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História Suicide Soul - Happiness Hurts


Escrita por: HeJuice

Capítulo 26 - Happiness Hurts


Depois de despedir das crianças voltei para meu quarto, abri a porta e entrei sem ao menos acender a luz. Como eu já conhecia o caminho, fui caminhando até o banheiro e só então acendi a luz do mesmo. me despi vagarosamente e  entrei no box e liguei o chuveiro, a agua morna entrou em contato com meu corpo, soltei um gemido quando senti um pequeno choque que isso me acusou.

            Não demorei muito no banho, aquilo era mesmo só para relaxar e tentar tirar um pouco da fadiga que o dia me causou, pois o banho de banheira antes do jantar não deu conta. Desliguei o chuveiro e peguei uma toalha, me enrolei na mesma e caminhei de volta para o quarto.

            Não acendi a luz, pois a do banheiro clareava um pouco, mas quando eu cheguei perto do grande guarda-roupa a mesma não deu conta. Caminhei lentamente segurando a toalha em meu corpo e acendi o abajur que havia no lado da cama. Mas alguma coisa me pareceu estranho, eu sentia a presença de alguém no quarto, uma respiração um pouco próxima de mim.

            Levantei calmamente e olhei para a cama, a luz estava pouca. Mas foi o suficiente para reconhecer a pessoa.

            ― o que esta fazendo aqui? ― perguntei já afastando da cama.

            ― vim te desejar uma boa noite. ― falou com uma voz roca e um sotaque carregado.

            ― já nos vimos lá em baixo. ― recuei mais quando vi ele levantando da cama. ― vai embora. ― falei e tentei recuar mais, mas senti o guarda-roupas atrás de mim.

            ―shiu..- colocou o dedo indicador em meus lábios. ― qual o problema de ver minha noiva? ― falou com voz roca bem perto do meu ouvido.

            ― me larga. ― falei ao sentir uma de suas mãos em minha coxa.

            ― qual o problema? Somo noivos, não somos? ― falou passando a língua pela curvatura do meu pescoço. Estremeci de medo. ― não há mal nenhum nos conhecermos um pouco, não acha?

            Ele começou a subir suas mãos por debaixo da toalha. Comecei a rejeita-lo dando tapas em sua mão e tentando afasta-lo do meu corpo, mas tudo aquilo estava sendo em vão. Em um movimento rápido ele segurou com força uma das minhas coxas as apertando.

            ― SAI! ― gritei socando seus ombros.

            ― shiuu, quietinha. ― apertou meu rosto com força.

            ― você está me machucando. ― falei.

            ― é você que esta pedindo. ― falou ainda apertando meu rosto.

            Ele se afastou do guada-roupa sem soltar minha coxa, e assim foi me puxando até a cama, aonde me jogou. Tentei levantar, mas fui impedida por ele, que segurou minhas pernas as abrindo. Em um movimento rápido ele se pôs de joelhos na cama e começou a abrir a toalha. Eu tentava impedir me debatendo, mas estava sendo inútil. Se inclinou para frente e segurando minhas pernas abocanhou meu seios.

            Seu toque era sujo e não causava prazer, e sim medo e nojo. Ele começou a aperta-los com força, o que fez com que eu soltasse um gemido de dor.

            ― me solta! ― rosnei puxando seus cabelos com força.

            ― cala a boca! ― descarregou um tapa forte em meu rosto. O mesmo começou a arder e tive a leve impressão que  estava inchado. Doía, mas doía muito. Era como se meu coração estivesse batendo ali.

            Ele começou a abrir sua calça rapidamente e um desespero começou a tomar conta de mim. Fechei os olhos com força para não ver o que estava prestes a acontecer comigo. Só soube que tal ato estava sendo consumado quando senti seu membro dentro de me e se movimentando lentamente.

Tomei coragem e abri os olhos, olhei por cima dos ombros dele em direção a porta. Eu estava na esperança que o Justin arromba-se aquela porta e tirasse ele de cima de mim, igual fez aquele dia na boate. Mas nessa vez esta sendo diferente, eu estou sozinha e não tenho ninguém para me livrar dessa.

Os movimentos dele eram cada vez mais fundo, ele abocanhava meus seios como um cão faminto. Aquilo estava me dando ânsia de vomito. Ele só parou de se movimentar quando despejou seu liquido em mim.

Ele se afastou, ajeitou a calça e saiu do quarto. Eu estava me sentindo a mulher mais suja desse mundo, eu estava com nojo de tocar no meu próprio corpo. Reuni as forças que me restavam e caminhei até o banheiro, corri para o box e liguei o chuveiro. Dessa vez não optei pela agua gente e sim pela gelada, bem gelada.

