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História Suicide Soul - Good bye, Kevin


Escrita por: HeJuice

Capítulo 30 - Good bye, Kevin


Meu coração estava disparado e a única maneira que e via para extravasar a pressão que estava nele, era gritar. Gritar com grande voz.

― NÃO. NÃO. NÃO.

Essa era a única palavra que eu conseguia pronunciar enquanto eu tentava, sem sucesso, devolver a vida ao Kevin fazendo uma massagem cardíaca.

As lagrimas desciam pelos meus olhos igual cachoeira, minhas mãos cheias de sangue e a dor, aquela dor insuportável no peito.

O corpo dele continuava ali, imóvel, sem vida.

― Lilyan. ― ouvi a voz de Justin e logo em seguida suas mãos seguraram minha cintura puxando-me para sim.

― Solte-me, Justin. ― comecei a debater em seus braços.

― Ei, se acalma. ― me prendeu mais em seus braços tentando me imobilizar.

―Não. Não. ― comecei a estapeá-lo.

― Adam. ― Justin falou pelo ponto.

― sim. ― Adam respondeu.

― já mandou o Jacke para o apartamento?

― sim. Acabei de  manda-lo junto com a Candice e alguns seguranças.

― ok. ― confirmou. ―agora vem buscar nosso herói.

― já estou indo.

― Ryan, comece a providenciar tudo.

― entendido, Justin. ― Ryan confirmou.

Ele me apertou ainda mais em seus braços e eu afundei minha cabeça em seu peito. Meu corpo estava tremendo por completo, e minha mente já estava sem rumo. Aliais, eu já não via rumo na vida.

― vamos, temos que ver nosso menino. ― Justin sussurrou em meu ouvido.

Apenas assenti.

 

                            ***

O elevador já estava quase no ultimo andar, no qual localizava o apartamento de Pattie. Quando a porta do elevador já dava para ouvir o berro misturado com choro do Jacke.

Quando abri a porta ele se soltou das mãos de Candice e veio correndo ao meu encontro e pulou no meu colo. O peguei e agarrei em meus braços.

― Shiu! A mamãe está aqui. ― falei baixinho no ouvido dele.

O choro ainda persistia, mas agora com uma intensidade menor. Ele tremia e soluçava com o rostinho afundado em meu pescoço.

― eu vou fazer o Jacke dormir. ― falei para Justin.

― ok. ― confirmou.

Fui andando com Jacke em meu colo. Ele ainda soluçava.

― Candice. ― a chamei.

― sim. ― veio até mim.

― você pode arrumar roupas para o Jacke e para mim?

― claro. Você pode dar banho nele enquanto eu vou a cidade comprar roupas.

― ok. ― confirmei.

Rumei até a suíte maior, que era a da Pattie e fechei a porta. Tentei coloca-lo na cama. Mas ele começou a resmungar e se abraçou ainda mais em mim.

Caminhei até o banheiro com ele no colo. Coloquei a banheira para encher com agua morna. Coloquei alguns sais de banho e fiquei esperando.

― amorzinho, vamos tomar um banho? ―falei baixinho já desligando a banheira.

― você vai ficar aqui comigo? ― perguntou olhando para mim.

― vou sim, amor. ― sorri fraco.

Ele assentiu. O coloquei em cima da tampa do vaso e comecei a tirar a roupinha dele. A mesma estava completamente suja de poeira e essas coisas que se encontra em construção.

Seu rostinho avermelhado por conta do choro e sujo de alguma coisa, que parecia ser graxa. O peguei no colo e levei até a banheira, o coloquei na mesma e comecei a limpa-lo.

Ele encarava os sais de banho e eu tentava distrai-lo com aquilo e não tentar demostrar a tristeza que eu estava sentindo.

Quando acabei o enrolei em uma toalha e levei até o quarto. Comecei a seca-lo. Ele estava bem mais calmo.

Ouvi dos toques na porta.

― entra. ― gritei.

A porta se abriu e Candice entrou por ela trazendo nas mãos sacolas de loja.

― fui à loja mais próxima e consegui essas roupas. ― me entregou as roupas. 

― valeu, Candy. ―peguei as bolsa.

―ei, não fica assim. ― passou as mãos pelo meu rosto e olhou fixamente em meus olhos. ― você tem esse garotão ai e sua princesa para cuidar. ― olhou rapidamente para Jacke, que a olhava.

