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História Suicide Soul - Save me


Escrita por: HeJuice

Capítulo 27 - Save me


Pov. Justin

 

         Fiz o caminho inverso até chegar a saída estratégia que havíamos bolado. Cheguei perto do carro na qual eu estava, abri a porta, entrei, dei partida e sai cantando pneu.

         ― missão cumprida? ― Chaz perguntou animado pelo comunicador.

         ― falaremos sobre isso quando eu chegar ao hotel. ― fui rígido.

         Não dei oportunidade para ele responder e fui logo desligando o comunicador, eu não estava a fim de falar com ninguém.

         “ ― Não, Justin. Essa é a verdade, aceite-a! Eu não te quero, será que não dá pra entender?”

          Eu me recuso a acreditar nessas palavras.  Dava pra ver nos olhos dela que eram da boca pra fora, que aquilo não era o que ela queria dizer, não vinha do coração.

         Limpei os olhos rapidamente para que aquelas malditas lagrimas não rolassem pelo meu rosto.

         Aquele filho da puta deve ter feito alguma coisa com ela, alguma coisa está prendendo ela a ele. Mas ela não me diz o que é.

         ― Droga. ― soco o volante. ― Lilyan, por que você tem essa péssima mania de querer resolver as coisas sozinha.

                                      ***

         Cheguei ao estacionamento do hotel, deixei o carro lá e subi, sem dar a mínima importância aos chamados dos outros.

         Entrei no elevador rapidamente e subi para o ultimo andar. A demora em chegar até o meu andar erra irritante. Sempre parava nos outros andares, e aquele som irritante estava fazendo meus nervos ficaram a flor da pele.

         Finalmente cheguei ao meu andar. Sai daquele maldito elevador e caminhei até a suíte, passei o cartão― que Chaz havia clonado. ― e entrei.

         Fui direto para o carrinho onde ficavam as bebidas e preparei uma dose generosa de whisky. Dei um gole arrumado na bebida e a mesma desceu queimando pela garganta. Apertei os olhos. Dei outro gole e preparei mais uma dose.

         Ouço o barulho da porta se abrindo e vozes são ouvidas.

         ― Onde está a Ly? ― Donna perguntou.

         ―você está vendo ela aqui? ― falei dando outro gole na bebida.

         ― não. ― respondeu.

         ― então... ― dei outro gole, mas dessa vez foi pequeno.

         ― Bieber, você pode me explicar que palhaçada é essa? ― Adam falou se aproximando de mim.

         ― não tem palhaçada nenhuma. ― falei estressado. ― ela não quis vir. ― os encarei.

         ― o que? Como assim? ― Candice perguntou surpresa.

         ― foi isso mesmo que você ouviu, irmãzinha. Ela não quis vir. Ela quis ficar para se casar com aquele maldito. ― taquei o copo no chão. O mesmo se espatifou.

         ― então é verdade a historia do casamento? ― falou espantada.

         ― É. ― rosnei. ― ela disse que não quer saber mais de mim, quer construir uma família e viver em paz. ― derrubei uma mesinha que estava com um vaso de flor. ― falou é ao lado dele que ela quer ficar.

         ― isso não é possível.  ―Chris falou desacreditado. ― a Ly nunca nos trocaria por um cara como aquele.

         ― eu sei disso. ― falei. ― é por isso que eu não vou deixar eles se casarem. ― os olhei. ― se ela não pode ser minha, dele ela não será. ― fui decidido.

         ― então a operação resgate ainda está de pé? ― Ryan perguntou com um sorriso no rosto.

         ― sim, e agora mais do que nunca. ― o encarei. ― podem chamar reforço e vamos começar a planejar tudo novamente. ― assentiram. ― temos dois menos de dois dias. ― olhei pro relógio. ― para planejarmos tudo, resgata-la e matar aquele desgraçado.

         ― será igual a operação Victor? ― Chaz sorriu.

         ― será ainda melhor. O objetivo é, pega-la e matar todos que nos impedir. Inclusive ele. ― falei decidido.

 

          Pov. Lilyan        

         Eram nove da manha e eu estava em um dos quartos, que agora se tornou um perfeito ateliê. Faltam exatamente um dia e algumas horas para que esse maldito casamento aconteça. 

         Meu vestido já está pronto, a roupa do crápula e das crianças também. todas estavam nesse quarto. A decoração eu deixei por conta das empregadas, e implorei para que elas dissessem para ele que era eu que estava escolhendo tudo, para não ter nenhuma merda.

         ― eu acho que agora vai ficar bom. ― uma mulher de com cara de madame entojada falou. ― pode vestir.

