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História Suicide Soul - Back to the past


Escrita por: HeJuice

Capítulo 2 - Back to the past


Fanfic / Fanfiction Suicide Soul - Back to the past

“ Sras. e Srs.,  solicitamos que afivelem o cinto de segurança. À partir deste momento é proibida a utilização de qualquer equipamento eletrônico.

         Dentro de instantes pousaremos no aeroporto internacional  Hartsfiel-Jackson em Atlanta… “

   

 A aeromoça deu as instruções  e assim fiz. Não demorou muito para o avião esta em terra, desembarquei, peguei minhas malas e sai do aeroporto para esperar o motorista.  

Pedi para um dos seguranças virem me buscar. Ele  não demorou a  chegar, uma coisa que eu cobrava muito era a pontualidade, pois não gosto de atrasos. 

 Ele colocou minhas malas no porta malas, abriu a porta para que eu entrasse, em seguida deu partida e rumou para a boate.

                   ***

         Chegamos em frente a Laser Light. Há um pouco mais de quatro anos atrás  eu entrava nesse mesmo prédio sem carregava comigo  perspectivas de felicidade. Há exatos três anos eu entrava pelas portas do aeroporto de Atlanta me despedindo dessa cidade para reconstruir   minha vida, deixando para trás tudo que eu já havia plantado. 

 Três anos foi muito pouco tempo para esquecer uma pessoa, mas foi o suficiente para que eu construísse uma nova vida.

         Essa cidade sempre me marcou,  foi nela que eu  nasci, cresci, me apaixonei e quase constitui uma família. Porem foi a cidade que mais me trouxe decepções, mas agora estou de volta só que agora com objetivos diferentes.

      Entrei na boate, a mesma, pelo horário já estava sendo arrumada para a noite. É irônico pensar que  há anos atrás eu era tratada como uma simples garota de programa, e agora estou entrando como proprietária.

Cortei o salão analisando tudo ao meu redor, ela estava bem diferente do que eu lembrava, estava mais luxuosa. Desde quando Victor morreu e eu a herdei cerca de dois anos e meio, eu nunca mais voltei aqui, somente aprovava as mudanças e liberava o capital tudo via e-mail.

― Senhora Green? - um dos  seguranças me chamou.

         ― Sim

         ―O quarto da senhora já esta arrumado.

         ―Muito obrigado, mande levar minhas malas para ele. - assentiu. ― Ah, e pesa para preparar um carro para mim, sairei dentro de vinte minutos. - ele assentiu e saiu.

  

           Comecei a subir as escadas e  foi batendo uma nostalgia. Fiz questão de mandar que preparassem o mesmo quarto de antes.  Cheguei ate a porta do mesmo e entrei, a nostalgia bateu mais forte, e vocês já podem arriscar qual lembrança me veio na cabeça, um arrepio atingiu meu corpo quando  olhei para a cama.

             ―Vai ser difícil manter a calma hoje anoite. - disse esfregando o rosto.

         Fui para o banheiro aonde tomei uma ducha rápida e retornei para o quarto. Fui até a mala e  peguei uma calca jeans clara  rasgada, uma blusa estampada com fundo azul escuro, a mesma deixava parte da barriga a mostra e uma sandália de salto alto preto. Vesti-me rapidamente, tirei o excesso de agua dos cabelos, os penteei,  fiz uma maquiagem rápida peguei minha bolsa e sai rumo ao salão.

       ―Meu carro já esta pronto? - perguntei quando estava descendo as escadas.

      ―Sim, senhora.

      ―Ótimo.

      Caminhei ate o exterior da boate e na frente da mesma já havia um carro preparado e um segurança ao lado do mesmo.

      ― senhora Green. ―ele abriu a porta do carro para que eu entrasse e me entregou as chaves do mesmo.

       Sai cantando pneu, já era tarde e o sol estava quase declinando, não poderia demorar muito, mas era necessário vê-lo antes do jantar.

                            ***

Estacionei o carro  em frente ao Sother's  e desci, entrei no restaurante , os funcionários já estavam limpando o salão para o jantar, como já era de costume em muitos restaurantes a essa hora.  Caminhei ate um dos  funcionários.

     ―Senhora,   estamos fechados,  abriremos somente as 7h.

     ―Não  vim aqui como cliente e sim como fiscal. - fui seria

      Ele arregalou os olhos e posso arriscar que tremeu na base. Continuei com a farsa.

