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História Suicide Soul - Papi, tu es muy caliente


Escrita por: HeJuice

Capítulo 34 - Papi, tu es muy caliente


 

Pov. Lilyan

 

Abri os olhos lentamente e analisei o ambiente ao meu redor. Levei um susto ao perceber onde estava. Levantei e sentei nas almofadas, senti uma respiração pesada atrás de mim, olhei para trás e Justin estava dormindo profundamente. Sorri.

Analisei seu corpo e ele estava nu. Olhei para mim e estava no mesmo estado. Levantei devagar, mas senti algo me puxar novamente. Olhei e era Justin. Sorri.

―Justin, precisamos levantar. ― falei baixinho.

Ele sentou e passou a mão pelo rosto.

― As crianças. ― ele falou assustado.

―Rose deve está com elas.

Quando terminei a frase ouvimos alguém batendo na porta. Ficamos em silencio. A pessoa bateu novamente.

― Mamãe? Papai? ― ouvi a voz de Jack.

Justin e eu nos entreolhamos. Levantemos rapidamente e começamos a vesti nossas roupas. Vesti minha lingerie rapidamente e logo coloquei o blusão. Justin vestiu somente a boxer, que era a única peça que ele estava ontem a noite.

Bateram na porta novamente.

― Já vai! ― falei.

Justin e eu andamos até a porta e abrimos. Do outro lado estava Jacke, Jasmine e Rose. Eles nos olhavam.

― Mamãe, por que você me deixou sozinha? ― Jas perguntou manhosa segurando seu bichinho de pelúcia.

―É que a mamãe teve que resolver algumas coisas com o papai Justin. ― inventei uma desculpa rápida.

― É isso aí. Tivemos que ter uma conversa seria. ― Justin completou.

― E sobre que? ― Jack perguntou.

Justin e eu nos entreolhamos.

― Sobre vocês voltarem a ter as aulas que tinha antes. ― Falei.

―É isso aí. ― Justin confirmou. ― Bom, eu vou indo.

Justin falou e logo em seguida saiu do quarto indo em direção ao seu.

― Vamos se arrumar para descer? ― falei de forma descontraída.

Elas assentiram e entraram no quarto.

― Rose, faz um favor para mim? ― falei baixo perto dela.

― Sim, senhorita.

― As almofadas do cantinho de leitura. ― assentiu. ― manda lavar.

                   ***

Jack e Jas trocaram-se rapidamente. Jack desceu para a cozinha e Jas foi para o quarto comigo. Tomei uma ducha bem gelada, peguei um short jeans e regata, vesti, e Jas e eu descemos para a cozinha.

Chegamos a mesma e nos deparamos com a cena de Jack e Justin comendo cereal com leite. Jack estava sentado no balcão com sua tigelinha. Enquanto Justin estava de pé em frente a ele, também com uma tigelinha nas mãos.

Não falei nada, só fiquei parada esperando que os dois percebessem a nossa presença. Demorou pouco tempo para isso acontecer.

― Mamãe! ― Jacke falou empolgado.

― Amorzinho. ―respondi sorrindo.

―Princesinha, vem aqui. ― Justin chamou Jas.

Jas negou com a cabeça.

― Jas, por que você não vem com o papai? ― Jack perguntou olhando para ela.

― Ele não gosta de mim. ― respondeu retorcendo.

― Quem disse isso? ― Justin perguntou franzindo o cenho.

― Você fica mais com o Jacke do que comigo. Você não me ama. ― cruzou os braços.

Justin deixou a tigelinha no balcão e foi até ela, a pegou no colo e a encarou.

― Olha para mim. ― ele ergueu o queixo dela com o indicador.

Ela o encarou nos olhos.

― Como eu não te amar se você saiu de dentro de mim? ― perguntou arqueando a sobrancelha.

― Eu fiquei dentro da sua barriga? ― Jas perguntou confusa e tocou o abdômen do Justin com o indicador.

Justin jogou a cabeça para trás e soltou uma gargalhada alta.

― Não foi daqui. Foi mais...

Antes que o Justin falasse mais alguma merda eu corri e tapei a sua boca.

― Já chega, não acha? ― o encarei seria.