         Peguei o vestido e fui para uma parte mais reservada para poder experimentar. Tirei minha roupa e comecei a vesti-lo, o mesmo já teve que ser apertado mais de três vezes, cada vez eu estava mais magra.

         Eu não tinha vontade nem animo para comer nada. Desde ontem a única coisa que eu consigo pensar é nos olhos marejados do Justin implorando para eu ir  com ele e dizendo que me ama.

         ― em breve nós nos veremos, meu amor. ― sussurrei para mim mesma.

         Terminei de colocar o vestido mais ou menos e voltei para aonde as costureiras estavam.  Subi no pedestal e uma delas  o abotoou.

         ― ficou perfeito. ― falou. ― por favor, não engorde e nem emagreça.

         ― ok. ― sussurrei desanimada.

         ― mas que noiva desanimada. O que esta acontecendo, querida? ― me olhou.

         ― eu só estou cansada. ― menti.

         ― pois trate de se animar, seu casamento é amanha. ― dei um falso e forçado sorriso. ― olhe e vê se gosta do que vê.

         Encarei meu reflexo no grande espelho. O vestido era de renda, justo e de mangas longas. A parte da manga era de renda não forrada, e nas costa havia um decote em V. Ele era elegante e conservador.

         O vestido era bonito, tenho que admitir. Mas eu não conseguia me empolgar com isso.

         ―já posso tirar? ― perguntei.

         ― sim, pode. ―respondeu.

         Desci do pedestal e fui até o trocador tira-lo. Vesti minhas roupas e sai levando comigo o vestido.

         ― aqui está. ― o entreguei. ― agora se me derem licença eu vou ver os pequenos. ― assentiram.

         Caminhei pelo corredor, pela hora eles deveriam está na aula de pintura. Estava passando pela porta da sala de musica quando ouvi alguém me chamar baixinho.

         ― psiu, psiu... Ly. ― sussurrou.

Olhei para os lados procurando a origem da voz.

― Ly, aqui. ― falou novamente.

Consegui vê da onde vinha o chamado. Jacke e Jasmine estavam com a cabeça pelo lado da fora. Caminhei até eles.

― o que vocês estão fazendo aí? ― perguntei. ― vocês não deveriam está na aula de pintura. ― cruzei os braços e arqueei a sobrancelha.

― é.... ― Jas procurava as palavras enquanto olhava para baixo e mexia os pezinhos.

― a professora está doente, por isso não temos nada pra fazer. ― Jack respondeu.

― hm, sei. ― falei desconfiada. ― mas o que fazem aqui?

― viemos mostrar a mamãe. ― Jas falou. ― vem, entra rápido. Papai não gosta que ficamos aqui. ― eles terminaram de entrar.

Entrei rapidamente e fechei a porta. O quarto era bem grande e havia muitas coisas lá. Reconheci uma das paredes, essa era a parede que aparecia nos vídeos.

― o que é isso? ― perguntei olhando toda a extensão do cômodo.

― é um quarto de memorias. ―Jacke respondeu. ― papai é quem diz.

― ele não gosta que venhamos aqui. ― Jas sussurrou. ― porque tem coisas de caça. ― apontou para uma parede que havia vários animais empalhados.

― mas por que vocês me trouxeram aqui mesmo? ― olhei para os dois.

― mostrar a mamãe. ― sorriram.

― e onde ela está?

― aqui. ―me puxaram até um canto da sala. ― tira. ― apontou para um grande lençol branco que cobria algo.

― ok. ― dei de ombro. ― se afastem, pode ter poeira. ― assentiram e afastaram.

Puxei o lençol com certo cuidado e o mesmo revelou um grande quadro com uma pintura.

― Uau. ― sussurrei ao ver quem estava na pintura. ― esse homem é louco.

― essa é nossa mamãe, nosso papai, Jacke e eu. ― Jas falou apontando.

O quadro era enorme e havia uma família nele. Javier  estava de pé atrás de uma poltrona, vestia um terno bem alinhado e sua expressão era seria. E havia uma mulher com dois bebês  nos braços, ela vestia um vestido longo e branco , seus cabelos negros e olhou verdes. Era eu.

Esse homem com toda a certeza é um psicopata, ele mandou me pintarem?

― ela é linda, não é? ― Jas falou sonhadora.

― é.... ― falei saindo do transe. ― se eu dissesse para vocês que eu a conheço vocês acreditariam? ― olhei para eles.

― você conhece a mamãe? ― perguntaram em uníssono.

― sim. ― suspirei cansada. ― senta aqui. ― falei já sentando no chão. Assim eles fizeram.

Respirei fundo. Estava na hora de contar toda a verdade.

― tudo aconteceu a muito tempo atrás. ― comecei. ― a mãe de vocês conheceu um homem...

