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História Suicide Soul - Break Down


Escrita por: HeJuice

Capítulo 25 - Break Down


O dia passou rapidamente e agora o relógio marcava oito horas da noite, e segundo o horário da casa o jantar era servido agora.

         Acabei de ajeitar o vestido em frente o espelho e fui em direção a sala de jantar, mas antes passei no quarto do J’s― o mesmo era enorme, poderia jurar que aquele era o maior cômodo da casa. ― mas eles não estavam lá, com certeza estão na sala de jantar. Caminhei de presa até a mesma, e quando cheguei encontrei somente Jacke e Jasmine sentados a mesa.

         Quando me viram logo abriram um sorriso. Aproximei-me da mesa sentei de frente para eles. Os empregados estavam de pé ao redor da mesa, só esperando para servir o jantar.

         ― vocês estão lindos. ― os elogiei com um sorriso.

         ― obrigado! ― responderam sorrindo.

         Jacke estava com uma calça azul, que parecia ser jeans e uma blusa polo branca. Estava um perfeito rapazinho, com seus cabelos loiros jogados para o lado. Já Jasmine estava com um vestido amarelo de gola e uma fita branca nos cabelos, fazendo um rabo de cavalo. Uma perfeita princesinha.

         ― você também esta muito linda, Lily. ― Jasmine falou.

         Eu estava vestida com um vestido rosa, na parte de cima era uma estampa lisa em rosa e na parte da saia uma estampa de flores rosas com o fundo branco.

         E sim, eu fiz questão de dar a liberdade deles me chamarem de Lily, e eles é claro não recusaram e amaram. Ainda mais que depois disso eu passei a chama-los de Jack e Jas. Falávamos que isso era o nosso codinome.

         ― muito obrigada. ― Agradeci.

         Quando acabei de falar ouço a porta sendo aberta. Como de imediato olho na direção da mesma e vejo Javier entrando por ela. Com uma postura imponente ele caminha na direção da mesa, como sempre estava vestido com um terno bem alinhado ao corpo e seus cabelos pesos para trás.

         ― papai. ― Jack e Jas falaram em uníssono quando o mesmo sentou a mesa.

         ― meus filhos. ― falou com voz calma acariciando o rosto de cada um com o polegar. ― como passaram o dia? ― perguntou e ao mesmo tempo fez sinal para que o jantar começasse a ser servido.

         ― foi muito legal, a Lily me viu tocar. ― Jack contou.

         ― ah, foi? ― ele me encarou por alguns instantes. ― e o que você achou, querida? É ou não é ótima a educação que eu dou para eles?

          Minha vontade era de dizer que ele era um maníaco maluco. Mas me contive e apenas assenti.

         ― e como foi seu dia, Jasmine? – olhou para a pequena.

         ― foi ótimo papai. ― sorriu. ― você sabia que a Lily também dança ballet?

         ― É mesmo? ― olhou pra mim se fazendo de surpreso. Sínico. ― ela poderia te ensinar alguns passos, você não acha? ― olhou para Jas.

         ― seria ótimo. ― sorriu e falou embolada.

         ― acho que não será necessário. ― falei. ― Jasmine é uma ótima bailarina. ― sorri para ela. ― e afinal, eu não tenho o que é preciso para praticar. ― sorri fraco.

         ― isso não é problema. ― sorriu para mim. ― eu mando comprar as roupas para você.

         ― eba! ― Jasmine comemorou.

                                      ***

         O jantar correu tranquilo e monótono, não era permitido conversar durante as refeições, então o que reinou foi um silencio perturbador.

         Quando terminamos a sobremesa já estava na hora dos J’s irem para a cama. Eles se despediram de nós  e acompanharam Rose até o quarto. Ficou somente Javier e eu, os empregados haviam se retirado a mando dele.

         ― me acompanhe. ― levantou da cadeira e estendeu-me uma das mãos. ― precisamos conversar.

         Confesso que fiquei receosa com a ultima frase, mas como não tinha escolha segurei em sua mão e levantei. Caminhamos até o seu escritório, ele fechou a porta e eu fiquei parada perto de uma mesa.