Ele assentiu. Tirei a mão de sua boca.

― O que o Justin quis dizer é que você tem o sangue dele correndo pelo seu corpo. Por isso dentro. Entendeu, minha pequena?

Tentei contornar a situação. Ela assentiu. Sorri.

 

                            ***

 

         Quatro meses e meio...

 

Quatro meses e meio de convivência. Tudo estava na perfeita paz.

― Façam seus pedidos. ― falei para Jas, Jack e Justin, que estavam sentados no grande sofá da sala de TV.

― Eu vou querer pipoca, Coca-Cola, doce e chocolate. ― Jacke falou.

― Eu vou querer isso também, mamãe. ― Jas falou.

― Eu também. ― Justin falou.

―ok! ― falei. ― vocês escolham um filme, ok?

Eles assentiram.

Sai da sala e fui para a cozinha, aonde encontrei Lupy e Rose.

         ― O que já prevíamos. ― falei para as duas.

         Elas riram.

         As duas já sabiam o que eles pediam toda a vez que víamos filme. Lupy foi me entregando as coisas. E eu tive que fazer uma acrobacia.

         ―Rose, me ajuda? ― pedi apontando para as Cocas.

         Ela assentiu e pegou as cocas e doces. Que eu já ia esquecendo. Fomos caminhando até a sala.

         ― Já escolheram o filme? ― perguntei colocando as coisas na mesinha.

         ―Mae, Bibish e Jack querem ver filme de luta. ― falou cruzando os braços.

         ― Mamãe, ela quer ver filme da Barbie. ―Jack retrucou.

         ― Vamos fazer assim, eu escolho o filme. Ok? ― falei.

         ― Aí não tem graça. ― Justin retrucou.

         O fuzilei com o olhar. Ele emburrou a cara. Bufei e fui até a caixa de DVD’s. Comecei a ver os filmes até que achei um. Malévola.

         ―Vamos ver esse. ― mostrei o filme.

         Todos resmungaram.

         ― Ótimo, estão todos com a mesma opinião. Vai ser esse. ― falei e fui logo colocando o DVD no aparelho.

         Voltei e me joguei no sofá. Eles me olharam com cara feia.

         ― O que foi? ― fiz cara de inocente. ― Eu sou inocente. ― ri. ― agora vamos assisti o filme. ― peguei uma das pipocas e uma Coca.

                                      ***

 

                   Eram onze horas da noite. Nossa sessão de cinema acabou as dez e meia, quando os dois dormiram depois de assisti três filmes. Depois daquilo dei banho nos dois e os coloquei para dormi. Justin saiu depois disso.

         Nada mudou em relação as saídas noturnas dele. Se eu pensei que isso ia mudar? Bom, eu tinha esperanças. Mas quando se fala em amizade colorida a pessoa não é exclusividade sua, ela é livre para ficar com quem quiser.

         Fui para o meu quarto e fui direto para o banheiro, despi-me e entrei debaixo do chuveiro que jorrava uma agua morna. Deixei que ela caísse em meu corpo e o massageasse.

         Não sei quanto tempo fiquei ali. Desliguei o  chuveiro e enrolei-me em uma toalha. Fui para o quarto e tirando o excesso de agua dos cabelos, entrei no closet, peguei uma lingerie e uma camisola de seda. As vesti e voltei para o quarto.

         Joguei-me e fiquei encarando o teto, até que adormeci.

                            ***

 

         Comecei a ouvir um som longe. Eu ainda estava meio sonolenta e não conseguia identificar da onde vinha. Fui abrindo os olhos lentamente e percebi que meu celular tocava.

         Esfreguei os olhos com a palma das mãos e sentei na cama. O celular continuava tocando, estiquei o braço e o peguei em cima da mesinha ao lado da cama.

         Olhei no visor e era o numero de Justin. Estranhei, pois ele nunca me ligava a essa hora da madrugada. Dei de ombros e resolvi atender, com certeza era alguma coisa importante.

         ―Alô? Alô?

         Comecei a fala, mas ninguém respondi.

         ― Justin? É você? ― comecei  ficar preocupada.