      ―Você poderia chamar o responsável pelo estabelecimento, por favor? – ele assentiu

     O vi caminhando ate a cozinha aonde  vi também ele contando de uma forma desesperada que havia  um fiscal no local.

Adam olhou pelo vidro e bateu os olhos em mim,  fez uma expressão de incredulidade e confusão, mas logo depois sorriu.  Ele saiu da cozinha e veio na minha direção já com um sorriso no rosto.

      ―Eu não posso acreditar no  que os meus olhos estão vendo. - abriu os braços e me envolve em um abraço. ―Zangadinha? - ri e assenti

     Depois de todos esses anos ele ainda se lembrava  do apelido que me deu assim que nos conhecemos. Ele me conduziu para que sentássemos em uma das mesas.

    ―Eu não estou acreditado, depois de todos esses anos escondida você apareceu. - ele disse sorrindo.

     ―Pode agradecer a santa Victoria. - ri. - ela que me convenceu a vir.   

      ―Quando ela nos contou que você viria, eu não acreditei. – riu. – veio só para o casamento mesmo ou pretende ficar mais um pouco?

         ―Pretendo ficar mais um pouco, tenho coisas a resolver aqui, como assuntos da boate e a entrega da casa de meus pais.

         ―Hmm, então agora você é uma mulher de negócios? – assenti. – mas me diga, por onde você ficou escondida por todos esses anos?

         ―Miami. – sorri. – estou morando  e trabalhando lá, moro com dois amigos.

         ―Não acredito que você me trocou. – ele pôs as mãos no peito. – estou brincando. – riu. – me conte, com o que você está trabalhando? Virou bailarina?

         ―Não, quem me dera. Estou na vida criminosa também.

         ―WOW! – falou surpreso. – e no que seria? Trafico?

         ―Não, trabalho no ramo do. –  gesticulei com as mãos uma arma sendo engatilhada  e logo em seguida mirando em alguém e atirando.

         ―Matadora? – assenti. – Wow, agora você me surpreendeu, nunca pensei que aquela menininha meiga se tornaria uma “ exterminadora” . – ele riu. -  tenho que admitir, os ares de Miami fizeram bem a você. – me analisou. – você está muito diferente, muito gata.

         ―Você também está muito gato, quase não te reconheci. – ri.

         ―Mas vamos mudar de assunto, onde você está hospedada?

         ―Na Laser Light!

         ―Wow, você mudou realmente. – riu. – você odiava aquele lugar, não pisaria ali por nada nessa vida. – riu novamente.

         ―Ainda odeio. – ri. – mas é meu patrimônio, tenho que cuidar. – dei de ombro. Ele riu alto.

         ―Você irá no jantar pré-matrimonial da Vick e do Ryan? – perguntou-me.

         ―Não tive como escapar. – ri. – afinal eu sou uma das madrinhas.

         ―Então nos veremos mais tarde. – riu.

                   Olhei no relógio e já era quase sete horas da noite.

         ―Tenho que ir. – me levantei da cadeira. – nos veremos  daqui a pouco. – ele se levantou e me conduziu até o carro se despedindo logo em seguida.

                            ***

         Segui até a boate de carro, estacionei em frente a mesma e desci. Adentrei ao prédio e em seguida no salão, no mesmo havia algumas garotas.  Quando bateram os olhos em mim  olharam com “ cara de poucos amigos”, desconfio que o motivo desses olhares são pelo o fato deu ser a nova proprietária, pois desde quando eu estava aqui na mesma condições que elas.

As mesmas já me odiavam, o motivo eu não sei, desconfio que seja por causa do Bieber,  afinal ele era o que podemos chamar de “ queridinho das ninfetinhas”.

         Ignorei os olhares e  rumei direto para meu quarto. Entrei no mesmo e tranquei a porta, joguei  as chaves do carro e o celular em cima da cama e rumei para o banheiro. Aproveitei para tomar um banho de banheira bem relaxante, pois a noite de hoje promete fortes emoções.

“ – essa noite mexeu com você, não foi?

           claro que não… foi uma noite como outra qualquer.”

          Tenho que confessar que mentir nunca foi meu forte, e mais ainda para mim mesmo. Quem eu estou querendo enganar? Eu estou aqui  cheia de receios  para ir a um jantar, eu sinceramente não estou reconhecendo você, Lilyan Green!