         ― quero te pedir desculpas. ― falou arrumando dois copos de vinho. ― foi uma indelicadeza da minha parte não esta aqui para lhe apresentar seu novo lar. ― entregou-me uma das taças e sorriu.

         ― não sinta, eu mesma fiz essas honras. ― sorri amarelo.

         Se ele estava a fim de ser gentil ou cavalheiro, eu estava a fim de ser imparcial com ele.

         ― eu sei. ― caminhou até sua mesa. ― vejo que vocês fizeram amizade rapidamente. ― sentou na cadeira atrás da mesa.

         ― os filhos reconhecem sua mãe. A ligação entre nós é mais forte do que você pensa. ― dei um gole na bebida.

         ― tem razão. ― concordou e também deu um gole em sua bebida. ― e você não acha que eles estão sentindo muito falta de uma figura materna na vida deles? ― me encarou.

         ― a culpa disso é sua. ― fui seca. ― você os privou de conviver com a mãe e o verdadeiro pai deles. ― arqueei a sobrancelha.

         ― mas agora eu quero me redimir. ― colocou a mão no peito e levantou da cadeira. ― quero dar essa alegria para eles. ― caminhou até a frente da mesa. ― você sabe que daqui a cinco dias eles completam quatro anos?

         ― sim, a Jasmine falou. ― falei entre os dentes.

         ― e eu queria dar um presente especial para eles. ― colocou  a taça na mesa lentamente.

         O encarei confusa.

         ― eu quero devolver a mãe deles. ― olhou para mim.

         ― você vai devolve-los para mim? ―  questionou incrédula.

          Balançou a cabeça negativamente.

         ― o que tenho em mente é muito melhor. ― deu um sorriso de canto. ― vou dar uma família completa. ― o encarei confusa. ―Nós dois iremos  casar.

         ― O QUE? ― falei assustada. ― eu nunca ia fazer isso.

         ― ah, não? ― arqueou a sobrancelha. ― você não se esqueça de que perante a lei, eu sou o pai deles. ― se aproximou de mim. ― e se casando comigo é a única forma de você ter seu nome na certidão de nascimento deles.

 Acariciou meu rosto com o polegar, fazendo com que eu sentisse seu hálito, uma mistura de café e charuto.

― o que você me diz? ― deixou nossos lábios bem próximos.

― eu preciso pensar. ― tirei sua mão do meu rosto e afastei-me.

 

         ***

Pov. Justin

 

          Três dias depois...

 

         Estávamos todos reunidos no QG: Chaz, Chris, Ryan, Victoria, Candice, Adam e Donna. Pelas nossas contas o envelope com o celular de Donna já havia chegado em Miami, então tratamos logo de ligar para Kevin para confirmamos, e sim, já havia chegado.

Estávamos todos esperando um novo contado da parte dele, ele conseguiria o numero do telefone que a Lilyan havia ligado para Donna dias atrás. Como eu já havia ordenado, Chaz deu os pulos deles e concertou o rastreador de chamadas. Não fez mais do que sua obrigação.

― o Kevin está entrando em contato. ― Chaz falou olhando pela tela do computador.

― coloca no telão. ― falei.

Ele assentiu. A tela do computador passou a ser transmitida no telão da sala de reuniões, assim todos podemos vê-lo.

― Eai, Kevin, conseguiu? ― Donna perguntou quando o ele apareceu.

― sim, até que não foi difícil. Apesar do celular ter demorado para chegar... da próxima vez vem e trás, ok Donna. ― falou.

― eu falei pra ela. ― concordei com ele.

Ela bufou e revirou os olhos.

  ― fala logo o que você encontrou. ― Donna falou impaciente.

― vocês não vão acreditar da onde é o numero.

― para de enrolação. ― Candice bufou.

― ok ok! ― falou. ― o numero que te ligou é nada mais e nada menos que da Espanha.

― Espanha? ― questionamos em uníssono.

― sim, Espanha. Pelo DDD da pra saber com mais precisão, é de Madrid.

― Madrid? O que ela estaria fazendo lá? ― perguntei.