― estou tentando, Candy. ― sorri sem animo. ― são eles que estão me dando forças para não jogar tudo para o ar.

― saiba que eu estarei sempre aqui. ― nos abraçamos.

―valeu mesmo. ― agradeci.

― agora eu vou deixar você fazer esse garotão dormir. E você tomar um banho para relaxar.

― ok!

Ela saiu do quarto deixando novamente Jacke e eu a sós.

― vamos vesti a roupa que a tia Candy trouxe? ― falei tentando parecer animada.

Ele assentiu e sorriu.

Vesti a roupa que Candy havia trago. Era um macacão jeans azul com listras brancas, uma blusa azul escuro por polo para colocar por baixo.

Ok! Ela disse que não teve tempo para arrumar essa roupa. Meu Deus.

― a mamãe vai tomar um banho e já volta. Ok?

― não, mamãe. ― começou a choramingar.

― ok! ― cedi. ― vem comigo.

Estendi a mão para que ele me acompanhasse. Assim ele fez. Peguei a sacola com a minha e rumamos para o banheiro.

O coloquei sentado em uma espécie de banco que havia e fui para o outro lado e entrei no box. De despi dentro do box e liguei o chuveiro deixando a agua quente cair sobre meu corpo.

Quando eu fechava os olhos não tinha como eu não me lembrar na cena do Kevin recebendo aquele tiro, que era endereçado para a Candy, e por consequência o Jacke seria atingido.

Não contive minhas lagrimas também, que se misturaram com a agua do chuveiro. Irei ser eternamente grata a ele por ter dado sua própria vida para salvar a do meu filho. E farei questão de contar nossas aventuras para os dois, e imortaliza-lo na mente deles como um herói, que sempre foi.

Desliguei o chuveiro e me enrolei em uma toalha. Sequei-me rapidamente e vesti minha roupa. Jacke já estava com os olhos quase fechando. Também, deveria ser quase três horas da manhã e ele não está acostumado a dormi essa hora.

― vem, meu amorzinho. ― o peguei no colo.

Levei até a cama e o coloquei na mesma. Deitei ao seu lado e comecei a nina-lo. Não demorou muito e ele adormeceu. Meus olhos estavam pesados. Não aquentei e cai no sono também.

 

***

         Senti alguém puxar o Jacke e logo despertei assustada. Sentei na cama e encarei a pessoa. Respirei mais aliviada.

         ― ah, é você, Justin. ― ajeitei os cabelos.

         ― claro. ― riu pelo nariz. ― pensou que fosse mais quem?

         ― não sei. Não sei. ― balancei a cabeça e levantei da cama.

         ― temos que ir. ― falou ainda me olhando. ― vamos voltar para  Atlanta.

         ― o que fizeram com o Kevin? ― ajeitei a roupa.

         ― Ryan esta arrumando tudo. O corpo dele está sendo levado para Atlanta também.  Adam o levara de helicóptero. ― falou.

         ― ok! ― caminhei até ele. ― aonde vamos enterra-lo?

         ― ele era um Bizzle também. ― sorriu fraco. ― não tinha pulseira nem a cerimonia. Mas fez um ato heroico. Salvo nosso garotão. ― olhou para Jacke que ainda estava dormindo.

         ― ele morreu para salvar a vida dele. ― acariciei as bochechas de Jacke.

         ― Temos que ir. ― Chaz apareceu  na porta nos chamando.

         ― ok! ― Justin e eu falamos em uníssono.

         Pequei o Jacke dos braços do Justin e seguimos juntos para a sala.

        

                                      ***

        

         Era por volta de oito da manhã quando o jatinho aterrissou em Atlanta. Eu estava contando os milésimos de segundo para chegar ao apartamento de Pattie e rever minha pequena princesinha.

         Já havia um carro esperando por nós e nos levou para o apartamento de Pattie. Justin mandou preparar uma escolta para nós. Ele estava em alerta a qualquer coisa.

         Chegamos a frente do edifício onde Pattie estava. apresei-me em entrar no elevador para chegar rapidamente ao ultimo andar. No qual ela estava. O elevador parecia subir devagar. Jacke estava em meu colo e também ansioso para rever Jasmine.

         Quando a porta se abriu, sai rapidamente com ele no colo e caminhei até a porta da cobertura. Um dos seguranças abriu e logo na sala encontrei Jasmine sentado no chão brincando junto com Victoria. Quando me viu, largou o lego, na qual estava brincando, e veio ao meu encontro.