― o papai? ― Jack perguntou.

― não, não era o Javier. Ele era loiro, igual a vocês Jacke e tinha os olhos castanhos cor de mel. Era um homem incrivelmente lindo. ― falei com calma.

― ele roubou a mãe de vocês da casa de um homem mau, muito mau. Esse homem queria fazer mal a ela, queria vende-la para pessoas más.

― que horror. Ele era um feiticeiro, igual nas historias de contos de fada? ― Jas perguntou.

  ― quase isso. E ele a levou para a casa dele, só que ele era muito turrão, gostava dela só que não falava. ― retorci os lábios. ― aos poucos, com a convivência eles foram se aproximando cada vez mais e mais. até que ela se apaixonou por ele.

― tipo Bela e a Fera? ― Jack perguntou confuso.

― isso, Bela e a Fera. ― sorri. ― ela gostava dele, e ele também gostava dela, mas não admitia. E ele gostava de sair com outras plebeias, em vez de ficar com a princesa dentro do castelo. ― eles riram.

― ele gostava dela por que ele enfrentou varias coisas por ela. Até mesmo um galpão em chamas.

― wow, ele é um herói. ― Jack falou com os olhos brilhando.

― sim, um herói. ―ri. ― ele resgatou a princesa muitas vezes das bruxas más.

― serio? ― Jas perguntou curiosa.

― serio. ― confirmei. ― um certo dia, quando eles estavam muito felizes ela descobriu que estava gravida. Só que ela ficou com medo de contar pra ele.

― por que ela teve medo? ― Jack perguntou confuso.

― ela pensou que ele não gostaria. E numa noite enquanto voltava para o castelo para contar a bela novidade, teve uma noticia horrível. ― fiz cara de espanto.

― o que aconteceu? ― perguntaram.

― uma bruxa o enfeitiçou e disse que a princesa não gostava dele e tinha achado outro príncipe.   

― que mentirosa. ― Jack cruzou os braços e fez cara feia.

― eles brigaram e a princesa foi embora gravida e sozinha.

― não, ela não pode ir sozinha. Quem vai cuidar dela? ― Jas falou preocupada.

― é, ela não tinha casa, não tinha os pais. Estava sozinha no mundo. ― abaixei a cabeça. ― mas ela tinha uma coisa chamada esperança. Então ela foi embora do reino e chegou em outro distante. Lá ela encontrou um jovem poeta.

― aí eles se apaixonaram e se casaram e viveram felizes para sempre. ― Jas falou sonhadora.

 ― não, não. ― ri. ― ele ajudou a princesa e se tornaram amigos. Só que o homem mal conseguiu pega-la novamente e a trancou em um quarto escuro, sozinha, com fome e frio.

― e onde está o pai das crianças? ― Jack falou bravo. ― ele não vai pega-la?

   ― foi ai que ele apareceu. Ele juntou seu exercito e foi resgata-la. Eles planejaram tudo, mataram o homem mau e pegaram-na de volta.

― Ae! ― comemoraram.

― ele ficou feliz em saber que ia ser pai. E ainda mais de duas crianças lindas. Ele a pediu em casamento e ficaram a espera das duas criancinhas. Era um casal, Jacke e Jasmine. Esse era o nome deles. 

― olha Jack, eles tem o mesmo nome que a gente. ― Jas falou cutucando Jacke.

― shiu, fica quieta, ela tem que contar o resto da historia.

― eles viveram felizes para sempre, Ly?

― não. ― neguei. ― as vésperas do casamento quando ela foi experimentar o vestido de noiva os bebês foram roubados.

― roubados? ― Falaram surpresos.

― sim. todos ficaram bastante triste e começaram a procura-los. Mas chegou a noticia de que eles estavam mortos.

― mortos? ― Falaram assustados.

― sim. ― torci os lábios. ― ela ficou tão triste que foi embora e deixou tudo para trás. Ela foi embora para procura-los sozinha, pois ela achava que eles não estavam mortos.

― e ele?

― ele ficou sozinho e muito triste. Mas também procurou pelos filhos e por ela.

― eles se encontrão novamente? ― Jas pergunta.

― sim, depois de tempo eles se reencontram e a chama do amor se reacende.

― e eles estão juntos? ― Jas perguntou esperançosa.

― não. ― neguei. ― ela foi embora mais uma vez, pois achou provas de que seus filhos estavam vivos. ― falei tentando segurar as lagrimas na garganta.

― e ela os encontrou? ― Jack perguntou.

― sim, mas agora ela está presa com outro homem mal que diz ser os pais deles e não são. ― respirei fundo. ― eles estão tão lindos e tão inteligentes. Mas ela não sabe como vai tira-los do Daqui. E agora...