Fui me agachando encostada na parede até que sentei no chão. Meu ser estava totalmente em pedaços, e lágrimas não paravam de cair em meus olhos. Eu estava me sentindo um lixo.

Depois de alguns minutos ou quem sabe horas, tomei coragem e levantei de onde eu estava sentada. Desliguei o chuveiro e me enrolei em outra toalha. Caminhei com dificuldade até o quarto e dessa vez acendi a luz para que tudo ficasse bem claro. Fui até o guarda-roupa e procurei pela roupa que eu cheguei aqui. Achei a calça e coloquei a mão no bolso da mesma, e graças aos céus o papel ainda estava lá.

Caminhei até o telefone que havia no quarto e disquei o numero do Justin, coloquei o mesmo no ouvido e esperei ele atender.

― alô? ― ouço a voz roca e meio sonolenta do outro lado da linha. ― Alô? Quem é? ― perguntou.

Eu não estava com forças de pronunciar uma única palavra, e as únicas coisas que saíram foram lagrimas, que eu tentava desabafar.

― Lilyan? É você? ― falou  com um tom de surpresa. ― fala comigo, meu amor. ― pediu.  ― por favor, me diz aonde você esta, eu vou te buscar. ― implorou.

Eu não tinha força para responder tais perguntas. Tentei engolir o choro e desliguei o telefone. Eu tinha a plena consciência de que o telefone estava grampeado, então eu não podia arriscar.

Mas uma coisa eu me recuso, eu não quero passar o resto dos meus dias sendo usada por esse homem escroto. Isso eu não admito e não quero para a minha vida.

            Pov. Justin

 

O dia amanheceu, e quem disse que eu dormi direito? Nada me tirava da cabeça que quem estava chorando do outro lado da linha era ela. Era a minha mulher que estava chorando, suas palavras não saiam, mas seu choro implorava uma coisa. Que eu fosse busca-la.

Passei a mão pelo rosto com força o lavando e aproveitando para voltar a “terra”. Desliguei o chuveiro e peguei uma toalha. Comecei a me secar, quando já tinha praticamente terminado enrolei a mesma na cintura e fui caminhando até meu closet. Escolhi uma roupa rapidamente, pois daqui a algumas horas partiremos para Madrid.

Peguei uma calça jeans preta, uma blusa de frio na cor cinza e uma boxer branca. As vesti e comecei a procurar um sapato. Pequei um coturno preto que achei e os calcei rapidamente. Procurei uma jaqueta qualquer  e vesti. Sai do closet, peguei minha arma, coloquei na cintura, peguei celular e chave do carro.

Desci correndo para  a garagem e não me preocupei em tomar café, ainda são quatro da manha e se der fome como no jatinho. Entrei na garagem fui até a Rager Rover e entrei na mesma. Dei partida e sai cantando pneu.

***

            Cheguei ao ponte de encontro, uma pista de decolagem. Os carros dos outros já estavam lá, estacionei o meu perto dos outros. Sai do carro e entreguei as chaves do mesmo para um dos seguranças, ele o levaria de volta para casa.

            ― eai. ― Chaz me cumprimentou assim que eu cheguei perto deles.

            Ali estavam, Chaz, Chris, Ryan, Adam, Donna e Candice. Victoria vai ficar por que ela esta gravida e essa não é uma missão que gravidas possam se envolver.

            ― vamos nessa? ― falei já caminhando na direção do Jatinho.

            Todos concordaram e me seguiram.

            ***

            Já estávamos a uma hora no ar, estávamos repassando todo o plano. Dessa vez nada pode dar errado, nada mesmo.

            ― Justin, por que você esta com essa cara? ― Chris perguntou.

            ― ela me ligou. ― falei pensativo.

            ― ela quem? ― Chaz questionou.

            ― a Lilyan. ― respondi.

            ― e ela disse alguma coisa? ― Donna perguntou preocupada.

            ― não, ela não disse nada e a única coisa que dava para ouvi era o choro.

            ― não podemos falhar, seja aonde ela estiver esta sofrendo. ― Adam falou decidido.

            ― não iremos falhar dessa vez. ― me ajeitei na cadeira. ― eu só volto pra Atlanta com ela. ― os encarei. ― o plano esta tudo ok!

            ― eu ainda acho errado. ― Candice retrucou. ― a família dele não tem nada haver com isso. ― encostou-se ao ombro do Chaz. ― e se ele tiver filhos pequenos?

            ― Cancide, amorzinho. Não vamos fazer nada de mal, só iremos da um susto nele para falar o que nós queremos. ― Chaz explicou.

            ― você promete? ― o encarou. ― eu prometo. ― beijo a mão dela.

            ― para de frescura, Candice. Até parece que nunca fez ninguém de refém. ― Bufei.