          Imergi-me na agua e logo depois sai da banheira, enrolei-me em  uma  toalha e caminhei até o quarto. Peguei na mala uma  saia longa com fenda lateral da cor preta, uma blusa bege de botões e uma camiseta preta. 

 Acabei de me secar, vesti a saia, a camiseta e a blusa – a mesma era um tanto transparente, por isso a necessidade de uma camiseta por baixo.  Dobrei as mangas da blusa deixando no cotovelo, não abotoei todos os botões, para modo que ficasse aparecendo a blusa que estava por baixo. 

Analisei minha imagem no espelho e estava começando a ficar bom, a saia estava ajustadinha ao corpo, não ficando nem apertada de mais e nem larga demais, a blusa por dentro da saia e um pouco larga, completava o jogo.

          Fui para o banheiro e seguei meus cabelos os deixando em um liso perfeito, por um milagre divino não ficou nenhuma onda.  Fiz uma maquiagem  valorizando os olhos os deixando marcantes.

Voltei para o quarto e peguei uma sandália de salto alto sem muitos detalhes, coloquei meu colar na qual carregava o pingente dos bebês e dos meus pais. Coloquei o relógio, o mesmo eu havia me dado de presente, ele era uma mistura de ouro branco e amarelo com detalhes internos em brilhantes e um anel do mesmo estilo, já ele eu havia comprado em uma das minhas viagens para a França.

         Olhei no espelho e amei o que vi, o look estava uma mistura de elegância, sofisticação e descrição. Fui até uma gaveta, a destranquei e peguei minha pistola  380 Taurus a carreguei, amarrei a cinta liga na coxa esquerda- oposta a fenda- e coloquei a pistola.

O relógio e já marcava oito horas  e quinze minutos,  peguei minha bolsa de mão na qual o detalhe aonde a segurava era parecido com um soco inglês e sai do  quarto o trancando. Pequei a saída alternativa para não precisar passar pelo salão,  sai na parte da piscina aonde rumei até o carro, olhei no relógio do mesmo e já era oito horas e trinta minutos, já estava meia hora atrasada.

          Sai cantando pneu, pela mensagem que recebi de Victoria assim que cheguei a Atlanta o jantar seria na casa do Ryan.

                            ***

Já conhecia o caminho,  mesmo depois de tanto tempo consegui chegar em tempo recorde. Dei meu nome para os seguranças e eles liberaram minha entrada, de cara já dava para perceber a mudança, a casa estava muito maior do que  eu me lembrava, e diga-se de passagem, mais luxuosa também.

Estacionei onde os outros carros estavam, caminhei até a porta, uma das empregadas a abriu, a sala já estava lotada de pessoas,  numa olhada rápida reconheci os garotos, a Candice, Tio Jacob e Tia Julie.

         ―Aceita uma taça de champanhe? – um dos garçons ofereceu.

Assenti e peguei uma da bandeja.

         Comecei a adentrar mais a sala. O ambiente estava com uma musica agitada, porém a mesma  não estava em um volume  muito alto.

         ―LY! – Candice gritou vindo em minha direção e me abraçou quando chegou perto, retribui. – Que  saudade.

         ―Eu também estava  com saudades.

         Eu realmente estava com saudade dela e da Vick, meus dias não eram os mesmos  sem as loucuras delas.

         ―Como você esta diferente. – ela se afastou e me analisou por inteiro. – Você está  ainda mais linda. Se não fosse por esses seus olhos verdes eu não te reconheceria. – riu.

         ―Você também está muito gata. – a analisei por inteiro também. – você esta incrível.

         Candice estava muito diferente, estava com um corpo muito mais definido, mas ainda continuava com o rostinho de meigo de uma garotinha.

         ―Vem, vem, os outros estão bem ali. – ela saiu me puxando. – Gente olha que está aqui. – ela disse quando chegamos perto dos outros.

         ―Wow! – Chris disse me analisando de cima a baixo. – você está muito gata. – ele me abraçou e me deu um beijo no pescoço.

Chris, ousado desde sempre.

         ―Você também está um gato. – o elogiei, o mesmo sorriu convencido. – vocês todos estão diferentes.

        Cumprimentei cada um com um abraço, na roda onde estavam Victoria, Ryan, Chaz, Chris e Candice.

         ―Eu nem acreditei quando a Vick disse que você viria para o nosso casamento. – Ryan disse. – você ficou sem dar noticias por um bom tempo, cheguei até pensar que algo ruim houvesse acontecido a você.