     — e onde eles estão? — Jas perguntou agoniada.

     — bem na minha frente. E eu estou de pés e mãos atadas.

   Eles me olharam confusos.

   — vocês estão vendo a moça no quadro? — me virei para o quadro e o encarei.

    — é a mamãe. — Jacke falou.

     — sim, ela sou eu. — os olhei. — olhem a semelhança. Os cabelos, os olhos, mão. Tudo nela parece comigo.

      — vocês são muito parecidas

      — não somos só parecidas, somos a mesma pessoa. — me olharam mais confusos ainda. — eu sou a mãe de vocês, a princesa da história sou eu...— comecei a chorar. — o mostro da história é o Javier e o que está sofrendo é o Justin, o verdadeiro pai de vocês.

    Eles estavam confusos e a expressão de ambos mostrava isso. Eu não os culpo, eles são pequenos.

    — eu tenho que tirar vocês daqui. — tentei me aproximar, mas eles se distanciaram.

     Eu via lágrimas em seus olhos espanto em suas expressões.

      — não, o papai não é um monstro. — Jas se encolheu e começou a chorar.

      — Jas, você precisa entender, ele roubou vocês de mim, e isso é errado.

      —mas ele não nos trata mal, ele nos ama.— Jack falou também chorando.

       —  ele deixa vocês trancados dentro dessa casa, não deixam sair para brincar com outras criança, ir a escola e tudo mais. Isso também é maltratar.

      — não, não, não. — Jas falava entre os soluços.

       — minha princesa, não chora. Por favor. — pedi me aproximando dela.

      — você é minha mamãe? — perguntou me olhando e chorando

     — sim, eu sou. — chorei também. — eu tenho que tirar vocês daqui. — puxei Jack para perto de mim.

      — nós não queremos sair daqui. — Jack falou com a cabeça afundada em meu peito.

      — queremos a família igual o quadro. — Jas completou chorando muito.

      — assim não vai dar, não mesmo. — sussurrei e abracei os dois.

    

                Pov. Justin

 

      Era por volta das dez horas da noite e estávamos reunidos todos em um galpão. Precisávamos de um lugar com mais espaço. Então acionamos nossos seguidores daqui e eles providenciaram tudo.

    Os reforços já haviam chegado, mandei vir alguns homens de Atlanta para cá e alguns daqui. Conseguimos armas e equipamentos.

   Como em todo lugar tem um dedo duro, conseguimos a informação do horário e local que a cerimonia irá acontecer. Será amanhã as duas horas da tarde. Temos menos de vinte e quatro horas.

     As coisas já estavam nos esquemas, como a segurança será redobrada infiltraremos alguns de nossos homens na segurança e isso nos será de grande valia.

     Entraremos bem na hora da cerimônia, a mesma será ao ar livre, o que é ótimo. Pegaremos a Ly e o Javier. Ele nós mataremos e ela vai ficar para mim.

   Vamos ter o mínimo de cuidado possível para não machucar inocentes. Sendo que se estão apoiando essa insanidade não são inocentes.

    —Justin… — Chaz me tirou de meus pensamentos.  — já fechou com os seguranças.

    — sim, o suborno está de pé, eles aceitaram.

      — eu acho melhor ter cuidado, eles são cães. — Candice falou.

      — nós estamos tendo. — Chris falou.

    —  O Kevin falou que está vindo para cá, mas não sei se ele chega para a operação L, resgate. Mas para o Xeque Mate ele estará, com toda certeza.

     — Amanhã estejam de pé bem cedo, começaremos colocar o plano em prática pela manhã.

     — ok! — todos confirmaram.

  

 

          Pov. Lilyan

  

         O dia amanheceu ensolarado, mas dentro de mim estava uma tempestade sem fim. Eu não estou acreditando que hoje eu vou consumar meu castigo.

      Sei que toda noiva no dia do casamento está nervosa, ansiosa ou coisa assim. Mas assim você só fica quando se casara com a pessoa amada, e não um crápula a qual você está casando obrigada.

       Já eram dez da manha e eu tinha que começar a me arrumar. A equipe de maquiagem e essas  coisas havia chegado. Quando vi tanta gente lembrei do casamento da Vick, ela estava tão feliz e eu de certa forma também estava.

       Jacke e Jasmine só se arrumariam mais tarde. Os dois ainda estavam muito confusos com o que eu contei ontem. Mas fiz prometer que não contará nada para ninguém.

 

     — nossa,  você está muito tensa. — um massagista careca e com voz afeminada falou. — deite  já. — apontou para uma espécie de maca. — você tem que está bem relaxada para seu casamento.