         Ninguém respondeu, mas eu consegui identificar o barulho do outro lado da linha. Meu corpo estremeceu e eu não estava conseguindo acreditar no que estava ouvindo. Eram gemidos.

         Coloquei o celular no viva-voz para ouvir as coisas mais claramente. O barulho aumentou, e agora dava para ouvir outras vozes. Vozes de mulheres. Pela diferença não havia só uma, e sim varias. Eu poderia arriscar em esta ouvindo três diferentes.

         Minha boca se abriu e minha mão, assim como meu corpo, ficou mole. O celular caiu na cama, mas a chamada não foi finalizada.

         Uma dor aguda atingiu meu peito e o resultado foi lagrimas escorrendo dos meus olhos e pingando nos lençóis brancos. Eu não estava conseguindo acreditar que ele estava fazendo uma coisa dessas comigo. Aquilo ali mostrava o tamanho do respeito que ele tinha por mim. Nenhum.

         ―Hm, Papi. Tu es muy caliente. 

         Ouvi a voz de uma das mulheres. Ela tinha um sotaque latino. Ela, como as outras e o Justin, gemiam. A cada gemido deles meu coração se despedaçava mais.

                            ***

         O relógio já estava marcando cinco horas da manhã, o sol estava quase nascendo. Do outro lado da linha não se ouvia mais nada, a cerca de meia hora. Mas eu não tinha força de ir até o celular e o desligar. Eu só conseguia ficar ali, parada, o encarando e chorando.

         A ligação caiu e o celular se apagou por completo. Provavelmente o celular deveria ter descarregado.

         Reuni força da onde não havia e levantei da cama. O meu único pensamento era arrumar as malas e da um fora dessa casa. Eu não conseguiria olhar na cara dele, e muito menos conviver sobre o mesmo teto que ele depois de tudo que eu ouvi.

         A única coisa que eu ficava pensando era nas crianças. Elas estavam se acostumando com ele. Mas o que ele fez foi inadmissível.

         Passei as mãos pelo rosto e caminhei até meu closet. Puxei a mala da que estava na repartição superior do mesmo e a coloquei no chão. Comecei a jogar minhas roupas dentro dela, sem me importar de dobra-la.

                            ***

         Minhas malas já estavam prontas, e eu já estava com  outra roupa e decidida do que iria fazer. Olhei no relógio mais uma vez e o mesmo marcava seis e meia da manha. Sai do meu quarto levando comigo a mala de rodas.

         ― Bom dia, senhorita. ― Rose falou ao me encontrar no corredor.

         ― Bom dia, Rose.

         ― A senhorita vai viajar? ― perguntou olhando para as malas.

         ― Eu já ia mesmo lhe chamar. ―falei. ― arrume as malas das crianças. Coloque só o necessário.

         ― Mas senhorita. Para onde você vai? ― perguntou confusa.

         ― Só faz o que eu estou pedindo. ― assentiu. ― e arrume suas coisas também, você irá conosco.

         Caminhei até o quarto deles, abri a porta devagarzinho e entrei. Eles já estavam acordados.

         ― Mamãe? ― Jas falou sonolenta.

         ―Amorzinho. ― falei indo até ela. ― Vamos se arrumar? Teremos que viajar.

         ― Para onde nós vamos, mamãe? ― Jack perguntou.

         ― Quando chegar vocês irão saber. ― sorri forçado.

         ― O papai vai também?  ― perguntou.

         ―Não, meu amor. ― fui até ele.

         ― Mas eu quero que o papai vá também. ―falou olhando para baixo.

         ― Vamos nos arrumar, ok?

         Assentiu sem vontade.

 

         Pov. Justin

        

         Estacionei o carro em frente a casa. Antes de sair do carro procurei pelos meus óculos escuros, com toda certeza eu estou com uma cara de ressaca. Encontrei os óculos dentro do porta luvas, os coloquei.

         Abri a porta e sai do carro. Minha cabeça estava estourando, eu necessitava urgentemente ne uma boa xicara de café puro e forte. A noite foi longa, mas eu não lembrava de praticamente nada.

         Quando terminei de subir o lance de escadas olhei para o relógio. O mesmo marcava sete e cinquenta da manhã. Com certeza as crianças ainda estão dormindo. Abri a porta e entre.