         ―Hey, vira essa boca para lá. – Vick e eu dissemos.

         ―O importante é que ela veio. – Vick me abraçou. – onde está o Bieber? – ela correu o olho pela sala.

         ―Deve está garantindo a primeira presa da noite. – Chaz debochou.

 Eles riram, eu os acompanhei, mas confesso que não achei graça.

         ―Eu vou seguir o exemplo e vou procurar a minha. – Chris disse esfregando as mãos. Ele se retirou.

            ―É impressão minha ou aqueles são seus pais? - olhei na direção de tia Julie e tio Jacob.

         ―Eles "aceitaram" nosso relacionamento. – Vick  apontou  para o Ryan e ela. - Papai fez com que o Ryan pedisse minha mão em casamento.

         ―Tive que ameaçar o velho com uma 32 para ele me dar a mão dessa baixinha aqui. - Ryan disse e todos riram.

    ―Para de mentira, Ryan. Você ficou com um medo do caramba, tremeu na base. Tive que  dar  agua com açúcar para você se acalmar. - Vick contou rindo fazendo todos rirem menos o Ryan.

          ―Para de mentira, Victoria. - Ryan protestou.

         ―Se-se-senhor Mi-Miller vo-vo-voce me dar a-a-a mão da-da vi-vic-to-ria em ca-casamento. - ela disse imitando como Ryan havia dito.

    Caímos na risada, tenho que conversar que foi engraçado ela imitando a voz do Ryan e seu jeito.

     ―Ha-ha-ha você é muito engraçadinha. - ele foi irônico.

     ―Vamos Ryan, papai e mamãe querem falar com você. - ela pegou seu braço. -não treme na base tá?- ele riu irônico.

    ―Eu vou deixar vocês duas  conversando a sós, vou conversar com o Justin. - Chaz disse.

         ―Eu estou de olho em você, Chaz. – Candice gesticulou um sinal com os dedos e apontando para o Chaz " eu estou de olho em você"

      Ele caminhou ate o Justin, o mesmo estava rodeado de mulheres  o paparicando. Piranhas.

       Candice e eu ficamos tomando algumas taças de champanhe e comendo aperitivos  em um canto da sala enquanto  jogávamos conversa fora. Uma garota que aparentava ter uns 19 anos se  aproximou da nós.

    ―Vocês são madrinhas também? - ela nos perguntou.

    A voz dela ela uma mistura de nasal com puta, era irritante.

    ―somos sim. - Candice respondeu.

    ―Eu também sou. - disse.

  -―Não te perguntamos nada, querida. - resmunguei  baixo

     Ela se colocou entre nós e pegou uma taça de champanhe na bandeja. Garota espaçosa.

     ―cá entre nós, os padrinhos são umas perdições, eles são o mais puro sentido da frase " tanto faz" .

Candice e eu a encaramos seria. Além de espaçosa é atrevida.

― Desculpe amiga, eu sei que  um deles é seu homem.

      Mais um adjetivo para ela,  folgada. Candice sorriu fraco.

      ―mas fique tranquila, pois o que mais me interessa ali é o seu irmão. - falou para Candice. 

 Agora foi a minha vez de encara-la, mas que garota oferecida.

     ―Se eu fosse você não tentava. - falei.

     ―Por quê? Ele tem namorada? Não me importo, não sou egoísta, sei dividir. - ela riu pelo nariz. Candice e eu a encaramos. - vocês sabem né? Proibido é melhor.

Ela deu um gole  no champanhe encarando o Bieber, o mesmo  por coincidência nos olhou na hora, para delírio da garota.

    ―se eu fosse você não tentava, um  conselho. - falei. -  vou contar para você, somente para você, não espalha esta? - fiz suspense.

     ―fala logo amiga. -  ela disse curiosa. 

Inclinei-me para bem perto de seu ouvido e falei.

         ―ele é gay.

         ―mentira. - ela  falou surpresa. Assenti. - eu não acredito, isso é um desperdício de homem.

         ―realmente.

         ―mas não tem  importância, eu  faço-o voltar a  gostar  da fruta que eu tenho.

         ― vish, eu já tentei, não perca seu tempo. Foi decepcionante, fui tentar algo a mais com ele  e o mesmo quase se benzeu.

         ―mentira. - ela falou surpresa.

         ―é serio. - falei.