  

                    ***

 

          2 horas antes da cerimônia…

 

     Era tanta gente dentro de um espaço só que chagava a dar falta de ar. Depois da massagem eu tomei um banho preparado por eles, o mesmo era cheios de sais e coisa do tipo.

      Agora eu estava sentada em uma cabeça com cinco pessoas me rodeando. Duas fazendo as unhas dos meus pés, duas as das mãos e um ajeitando o meu cabelo.

    É sério, para que tudo isso? Cara, chega a ser sufocante.

     

      Um hora antes da cerimônia…

    Faltava apenas uma para a cerimonia, eu estava com uma coisa estranha era uma mistura de medo com ansiedade. Minhas mãos suavam de uma maneira estranha.

    Unhas, cabelo e maquiagem ok.  Agora era a hora de vestir o vestido. O mesmo chegou sendo carregada por duas mulheres, elas tinham um cuidado com aquilo que parecia ser de vidro.

      Respirei fundo e subi no pedestal. Eles me ajudaram a vestir com cuidado para não borrar a maquiagem e nem estragar as unhas e cabelo.

    Quando eles terminaram de abotoar o vestido todos me olharam e falam a mesma coisa.

      — você está magnífica.

      — obrigada. — tentei dar um sorriso convincente.

      Afinal, eles fizeram um bom trabalho. E é mais do que necessário elogia-los.

      Analisei meu reflexo no espelho e tenho que admitir, eles fazem um bom trabalho. A maquiagem dos olhos estava em tons de branco e prata. O que deixava os olhos bem traçados e ao mesmo tempo sereno. Na boca era um gloss incolor, que foi só para dar um brilho.

     Meus cabelos estavam meio presos e meio solto. Estava repleto de cachos bem definidos, o que ficou lindo.   Na orelha eu estava usando um brinco não muito grande de diamantes. Presente do meu “ futuro esposo”. ECA!

      – ainda não terminou. — um das maquiadoras falou.

     A olhei de desconfiada. Ela veio até mim com uma caixa e abri. Dentro dela tinha uma tiara linda, com pedras de diamante.

     Lá se vai minha tentativa de ter uma roupa discreta.

     Ela veio até mim e colocou-a em minha cabeça. Olhei mais uma vez para meu reflexo no espelho e tentei sorrir, só tentei, pois por dentro eu estava totalmente destroçada.

         Ouvi a porta se abrindo, olhei na direção  e vi duas pequenininhos entrando por ela. Eles vieram correndo para me abraçar.

        — Ly, você está linda. — eles falaram me abraçando.

       — oh, vocês também estão lindos. — os olhei.

       — você está parecendo uma princesa.— Jas falou mexendo os pezinhos.

        — princesa não, rainha. — Jack falou corrigindo-a.

        Jack estava todo de terno preto com detalhes em prata, como o lencinho do bolso e gravata.

       Jas estava com um vestido branco de alça e cheio de babados. Seus cabelos estavam todos cacheado com um arranjo prata na cabeça.

       — os convidados já chegaram. — Jack falou empolgado.

     — é mesmo? — fingi entusiasmo.

      — o jardim está tão lindo, todo florido. — Jas falou sonhadora.

    — onde está sua cestinha, Jas? — perguntei

      — está com a Rose. — respondeu.  

      Olhei para o relógio.

      — eu acho melhor ir busca-la. Já está na hora. — sorri forçado.

                Ela sorriu me abraçou e saiu correndo do quarto, acompanhado de Jack.

                ― aqui está. ― uma das costureiras me entregou o buque de flores.

                O buquê era com rosas vermelhas, o que dava um destaque em tudo. O peguei e respirei fundo.

                ― eu acho que chegou a hora. ― olhei para a equipe.

                ― sim. ― assentiram sorrindo.

                Eles me ajudaram a caminhar até a sala e lá encontrei Jas junto com Rose. Rose estava com um vestido vermelho e o cabelo preso em um coque lateram. Nem parece a empregada que eu via todos os dias.

                ― está muito linda, Rose. ― a elogiei.

                ― muito obrigada. ― corou. ― a senhora está magnifica. ― me elogiou.

                ― obrigada. ― sorri para ela. ―vamos? ― falei levantando um pouco o vestido.

                Caminhamos até o lado externo da casa. O tempo estava  ensolarado o que reluzia nas flores e dava um toque diferente. Ouvi a marcha nupcial ser tocada e comecei a caminhar até o caminho.

                Cheguei ao começo do caminho e tive a visão do altar. Respirei cansada e desanimada.  No altar estava o Javier com um terno preto e uma rosa  vermelha no bolso.