         Ela pulou em meu colo. Tive que ser forte para aguentar duas crianças. Uma em cada braço.

         ― mamãe. ― ela falou me abraçando forte. ― fiquei com saudades.

         ― eu também senti saudades, minha pequena. ― a abracei da mesma forma.

         ― fiquei com saudade de você também, Jacke. ― o abraçou. Ele retribui.

         ―Ly. ― Victoria veio ao meu encontro e me abraçou também. ― onde estão os outros? ― perguntou se afastando.

         ― serve esses aqui? ― Ryan falou enquanto entrava pela porta junto com os outros.

         ― RYAN! ― ela correu para os braços dele. ― que bom que você está bem, meu amor. ― o encheu de beijo.

         ― meus heróis estão de volta. ― Pattie apareceu na sala. ― e meu pequeno príncipe também.

         Ela caminhou ao meu encontro abrindo os braços. Jacke de primeiro se assustou e olhou para mim. Eu sorri e assenti. Ele ainda meio receoso foi no colo dela.

         ― meu Deus, ele é a copia do Justin quando pequeno. ― falou sorrindo.

         ― fazer o que né! ― Justin chegou se gabando.

         ― Que bom que todos voltaram sãos e salvos. ― Victoria falou sorridente.

         Em resposta nós nos entreolhamos e ficou aquele clima tenso no ar. Pattie e Victoria nos encararam.

         ― o que há de errado? ― Victoria perguntou desconfiado nos encarando. ―Hein? Digam-me!

         ― O Kevin. ― Chris começou.

         ― o que tem o Kevin? ― ela perguntou. ― onde ele está? ― perguntou procurando entre nós.

         ― ele entrou na frente do Jacke e do Candice os defendendo de um tiro. ― Chris continuou.

         Victoria colocou a mão no peito e respirou fundo.

         ― e onde ele está agora? ― perguntou tentando manterá calma.

         ― ele não resistiu e morreu no local. ― Chris terminou e abaixou a cabeça.

         ― Ai meu Deus. ― ela falou assustada e caiu sentada sofá.

         ― Vick! ― nos assustamos e fomos ao encontro dela.

         Ela ainda estava com as mãos sobre o peito e parecia com dificuldade para respirar.

         ― fica calma. ― Falei.

         ― ai, não. ― começou a chorar. ― o Kevin não. ― afundou o rosto no ombro de Ryan, que a abraçou com força.

        

                                      ***

         Já es aproximava das seis da tarde, o sol já estava se escondendo e nós estávamos chegando ao cemitério dos The Bizzle.

         Esse cemitério ficava em uma propriedade ficava em um lugar afastado e de difícil acesso na cidade. Lá eram sepultados todos os membros do The Bizzle. Claro, os que foram fieis até a morte.

         O lugar parecia um cemitério comum, como os outros. A única diferença é que era exclusivo.

         Todos nós estávamos trajados  de preto e óculos escuro. Donna e eu estávamos vestidas com o uniforme de guerra e também óculos escuros. Kevin também seria enterrado com seu uniforme de guerra. A urna na qual continha seu corpo era carregada pelos seguranças.

         Jacke e Jasmine ficaram com Pattie no apartamento e nós viemos. Não deu para avisar a família dele, e também, nem sabíamos aonde encontra-los. Éramos muito ligados, contávamos sempre tudo um para o outro. Porem o assunto família Kevin não tocava. O motivo? Eu não sei. E o respeite.

         Chegamos até aonde ele seria enterrado. A lapide já estava lá e a cova aberta. Todos pararam próximos a ela. Como todo funeral alguém tinha que presidir. E é logico que não chamaríamos um padre, os velórios quem presidia era o líder. Justin. Ele falava apenas algumas palavras. 

         Justin que trajava uma roupa preta social. Não era terno. Aproximou-se da lapide e respirou fundo.

         ― Bom, hoje temos um caso raro aqui. Como todos os presentes sabem, só é enterrado aqui quem é membro do The Bizzle. Kevin não era. Porem lutou bravamente ao nosso lado para salvar a vida do meu filho e da minha irmã.

         Deu uma pausa.

         ― isso para mim já é prova mais do que suficiente para fazer dele um The Bizzle. Se tivesse tido um “ final feliz” podemos dizer. Ele com toda a certeza, e sem sombra de duvida seria nomeado um de nós.