― eu não sei. ― deu de ombro. ―vou mandar o numero por e-mail para o Chaz, assim vocês podem ligar e rastrear a chamada.

― ok. Valeu, Kevin.

― estamos aqui pra isso. E quando tiverem noticias dela me avisem, hein. ―falou.

Concordamos.

― e Donna, quando você volta? ― perguntou.

― quando a Lilyan estiver de volta. ― Donna respondeu.

― para de mentira, eu sei que seus interesses aí são outros. ― falou rindo. ― Tchau.

De ela retrucar ele finalizou a chamada de vídeo. 

― já recebi o numero. ― Chaz falou.

― e o que você esta esperando para ligar? ― falei.

― calma, irmão. Já estou fazendo isso.

Do telão dava para ver o sinal de um telefone chamando e ouvir o barulho. Não demorou muito e uma pessoa atendeu.

―Hola. ― a voz de um homem foi ouvida. Todos nós estávamos em silencio.

Temos que deixa-lo o máximo possível na linha para que Chaz pudesse rastrear a chamada.

― Hola ― falou mais uma vez, só que agora impaciente.

― é-é-é.... aí é da padaria? ― Chris perguntou.

Eu olhei para ele com uma expressão de “ que merda é essa?” e ele correspondeu dando de ombro.

― Yo no soy um panadero. ― falou. ― Soy taxista.

― Desculpa, havia me esquecido. ― se desculpou. ― se eu te pedisse uma informação você ...

Chaz fez sinal de que estava bom. Ele havia conseguido.

―  gracias.  ― Chris falou e Chaz finalizou a chamada.

― conseguiu o endereço? ― Candice perguntou.

― sim. ― falou olhando para a tela do computador. ― é esse aí. ― apontou para o telão.

― Isso! ― Chris exclamou empolgado.

― vocês estão ligados que esse é o provável endereço da casa do taxista, não estão? ― Victoria se pronunciou.

― sim. ― Chaz deu de ombro. ― Nós iremos até lá e interroga-lo. ― a encarou.

 

         Pov. Lilyan

 

         Nesses últimos três dias tem sido bastante produtivos, consegui saber muito mais sobre o que aconteceu nesses três anos com os meus filhos. Tudo com a ajuda da babá deles, Rose, ela que tem sido uma mãe para eles.

Agora eram por volta de três e meia da tarde. Jacke estava na aula de francês, o que eu acho loucura uma criança dessa idade praticar tantas línguas, e Jasmine na aula de Ballet, sim, ela pratica todos os dias. Mas tem alguns dias que eu pratico junto com ela, o que é incrível.

Eu já havia decorado o horário deles por completos, todos os dias da semana. Bom, não há praticamente nada para fazer nessa propriedade. Todos os dias, das quatro as seis é o tempo de repouso deles, isso significa que eles dormem. E hoje eu acordei com uma coisa muito louca na cabeça, já estava com isso há muito tempo, só que hoje resolvi colocar em pratica.

Eu vou tira-lo dessa rotina, os levarei ao parque, e também aproveitarei para conhecer o território para poder fugir com eles. Faltam exatamente dois dias para o aniversários deles, meu tempo está acabando. Javier esta me pressionando cada vez mais querendo uma resposta. Mas eu estava enrolando de todas as maneiras possíveis.

Pelo que ele dizia, se eu aceitar a proposta de se casar com ele, a cerimonia acontecera dois dias após o aniversario das crianças. É, realmente eu estou sem tempo.

Caminhei até a cozinha, como já são quase quatro horas está na hora da soneca e antes os dois fazem um lance, isso quer dizer que as empregadas estão preparando.

Quando chego a cozinha vejo Rose e outras duas cozinheiras preparando o lanche e conversando.

― Rose. ― chamo-a. ― posso falar com você?

Ela assentiu e veio ao meu encontro. Saímos da cozinha e caminhamos até a sala.

― posso te pedir um favor? ― perguntei baixinho.

― sim, senhorita. Estou aqui para servi-la. ― respondeu.

― assim as crianças acabarem as aulas que estão tento você os arruma.

― arrumar? Por que, senhora? ― perguntou confusa.