                Jas estava na minha frente e começou a caminhar enquanto jogava as pétalas de rosas brancas no tapete vermelho. Todos estavam de pé e me olhavam admirados. Algumas pessoas eu já havia visto e outras nem sabia quem era. Talvez sejam parentes do crápula.

                A musica parou quando eu cheguei ao altar. Dei o buquê para Rose e encarei Javier, que estava com um sorriso nos lábios. Aquilo me deu nojo e embrulhou meu estomago.  Ele se aproximou e me deu um beijo na testa, minha vontade era de limpar com soda caustica o local aonde aqueles lábios nojentos me encostaram.

                ― peço para que todos sentem-se. ― o padre pediu.

                Padre, como um padre pode celebrar uma coisa dessas?

                ― estamos aqui reunidos para realizar o enlace matrimonial de Javier Gonzalez e Lilyan Green. Assim diz a palavra de Deus, o homem....

                As palavras do padre foram interrompidas quando se ouve um barulho  estranho. Todos os confiados começam a murmurar e a olhar para os lados.

                Javier olha para o lado e faz um sinal para um dos seguranças. O mesmo assenti.

                ― pode continuar, padre. ― Javier falou.

                O mesmo limpou a garganta e começou a olhar para a bíblia.

                ― o homem...

                Um barulho mais forte foi ouvido, e dessa vez deu para distinguir. Era  tiro.

                ― padre, pode para continuar. ― Javier falou.

                ― o homem...

                ― não, pula para a parte do eu te declaro... ― falou e pegou minha  mão com força.

                               Um barulho mais intenso de vários tiros consecutivos foram ouvidos e de repente vários homens aparecem. Soltei-me de Javier e o encarei. Ele estava tão surpresa quanto eu. 

                ― pensou que eu não viria? ― Ouvi uma voz familiar de longe.

                ― Justin? ― sussurrei procurando por ele.

                ― você mesmo disse que eu seria um convidado de honra. ―  ele começou a caminhar pelo caminho que levava ao altar.

                Ele estava com um sorriso de deboche nos lábios e em suas mãos portava uma arma de alto calibre. Não posso negar, eu também estava com um sorriso enorme nos lábios.

                ― tem razão. ― Javier forçou um sorriso. ― você não poderia faltar. ― começou a caminhar pelo altar.

                ― claro que não. ― Justin respondeu. ― eu vim buscar o que é meu. ― me olhou rapidamente.

                ― infelizmente eu terei que discordar com você. ― sacou uma arma. ― ela é indispensável para o casamento acontecer. ― atirou.

                Justin foi rápido e desviou e começou a revidar. Vários homens encapuzados começaram a se aproximar e  a atirar também, e os homens de Javier entraram no jogo. Aquilo já estava um cenário de guerra, era tiro para tudo em quanto é lado. Meu único pensamento foi me esconder, mas eu ouvi um grito estridente de criança no meio do tiroteio.

                Olhei e vi Jasmine abaixada com as mãos tampando os ouvidos. Ela gritava e chorava, chorava muito.

                ―JASMINE! ― gritei. Ela olhou para mim assustada.

                ― mamãe. ― me chamou estendeu os bracinhos.

                ― se abaixa, meu amor.

                Suspendi um pouco o vestido e sai do altar tentando me esquivar o máximo possível dos tiros, que estavam por todo lado. Quando eu estava perto dela reconheci um dos homens. Era o Adam.

                ― ADAM! ― Gritei. Ele me olhou. ― A JASMINE. ― apontei para a ela. ― TIRE-A DAQUI. ― pedi.

                Ele me olhou confuso. Mas assentiu e foi até onde Jasmine estava e a pegou. Jas se esperneava nos braços dele e gritava meu nome. Olhei para ver aonde estava Javier e só vi quando ele estava fugindo e o Justin indo atrás dele , junto com alguns homens e capangas do Javier os atacando.

                ― Jack. ― ele me veio a cabeça.

                Sai correndo segurando o vestido tentando achar o menininho. Ele tinha que sair daqui.

                ― JACK... JACK . ― comecei a gritar seu nome.

                Corri para dentro da casa, e também estava um caos, vários convidados estavam escondidos lá.

                ―Rose...Rose. ― comecei a chamar por ela.

                ― senhora. ―me respondeu vindo com cautela até mim.

                ― aonde esta o Jack? ―  perguntei ofegante.

                ― eu não sei, senhora. ― falou nervosa. ― a ultima vez que o vi ele estava lá fora.

                ― Meu Deus. ― coloquei a mão na testa.

                Não pensei duas vezes e fui correndo para o lado de fora.  Comecei a segui o barulho dos tiros, eu corri o máximo que eu conseguia. Com aquele vestido estava quase que impossível.

