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História Suicide Soul - Post To Be


Escrita por: HeJuice

Capítulo 23 - Post To Be


 Sai pelas ruas com um destino incerto, ou certo, sei lá. Minha vida não faz mais sentindo, aliás, eu nem sei se tenho vida. Depois que eu  sai daquela casa que eu saquei, eu não posso voltar para a antiga casa dos meus pais, lá seria o primeiro lugar que eles me procurariam.  Então, a melhor solução é andar por aí até o dia amanhecer, e quando tudo clarear, talvez eu já tenha um plano para seguir em frente.

 

                POV. Justin

 

                Droga, Droga, Droga! Por que isso foi acontecer justo agora?

                 — o que aconteceu com a menina? — Lupy apareceu na sala desesperada.

                 — O pior aconteceu, Lupy. — passei as mãos pelo cabelo. — ela recuperou a memória e surtou.

                Ela tapou a boca surpresa, a mesma já estava ciente que isso aconteceria e o que causaria.

                Corri para fora e comecei chamar pelos seguranças.

                — como vocês puderam deixa-la sair? Vocês são tudo um bando de incompetentes.

                — ela foi mais rápida do....

                — não quero desculpas, quero vocês atrás dela.

                — fique tranquilo, já estamos a procura dela.

                 — menos mal. — respirei um pouco mais aliviado. — mas eu não quero que baixem a guarda. A   propriedade tem que ficar segura.

                 — sim, senhor. — confirmaram.

     

                Voltei correndo para dentro, peguei meu celular e disquei o numero da Candice, com toda certeza isso se obra dela.

                — satisfeita? — falei assim que ela atendeu.

                 — o que? — perguntou se fazendo de desentendida.

                 — eu sei muito bem que foi você que contou tudo para ela.

                 ―fique sabendo que foi ela que veio atrás de mim para saber toda verdade. Verdade essa que você deveria ter contado. ― Ela praticamente gerou  do outro lado da linha.

                ― não importa quem contou o que ela surtou e foi embora sem rumo.

                ― o que? Por que você na a impediu?

                ― com coisa que isso é possível quando se trata da Lilyan. ― falei nervoso.

                ― já ligou para os outros?

                ― não.

                ― vou ligar. E você vai para as ruas procura-la, ela não deve ter ido muito longe.

                ― é isso que eu já estou fazendo. ― falei pegando as chaves do carro e rumando para a garagem. ― e eu já sei aonde procura-la. ― desliguei o celular e entrei no carro.

                Dei partida e sai cantando pneu. Eu já tinha ideia de onde procura-la, ela com certeza foi pro mesmo lugar da ultima vez, a casa dos pais dela.

                Sai pelas ruas com o caminho certo, e dentro de poucos minutos já estava em frente a casa dela. Estacionei o carro rente a calçada e desci. Abri o portão e caminhei até a porta principal, tentei abri-la e estava trancada. Apalpei os bolsos para ver se a chave da casa estava em meu bolso, pois eu havia feito uma copia desde quando ele ficou em coma. Droga, não estava.

                Eu não ia perder meu tempo voltando para busca-la, e nem me deteria por causa de uma porta, então o jeito era arrombar. Comecei a forçar meu corpo contra a porta criando um atrito forte, mas nada estava adiantando, parecia que aquela porta era de aço. Afastei e comecei a empurrar com o pé, com toda a certeza quem passasse na rua pensaria que eu estou tentando roubar a casa, mas isso pouco importa.

                Os cachorros dos vizinhos já estavam dando alerta. Malditos. Juntei toda a força e meti o pé fortemente contra a porta e a mesma se abriu. Entrei na casa e a mesma estava toda apagada.

                ― Lilyan. ― comecei a chama-la enquanto vasculhava o primeiro andar.