            ***

            Chegamos a Madrid por volta das oito horas da manhã e quando chegamos fomos direto para o hotel na qual havíamos reservado os quartos. Todos ficamos no ultimo andar, nas suítes presidenciais. Precisávamos de espaço para colocar equipamento e o resto das coisas.

            Chegamos em tempo para o café da manha no hotel, e para não levantar suspeitas descemos trajados de roupas normais  e nos espalhamos. Não podíamos arriscar.

            Não demoramos muito no restaurante do hotel, logo quando terminamos subimos novamente para a suíte e nos reunimos na mesma para passar os últimos ajustes.

            ― o Taxista saiu de casa a cerca de uma hora atrás. Sua esposa é dona de casa e provavelmente esta em casa também, eles tem dois filhos, um de dez anos, que essa hora esta no colégio e uma bebê de dois anos. ― Chaz falou verificando tudo no computador.

            Em pouco tempo acionamos os nosso contatos e rastreamos a vida do tal taxista. Não podíamos perder tempo.

            ― Chaz, você falou que não teria crianças na jogada. ― Candice resmungou.

            ― não é criança, é bebê. ― deu de ombro. Ela o olhou seria.

            ― Chaz.- retrucou dando um tapa em seu braço.

            ― cala a boca, Candice. ― falei irritado. ― temos mais coisas para resolver. ― segue em frente Chaz.

            ― por volta das onze horas ele vai em casa para almoçar, então temos que render a família antes das onze. Mas para prevenir vamos ficar de tocaia nos arredores da casa.

            ― eu já aluguei os carros. ― Ryan falou.

            ― ótimo. ― falei. ― e as armas, Chris?

            ― vai ter armas? ― Candice se intrometeu novamente. ― Justin, não podemos. Tem crianças.

            ― cala a boca. Eu sei o que eu estou fazendo. ― bufei. ― são dez horas em ponto, temos que estar na frente da casa dele antes de quinze para as onze.

            ― entendido. ― todos confirmaram.

            ― já coloquei os endereços nos GPSs dos carros. ―Adam falou.

            ― então vamos . ― levantei.

            Todos assentiram.

                        ***

            Chegamos na garagem do prédio e cada um entrou em seu respectivo carro. Fomos em duplas, para não levantar muitas suspeitas. Ficamos divididos assim: Ryan e eu, Chris e Adam, Chaz , Donna e Candice. Chaz ficaria no carro monitorando tudo enquanto nós entraríamos na casa.

            Aceleramos os carros e saímos cantando pneu. Pegamos rotas alternativas, para não levantar muitas suspeitas. Mas em pouco tempo já estávamos em frente a casa do tal Taxista. Os carros a qual nós estávamos não eram pretos, pois ficaria muito suspeito, preferimos usar cores.

            A casa do Taxista era parecida com um chalé, tinha uma cerca baixa  de madeira na entrada e era o que podemos chamar de aconchegante.

            ― você já podem entrar em ação. ― Chaz falou pelo comunicador. ― pelo que dá para ver daqui, a mulher e a criança estão na cozinha. Sugiro que entrem pela porta de trás, enquanto a Candice  faz o combinado.

            ― Ok! ― confirmamos.

            Saímos dos carros e fomos discretamente até a casa, não perdemos tempo pulando cerca ou coisa assim, eles não sabem o significado da palavra segurança e pelo jeito nem sabem usa-la. O portão da frente além de ser baixo estava destrancado, o que facilitou.

            Pouco a pouco entramos discretamente e caminhamos até a parte de trás da casa, aonde havia um pequeno parquinho. A rua estava calma e não passava praticamente ninguém, só uma pessoa ou outra. Agradecemos por isso, mas não baixamos a guarda.

            Entramos pela porta da cozinha, a mesma também estava destrancada. Puta merda, que gente descuidada, chega a ser idiotice.  A porta dava um acesso direto a cozinha, entramos e fomos caminhando pela mesma. Candice estava na porta da frente enganando a mulher com dando uma de garotinha que vende biscoitos.

            Sim, Candice tem só idade, mas a aparência e tenho que admitir que maior parte da sua mentalidade ainda é de uma garotinha. Chegamos a uma parte da cozinha aonde encontramos um bebê sentado em uma cadeira alta, o mesmo brincava com alguns bichinhos.

            ― Shiuu.. ― Donna fez sinal para que ele ficasse quieto e deu um sorriso. A criança retribuiu.

            Ela o pegou no colo e ficou andando com ele pela cozinha para que o mesmo se distraísse. Ficamos na cozinha esperando a mulher chegar, todos com arma nas mãos e em silencio, é claro.

            ― muito obrigada. ― ouvimos uma voz feminina parecida com a da Candice e logo depois um barulho de porta se fechando.

            Ela já estava voltamos. Ficamos em silencio.