                Cheguei a parte de trás da casa, aonde tinha uma parte que dava para um lago, e da varanda dava para vê-lo perfeitamente. Havia vários homens espalhados e eu segui a direção dos gritos de uma criança.

                ― Jack, Jack. ― gritava enquanto corri.

                Aquele lugar parecia um labirinto, era muita entrada, muita coluna.  Cheguei a uma parte aonde vi a silhueta de Justin empunhando uma arma. Corri na direção e quando cheguei perto me desesperei.

                ― Javier, por favor. Larga ele. ― pedi e chamei a atenção dos dois.

                Javier estava com Jack no colo e prensava uma arma contra a cabeça dele. O mesmo chorava muito. E Justin apontava a arma para Javier.

                ― não deem mais nenhum passo. ― falou prensando a arma mais ainda contra a cabeça de Jack.

                ― Por favor,  deixe-o fora disso. ― me aproximei com cuidado.

                Justin me olhava confuso e se aproximava da mesma forma que eu. Javier recuava cada vez mais, e isso não era nada bom. Pois atrás dele não havia nada que o aparece e ele cairia daquela altura dentro do lago, e a agua do mesmo é fria, muito fria.

                ― eu já avisei. ― recuou mais.

                Eu não estava preocupada com ele, e sim com Jack. Se Javier cai, Jack cai junto.

                ― Javier, PARA. ― grite praticamente implorando.

                ― Eu estou fazendo isso para o seu próprio bem. ― Impulsionou o seu corpo para trás e se jogou.

                ― mamãe.... ― a voz de Jack ecoa enquanto os dois caem.

                ― Jack. ― fui até a beira e gritei. ― JACK-. ― gritei mais uma vez quando vi o corpo dos dois bater na agua.

                ― mamãe? ―Justin foi até aonde eu estava e perguntou confuso.

                ― Jack, meu amor. ― vi algo se mexendo nas aguas.

                Eles estavam vivos. Justin não perdeu oportunidade e começou a atirar.

                ― Não, não faça isso. ― segurei a sua mão o impedindo de atirar. ― vai machuca-lo.

                ― qual é o seu problema? ― falou nervoso. ― ele esta fugindo.

                ― O Jacke esta com ele, Justin.

                ― há? ― perguntou confuso.

                ― o Jacke, o nosso Jacke esta com ele. O nosso filho esta com ele. ― gritei desesperada.

                Senti o corpo de Justin estremecer de uma tal forma que suas mãos não tiveram força para segurar a arma, e a mesma caiu no chão.  Ele recuou um pouco e sua expressão era um mix de confusão e surpresa. Eu o encarava esperando ele dizer uma palavra.

                ― então, aquele garotinho é o Jacke? O nosso filho? ― perguntou confuso.

                ― sim, é o nosso filho. ― falei tentando  manter a calma. ― e aquele filho da puta o levou. ― olhei para o lago novamente. ― Justin, temos que pega-lo de volta, eu não vou perde-lo novamente.

                ― calma, calma. ― Justin se aproximou e me abraçou. ― nós vamos pega-lo novamente. ― passou as mãos pelo meu cabelo.

                ― Justin, cadê a Jas? ― perguntei assustada.  Ele me olhou confuso. ― o Adam o pegou, cadê ela?

                ― deve está no Hotel. Todos está lá.

                ― então o que estamos esperando? Vamos para lá.  

 

                               ***

 

                Chegamos a recepção do Hotel  e automaticamente os olhares vieram para mim. Talvez do fato de eu ser uma mulher vestida de noiva e toda desgrenhada.

                Suspendi um pouco o vestido para ficar mais fácil  e caminhamos até o elevador. Comecei a apertar o botão  o chamando-o, não demorou muito e ele chegou a portaria.

                De dentro do elevador saíram algumas pessoas, que me olharam de uma forma surpresa, ignorei e  entramos. Quando o elevador fechou a o porta respirei mais aliviada. Encostei  no vidro e respirei fundo.

                Meus pés estavam latejando, abaixei  e tirei os sapatos  e senti um alivio. Olhei para o Justin e ele estava me encarando.

                ― o que foi? ― perguntei.

                ― você está tão linda. ― se aproximou de mim.

                Ele passou a mão pelo meu rosto o admirando. 

                ― eu sabia que você iria. ― sussurrei. Sorriu de lado.

                ― por que você não me falou que eram nossos filhos que estavam lá? ― afastou uma mecha do meu cabelo e colocou atrás da orelha.

                ― seria muito arriscado, aquele quarto tinha escutas. Você estava sozinho e...

                Ele não me deixou continuar e uniu nossos lábios com um beijo.  Seus lábios macios em contado com o meu, sua língua explorando cada canto da minha boca enquanto conversava com a minha. Aquela sensação era maravilhosa e eu estava sentindo falta daquilo.