Fui andando direto para as escadas, eu precisava de um bom banho para tirar esse cheiro de vadia que estava entranhado na minha roupa. Eu não ia chegar assim perto dos meus filhos.  Quando terminei de subir as escadas vi três malas no corredor. Estranhei.

Caminhei até o quarto das crianças, estava vazio. Fui para o closet e nele faltavam algumas roupas.

― Eu não acredito. ― falei baixinho.

Sai do quarto e fui para o da Lilyan e o mesmo estava vazio. Olhei seu closet estava faltando bastante roupa. Aquela filha da puta não pode está pensando em ir embora com os meus filhos.

Desci as escadas correndo e encontrei as crianças na cozinha tomando café. Fui até eles.

―Papai! ― Jack falou sorridente.

― Eai, garotão. ― o abracei forte. ― princesinha. ― dei um beijo na bochecha de Jas.

―Papai, por que você não vai viajar com a gente? ― Jack perguntou.

―Viagem? ― perguntei confuso.

― Sim. Mamãe falou que iremos viajar.

Quando eu ia responder ouvi o barulho de salto, olhei para trás e Lilyan descia as escadas com uma expressão fechada e passos firmes. Quando os seus olhos cruzaram com os meus ela me lançou um olhar gélido e angustiado.

―Podemos conversar? ― segurei o braço dela assim que ela chegou perto de mim.

Ela tinha ódio no olhar e em resposta somente assentiu. Caminhamos em silencio até o meu escritório. Quando entramos tranquei a porta.

― O que você acha que vai fazer? ― perguntei a encarando.

―O que eu acho que estou fazendo? ― riu sarcástica. ― Eu vou embora.

― Como assim ir embora? ― perguntei sem entender. ― Nós estávamos tão bem.

― Você disse bem. ESTAVÁMOS. Até você fazer o que fez de madrugada.

A olhei sem entender nada.

― Hã? O que eu fiz? ― perguntei mais confuso ainda.

Ela riu alto.

― O que você fez? Eu vou dizer o que você fez. Você ligou para mim de madrugada para jogar na minha cara as vadias que estava pegando. Para mostrar para mim o verdadeiro cafajeste sem caráter que você  é.

Antes dela terminar a frase ela já estava chorando.

― Hã? Como assim eu liguei? Eu não liguei para ninguém.

― Não se faça de sínico. Assuma o que você faz que fica mais bonito. ― falou com lagrimas nos olhos.

―Mas...

Tentei me pronunciar, mas ela veio com outra enxurrada de palavras e acusações.

―Eu estava começando a pensar que poderíamos dar mais um passo em nossa relação...

― Isso é bom...

―Mas você faz isso. Isso não é bom. É ruim, é péssimo.

Ela chorava ainda mais. Suas lagrimas eram de decepção e raiva. Aquilo me fazia sentir um nada. Aquelas lagrimas estavam me mostrando o quanto eu sou idiota. Eu a machucava, a decepcionava e ela ainda continuava me amando. Suas lagrimas mostravam isso.

― Mas agora já basta. Eu não vou aquentar mais isso. ― secou as lagrimas com brutalidade.

― Não...

―Sim, Justin. Eu vou embora. ― me encarou de cabeça erguida.

―Por favor, Lilyan. ― aproximei-me com cautela. ― Não faz isso, agora que eles estão se acostumando comigo. O Jack está me chamando de pai e a Jas esta quase lá. Não faz isso, Ly. Eu te imploro.

Eu implorei, coisas que eu não faço. Eu estava quase me jogando aos pés dela para que ela não fosse embora e os lavasse.

― Pode ficar tranquilo. Eu não sairei de Atlanta. Dessa vez pode levar fé nas minhas palavras. ― passou as mãos pelo rosto. ― Eu vou ficar em Atlanta e morar com a Donna.

―Lilyan pelo amor de Deus. Eu lhe imploro, não faz isso comigo. ― segurei seu rosto e fiz com que nossos olhos ficassem fixos um no outro. ― Por favor. Perdoe-me, eu juro que não faço mais isso. Eu não sei nem como isso aconteceu. Por favor.

Ela me olhava em silencio, e aquilo me consumia.