                 Olhei a cozinha, sala, armário debaixo da escada, sala de TV e nada. Desci para o porão e não havia nada, na garagem também não. Subi para o terceiro andar e vasculhei os quartos e banheiro, também não havia nada. Subi até o sótão e comecei a revistar tudo, e também nada. Droga, ela não esta aqui.  Desci correndo e fui até a  parte de trás da casa, olhei no banheiro perto da piscina, o lugar aonde ficava guardado as coisas de limpar piscina e nada.

                ― LILYAN! ― gritei em uma tentativa desesperada de ela me responder.  Mas  foi totalmente em vão,  não obtive resposta.

                Bufei. Tirei o celular do bolso e disquei o numero da Candice, vamos ver se ela tem boas noticias.

                ― Alô?

                ― já está nas ruas?

                ― sim. E também já avisei os garotos, todos já estão a procura dela.

                ― alguma noticia.

                ― infelizmente não. ― Bufei. ― e você?

                ― ela não esta na casa dos pais. ― passei a mão pelo rosto. ― eu não sei mais aonde procurar.

                ― liga por Gabriel e deixa ele sobre aviso. Se ela aparecer por lá ele nos avisa.

                ― ok.

                ― vou te mandar o numero dele por mensagem.

                ― ok! Vou ir pra boate, temos que procurar em todos os lugares. 

 

                Pov. Lilyan

 

                O dia já estava amanhecendo  e eu ainda estava vagando pelas ruas. Meus pés pareciam está em carne viva, e posso arriscar que  contornei Atlanta mais de duas vezes só essa noite.  Posso afirmar sem duvida de errar. Essa foi a pior noite da minha vida. Não dormi um minuto se quer, mas fui bombardeada por pesadelos. Era uma lembrança atrás da outra, vi coisas que me deixaram surpresas, minha realidade mudou muito de uns anos para cá.

                 Cheguei a rua aonde se localizava a casa dos meus pais, e tenho que dizer, ela está bem diferente do que eu lembrava. Fui caminhado pela mesma me localizando pelo numero da casa, pois pela aparência das mesmas ficaria difícil, tudo esta muito diferente. Parei em frente a casa de numero 71, a casa aonde eu passei minha infância, meu lar.  A mesma estava muito diferente, não lembrava nada a antiga casa. Também ficaria difícil, já que ela foi incendiada por Victor. Sim, eu me lembrei desse triste episodio da minha vida.

                 Passei pelo portão e me arrastei até a porta, na varandinha que  havia na parte da frente estava cheia de correspondências, e a porta, bem, a porta estava arrombada. Isso é sinal de que alguém já estava aqui. Menos mal, pelo menos eles não voltaram. Entrei na casa e WOW. Não só por fora, mas também por dentro a casa estava bem diferente, sem contar com a bagunça, parecia que um furacão havia passado por ali. Mas eu não estava interessada em ver bagunça ou mudanças, meus olhos estavam ardendo. Me arrastei até o sofá e lá me joguei, não demorou muito e eu apaguei.

                               ***

                Acordei  e ao meu redor estava tudo escuro. Levantei com dificuldade e sentei no sofá. Minha cabeça ainda doía muito, resolvi levantar e procurar um lugar para tomar um banho. Subi com dificuldade as escadas que dava acesso ao segundo andar, graças aos céus essa nova casa tem sensores que fazem acender as luzes, se não eu já tinha ido pro chão no primeiro degrau. 

                Caminhei até o meu quarto, quando abri a porta do mesmo me surpreendi, o quarto não era mais o mesmo, e nem meu pra falar a verdade. A decoração era totalmente diferente, comecei a vasculhar o quarto inteiro, até que cheguei a um painel com varias fotografias, as mesmas eram de dois bebês. Jacke e Jasmine.

                Na maioria das fotos eu estava junto deles,  em outras eles sozinhos e algumas me surpreenderam, havia a evolução da minha gravidez. Essas fotos  me fizeram chorar, e essa não era uma boa hora para isso. Sai do quarto rapidamente e caminhei até o quarto dos meus pais, e me surpreendi, o quarto também não estava o mesmo, e na decoração tinha eu.  Fui até o banheiro e me despi , entrei no box, liguei o chuveiro e tomei um banho bem demorado.