                O elevador apitou avisando que chegamos ao nosso andar, saímos do elevador e fomos na direção da suíte para reencontrar os outros.  Entrei e já fui recebida com o abraço caloroso de Cancide.

                ― Ly, que bom que você está bem. ― Falou enquanto nos abraçávamos.

                ― também  bem estava com saudades. ― me afastei. ― cadê a Jas?

                ― A garotinha? Ela esta na cama junto com a Donna. Ela não para de chorar.

                Não esperei eles trazerem ela até mim e sai correndo seguindo o choro de criança. Cheguei a um quarto na qual encontrei Donna sentada na beira da cama tentando fazer com que minha pequena parasse de chorar.

                ― Jas. ― a chamei.

                ― mamãe. ― veio correndo ao meu encontro e pulando no meu pescoço. ― eu to com medo.  ― falou chorando.

                ― calma, calma. ― falei acariciando seus cabelos. ― você está segura agora.

                ― Ly... ― Donna falou boquiaberta. ― então essa é a Jasmine?  ― se aproximou.

                Assenti e sorri.

                ― ela é linda. E puxou você. ― acariciou os cabelos dela. Jas se encolheu e abraçou mais meu pescoço. ― mas tem alguns traços do Justin. ― riu.

                Caminhei com Jas no colo até a sala aonde todos estavam. A sala esta repleta de pessoas, além dos garotos, Justin e Candice. Havia alguns homens do Justin. Isso deixou Jas ainda mais assustada.

                ― calma, minha pequena. ― sussurrei baixinho em seu ouvido.

                ― mamãe, onde está o Jacke? ― Jas perguntou.

                ― está com o Javier. ― falei.

                ― eu quero o papai também, os homens maus bateram nele? ― olhou para os garotos e para mim.

                ― eles não são maus, meu amor.  ―sentei no sofá. ― eles nos salvaram. ― a encarei.

                ― não, mamãe. Eles atiraram no papai. ― afundou o rosto em meu peito.

                ― Amor, fica quietinha. ―comecei a acariciar seus cabelos. ― tudo vai se resolver.

                Olhei para o Justin e ele estava boquiaberto encarando Jas abraçada comigo. Graças aos céus ela já estava parando de chorar.

                ― agora podemos resolver o nosso assunto. ― falei para todos da sala.

                ― wow. ― Chris balançou a cabeça. ― eu estou sem o que dizer. Cara, essa é a Jasmine. Ela está de volta. ― falou sorrindo.

                ― mas onde está o Jacke? ― Ryan perguntou.

                  ― Javier o pegou. ― Justin respondeu. ― ele conseguiu fugir pelo lago, e levou o Jack junto. ― passou as mãos pelo cabelo frustrado.

                ― temos que encontra-lo e pegar o Jack de volta. ― falei.

                ― mas como? ― Donna questionou. ― aquele ali é igual fumaça.

                ― temos que esperar ele fazer contato. ― Adam falou. ― com toda certeza ele vai fazer alguma proposta. O jeito é esperar.

                ― mas já temos que ter um plano em mente. ― Justin falou.

                ― podemos seguir com o que já estava planejado? ― Chaz perguntou.

                ― sim. ― confirmou. ― mas temos que cuidar da segurança dela primeiro. ― falou olhando para Jasmine. ― temos que ter o máximo de cuidado para que ela não se machuque.

                ―vamos leva-la de volta para Atlanta. Victoria está lá e podemos chamar a Pattie também. ― Chris falou.

                ― vou mandar montarem uma guarda no apartamento da Pattie em Atlanta. Assim ela fica mais segura.

                ― mamãe, eu não quero ir a lugar algum. ― Jas retrucou e voltou a chorar.

                ― amorzinho, lá você estará segura...

                ― mas você vai também? ― perguntou chorando e fungando nariz.

                ― não, meu amor. Mas nos encontraremos depois. ― falei com calma.

                ― então não, eu não quero. ― afundou o rosto em meu peito. 


Notas Finais


Link do vestido da Ly: http://manuluize.com/wp-content/uploads/2015/05/Vestido-de-renda-manga-longa-noiva.jpg
Link da tiara: http://www.bestpriceonly.com/product-images/rhinestone-tiara-crown/crystal-prom-rhinestone-princess-crown_c.jpg


agora vocês entendem pq ela nao foi com o jus? kkkkk ela tem que sai por cima kkk badalo.
bom, preparesse para o Good bye mother fucker.... vamos pegar o Jack de volta? vamos matar o Javier? kkkk

espero que tenham gostado... #comentem


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