            ― o neném de mamãe ficou comportado? ― chegou a cozinha falando, mas se surpreendeu quando nos viu. ― o que você estão fazendo aqui? ― perguntou amedrontada.

            ― shiuu...- Chris pegou-a pelo braço e foi trazendo enquanto apontava a arma para a cabeça da mesma.

            ― nós não viemos para machucar ninguém. ―=― falei me aproximando dele. ― só queremos uma coisa do seu marido. ― sentei em uma cadeira em frente a ela.

            ― aonde esta meu filho? ― perguntou tremula.

            ― serve aquele ali?- apontei  com a arma na direção do portal.

            Donna estava no mesmo com o bebê no colo.

            ― não faz nada de mal com o meu filho, por favor. ― implorou.

            ― eu já disse que não vamos fazer nada de mal para ele. ― repeti. ― estamos atrás do seu marido. ― olhei para o relógio e já marcavam onze horas. ― aliais, ele já esta chegando, não é?- olhei para ela novamente.

            ― sim. ― respondeu com uma voz tremula.

            Não demorou muito e ouvimos o barulho da porta se abrindo.

            ― querida. ― uma voz masculina foi ouvida e passos vindo em nossa direção também.

            Continuei sentado onde estava, assim como Donna continuou com o bebê de pé onde estava e Chris com a arma apontada para a cabeça da mulher. Somente Ryan e Adam  estavam a postos perto da porta de entrada da cozinha.

            ― o que? ― falou levando um susto quando nos viu. ― o que vocês estão fazendo aqui? ― perguntou com a voz meio embargada pelo medo.

            ― chegou quem nós estávamos esperando. ― falei soltando um sorriso.

            Dei um aceno com a cabeça para que colocasse sentado perto da mulher. Assim os dois fizeram.

            ― o que vocês querem comigo? Deixem a minha família em paz. ― falou tremendo de medo.

            ― sua família será uma garantia de que você falará a verdade.- falei. ― e o que queremos com você é muito simples.

            Tirei meu celular do bolso da calça.

            ― eu sei que a alguns dias atrás você teve essa moça como sua passageira. Estou certo? ― mostrei a foto de Lilyan que estava em meu celular.

             Ele ficou encarando a foto sem dizer nada.

            ― não adianta mentir, eu sei que você a levou para algum lugar. ― falei firme.

            ― eu lembro vagamente dessa garota, mas não me recordo para onde a levei. ― responder.

            Dei uma olhada para Ryan. O mesmo deu uma coronhada de leve nele.

            ― isso ajudou a lembrar? ― falei.

            ― foram muitas pessoas... ― mandei Ryan repetir o ato, e dessa vez machucou pra valer.  ― eu acho que lembro vagamente. ― choramingou.

            ― ótimo. ― falei serio. ― você vai nos levar até lá. ― levantei. ― ah, e de precaução, vocês ficaram fazendo os dois de reféns. ― apontem para Chis e Donna. ― só para garanti que esse ai não vai fazer gracinha.

            ― vocês não podem fazer isso, eles são inocentes, eu sou inocente. ― choramingou mais uma vez.

            ― para com isso. Por que esta ridículo. ― falei. ― vamos. ― dei a ordem e Ryan juntamente de Adam e o Taxista me seguiram.

            Saímos pelas portas dos fundos para não levantar muitas suspeitas, olhamos para ver se não havia ninguém na rua e logo depois caminhamos até o carro.

            Fomos todos em um carro só. Eu fui dirigindo  e Ryan com Adam e o taxista foram atrás.

                        ***

            Ele foi nos guiando pelas ruas até que entramos em uma rua que não havia praticamente casa alguma, parecia que tudo pertencia a uma só pessoa. Fomos adiante mais um pouco até que paramos em frente a um imenso portão.

            ― foi aí que eu a deixei. ― o Taxista falou.

            ― não é possível. ― Ryan murmurou.

            Olhei pela janela do carro e encarei o portão, o mesmo terá enorme e havia um brasão em cada uma das partes. Os reconheci de imediato.

            ― eu não acredito. ― sussurrei.

            Aquela nada mais era do que uma propriedade Perro, e pela magnitude e localização― Madrid, Espanha. Sede do El Perro. ― aquela era a moradia de nada mais, nada menos do que Don.

            ― o que nós faremos agora? ― Ryan perguntou.

            Fechei o vidro do carro rapidamente para que o segurança não nos reconhecesse.

            ― não podemos entrar. Estamos em desvantagem e não temos um plano para isso. O melhor que nós temos a fazer agora é recuar e bolar um plano rápido. ― falei.

            ― e você já tem algo em mente? ― Ryan perguntou novamente.

            ― sim, eu já tenho. ― olhei para ele rapidamente.