                Fui até o close e peguei algumas roupas para vesti. Logo depois desci para o primeiro andar e rumei até a cozinha, minha barriga já estava gritando por alimento. Comecei a olhar no armário para ver se havia algo, e me surpreendi, pois tinha varias coisas. Olhei para ver se estava na validade e estava. Peguei uma caixa de cereal e fui ver se tinha leite na geladeira, tinha, mas eu não tive a mesma sorte, pois o mesmo já havia passado da validade.

                ― o jeito é me contentar com o cereal. ― torci os lábios.

                Peguei uma tigela no armário e coloquei o cereal dentro da mesma. Fui até o balcão, sentei e comecei a comer.

                  “  ― o que você vai fazer?  ― perguntou.

    ―panquecas.

    Liguei o liquidificador e comecei a misturar tudo, ate que a massa ficou pronta.

      ― e você sabe fazer isso?

       O encarei seria.

       ― é claro que eu sei. ― coloquei um pouco de massa na frigideira.

      ―não sei, vai que acontece igual da ultima vez. ―deu de ombro.

     ―se você não me atrapalhar, tudo vai sair direitinho. ―pisquei.

     Voltei minha atenção para a frigideira. Tirei as panquecas que já estavam prontas e coloquei mais massa.

      ― agora quer dizer que a culpa é minha? ― ele veio ate mim e me abraçou por trás.

     ― não começa. ―o repreendi.

      ―mas eu estou quieto. ―apoiou a cabeça em meu ombro.

      ― então continue assim. - o olhei rapidamente.

      Eu estava focada na frigideira.  As panquecas ficaram pronta, e eu coloquei mais para fazer, e acabou a massa.

      ―eu acho que esta faltando um pouco de....

      ―não, não e não. ―o cortei. ― você nem se atreva a fazer isso. ―me virei para ele.

       ―afs, garota  implicante. ― torceu os lábios.

       ―e você quer estragar minhas panquecas. ―cruzei os braços.

       ― isso não é verdade. ― me prendeu entre seus braços.

        ― ah, não? ―negou e começou a se aproximar.

        ―não. ― me beijou lentamente. ― mas eu ainda acho que precisa de um pouco de farinha nisso tudo. ― falou em meus lábios.

       ― ha?

       Ele não me deu chance de fugir, eu sabia que ele  faria isso, derramar toda a farinha em cima de mim. “

                Passei as mãos pelo rosto para ver se aquela lembrança me deixava em paz.

                ― Justin, por que você fez isso? Tudo seria mais fácil se você me contasse a verdade desde o começo. ― falei cabisbaixa.

                tomei coragem para acabar de comer a tigela de cereal. Quando acabei coloquei a vasilha na pia e fui para a sala, analisei tudo a minha volta  e estava tudo uma bagunça.

“            — tem razão, eu não sei o porquê eu me preocupo com você, eu não sei por que eu fui te socorrer. Quando eu te vi caída no chão desacordada eu deveria ter injetado mais droga na sua veia para que você morresse e assim todos os meus problemas estariam acabados. – cuspiu as palavras.

— seria uma ótima ideia, só assim eu não precisaria conviver no mesmo mundo que você. – segurei as lágrimas que queriam escapar. – vai, vai embora! Some da minha vida, esquece que eu existo, me deixa viver minha vida em paz, me esquece. – gritei.

— Você é apenas uma inconsequência de um ato incalculável da minha parte. Eu não sei o porquê insisto com você. -  me olhou com pouco de desdém. –  Eu só não te peço a pulseira de volta e te expulso do The Bizzle, porque essa decisão não cabe somente a mim, mesmo eu sendo o líder, não posso fazer isso. – continuou. – E se você quiser comprar a outra parte da boate, fique a vontade, pois eu não quero nada que me lembre de você na minha vida. Eu vou embora, vou e não volto mais, acabou! “

  Será que agora acabou? Será que é assim que vai ser? Respirei fundo e joguei a cabeça para trás.