         Assenti. Essa era a única coisa que eu conseguia fazer além de chorar.

         ― é por isso que ali. ― apontou para a lapide. ― está escrito “ jaz um herói. “, pois foi isso que ele se mostrou. Um herói, que não pensou duas vezes para sacrificar sua vida para salvar a de quem amava. Essa é uma atitude de Bizzle.  E é por isso que eu digo. Descanse em paz irmão.

         Justin deu ordem para que colocassem a urna dentro da cova e tapassem. Os enterros não podiam ser muito extensos. Havia uma boa quantidade de seguranças que estavam lá deveriam está fazendo a guarda da casa dos garotos, e dos pontos de venda de droga.

         Não demorou muito e a cova estava tapada e aos poucos todos foi indo embora.

         ―você vai ficar? ― Justin perguntou baixinho perto no meu ouvido.

         Apenas assenti. Pois as lagrimas em minha garganta impediam minha fala.

         ― ok! ― falou se se afastou.

         Donna e eu nos entreolhamos e aproximamos da lapide que indicava onde Kevin estava enterrado.

 

  “ Aqui jaz um herói.”

                            Kevin Gales

                            1984―2015

         Donna se aproximou e recostou a cabeça sobre meu ombro.

         ― o que vai ser o The Wigns, Ly? ― perguntou com voz embargada pelas lagrimas.

         ― eu não sei. ― falei do mesmo modo. ― só sei que não faz mais sentido continuar sem ele.

         ― você tem razão. ― concordou. ― Kevin era o cérebro do The wings.

         ― e como todos sabem. Depois que o cérebro para de funcionar é questão de tempo para os outros órgãos pararem de funcionar. ― olhei seus olhos tapados pelos óculos.

         ― então o que faremos?

         ― nós três éramos as partes vitais do The Wings. Kevin, cérebro. Você, o pulmão. Eu, o coração.

         Assentiu.

         ― quando o cérebro para de funcionar começa a corrida contra o tempo para salvar os outros órgãos e assim doa-los para outro corpo.

         ― seremos doadas? ― riu fraco.

         ― quase isso. ― ri da mesma forma. ― eu voltarei para meu corpo de origem. Voltarei para o The bizzle.

         ― e eu? Para que corpo vou? ― perguntou cabisbaixa.

         ― para o mesmo que eu, sua louca. ― sorri. ― você pertencerá ao The Bizzle.

         ― será que eles me aceitaram? ― questionou preocupada.

         ― é claro que sim. Quem deixaria uma das melhores atiradas dos Estados Unidos dando mole. ― sorri. ― a prova de fogo você já nos deu. Ajudou a salvar os meus filhos.

         ― isso para mim foi uma honra.

         ― e afinal, tem alguém que ficara muito feliz em te ter por perto. ― sorri de lado.

         Ela sorriu sem graça.

         ― pode admitir. ― dei um tapa leve em seu ombro. ― até o Kevin que estava longe percebeu.

         ― então esse é o fim? ― trocou de assunto.

         ― digamos que é apenas um novo capitulo de uma nova historia. ― olhei para ela e sorri.

         Tirei o broche do par de assas que estava preso ao meu uniforme de guerra. Ela fez a mesma coisa. Nos aproximamos da lapide e enfincamos os broxes na terra, na qual Kevin estava enterrado.

         ― e agora começa um novo capitulo. ― ela falou olhando para mim.

         ― dessa longa historia. ― sorri.

 

                                      ***

         Cheguei a porta do apartamento de Pattie e dei dois toques rápido. Não demorou e ela abriu.

         ― Como você está? ― me abraçou.

         ― bem. ― respondi sem animo.

         ― entra. ― deu-me passagem.

         Entrei e logo na sala vi Jasmine e Jacke sentados brincando. Justin estava sentado a mesa.

         ― mamãe. ― falaram em uníssono e vieram ao meu encontro.

         ― meus amores. ― os abracei com força. ― estão gostando de ficar aqui?

         Eles olharam rapidamente para Pattie e assentiram.

         ― agora temos que ir para casa. ― sorri.

         ― vamos voltar para Madrid? ― Jas perguntou.

         ― não. Iremos morar em Atlanta agora.

         Assentiram.

         ― mas eu vou ficar com saudades da Rose. ― Jacke falou cabisbaixo.