                                               ***

           

            Estávamos de volta ao hotel. Depois daquilo devolvemos o cara pra família e voltamos todos para cá. Eu já tinha algo em mente, e deveria colocar em pratica daqui a algumas horas.

            ― então esse é seu pleno? ― Ryan questionou.

            ― sim. ― falei. ― já mandei um mensageiro entregar o recado. Creio que ele não irá recusar me encontrar, ainda mais nessa situação.

            ― e se ele não estiver com a Ly e tudo isso não passar de uma armadilha? ― Chris falou.

            ― não é uma armadilha, eu sinto que ela esta lá. ― falei.

            ― o que temos que pensar agora é em um esquema de segurança para o Justin durante essa reunião. ― Chaz falou. ― você marcou aqui mesmo, no restaurante do hotel?

            ― sim, e eles não retrucara. Afinal, o Don é um empresário respeitado por aqui.

            ― isso você tem razão. ― Candice falou. ― mas o que você vai conversar nessa reunião?

            ― vou fazer uma proposta.

            ― e que tipo de proposta? ― Donna perguntou.

            ― na verdade eu vou esta ganhando tempo enquanto o Chaz vai bolar um esquema rápido para que eu possa entrar na mansão do Don e pegar a Ly de volta. ― falei.

            ― vou bater meu recorde. Vou dar meu sangue para bolar um esquema dessa magnitude em horas. ― Chaz falou.

            ― não esquenta, o Adam vai te ajudar nessa. ― falei.

            Os dois assentiram.

               ***

                        Pov. Lilyan

            O almoço já havia sido servido, as crianças já estavam em suas respectivas aulas e eu e aquele monstro permanecíamos sentados a mesa. Ele degustava uma taça de vinho lentamente enquanto me analisava. O olhar dele me causava medo e nojo. Depois da taça esta quase vazia ele se pronunciou.

            ― Ligar para o Bieber não foi  uma coisa inteligente a fazer. ― falou.

            Eu sabia que o telefone estava grampeado.

            Abaixei a cabeça e não falei nada.

            ― ele esta na cidade, sabia?

            Nesse momento não teve como eu ficar de cabeça baixa. Levantei rapidamente e o encarei. O mesmo sorriu de lado.

            ― o que ele veio fazer aqui? ― perguntei.

            ― não é obvio? ― sorriu e deu outro gole na bebida. ― veio te buscar. ― colocou a taça na mesa. ― iremos nos encontrar daqui a alguns minutos. ― olhou para o relógio em seu pulso.

            ― e o que vocês irão tratar?

            ― sabe que eu não sei. ― sorriu. ― mas acho que vou convida-lo para o nosso casamento. ― me olhou. ― será que ele vai aceitar? ― sorriu e levantou. ― bom, só perguntando para saber. ― deu as costas e saiu andando me deixando sozinha naquela imensa sala de jantar.

            Oh, Deus. O que o Justin tem a tratar com esse energúmeno?

            Eu não quero nem pensar nesse casamento. Amanha será o aniversario dos J’s e eu não tenho nem um plano de como sair daqui levando eles comigo. E em pensar que em três dias eu terei que subir ao altar com esse homem e arruinar minha vida por completo.

                                   ***

            Pov. Justin

 

            Estava dentro do elevador acompanhado de dois seguranças que fariam a minha escolta.  Havia chegado a hora de eu ficar cara a cara com o arqui-inimigo.

            Chegamos ao restaurante. O mesmo tinha sido fechado para que nossa reunião acontecesse, e como eu já previa ele ainda não havia chegado. No salão só havia uma meda posta e vários seguranças, que eram da minha máfia estavam espalhados pelo ambiente. Chaz já havia hackeado todas as câmeras e Adam estava monitorando tudo lá de cima.

            Caminhei até a mesa e sentei a mesma. os dois seguranças ficaram em minhas costas. Não demorou muito e o filho da puta chegou e como já era de se esperar, trouxe sua escolta, quase tão grande como a minha.

            Ele caminhou até a mesa com um sorriso cínico nos lábios e sentou-se a mesa.

            ― o que devo a honra de sua ilustre presença, Bieber? Veio me visitar? ― falou com ironia.

            ― você sabe muito bem que quando eu vier de visitar um de nós não volta para casa. ― falei no mesmo tom.

            ― e pode crer que será você. ― rebateu.

            ― eu duvido muito. ― sorri amarelo.

            ― vamos direto ao assunto, pois tenho compromisso inadiáveis para resolver. ― falou ajeitando o  paletó do terno.

            ― vou ser direto. Eu quero minha mulher de volta. Não adianta mentir e dizer que não esta com ela, pois eu sei que ela esta. ― fui bem  claro.

            Ele me encarou e riu com deboche.