  Reuni forças e levantei daquele sofá, caminhei até a porta, ou o que restou dela, e a desencostei. Olhei aquela pilha de correspondências e tomei coragem de pega-las e levar para dentro. Mas a caixa que havia entre elas fui empurrando com o pé até chegar no tapete, quando cheguei ao mesmo me joguei.  Comecei a olhar os envelopes primeiramente.

  ― Conta, conta, conta, conta. ― falei enquanto olhava os emblemas nos envelopes. Bufei

Já que nenhuma das cartas tinha coisas que me interessava, resolvi ver o conteúdo da caixa. A mesma era cubica e enteava enrolada com um papel pardo. Olhei o remetente e era europeu, Espanha. Comecei a abrir, eu não conheço ninguém que mora na Europa.

Quando abri a caixa achei o conteúdo estranho, eram um monte de DVD. Fui tirando de dentro da caixa.

― primeiras palavras, aula de ballet, primeiros acordes, primeiros passos, natal, primeiro ano de vida. ― fui lendo o que estava escrito em cada DVD.

Aquilo estava parecendo uma espécie de vídeos caseiros. Levante do sofá e fui até a televisão. Liguei o DVD e a televisão, peguei o DVD que estava escrito “ primeiro ano de vida.”  E coloquei no aparelho e dei play.

 No vídeo aparecia um casal de crianças de pé em uma cadeira, apoiavam as mãozinhas na mesa e na mesma tinha um bolo de vários andares. As crianças sorriam e batiam palmas

― Jacke, Jasmine, olha pra cá. ― uma mulher os chamava. Eles olharam sorridentes.

― vem aqui com o papai.

Um homem de cabelos escuros, mais ou menos grande, os mesmos estavam presos em um rabo de cavalo. Ele tinha um cavanhaque estilo Jhonny Depp. Eles os pegou no colo. Os dois sorriam.

― o meu Deus. ― falei em um sussurro já sentindo minhas lagrimas escorrerem.

As minhas pernas ficaram tremulas e minha voz embargada pelas lagrimas. Uma coisa dentro de mim dizia que aqueles eram meus filhos. Aqueles eram os verdadeiros Jacke e Jasmine.

“ Lily, prende meu cabelo. - Sophia pediu.

        Sim, ela já estava me chamando de Lily, não é ótimo?  Sentei-me no sofá e fiz um coque frouxo em seu cabelo, amarrando-o com ele próprio.  Quando reparo bem em seu pescoço, a marca, a marca de nascença que Jasmine tem, e que Sophia também tinha ate horas atrás. Mas agora, sumiu, sumiu marca. Não consegui acreditar de primeiro, então corri e acendi a luz para melhor ver, e sim, ela não estava lá, não havia mais marca alguma.

         Mark estava deitado, peguei sua perna e a olhei, e também não havia marca, aonde Jacke tinha Mark não tinha. Eu mão posso acreditar que isso esta acontecendo comigo,  eles não são  meus filhos, eles não são o Jacke e a Jasmine.   

         o que aconteceu? -Jacke perguntou.

Com certeza ele não deveria esta entendendo o motivo da minha frustração e espanto.

            Não reponde nada, apenas abaixei e peguei meu celular e fingi falar com alguém, eu tinha que dar uma desculpa, e isso me daria tempo para pensar em alguma.

            sua mãe, sua mãe acabou de me ligar pedindo para que leva-los de volta para casa. - falei ainda sem uma reação definida. “

 

    Essa lembrança repentina me pegou desprevenida e me deixou sem saber em o que acreditar. Eu já havia sofrido muitas decepções com isso, mas alguma coisa me dizia que eles eram meus filhos, aquele sentimento de mãe estava tomando conta de mim.

            Peguei o resto dos DVDs e fui trocando um por um e assistindo cada vídeo. Em todos eles as suspeitas estavam sendo confirmadas. Eram eles, eram eles e eu estava sentindo dentro de mim, em minhas entranhas.