         ― quem sabe podemos chama-la para morar com a gente. ― sorri.

         ― epa! ― gritaram juntos.

         Pattie e eu rimos.

         ― assim eu fico com ciúmes. ― Pattie falou.

         ― bom, vamos indo? ― falei. assentiram.

         ― ia perguntar a mesma coisa. ― Justin se manifestou. ―Lupy vai ficar feliz em reencontra-los novamente.

         ― Justin. Temos que conversar sobre isso. ― falei com calma.   

         ― quando chegarmos em casa podemos conversar o tempo que você quiser. ― falou.

         ― é sobre isso que eu quero falar.

         Ele franziu o cenho.

         ― Pattie, você pode ficar com as crianças alguns minutinhos. Justin e eu precisamos conversar.

         Ela assentiu e os levou.

         ― vamos? ―perguntei.

         Ele assentiu e fomos até a varanda.

         ― o que você tem a me dizer? ― foi direto.

         ― eu não vou voltar para a sua casa. ― fui mais direta ainda.

         Vi que minhas palavras o pegaram desprevenido.

         ―o que? ― questionou incrédulo. ― você disse que quando eles voltassem você também voltaria.

         ― É. Mas..

         ― não tem “mas” Lilyan. Você falou. Me prometeu.

         ―Justin, escuta! Muitas coisas aconteceram. As crianças estão super confusas e eu não posso avançar o sinal assim com eles. É muito informação. É muita mudança em tão pouco tempo.

         Ele bufou alto.

         ―ok! Você tem razão.

         ― obrigada.

         ― mas aonde você pensa em morar com eles? Espero que não seja fora de Atlanta.

         ― na minha casa. Aqui em Atlanta.

         ― ok! ― retorceu os lábios. ― Mas vou colocar escolta. Por precaução.

         ― não será necessário. ― falei. ― elas podem ficar assustados.

         ― mas Lylian...

         ― ei, confia em mim.

         ― ok! ― bufou. ― posso ir visita-los?

         ― pode. Mas vai com calma.

         ― posso te visitar também? ― puxou minha cintura para junto de seu corpo. ― to sentindo sua falta. ― beijou a lateral do meu pescoço. ― e eu sei que você senti a minha também. ― olhou em meus olhos.

         ― esse vai com calma serve para você eu também. ― afastei-me.

         ― ok! ― mordeu os lábios.

         ― eu vou indo. Donna está no carro me esperando.

         Ele assentiu. Fiz o mesmo e fui para a saída da varanda.

         ― vamos embora? ― falei para os pequenos.

         ― sim! ― responderam em uníssono.

        

                                      ***

         ― gostaram dos quartos? ― perguntei logo depois que voltamos para o corredor.

         ― eles são lindos. ― Jas falou.

         ― eu os preparei para vocês. A muito tempo atrás. ― falei sorrindo.

         ― o meu quarto é radical. ― Jacke falou rindo.

         Ri do modo que ele falou.

         ― bom, agora vamos tomar um banho que tem mais coisa para mostrar.

         ― aee! ― gritaram.

        

         Donna ajudou-me a dar banho nos dois. Nós havíamos passado em uma loja para comprar algumas roupas para eles. Não foram muitas.

         ― não vai sair com o Chris? ― perguntei enquanto levávamos os dois para o meu quarto.

         ― não, vou ficar aqui com você e as crianças. ― respondeu começando a secar Jacke.

         ― ei, não precisa ficar presa a mim. Pode sair com ele, eu fico com os dois numa boa. ― falei.

         ― não, eu quero ficar. ― sorriu.

         ― ok! ― deu de ombro.

         Terminamos de vesti os dois. Fomos para a cozinha fazer coisa para comermos. Donna e eu Já havíamos tomado banho e estávamos de pijama, assim como os dois.

         ― o  que vocês vamos querer comer? ― perguntei.

         ―podemos escolher qualquer coisa? ― Jas perguntou.

         ― sim, qualquer coisa. ― respondi rindo.

         ― pipoca, refrigerante, chocolate e bala. ―Jacke falou.

         ― nossa. Assim você vai passar mal. ― Donna falou rindo.

         ― o seu desejo é uma ordem. ― falei sorrindo. Sorriram também.

         Fizemos tudo e caminhamos com as coisas nos braços até o sótão. Quando assenti a luz eles ficaram deslumbrados.