         Candice estava se segurando para não rir, e eu confesso que eu também,  e o pior é que a garota estava acreditando em tudo.

         ―foi assustador, ele queria vestir minha lingerie. - nessa hora Candice soltou um riso abafado. ― você esta vendo aquele dali.- apontei para Chaz discretamente.  - eles se pegam.

         ―mentira .- ela soltou um grito e todos no olharam.

         ―shiiiuuu- tapamos a boca dela.

         ―mas ele não é seu homem? -perguntou para Candice.

         ―é tudo fachada. - Candice entrou na brincadeira. - nosso relacionamento é de  fachada. Faço isso pelo meu irmão. -Candice falava na maior  cara de pau.

     Falamos tanto na cabeça da garota que ela foi embora  o rabo inflamado entre as pernas.

         ―se o Justin descobrir ele nos mata. – Candice disse rindo. Dei de ombro e  bebi um gole de  champanhe.

                   ***

  Fomos para o jardim perto da piscina, lá havia outro ambiente com musica mais animada e alta. Havia uma tenda armada e dentro da mesma  havia pessoas dançando, correndo o os olhos pelo local rapidamente pude avistar  o Justin.

 Vi-me hipnotizada. Ele estava vestido com uma calça jeans, blusa lisa e blazer. Estava casual e sexy. Meu Deus que homem, eu sabia que seria difícil manter a calma essa noite.

 Vinham flash da noite passada em minha cabeça, e os mesmos me faziam arrepiar. Involuntariamente umedeci os lábios e os mordi levemente. Ele me lançou um olhar rápido e sorriu de lado, aquele sorriso carregado se segundas intenções.

        ― Ele é perfeito, não é? – uma voz feminina falou perto de mim.

         Olhei para ver quem era e me deparei com uma garota loira de olhos claros e corpo delicado porem definido.

         ― ele é um homem para mulher nenhuma colocar defeito. –  falou  o encarando. –  na cama então, leva qualquer mulher a loucura. – sorriu.

         A encarei tentando disfarçar um olhar fulminante.

         ―Em pensar que uma mulher teve esse homem todo  somente para ela, e o largou. – ela falou. – se eu tivesse a oportunidade de tê-lo só para mim, eu não o deixaria por nada, esse homem é uma perfeição. – ela me olhou.

– Lilyan Green, esse era o nome dela. Tenho que agradece-la por devolver esse homem ao mundo. – riu de lado. – mas tenho que admitir, ela foi muito I-DI-O-TA.

         Respirei mundo naquele momento e contei até três, mas não fui o suficiente para aliviar toda a raiva que me deu quando eu ouvi aquelas palavras da boca da mesma.

―Prazer, meu nome é Lilyan Green. –  me virei para ela e falei com raiva. Ela me olhou assustada.

          Antes que eu me estressasse mais a ponto de dar algumas bofetadas eu me retirei da tenda. Que piranha insolente, como ela teve a audácia de falar aquelas  coisas bem na minha cara? E ainda mais dar em cima do meu hom… parei no meio da frase, não estava em condições de completa-la.

         Fui até um banheiro que havia perto da piscina, não me importei em trancar a porta, pois não demoraria no mesmo. Abri a torneira na agua fria, parei a mão debaixo da mesma as  umedecendo  e passando pelo pescoço para aliviar um pouco da tensão.

         Encarei meu reflexo no espelho,  passei agua nos braços, os seguei e caminhei em direção a porta.  Fui andando pelo corredor externo da casa quando senti alguém me puxar pela cintura para um lugar mais escuro pelo fato das arvores projetarem sombras no mesmo.

          ―mentir é muito feio, sabia? – a pessoa falou. Reconheci de imediato sua voz.

         ―eu não sei do que você está falando. – respondi. Eu realmente não sabia do que ele estava falando.

        ―vou refrescar sua memoria. Falar que eu sou gay não é uma coisa legal. – prendi o riso.

         ―eu ainda não sei do que você esta falando. – menti prendendo o riso.

         ―ah não? – ele riu pelo nariz. – se você quer mais uma amostra, é só pedir, eu não nego esse tipo de pedido.

          Ele me prensou contra a parede deixando nossos corpos bem colados,  passou as mãos pela minha coxa do lado da fenda da saia e apertou minha cintura, aquilo fez com que eu arfasse e um calor subisse.

         ―agora, eu terei que provar para  ela. – disse com voz roca bem perto do meu ouvido e me soltou.