            ― vou ser mais direto ainda. ― conteve o riso. ― ela você não vai ter. ― me encarou.

            ― eu não teria muita certeza. ― falei.

            ― eu acho que você já é passado na vida dela. ― falou pensativo.

            ― eu não sou só o passado. Eu sou o presente e o futuro também. isso você pode apostar. ― rosnei.

            ― eu não teria tanta certeza. ― me encarou sínico. – se isso era o que você queria me dizer, e eu já te dei a resposta, não. Eu vou me retirar. ― falou já ameaçando a levantar.

            ― não ouse ir em bora, eu ainda não terminei. ― falei firme.

            ― tem razão. ― virou para mim. ― eu esqueci de lhe fazer um convite.

            ― que convite? ― perguntei confusa.

            ― eu ficaria muito honrado em ter a sua presença no meu casamento com a Lilyan.

            ― casamento? ― perguntei ainda sem entender.

            ― foi isso mesmo que você ouviu, Bieber. Casamento. ― sorriu. ― Nós iremos nos casar dentro de três dias. A cerimonia será na minha casa. pode levar os amigos se quiser. ― olhou para as câmeras, como se soubesse que elas estavam sendo monitoradas por um de nós.

            Eu ainda estava estático com essa historia de casamento. Como assim ela não teve a coragem de casar comigo e com esse ai ela se casara em três dias?

            ― com licença. ― tirou-me de meus pensamentos. ― tenho que ir, a festa de aniversario dos meus filhos é em dentro de vinte e quatro horas. ― falou e se retirou.

            Acreditar que ela vai me trocar por ele. Eu só acredito nisso se ela mesma falar na minha cara que não me quer e prefere ele a mim.

                        ***

            Pov. Lilyan

             

            O dia amanheceu e passou numa velocidade absurda e o relógio agora marcava duas da tarde. Hoje era aniversario dos pequenos, mas nem assim aquele energúmeno dava uma folga para eles. A rotina da casa seguia normalmente, excerto por algumas coisas, mas fora disso tudo seguia na normalidade dos dias comuns. Isso significa que o quadro de tarefas ainda estava de pé.

             Varias coisas estavam me preocupando. Primeiro, o conteúdo da conversa entre o Javier e o Justin ontem. Segundo, o aniversario dos meus pequenos. Terceiro, o tal casamento, os preparativos estavam começando e até vestido aquele louco já tinha mandado eu escolher, e como eu não tive escolha tive que escolher um. E por fim, quarto, como eu vou me livrar desse casamento e tirar meus filhos desse manicômio que ele chama de casa.

            Oh, eu estou perdida.

            Desci para ajudar a organizar o local aonde seria a festa dos pequenos. Como sempre, não podia ser do lado externo da casa e nem haveria muitos convidados, afinal, eu nem sei quem estará presente nessa festa. 

A festa seria em um salão que havia na casa, era grande e dava para fazer bastante coisa. Pelo que Rose me contou quem vem a festa são sempre os professores das crianças.  Bom, menos mal, pelo menos não são parentes desse monstro. Se é que isso tem parente.

            ***

            Eram sei horas e eu decidi subir para me arrumar. Pelas minhas contas meus pequenos estariam no final da aula de canto e logo depois iriam se arrumar. Fui para meu quarto e certifiquei de trancar a porta. Se bem que isso não adiantará em nada se aquele maníaco quiser entrar, mas tentar é o que vale.

Fui para o banheiro, me despi e coloquei a banheira pra encher. Como a pressão da agua era muita, a mesma não demorou para encher. Entrei na mesma e me espojei, tomei um banho relaxante e logo depois sai. Segui enrolada em uma toalha até o quarto, aonde fui até o guarda-roupa.

Vi dentro do mesmo um vestido dentro de uma capa. Achei estranho, pois eu não me lembro de tê-lo visto antes.  Peguei e levei até a cama, abri a capa e foi revelado um vestido preto e branco magnifico.

O mesmo era de manga três quartos e a mesma era em renda, a parte da blusa em preto e a parte da saia em branco com a barra em preto. Ele era meigo e magnifico. Ele vinha acompanhado de uma meia calça e sapatos pretos. Os mesmo pareciam sapatos de sapateado, não por fazerem barulho, mas sim pelo modelo. Os mesmo brilhavam muito, por serem de verniz.

Os peguei e tirei da capa. Vesti uma lingerie preta de renda e logo em seguida a meia calça. Pequei o vestido e o vesti. Analisei minha imagem no espelho e havia ficado perfeito, o mesmo demarcava muito bem as curvas do meu corpo. E como a saia era meio rodada, dava um toque meigo e conservador.

Calcei os sapatos e os mesmos eram confortáveis. Fui até a penteadeira e lá havia uma caixa de veludo, com certeza era de joias, eu reconheço em qualquer lugar.