― eu vou leva-los para passear no parque. ― falei baixinho.

― senhora, isso não é uma boa coisa. ― falou preocupada.

― por que não?

― as crianças nunca ultrapassaram os portões dessa casa. ― falou olhando para os lados.

― como assim?

― o senhor Javier não permite que eles tenham contato com outras pessoas. Só nós, os empregados e professores. Para eles saírem para o lado de fora já é uma raridade, isso só acontece quando ambos tem aula de natação, mesmo assim o local é coberto.

― então eles vivem em cárcere privado? ― falei assustada, esse homem é louco.

― não. O senhor Javier só quer protege-los. ― falou.

― pois para mim isso não é proteção, é prisão. arrume-os que eu os levarei para passear. ― ordenei.

― mas senhora, como pretende passar pelos seguranças?

― eu tenho meus truques, agora vá. ― ela ameaçou sair. ― não, espera. ― voltou. ― arrume uma sexta para piquenique, e coloque tudo o que eles gostam.

         ― sim, senhora.

         ― e não se esqueça da toalha. ― assentiu.

 

                  ***

 Fui para meu quarto rapidamente e lá tomei uma ducha rápida. Eu não podia perder tempo, tudo nessa casa é cronometrado. Peguei uma saia acima do joelho e rodada, ela era meio que estilo retro, uma camiseta de seta azul e vesti. A saia era branca e com a camiseta azul ficou perfeita.

Procurei por algum sapato e achei um azul de salto baixo, o mesmo era fechado. O calcei, prendi meus cabelos em uma espécie de coque, pequei dentro da penteadeira um óculos de sol. Analisei minha imagem no espelho e me surpreendi, eu estava parecendo aquelas jovens de antigamente, estava muito foda o look.

Não peguei bolsa, afinal, não teria o que guardar nela. Caminhei correndo até a cozinha e lá encontrei meus pequenos sentados a mesa.

― já estão prontos? ― perguntei sorrindo.

― aonde nós vamos? ― perguntaram curiosos.

― será uma surpresa. ― sorri. ― vem. ― estendi as mãos.

Eles levantaram de suas respectivas cadeiras e caminharam até mim, Rose me entregou a sexta com as coisa. Pela sua expressão dava para ver que ela estava preocupada, mas eu a tranquilizei com um sorriso.

Caminhei com a cesta e de mãos dadas com cada um até a porta principal. Saímos pela mesma e descemos a escadarias. Pelo lado de fora havia vários seguranças por todos os lados.

― fiquem aqui. ― falei para os dois, eles assentiram.

Caminhei até uma dos seguranças e logo lancei uma mentira, mas me fiz de superior.

― prepare o carro. Vou sair com as crianças. ― falei com um ar superior.

― mas o senhor Javier não nos avisou que a senhora sairia com os filhos dele. ― falou desconfiado.

― você está insinuando que eu estou mentindo?

― não, senhora. Mas...

― se eu estou falando que vou sair é por que ele esta ciente de tal coisa. ― falei fingindo está ofendida pela desconfiança.

― mas...

― eu acho que o seu patrão, Javier Gonzalez não gostara de saber que você está desconfiando de sua futura esposa. ― arqueei a sobrancelha.

   Eu não acredito que falei isso. Mas esse era o único jeito dele acreditar em mim.

― eu vou mandar arrumarem um carro para levar a senhora. ― falou

― acho bom. ― ele saiu e foi falar com outros seguranças.

Caminhei até as crianças novamente e segurei na mão delas e fiquei esperando um deles vir falar que o carro já estava pronto. E não demorou para um deles se aproximar de nós.

― o carro está pronto, e a escolta também . ― o segurança falou.

― não será necessário escolta. ― falei.

― sim, precisa. ― ele falou

Dei de ombro e segui até o carro junto com os pequenos. O carro era um estilo antigo, igual dos filmes, o carro era lindo. O segurança colocou as duas crianças no banco de trás na cadeirinha, segurança em primeiro lugar. Logo em seguida eu entrei atrás, junto com os pequenos.