― Está bem. Eu fico. ― tirou minhas mãos de seu rosto com brutalidade. ―mas não ouse dirigir uma palavra se quer a mim.

Assenti e me afastei. Ela me lançou um ultimo olhar e saiu do escritório rasgando.

Passei as mãos pelos cabelos bagunçando os mesmo e sentei na cadeira. Tirei o celular do bolso da calça e fui verificar as chamadas e lá estava ela. Uma chamada com a duração de mais de três horas.

― Droga! ― esmurrei a mesa. ― Aquelas vadias me pagam.

Joguei o celular longe.

         ― Parabéns, Justin. Essa você superou. ― aplaudi  a mim mesmo. ― Você conseguiu ferrar com o coração dela mais uma vez. ― Bufei. ― É  um passo para frente e dois para trás.

         Afundei meu rosto na palma de minha mão.

         ― Agora como você vai fazer para concertar essa burrada?  

 

         Pov. Lilyan.

        

         Sai daquele escritório rasgando e completamente destruída. Fui até a garagem e entrei em meu carro. Desabei sentada ao volante.

         Minha vontade era de pagar aquilo na mesma moeda. Fazer a mesma coisa que ele fez comigo. Peguei meu celular e disquei o numero da primeira pessoa que me veio na cabeça.

         ―Alô? Adam?

         ― Sim!

         ―Você está muito ocupado?

         ―Estou. Mas pode falar.

         ― Não, então deixa para lá.

         ―Zangadinha, fala o que está pegando. Você está com voz de choro, o que o Bieber aprontou dessa vez?

         ― Me encontra no seu apartamento daqui a meia hora?

         ―Ok! Vou sair do restaurante daqui a pouco e vou ver se consigo chegar antes de você.

         ―Ok! Beijos.

         Desliguei o celular e o joguei no banco do carona. Eu estava decidida, eu ia até lá. Eu precisava de alguém para desabafar.

                            ***

         Cheguei em casa por volta das onze da noite. Sai com as crianças durante a tarde e depois pedi para que um dos motoristas os levasse de volta para casa. Donna e eu saímos para beber. Eu não estava a fim de ver a cara do Justin nem tão cedo.

         E falando nele, a primeira pessoa que eu vejo ao entrar na casa foi ele. Estava sentado no sofá com uma calça de moletom e blusa de algodão fino. Ele costumava ficar assim para ficar a toa.

         Ele levantou e começou a caminhar até a mim, mas eu fui mais rápida e esquivei-me subindo as escadas rapidamente.

 

         Pov. Justin.

 

         O dia já havia amanhecido e eu estava de pé muito antes do sol raiar. Desci para a cozinha para tomar o café, e lá fiquei pensando no que poderia fazer para consertar a grande merda que eu havia feito. Mas estava difícil.

         Ouvi passos se aproximando. Isso tirou-me de meus pensamentos e me fez olhar na direção do barulho. Era Jasmine. Ela tentava abrir a geladeira, mas era pequena de mais e o brinquedo de pelica atrapalhava um pouco.

         Levantei de onde eu estava  e fui até ela, abri a geladeira. Ela pegou o que queria, uma garrafa d’agua. Olhou-me.

         ―Jas, senta aqui com o papai. ―caminhei até a cadeira onde eu  estava.

         Ela veio até mim, a coloquei sentada na mesa. Ela me olhava sem entender nada, e ainda com a pelúcia e a agua nas mãos.

         ― Você ouve muitas historias? ― assentiu. ― e o que os príncipes fazem para quando as princesas estão tristes?

         Ela me olhou confusa.

         ― Eles dão flores. Princesas gostam de flores.

         ― Tem certeza? ― assentiu. ― Ok!

         Um silencio reinou.

         ― Mamãe é uma princesa, e ela está triste. ― Falou quebrando o silencio.

         ― É mesmo. ― assentiu. ― e como você sabe disso?

         ― Dormimos junto com ela. E de noite ela estava chorando. ― respondeu olhando para o chão.

         ― E você sabe o por quê?

         ― Sei.

         ― Então me diga.

         Ela não respondeu, mas apontou para mim.

         ― Ela estava chorando por minha causa? ― assentiu.