            “ para você”

 Li o que estava escrito no bilhete ao lado da caixa. Peguei e abri, era uma gargantilha preta e com ela acompanhava um anel, o tal anel de noivado. Dei de ombros e sentei para me pentear. Prendi meus cabelos em um coque arrumado e fiz uma maquiagem simples.  Coloquei as luvas pretas de renda que acompanhavam o vestido, a gargantilha e o tal anel.

            Analisei meu reflexo no espelho grande e gostei do que vi. Sorri e caminhei até a saída do quarto.

***

Cheguei ao salão e lá estavam as pessoas que eu já esperava e outras que eu não esperava. Havia umas velhotas com cara de mal humoradas.  A decoração havia ficado incrível, não era o que eu sempre planejei para o aniversario dos meus filhos, mas dava para o gasto.

Havia músicos tocando musica clássica, coisa que não é comum em aniversario de criança, mas creio que meus pequenos estejam gostando, afinal, eles tocam musica clássica.

Falando neles os mesmos estavam conversando com a professora de ballet e o professor de francês. Me aproximei lentamente.

― espero que estejam gostando da festa. ― me abaixei e falei baixinho no ouvido dos dois.

―LY! ― falaram em uníssono e abraçaram meu pescoço. Os abracei.

― você está linda. ― Jacke falou afastando.

― parece uma princesa. ― Jas completou.

― princesa não, rainha. ― Jack a repreendeu.

Sorri.

― vocês também estão magníficos. ―os elogiei. ― parecem da realiza. ― eles riram.

Jacke estava com uma calça verde um pouco clara e dobrada na ponta. Uma blusa social de botão de cor azul claro, um blazer azul petróleo. Estava com uma gravata borboleta e calçava com um mocasim  da mesma cor do blazer. Estava muito lindo. Pareci um rapazinho.

Jasmine estava vestida com um vestido amarelo que era rodado e as mangas eram em tons mais claras. Usava meia calça  e sapatos brancos, daqueles social com fivela que ficam uma gracinha. Ela também usava luvas de renda, e as delas eram brancas. Em seus cabelos loiros tinha uma fita amarela linda.

― obrigada! ― agradeceram em uníssono.

***

A festa correu naturalmente, as crianças estavam se divertindo e todos, pelo menos eu, os professores e Rose, fazíamos com que eles se sentissem o melhor possível.

O relógio agora marcava nove da noite, e a festa já tinha que chegar ao fim. Então estava na hora do parabéns. Rose e eu chamamos todos para perto da mesa do bolo. Colocamos os dois em cima de uma cadeira, as luzes foram apagaras e começamos a cantar.

O sorriso nos lábios dos dois compensava todo o esforço que eu estava fazendo, tudo o que eu estava passando, por que eu estava passando por eles.

A canção terminou e eles sobraram a velinha.

― fizeram um pedido, meus amores? ― perguntei com um sorriso.

― fizemos. ― responderam de cabeça baixa.

― e o que vocês pediram? Conta pra mim bem baixinho para mim. ― falei.

Eles se aproximaram cada um falou em um dos meus ouvidos.

― queremos ter você para sempre. Queremos que seja nossa mãe. ― Sussurraram em meu ouvido.

Meu coração de despedaçou totalmente com aquilo. Mas ao mesmo tempo uma alegria me invadiu. Aquilo me deu mais força para que eu os tire daqui.

Sorri para eles e dei um beijo em cada um.

― eu sempre vou está aqui para vocês. ― sorri. Eles retribuíram o sorriso.

As luzes se acenderam.

― atenção! ― Javier chamou a atenção de todos. ― Lilyan e eu faremos um comunicado. ― olhou para mim. ― na verdade, isso será um o presente de vocês dois. ― olhou para Jacke e Jasmine.

Ambos me olharam.

― Lilyan e eu iremos nos casa. ― falou sem rodeios sorrindo no final. ― a cerimonia será em dois dias e  vocês estarão convidados. ― sorriu e olhou para mim.

― você vai ser nossa mãe de verdade? ― os pequenos agarraram meu pescoço com empolgação.

― eu sou a mãe de vocês. ― sussurrei.

***

Já eram quase onze da noite e depois de ajudar a desmontar tudo subi para meu quarto. Meu corpo estava exausto, comecei a me despi antes mesmo de chegar ao banheiro.

Quando cheguei ao banheiro tirei o vestido e entrei debaixo do chuveiro.  Deixei a agua morna cair sobre meu corpo e me relaxar. Não demorei no banho e logo desliguei o chuveiro e me enrolei em uma toalha.

Fui para o quarto  e comecei a procurar uma roupa. Senti uma corrente de ar frio invadir o ambiente. Olhei e a janela estava aberta, achei estranho, pois podia jurar que ela estava fechada.