            Tudo batia, nome, apetência, atrasos, até as marcas de nascença batiam. Sem sombra de duvida eram eles. Peguei a caixa e procurei por mais algumas coisas, mas só tinha papel e mais papel, papéis daqueles que se coloca somente para encher a caixa. Porém bem lá no fundo eu achei mais um DVD e nele não estava escrito nada.

            Coloquei o DVD no aparelho e dei play. No vídeo aparecia somente um homem, o mesmo homem dos aniversários e de praticamente todos os outros vídeos.

             "  ―Lilyan Green, esse recado vai para você. espero que tenha gostado dos momentos dos nossos queridos e amados filhos. eu fiz questão de grava-los pra você.

            O homem dos vídeos falou se ajeitando em uma cadeira.

            ―Eles sentem sua falta, sabia? E perguntam praticamente todas as noites por você. ― deu um sorriso fraco no final.

            ― Jacke, Jasmine, vem aqui. a mamãe de vocês está do outro lado daquela câmera.  ― ele os chamou e depois de um tempo os mesmos apareceram no vídeo. ―  pede para ela voltar, pede.

            ―mamãe, volta pra gente, estamos sentindo sua falta.  - falaram cabisbaixo. "

 

            Meu mundo desabou, não restava mais sombra de duvida, eram eles. Peguei a caixa e  peguei o endereço do remetente.

            Fui atrás de um telefone e procurei na lista telefônica o número de alguma companhia aérea.

            — alô? É da companhia aérea

            — sim, senhora. No que posso ajudar?

             — eu queria uma passagem para o próximo voo com destino a Espanha.

              — a senhora poderia me informar a cidade?

            — sim, claro. — corri até a caixa e comecei a. procurar o nome da cidade. Estava meio apagada, mas mesmo assim deu para entender.

            — Madrid, o destino é  Madrid.

            — temos um voo para amanhã ao meio dia.

             — mas vocês não teria nenhum para hoje? Eu preciso está lá o mais rápido possível.

            — infelizmente só teremos amanhã ao meio dia. Mas se a senhora quiser reservas para  amanhã.

            — não, não. Muito obrigado. — agradeci e desliguei o celular.

            Fui onde estava a lista telefônica s comecei a procurar entre os papéis se achava algo de útil. No meio da papelada achei uma agenda telefônica e comecei a folheá-la.

            — Denis piloto. — falei quando encontrei. — e esse aqui.

            Peguei o telefone e disquei o número dele.

            — alô? Senhorita Lilyan?

            —Denis, eu preciso de um favor seu.

            — pode falar.

            — será que você pode arrumar um helicóptero pra mim?

            — a senhorita vai no do senhor Bieber ou do senhor Sother?

            — não, eu não vou  em nenhum desses. E também não quero que você conte para ninguém que eu estou te pedindo.

            — sim, senhora.

            — você poderia arrumar um helicóptero pra mim?

            — sim, sim. — respirei mais aliviada. — pra que horas a senhorita vai querer voar?

            — ao meio dia.

            — ok.

            — muito obrigado mesmo Denis. 

 

            Desliguei o telefone e olhei no relógio, o mesmo marcava dez horas da manhã. Subi correndo para meu quarto, tomei um banho, logo depois sai enrolada na toalha e corri para o closet. Peguei uma calça jeans, uma blusa rosa. Vesti a lingerie e a roupa. Peguei uma jaqueta de couro preta e coloquei um coturno.

            Fui até o banheiro e fiz uma maquiagem leve. Penteei meus cabelos  e os prendi em um rabo de cavalo alto e voltei pra o quarto. Analisei o meu reflexo no espelho e desci para o primeiro andar.

             Antes de cruzar a porta fui até onde estava a agenda e anotei em uma folha os números da Donna e do Justin, não sei o porque, mas foi os únicos que me veio a cabeça. Peguei o papel, dobrei e coloquei no bolso. Fui pra rua e chamei um táxi.

                                   ***

            Chegamos ao heliporto e Denis já estava a minha espera. Paguei o taxista e rumei até onde Denis estava.