         Aquilo fez eu me sentir um estupido, mas ao mesmo tempo o melhor homem do mundo. O choro dela era um sinal de que ela ainda se preocupava comigo. Ela ainda me amava. Eu ainda tenho chance.

         ―Se eu te pedir uma coisa você faz para mim? ― me olhou desconfiada. ― Você ajuda o papai a deixar a mamãe feliz?

         Ela pareceu pensar.

         ― Você vai brincar comigo? ― Perguntou fazendo biquinho. ― Você só brinca com o Jack.

         ―Se eu brincar com você. Você vai me chamar de papai?

         ― Isso já são duas coisas, Bibish. ― cruzou os braços.

         ―Você não nega a filiação. ― ri fraco.

         Deus que me perdoe, essa menina é pior que a Lilyan e eu juntos, quando o quesito é chantagem.

         ―Você vai me deixar voltar a praticar ballet com uma professora?

         ― Te levo em uma escola de Ballet, se for preciso.

         ― Então está bem! ― sorriu.

         ―Garotinha mercenária. ― ri fraco. ―Mas primeiro, vamos resolver o meu problema.

         Levantei da cadeira.

         ― Temos flores para comprar. ― falei pegando-a no colo.

         ―Bibish, eu estou de pijama. Não posso sair assim. ― cruzou os braços.

         ―Serio? Nem percebi. ― ela me olhou feio. ― Isso não importa, ninguém vai perceber. ― sai andando. 

         Ela me acompanhou, mas ainda resmungava por causa de sua roupa. Chegamos a garagem, e como ela ia comigo, eu tinha que ir em um carro digamos, mais seguro. Abri as portas da Ranger Rover e a coloquei no banco de trás.

         ―Bibish, onde está a minha cadeirinha? ― reclamou.

         ―Isso não será necessário, tem cinto de segurança.

         Ela cruzou os braços e me olhou com cara feita.

         ―Está bem. ― Bufei e revirei os olhos. ― Você é chata igual a sua mãe. ― resmunguei.

         Comecei a procurar pelas chaves do carro da Lilyan. As mesmas não estavam no painel.

         ―droga! ― resmunguei. ―Jas, o papai vai buscar as chaves. ― falei em um tom que desse para ela ouvir.

         Voltei para o interior da casa  subi vagarosamente as escadas. Caminhei até o quarto da Lilyan, abri a porta com cuidado e entrei. Ela estava dormindo, e sozinha. Com certeza veio para cá de madrugada.

         Caminhei cautelosamente até a mesinha de cabeceira aonde se encontrava as chaves. Depois que peguei a encarei. Ela dormia tão serenamente.

         ―Eu vou consertar a merda que eu fiz. ― sussurrei.

         Sai do quarto, e antes de chegar a porta peguei a chave da mesma, que estava do lado de dentro.  Fechei a porta e a tranquei, levando a chave comigo. Isso fazia parte do meu plano.

         Corri até a garagem novamente e logo destranquei o carro dela. Pequei a primeira cadeirinha que eu vi pela frente e levei até o carro onde Jas estava.  Ela ainda estava no mesmo lugar.

         ―Aqui esta sua cadeirinha. ― falei.

         ―Essa não é minha. Essa é a do Jack. ― cruzou os braços.

         Bufei e revirei os olhos. Voltei no carro e troquei a cadeirinha. Tenho que afirmar mais uma vez. Ela é chata igual a Lilyan.

         ― Esta satisfeita agora? ― falei mostrando a cadeirinha.

                            ***

 

         Estacionamos em frente a floricultura, saímos do carro e caminhamos até o interior da loja. A loja por dentro e por fora era repleta de flores. Também o que é de se esperar de uma loja de flores?

         O movimento dentro da mesma era intenso, e o cheiro era incomodo. Aquele lugar cheirava a mato. Peguei as mãos de Jasmine e caminhamos até o balcão, aonde eu  a coloquei sentada.

         ― O que o senhor deseja? ― o vendedor perguntou.

         ―Jas, qual o tipo de flor que as princesas gostam? ― perguntei para ela.

         O vendedor ficou nos olhando com uma cara de cu.