   ***

Não demorou muito e nós chegamos ao parque, e tenho que dizer, fiquei deslumbrada com a magnitude e beleza do mesmo. Pelo visto os pequenos também tiveram a mesma reação que eu, ambos olhavam pela janela maravilhados.

― Lily, nós vamos ali? ― Jacke perguntou apontando para o jardim.

― sim, sim, meu amor. Nós vamos. ― sorri e falei.

― então vamos. ― falaram empolgados.

― calma, calma. ― falei rindo.

Soltei-os das cadeirinhas e sai do carro. O motorista abriu a porta para que eles saíssem. Quando sai vi que havia quatro carros pretos de escolta, dois na frente e dois atrás.

― qual a necessidade disso? ― sussurrei para mim mesma. bufei e pequei a cesta com as coisas.

Atravessei o carro e fui até onde eles estavam.

― vamos? ― perguntei estendendo as mãos. Eles assentiram e a segurou.

Fomos caminhando pelo parque a procura de alguma arvore. O tempo estava ensolarado e as sombras estavam muito disputados.

― olha ali, uma sombra. ― Jasmine apontou para uma grande arvore, e debaixo da mesma havia uma sobra boa.

Assenti e caminhamos até lá. Logo que chegamos sentamos e estendemos a toalha.

― vamos ver o que a Rose colocou pra gente? ― sorri.

― sim. ― responderam empolgados.

Abri a cesta e lá havia geleira, bolo, biscoito, suco, frutos, enfim, varias coisas. Fui tirando tudo e colocando em cima da toalha.

― o que vocês vão querer? ― perguntei.

― geleia de amora com torrada. ― Jacke falou.

― e você? ― perguntei para Jas.

― frutas. ― respondeu.

Dei o que eles pediram e ambos começaram a comer. Eu pequei um pedaço de polo e um copo com suco.

Começamos a conversar coisas aleatórias, eles gostavam de falar, como toda criança. Contaram sobre varias coisas que fizeram na semana, cantamos algumas musicas. Se não fosse por aqueles dois brutamontes de pé, tudo estaria na normalidade.

Ficamos conversando até que eles entraram em um assunto, mãe.

― papai sempre fala que a mamãe é muito bonita. ― Jacke falou comendo um sanduiche.

―é? ― assentiu. ― como ela é? ― perguntei curiosa.

― ela é muito linda. ― Jas falou sonhadora. ― sabia que ele o papai mandou fazer um quadro grandão da nossa família. Nós éramos pequenos no quadro.

― e onde fica esse quadro? ― perguntei curiosa.

― quando chegar em casa nós te mostraremos. Você vai ver, ela é linda. ―Jacke falou rindo.

― ok. ― concordei rindo também. ― vocês sabem andar de bicicleta? ― perguntei.

― sim. ― responderam em uníssono.

― que tal andarmos então? ― sorri.

― sim. ― responderam sorrindo.

― ou, grandalhão. ― falei para um dos caras de preto. ― você pode me arranjar três bicicletas?

Ele só assentiu e se retirou. Ficamos conversando mais um pouco esperando ele voltar com as bicicletas. Quando vimos ele voltar  levantamos e fomos buscar as bicicletas.

― coloquem. ― falou entregando um monte de equipamento de segurança para andar de bicicleta.

― pra que isso tudo? ―perguntei.

― segurança em primeiro lugar. ― falou.

Bufei e pequei os equipamentos. Coloquei o capacete, torno seleira, coto veleira e o escambal que ele me entregou eu coloquei nas crianças.

― está bom agora? ―  o encarei.

― bem melhor. ― falou serio e afastou-se.

Fomos empurrando as bicicletas até a ciclovia que havia no parque, quando chegamos subimos na mesma e começamos a pedalar.

***

         Posso ariscar que pedalamos durante meia hora direto, atravessamos o parque, paramos em outros pontos. Eles estavam tão felizes. Resolvemos voltar para onde estava montado nosso piquenique. Quando chegamos nos jogamos se jogamos na toalha.

         ― eu estou muito cansado. ― Jack falou ofegante.

         Seu rostinho estava vermelho e seus cabelos grudados na testa.