            — Ué, mas eu pedi um helicóptero, eu não vou dinheiro pra pagar o aluguel de um jatinho, pelo menos não agora.

            Pois eu não sabia onde estavam os cartões de créditos e nem os dinheiros.

            — fique tranquila, eu não vou cobrar nada. — deu um sorriso fraco.

            —mas...

            — senhora, já é quase meio dia. — falou já indo na direção do jatinho. Não hesitei de  imitar seus passos.

            Entrei no jatinho e sentei em uma das poltronas. Não demorou muito  e decolamos.

            ***

 

            Quando aterrissamos em Madrid já estava escuro, devia ser por volta de nove horas da noite. Denis fez questão de me colocar dentro de um taxi, e eu fiz questão de implorar para ele não contar para ninguém.

            ― o senhor pode me levar a esse endereço aqui. ― entreguei o papel na qual continha o endereço.

            A comunicação entre eu e o taxista estava um pouco difícil, eu não falava muito bem espanhol e tentava enrolar o máximo que pude.

            ― si, si.

            ― gracias. ― falei com dificuldade.

            Ele deu partida e começou o trajeto. Peguei no bolso a folha na qual continha o numero do Justin e da Donna.

            ― senhor, você pode me emprestar seu celular. Um momentinho. ― implorei.

            ― si, si. ― me entregou.

            Respirei fundo e comecei a digitar o numero da Donna.

            ― alô?

            ― Lilyan? Onde você está? Estamos iguais loucos procurando por você. ― falou desesperada do outro lado da linha.

            ― fica tranquila. Eu só estou ligando par avisar que eu os encontrei.

            ― o que? Encontrou quem? Onde você esta?

            ― os meus filhos, eu os encontrei...

            ― Lilyan, isso pode ser uma armadilha igual das outras vezes...

            ― não, não é. Dessa vez eu tenho certeza, são eles.

            ― Ly, me diz onde você está, vou aí te buscar.

            Não respondi mais nada, apenas desliguei o celular e entreguei ao taxista.

            ― chegamos ao seu destino. ― avisou.

            ― quanto foi a corrida?

             ele falou o valor e eu o paguei, na verdade entreguei todo o dinheiro que eu tinha, o que não era muito. Por graças ele aceitou em dólar.

            Sai do carro e o mesmo se foi. Olhei para frente e me deparei com um enorme portão de grade, o mesmo guardava uma propriedade imensa. Não precisei chamar no interfone, pois alguém já estava caminhando para abri.

            ― Meu nome é Lilyan...

            ― já estávamos esperando pela senhorita. 

            Um cara branco e careca, com a aparecia jovem não deixou nem eu me identificar e já foi abrindo o portão. Ele parecia ser um dos seguranças, pois vestia um terno preto e tinha um comunicador em uma de seus ouvidos.

            Ele foi me conduzindo em silencio até a grande propriedade. Por dentro o lugar era ainda maior, parecia um castelo, com uma grande fortaleza. Eu nunca tinha visto algo tão imponente, nem as propriedades do Justin eram desse tamanho, era tudo muito luxuoso e seguro.

            ― por aqui. ― o segurança me apontou uma grande escadaria.

            Começamos a subir e adentramos a casa. Já de cara entravamos em um salão enorme, o piso era de madeira e com desenhos, dava medo até de pisar de tão brilhante que era. Havia também um grande lustre e uma escada que começava larga e de um certo ponto se dividia em duas.

             ― venha, o senhor Gonzalez te recebera na sala de reuniões.

             Ele foi me conduzindo até a tal sala de reuniões. Quando entramos na mesma meu queixo caiu, o lugar era imenso e luxuoso. Uma decoração rustica e luxuosa. Detalhe em madeira nas paredes e teto, lareira, tapete felpudo no chão. Era de cair o queixo.

            ― fique a vontade. ― me apontou um sofá. ― ele vira em um instante. ― assenti e sentei.

