o seu patrão.

          —oh, sim. - sorriu. - essa casa não é a mesma sem a senhorita.

            —eu percebi.

            —você esta ainda mais linda. – ela se afastou e me analisou.

            Fiz questão de vim impecável, com uma calça preta justa, corpete de cor clara demarcando muito bem a cintura, jaqueta de couro e coturno de salto. Os cabelos em um liso extremo, maquiagem marcante, olhos e boca em destaque.

            — obrigada! - agradeci sorrindo.

         —o Justin vai lhe atender. - a voz de puta me fez virar.

             Despedi-me da Lupy e caminhei na direção do escritório.

            — Os subordinados devem se referir aos seus patrões como senhor e senhora. – pisquei.

             Ajeitei os cabelos e respirei fundo quando parei a frente da porta do escritório.

            — ah, vê se não fica ouvindo a conversa por detrás da porta, ok? Isso eh falta de educação. - alei antes de entrar.

              Abri a porta e entrei fechando-a atrás de mim. Justin estava sentado em sua cadeira com os olhos baixos encarando alguns papeis. Caminhei até a ele e joguei a mala em cima da mesa causando um barulho alto chamando sua atenção.

            —isso é tudo que eu te devo. - O encarei seria, ele me olhou confuso.

         —o que é isso?

            — seu dinheiro. —abri a mala e  joguei alguns dos plaques em cima dele. —isso é o que eu te devo, dezoito milhões de dólares em espécie. –o encarei. - pode contar se quiser

         Ele  riu pelo nariz e balançou a cabeça em sinal.de deboche.

            —garota, você realmente acha que eu preciso do seu dinheiro? - me encarou.

            Dei de ombro e joguei a mão para o ar.

            — o dinheiro esta aí, faça o que você quiser. - falei. - doa para um cabaré carente, ou uma dessas boates  de estripes que estejam passando por dificuldades financeira, ou sei lá  - dei de ombro.

            —você só pode esta de brincadeira. - se ajeitou  na cadeira.

          Neguei.

            — não, não estou. - o encarei. —bom, já que eu não tenho mais nada a dizer. - fui me aproximando da mesa. - eu vou embora. - apoiei as duas mãos sobre a mesma. -  Ah, e pode ficar tranquilo. - o encarei nos olhos. - eu não vou cobrar pelo sexo.

 

 


Notas Finais


primeiramente, desculpe pela demora rsrs. mas foi por um motivo justo, fui passar o feriadão na casa dos meus avos e acabei esquecendo o computador lá.
vocÊs deveriam esta esperando pelo menos uns dois ou tres caps, eu sei. mas eu estou arrumando suicide love, já reescrevi cinco caps só esses dias. decidi fazer isso pq como era a minha primeira fic eu nao sabia escrever direito, até hj eu nao sei, mas ok. então estou colocando as coisas mais claras, tirando coisas desnecessárias, escrevendo com outras palavras algumas partes, incluindo novas coisas, enfim. até agora o cap que mais mudou foi o cap 4, o primeiro hot , agora só falta corrigi e substituir na fic.
PROXIMO CAP. - pov jus, conversa com o gabriel - vocE^s conheceram o novo gabriel. rsrs.
e esse nao é o fim de Jusly.
bjs da He #comentem


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