         ―hã? – exclamei sem acreditar no que eu estava ouvindo.

         ―foi você quem escolheu que fosse assim. – ele deu de ombro e foi saindo.

         ―Droga! – bufei.

         Sai daquele maldito corredor e adentrei a casa, eu não ia ficar para ver essa cena do Bieber se atracando com aquela ninfetinha oferecida. Entrei na sala e comecei a procurar por Vick e Ryan, tinha que me despedir deles antes de sair, não seria educado da minha parte não fazer isso.

         ―Vick, Ryan, estava tudo muito bom, mas eu tenho que ir. – disse para os dois quando os encontrei.

          ―Não vai, Ly… - Vick disse manhosa.

         ―É. – Ryan confirmou. – fica, os convidados já estão indo embora, só vai ficar nós, vamos aproveitar para conversar um pouco, afinal faz muito tempo que não fazemos isso.

         Eles insistirão tanto que acabei cedendo. Fiquei andando pelos ambientes, e nenhum sinal do Bieber, provavelmente está se atracando com aquele projeto de puta.

                                      ***

                  A hora foi passando e a casa se esvaziando até resta somente, Eu, Adam, Vick e Ryan, Candice e Chaz, Chris e o Justin. Todos se reuniram na sala de Tevê, ficamos tomando as bebidas das garrafas que ficaram fechadas e comendo aperitivos,   e  também conversando sobre o casamento até que entra no assunto dos três anos passados.

          ―Temos que admitir que nesses três anos muita coisa mudou. – Ryan disse.

         ―Isso é verdade, em pensar que há três anos o The Bizzle tinha território somente em algumas partes  dos Estados Unidos e agora somos a terceira maior máfia do mundo. – Chris completou.

         ―ficando atrás somente os Dragon e do Perro. – Chaz disse.

         ―Por enquanto. – Justin se manifestou. – é uma questão de tempo para que nós ultrapassemos o Perro.

         ―É isso aí. – Adam disse. – O único que será difícil ultrapassar será os Dragon.

         ―O que vem a serem os Dragon? – perguntei.

         ―Dragon, é a maior máfia do mundo, eles são japoneses, o principal ramo deles é a pirataria, quase oitenta por cento da pirataria do mundo provem deles. – Adam explicou. Assenti.

         ―eles são os reis do mundo. – Chris disse.

         ―vamos mudar de assunto. – Vick disse. – o que eu estou curiosa em saber é por onde você andou todos esses anos.

         ―essa é uma coisa que eu também quero saber. – Chaz  falou.

         ―aquela enfermeira deve sentir as dores daquela injeção cavalar até hoje. – Chris debochou. Rimos.  

         Confesso que fiquei tranquila em saber que a enfermeira ainda está viva.

         ―Agora é serio, nos conte. – Candice disse. Todos voltaram a atenção para mim.

         ―em Miami. – falei. – eu moro lá com dois amigos , nós trabalhamos juntos também.

         ―você mora com o Kevin e mais quem? – Vick me perguntou.

         ―você conhece o Kevin? – perguntei surpresa, ela assentiu.

       ― Como você acha que eu te encontrei? – ela sorriu de lado.

         ―então foi ele? – falei surpresa. – da onde você o conhece?

         ―ele estudava tecnologia na mesma faculdade que eu, foi de lá que eu o conheci. – deu de ombro. – e eu só te encontrei por que a algumas semanas atrás vi uma foto sua em uma rede social dele, ai eu entrei em contato e te achei. – sorriu

         ― você é impressionante. – falei.

Ela riu e balbuciou  um “ obrigada”

         ―ele continua o mesmo de sempre? –  perguntou.

         ―posso arriscar em dizer que está muito melhor. – rimos.

         ―alguém pode me explicar quem é Kevin? – Ryan falou irritado olhando para Victoria.

         ―Passado amorzinho, passado. – respondeu o acalmando. – e quem é a outra pessoa?

         ―A Donna.

         ―agora você pode falar no que está trabalhando? – Candice.

         Não disse nada somente virei de costas, afastei os cabelos do pescoço deixando uma tatuagem de um par de assas que eu tinha na nuca a mostra.

         ―Eu não acredito nisso! -  Chris exclamou. – você faz parte dos Wings? – me virei e assenti.

         ―O que são Wings? – Perguntou Candice.