Fui até ela e a fechei com cuidado. Quando ia recuar senti um corpo  atrás de mim. Estremeci, mas não foi de medo, pois dessa pessoa eu não tinha medo.

― Justin? ― sussurrei.

― sim. ― falou com voz cansada.

Não hesitei em virar e o abracei forte. Tudo o que eu queria era sentir o corpo dele junto ao meu, seu corpo quente e seu cheiro imponente me envolvia e me acalentava.

― eu senti sua falta, minha pequena. ― sussurrou em meu ouvido.

― eu também senti a sua, meu amor. ― falei já derramando as lagrimas.

― ei, não chora. ― segurou meu rosto e fez com que eu olhasse seus olhos. ― e estou aqui, eu vim te buscar.

― não. ― tirei sua mão do meu rosto e me afastei.

― hã? Como não? ― perguntou confuso.

― eu não posso sair daqui, Justin. Pelo menos não agora.

                        ― e por que não? ― me puxou de volta para si. ― você mesma disse que estava com saudades. ― roçou nossos lábios.

            ― muitas coisas aconteceram. ― tentei me manter firme. ― muitas coisas mudaram. ― me afastei.

            ― mas o seu amor por mim mudou? ― olhou fixo em meus olhos.

            ― Justin, vai embora. ― falei.

            ― não, eu não vou a lugar nenhum. ― falou. ― você vai me responder, seu amor por mim mudou?

            ― Justin, eu vou me casar! ― falei sem rodeios. ― dentro de dois dias eu vou me casar. ― o encarei.

            ― então é verdade? ― respirou fundo. ― você vai se casar com ele?

            ― vou. ― falei firme, mas em um tom baixo. ― então eu acho melhor você ir embora e seguir sua vida.

            ― seguir minha vida? ― riu fraco. ― que vida? Posso saber? ― me encarou. ― eu não tenho vida sem você, será que você não entende isso? ― parou olhou fundo em meus olhos. ― eu não tenho vida sem você e nem você sem mim. ― se aproximou colando nossos corpos.

            ― Justin, vai embora. ― falei tentando segurar as lagrimas.

            ― não. Eu não vou sem você. ― falou firme. ―você é minha...

            ― não eu não sou. ― falei.

            ― o que? ― se afastou me olhando. ― então o que era aquilo que você me disse aquele dia?  Você lembra?

            ― para, Justin.

            ― eu não vou seguir em frente, por que eu não vejo felicidade ao lado de outro homem a não ser o seu. ― repetiu minhas palavras. ― você lembra que você disse isso pra mim.

            ― coisas mudaram...

            ― mudaram porra nenhuma. ― gritou.

            ― fala baixo, por favor...

            ― não. ― falou alto. ― você mentiu pra mim, Lilyan.

            Eu olhava nos olhou dele e via um brilho diferente. Eram lagrimas que ele estava prendendo para não derramar na minha frente.

            ― me fala o que ele fez para você aceitar tal coisa. ― segurou meu braço. ― hein, fala.

            ― ele não fez nada. ― menti. ― eu só quero construir uma família. Quero viver em paz.

            ― contra outra. ― me soltou e passou as mãos pelos cabelos.

            ― não, Justin. essa é a verdade, aceite-a! eu não te quero, será que não dá pra entender?  ― fui rude.

            Ele me olhava com os olhos ainda mais marejados, e eu aposto que o meu não estava diferente.  Eu estava fazendo aquilo pelo bem dele. Eu tenho certeza que ele esta sozinho e que se eu for junto com ele não teremos chances, serão muitos contra nós.

            ― você me ama, e eu sei disso. ― falou. ― e eu não vou desistir de você. ― apontou o dedo pra mim. ― sabe por quê? Por que eu te amo.

            Ele saiu pela janela me deixando sozinha naquele quarto. Não me contive e cai de joelhos no chão e minhas lagrimas começaram a jorrar.

            ― eu também te amo, Justin. ― sussurrei baixinho. ―  e eu estou fazendo isso por nós dois. 


Notas Finais


bom, o forninho de vocês cairam? kkkk
proximo cap já será o casamento da Ly com o Javier, ou melhor, quase casamento - só para tranquilizar vocês rsrs-
preparem-se para o forninho de vocês cairem muito nos proximos caps..

BOM, AGORA SÓ EM 2016 rsrs

aliais, feliz ano novo adiantado para todos vocês, que esse novo venha com muita paz, alegria, prosperidade, amizade, saude, enfim, tudo de bom. e que em 2016 tenha muitas historias.,novas temporadas aeeeeeee. e Deus no comando sempre kkkk
rsrs

Bjs e bons votos da He para todos vocês
#Comentem


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