            Ele se retirou. Fiquei analisando tudo admirada e claro, tentando disfarçar o nervosismo. Eu não sabia se estava preparada para está cara a cara com ele.

            Não demorou muito e a porta se abriu. Pus-me de pé em sinal de educação.  Ele era ainda mais imponente pessoalmente. Estava trajado de um terno cinza bem ajustado ao corpo, seus cabelos longos presos em um rabo de cavalo. Seu andar era elegante.

            ― você não sabe a felicidade que eu estou em te ter aqui. ― falou se encostando em uma mesa que havia ali. ― pensei que esse dia nunca chegaria. ― desabotoou seu blazer.

            Sua voz era grosa, ele falava em inglês, mas seu sotaque espanhol estava muito presente.

            ― você já deve saber o motivo da minha vinda. ― falei.

            ― sim, é claro. ― deu um leve sorriso. ― Eles estão uma graça, tenho que admitir que eu tenho feito um ótimo trabalho. Bem melhor que o Bieber.

            ― Não duvido que Justin daria uma educação tão boa quanto a que você esta dando. ― rebati.

            ― creio que aquele ali não tem educação nem para si próprio. ― ajeitou a postura. ― mas isso não importa, agora nossa família estará completa. ― sorriu.

            ― nossa família? ― arqueei a sobrancelha.

            ― você se juntara a nós, querida. Você não acha que eu vou entrega-los de “ mão beijada” para você, não é?

            ― como assim?

            ― você só fica com eles se vir morar comigo. ― foi simples.

            ― o que te leva a pensar que eu vou aceitar uma coisa dessas?

            ― por esse motivo. ― nesse exato momento alguém bateu na porta. ― pode entrar. ― ordenou.

            A porta foi aberta e entrou uma mulher com roupas de empregada.

            ― eles querem ver o senhor antes de dormir. ― falou. ― eles podem?

            Ele olhou para mim e sorriu.

            ― é claro que pode. ― falou.

            A mulher assentiu e abriu mais a porta dando passagem para duas crianças entrarem. Era um casal, a menina tinha cabelos castanhos e bochechas rosadas, já o garotinho tinha cabelos loiros em um corte com franjinha jogada para o lado.  

            Meu coração bater tão forte que parecia que ia rasgar a blusa, minhas pernas bambearam e eu tive que me escorar em algum lugar para não cair. Uma vontade enorme de chorar me tomou, mas eu estava me controlando para não desabar.

            ― papai, viemos te desejar boa noite. ― A garotinha falou.

            Eles estavam trajados de roupas formais. Ela com um vestido meio rodado em tons de azul. Ele com uma calça e suéter em tons de verde.

            ― meus pequenos. ― ele se abaixou para ficar da altura deles. ― tenham uma boa noite. ― deu um beijo na testa de cada um.

            Ouvi a voz deles faziam minhas duvidas acharem respostas e todas diziam que sim, eram eles. E com isso não consegui me contar e desabei em lagrimas.

            ― papai, por que aquela moça está chorando? ― o garotinho perguntou olhando para mim.

            Tentei engolir o choro, mas não consegui. Ele me olhou e deu um sorriso.

            ― não sei, mas eu acho um boa noite vai a fazer parar de chorar. ― falou para os dois.

            ― podemos? ― perguntaram receosos.

            ―Jacke, Jasmine. É claro que sim. ― ele fez questão de pronunciar o nome dos dois.

            Eles caminharam até mim e pararam.

            ― boa noite. ― falaram e sorriram.

            ― não chora não, você é uma moça muito linda. ― o garotinho falou e deu um belo sorriso.

            O sorriso dele me lembrava  muito os do Justin, os olhos também. segurei as lagrimas e sorri.

            ― pode conferir as marcas, elas são verdadeiras. Sem truques. ― ele falou do outro lado da sala.

            Eu estava sem palavras.

            ― o que você me diz? Vai aceitar minha proposta e se juntar a nós? 


Notas Finais


se prepare para altas revelaçoes nos proximos caps
#comentem
bjs da He


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