         ―Wings, é um grupo  de o que podemos chamar de matadores profissionais, eles são impecáveis, não deixam um rastro se quer, eles já mataram muitos inimigos nossos, isso eu agradeço. – Chris explicou. – ninguém sabe ao certo quantas pessoas compões esse grupo, e nem quais são seus nomes. – continuou.

         ―agora sabemos. – Vick riu.

         ―eu não sabia que éramos tão conhecidos assim. – ri.

         Eu realmente não sabia que nossa fama corria pelo EUA, eu pensava que nossa fama pairava somente sobre Miami.

         ―você está brincando? – Chaz disse. – Vocês são autores de mortes inéditas. – ri.

         ―mas nos conte,  quantos são os integrantes? –Candice perguntou.

         ―somente três, Kevin, Donna e eu.

         ―TRÊS? – Chaz perguntou espantado.

         ―Sim, somente Três. – respondi.

         ―tá agora é oficial, vocês são foda. – Chris riu.  – consegui fazer mortes como aquelas só com três pessoas? Isso é incrível.

         ―Já que você está no ramo da criminalidade, você poderia nos ajudar  no roubo dos Diamantes. – Chaz falou.

         ―O QUE? – Justin enfim se manifestou. – isso está fora de cogitação, isso é só entre os Bizzle, e os lideres ainda.

         ―mas ela é uma Bizzle. –Chaz retrucou.  – Não é? – olhou para mim.

         ―uma vez Bizzle, sempre Bizzle. – respondi, Adam olhou para mim e sorriu.

         Bizzle nunca foi somente  uma máfia, Bizzle é e sempre será um estado de espirito, o nosso lado perigoso, lado esse que está mais presente em mim. Bizzle vem de dentro, há laços diviseis de serem cortados, é uma família.

         ―está vendo? – Chaz disse para Justin.

         ―essa é uma boa ideia, Justin. Afinal, Ryan e Vick ficarão fora da execução. – Chris disse.

         ―eu não vou abrir mão da minha lua de mel para roubar diamantes. – Vick se manifestou. – Já basta eu ter perdido minha formatura para desviar carga de armamentos.

         ―espera um pouco? Você é uma Bizzle também? – perguntei surpresa.

         ―é claro meu amor. – Ela levantou um pouco o braço deixando amostra sua pulseira. – eu vou casar com um Bizzle, tenho que acompanha-lo para todos os lugares. – riu. – nos dias de luta e nos dias de gloria. – eles se beijaram.

         ―então está combinado, a Ly entrará no esquema. – Chris concluiu. – amanhã nós explicaremos tudo para você. – assenti.

         ―e quando será o roubo? – perguntei.

         ―será na noite seguinte ao casamento do Ryan e da Vick, será uma festa que o governador dará para inaugurar seu transatlântico de luxo, e vai aproveitar para exibir seus novos diamantes. – Adam contou. Confirmei com a cabeça.

                   ***

Conversamos mais um pouco sobre coisas fúteis, ficou evidente que o Justin não quer que eu participe do roubo, mas só para contraria-lo eu irei participar. 

 As horas se passaram  e decidimos ir embora, nos despedimos de Ryan e Vick e rumamos para nossos respectivos carros. Candice e Chaz seguiram em um carro, Adam em outro, restou somente Justin e eu, tivemos que ficar esperando os outros saírem, pois seus carros estavam bloqueando a passagem dos nossos. Ele passou perto de mim e parou ao meu lado.

         ―Fique sabendo que eu te reconheci. – ele falou perto do meu ouvido.

         ―eu não sei do que você está falando. – respondi.

         ―vou refrescar sua memoria com três palavras. Ontem, Miami,  boate.

          Meu corpo gelou quando ele falou, ele conseguiu me reconhecer. Ele riu, acho que percebeu meu espanto.

         ―não pense que eu me esqueci do soco que você me deu. – ele falou apontando para a boca na qual tinha um pequeno corte.

Prendi o riso.

 – de Graças aos céus que meu amigo aqui. – ele apontou para o seu membro. – não sofreu, por que eu ainda preciso muito dele, principalmente para hoje.

         O sorriso saiu dos meus lábios dando lugar para uma expressão  que eu não conseguia definir, mas uma coisa pode ter certeza, não era boa.

         ― fique  tranquilo, suas putas irão cuidar muito bem dele. – cuspi as palavras e sai batendo o pé na direção do meu carro.



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