         ― nossa! ― exclamaram em uníssono.

         ― isso tudo é pra vocês. ― falei rindo.

         ― podemos fazer o que quisermos? ― Jacke perguntou.

         ― sim!- sorri.

         ― vamos assisti filme? ― Jas sugeriu.

         ― claro, vocês escolhem.

         Eles escolheram um filme de desenho animado. Claro, fizeram uma briga rápida para decidirem qual seria primeiro. Mas foi rapidamente resolvido de uma forma bem adulta. Tiraram par ou impar.

         Não demorou muito e eles adormeceram. Não conseguiram chegar nem ao final do segundo filme. Mas acabaram com os doces, chocolate, pipoca e refrigerante.

         Donna e eu levamos eles para o meu quarto. Ah, fala serio. Eu não ia perde a oportunidade de dormir agarradinha com os meus pequenos.

         Logo depois de deixarmos eles em minha cama fomos buscar as coisas e levar para a cozinha.

         ― você tem certeza que vai fazer isso? ― Donna perguntou enquanto colocava as coisas  na lava louças.

         ― é o melhor a fazer, Donna. ― falei guardando as coisas no armário.

         ― você acha mesmo?  ― parou e me olhou.

         ― acho. ― parei. ― vou ficar no apartamento de Miami por algum tempo. Até colocar minha cabeça em ordem.

         ― mas você falou que ficaria no The Bizzle.

         ― mas eu vou ficar no The Bizzle. Existe células deles em Miami.

         ― o Justin aceitou isso numa boa?

         ― ele nem sabe. ― respirei fundo. ― falei com ele que ficaria em Atlanta. Aqui, nessa casa.

         ― quero ver quando ele descobri. ― balançou a cabeça.

         ― ele descobrira quando eu já estiver bem longe daqui. Em Miami.

 

                                      ***

         O dia já havia amanhecido e eu já estava de pé pronta para ir para o aeroporto.

         ― Donna. ― gritei do segundo andar.

         ― sim. ― gritou em resposta.

         ― as passagens estão aí?

         ― sim. Está tudo pronto. Vou colocar as malas no carro.

         ― ok! ― confirmei. ― vamos? ― perguntei para os pequenos.

         ― sim, mamãe. ― responderam.

         Descemos as escadas rapidamente e caminhamos para o lado de fora. Donna já estava próxima do carro.

         ― Donna! ― a chamei.

         Ela veio ao meu encontro.

         ― você chamou o Chris? ― perguntei assim que ela chegou perto de mim.

         ― sim. Ele prometeu não contar nada. ― falou.

         ― aham. Sei. ― falei.

         Balancei a cabeça e fui andando até o carro. Coloquei as crianças nas cadeirinhas no banco de trás e entrei atrás também. Donna no banco do carona e Chris ao volante. Ele nos levaria até o aeroporto.

         ― o Justin sabe que você está indo embora? ― Chris perguntou enquanto íamos para o aeroporto.

         ― não. E ele só saberá quando eu já estiver em Miami. Está ouvindo?

         ― ok! ― balançou a cabeça e riu fraco. ― isso vai ser meio difícil. Você sabe.

         ― Chris, você me prometeu que não iria contar nada. ― Donna falou.

         ― eu não estou falando que vou contar. ― olhou rapidamente para ela.

         ― eu acho bom. Se não eu não te peço mais nada. ― falou seria.

         ― nossa! ― falou rindo. ―seu nome se aplica perfeitamente a você.

         Não demorou muito e nós chagamos ao aeroporto. Chris ajudou a tirar as malas e leva-las para até dentro do aeroporto. Deixei os pequenos com Donna e fui fazer o check-in.

        

         Pov. Justin.

        

         Estava terminando de colocar o relógio quando meu celular tocou. Relutei um pouco para atender, mas a pessoa era insistente.

         ― o que você quer, porra!

         Falei quando atendi o celular. Era o Chris.

         ― ei, ta nervoso por quê? ― riu do outro lado da linha.

         ― você me atrapalhou, cara.

         ― o que você estava fazendo? Comendo umas vadias? ― riu.

         ― não. Seu idiota. ― falei. ― estava me arrumando. Vou ver meus filhos.

         ― é sobre isso que eu tenho que falar.

         ― o que aconteceu com eles? Porra, eu falei para a Lilyan que eu deixaria alguns seguranças fazendo a segurança da casa. Mas ela quis? Não.