         ― eu também. ― falou Jas da mesma forma que Jack.

         Ela também estava suada e com seus cabelos castanhos claro grudados no rosto.

         ― mas vocês estão se divertindo? ― perguntei olhando para eles.

         ― sim. ―responderam ofegantes e em uníssono.

         Sorri e depositei um beijo na testa de cada um. Eles sorriram.

         ― estão se divertindo me desobedecendo? ― uma voz grossa foi ouvida.

         Olhamos na direção da voz e demos de cara com Javier com uma expressão fechada.

         ― papai, nós andamos de bicicleta. ― contaram empolgados.

         ― é mesmo. ― falou me encarando.

         ― sim, Lily andou junto com a gente e...- começaram a contar empolgado, mas Javier os interrompeu.

         ― acho que já está na hora de voltarmos para casa. ― falou fazendo sinal para que eles  levantassem.

         Eles levantaram cabisbaixo.

         ― isso serve para você também, Lilyan. ― falou tentando manter a calma.

         ― eu vou pegar as coisas e já vou. ― falei entre os dentes.

         ― eu acho bom você não fazer o contrario. ― me olhou serio. Assenti.

         Juntei tudo e coloquei dentro da cesta e caminhei em silencia até o carro.

         ***

 

         ― o que você está pensando que é para me desobedecer? ― ele falou se alterando.

         Depois do jantar ele me chamou no escritório e começamos a conversar, ou melhor, discutir.

         ― eu só queria tira-los dessa cadeia, na qual você os prende. ― falei no mesmo tom que ele.

         ― eu sou pai deles, e eu sei o que é melhor para eles. ― veio na minha direção.

         ― o melhor para eles é cresceram iguais crianças normais. Eles precisam conviver com outras pessoas, crianças da idade deles. ― falei irritada.

         Ele se afastou e respirou fundo, tentando manter a calma.

         ― fiquei sabendo que para você sair daqui você falou que seria minha futura esposa, estou certo?

         Assenti.

         ― então você já tem uma resposta para me dá? ― encarou-me.

         ― eu não...

         ― eu fico tão feliz. ― se aproximou de mim. ― nossos filhos ficaram muito felizes.

         ― eu não...

         ― não fala nada. ― colocou o dedo indicador nos meus lábios. ― você acha melhor anunciarmos nosso casamento antes ou no dia do aniversario deles?

         ― não...

         ― eles ficaram muito felizes. ― sorriu.

         Ele atropelava minhas palavras me interrompendo.

         ― você não sabe a alegria que esta me trazendo. ― sorriu malicioso.

         A alegria dele era  saber que o Justin ia ficar destruído com isso, e o pior, eu também.

         Ele segurou meu rosto e começou a se aproximar de mim deixando nossos lábios cada vez mais próximos, até que ambos se uniram e ele iniciou um beijo, que não foi correspondido pela minha parte.

         ***

         Eu estava totalmente destruída, e agora sim, eu estava sem saída.

         Caminhei até o quarto das crianças para dar o famoso beijinho de boa noite. Abri a porta devagar e eles rapidamente vieram ao meu encontro.

         ― vim dar um beijinho de boa noite em vocês. ― falei sorrindo fraco tentando disfarçar as lagrimas presas na garganta.

         Eles sorriram.

         ― agora, é hora de deitar.

         Levei Jacke para a cama , o cobri.

         ― boa noite. ― depositei um beijo em sua testa.

         ― boa noite. ― falou fraquinho fechando os olhinhos.

         Caminhei até a cama de Jas, ela estava sentada na mesma. a cobri.

         ― boa noite. ― falei depositando um beijo em sua testa.

         ― lily...

         ― oi, meu amor. ― falei baixinho.

         ― é assim que é ter uma mãe? ― me olhou..

         ―como assim?

         ― levar a gente para passear e dar beijinho de boa-noite.- falou.

         ― sim, é assim. ― sorri  com isso e depositei um beijo em sua testa e ela fechou os olhos com um sorriso no rosto.


Notas Finais


ai meu Deus, Jus cade você? kkk
proximo cap niver dos J's.
#comentem


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