         ― ei, calma. Não aconteceu nada com as crianças.

         ― então o que aconteceu, porra.

         ― Lilyan, Donna e os J’s estão indo para Miami.

         ― o que? o que ela vai fazer lá?

         ― morar, ué.

         ― não pode ser. Ela disse que moraria aqui.

         ― não é o que ela está fazendo. Eu acho melhor você correr. O voo dela sai daqui a pouco.

         ― porra. ― desliguei o telefone.

 

         Peguei as chaves do carro, celular e arma e desci correndo para a garagem. Chegando lá entrei no carro rapidamente e sai cantando pneu.

         Sai ultrapassando todos os carros que eu via pela frente. Eu não ia deixa-la ir embora, ainda mais com os meus filhos. Ela já ficou tempo demais longe de mim. E eu não quero que isso continue assim.

         Depois de alguns minutos cheguei ao aeroporto. estacionei o carro mais ou menos não me importando com o que o segurança dizia. Corri para onde ficavam os portões de embarque.

         Ultima chamada para o voo com destino a Miami.

        

         Ouvi a voz dizer pelos alto falantes. Aprecei-me em procura-la. Corri os olhos e não conseguia achar. Até que encontrei Chris, que acenou para mim indicando onde ela estava. Assenti confirmando e corri até o portão de embarque.

         ― Lilyan. ― gritei antes que ela entrasse.

         Ela virou para trás e parou. Assim como Donna e os pequenos.

         Fui até eles.

         ― como você soube? ― me olhou surpresa. ― Chris. ― falou entre os dentes.

         ― escuta. ― segurei seus braços. ― você não pode ir embora. ― tentei recuperar o folego.

         ― senhora. Vocês esta atrapalhando o fluxo do embarque. ― um homem chamou atenção.

         ― desculpa. ― falou se saiu da fila. ― Justin, eu preciso ir.

         ― não, você não vai. ― falei serio. ― eu não quero você longe de mim. Não os quero longe de mim. ― olhei para Jacke e Jasmine. Ambos me olhavam confusos.

         ― não torne as coisas mais difíceis. ― falou tentando não me olhar nos olhos.

         ― é você que está tornando tudo mais complicado. ― falei. ― poxa. Podemos ser uma família. Mas você não quer que eu cuide de você.

         ― Justin...

         ― Lilyan, me escuta. Eu estou disposto a cuidar de vocês. Estou disposto a construir uma família.

         ― temos que ir com calma.

         ― calma? É isso que você quer? Calma?

         ― é isso que eu preciso no momento. ― suspirou.

         ― então está bem. ― concordei. ― mas eu não deixarei você ir embora para Miami com eles.

         ― Justin...

         ― você disse com calma, não é?  ― assentiu. ― vamos com calma então. Fica comigo...

         ― Justin, eu já disse. ― tentou não olhar em meus olhos.

         ― eu ainda não terminei de falar. ― virei seu rosto para mim. ― fica comigo, como amigo.

         Ela me olhou surpresa. Até eu estava surpreso com o que tinha acabado de dizer. Amigos?

         Mas se esse era o único jeito de ficar perto dela e dos meus filhos. Eu estava aceitando.

         ―o que? Amigos?

         ―sim. Amigos. ― repeti. ― não te pedirei nada em troca.

         Coisa que seria difícil. Mas eu tentaria. Olhou-me desconfiada.

         ― não te pedirei nada em troca. Sexo. Nada. Confia em mim. Eu irei de vagar. Não pularei nenhuma etapa.

         Ela respirou fundo. Eu estou louco fazendo esse tipo de promessa para ela. Cara, ela é minha perdição, não consigo ficar perto dela sem sentir vontade de tê-la nos braços. Quem dirá morar na mesma casa sem nenhum tipo de envolvimento?

         ― eai, o que você me diz?

         ― eu aceito.


Notas Finais


MUTAS TRETAS VIRÃO.espero que tenham gostado.. daqui para frente terá muita badalação. e aos que pensam que a temporada está no fim. tenho um aviso. há bastante coisa para acontecer ainda. kkkk
para quem não entendeu essa do Andrew. ele já apareceu na primeira temporada. no capitulo dropping everything .. ele era que carinha que a Ly encontrou na praça. ele tinha até um cachorro chamado Thor.

bom, comentem.
bjs da He


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