         ―Rosa. Principalmente as vermelhas. ― respondeu.

         ―Ok! ― assenti. ― Buque de rosas vermelhas. ― olhei para o vendedor.

         ―Como e quantos o senhor quer?

         ―Todos! Pode fazer buquês grandes com todas as rosas que vocês tiverem aqui. Preciso de vários. Se quiser colocar pétalas soltas dentro de cestas ajuda também. ― falei.

         ―A merda que você fez foi tão grande assim?

         ―Você não imagina o quanto. ― respondi. ―Eai, você tem ou não tem?

         ―Claro que eu tenho. ― falou digitando no computador. ― eu vou mandar providenciar imediatamente. Só que vai demorar.

         ―Eu pago o dobro para ter esses buques em no máximo uma hora na minha casa.

         ―Mas senhor, são muitos.

         ―O triplo.

         Ele arregalou os olhos.

         ―Pelo triplo até eu faço os buques. ― sorriu.

         ―É assim que eu gosto. ― sorri de lado.

         ― com licença. ― falou já se retirando.

         ―EI, EI, EI! Espera aí. ― falei. Ele voltou. ― você tem algo para que eu escreva?

         ―Claro. ― me entregou vários bloquinhos.

         ―Você está de brincadeira, não é? O que vai dar para eu escrever em uma porra dessas? A burrada foi grande, preciso de espaço.

         ―Ok, senhor!

         Ele me entregou duas folhas A4.

         ―Agora sim. ― falei satisfeito. ― caneta. ― estendi a mão e ele me entregou.

                            ***

         Uma hora havia passado e nós ainda estávamos ali. Jas cismou que queria uma daquelas porras de tiaras, coroa, ou sei lá o nome daquelas merdas. Só sei que é feito de flores e as garotas colocam na cabeça. Até que ela ficou bonita com aquele negocio.

         Ela queria que fizessem uma daquelas para a Lilyan também. Eu não acho aquilo necessário, pois o que eu vou fazer com ela não precisa daquilo. Aliais, ela não precisa está vestida com nada. Mas Jas era insistente, e falou tanto que eu acabei cedendo.

         ― Senhor, seus buques já estão prontos. ―O vendedor falou.

         ―Ok.

         Paguei as flores, e diga-se de passagem, aquelas porras foram bem caras. Mas dinheiro nunca foi um problema e sim a solução. Paguei aquilo tudo e anotei o endereço na qual eles deveriam entregar.

         ― Vamos? ― perguntei para Jas. Ela assentiu.

         Caminhamos até o carro novamente. Entramos e eu dei partida.

         ―Vamos voltar para casa, Bibish? ― ela perguntou no meio do trajeto.

         ―Não, temos que passar em um lugar antes. ― respondi. Assentiu.

                                      ***

         Não demorou muito e estacionei em frente a uma joalheria. Antes de sair do carro liguei para Lupy.

         ―Lupy?

         ―Sim, meu menino.

         ―Lilyan ainda está dormindo?

         ―Acho que sim. Por quê?

         ― Quando ela acordar não abra a porta do quarto dela. Nem se ela começar a berrar e fazer escândalo. Não abra com a chave reserva. Ok?

         ―Ok! Mas por que isso?

         ― tenho meus esquemas.

         Desliguei o celular e o guardei.

         ―Vamos? ― perguntei para Jas.

         Ela assentiu. Saímos do carro e entramos na loja. Essa sim tinha o cheiro que eu gostava. Cheiro de meteis e pedras preciosos, misturado com o perfume sofisticado das atendentes. Me senti em casa.

         Caminhamos até o balcão e fomos atendidos rapidamente por uma das funcionarias. A mesma era bem gata, mas nada comparado a minha Ly.

         ―Bom dia, em que posso ajuda-lo? ― perguntou com um sorriso estampado no rosto.

         ―Preciso de  um par de alianças para compromisso. Por favor, não estou aqui para economizar. ― sorri.

         ― eu vou pegar alguns pares. ― falou e saiu.

Jas estava olhando tudo em volta. E ainda estava com a tiara de flores na cabeça. Ela estava muito linda, tenho que admitir. Também, já não era novidade, minha filha.

―Aqui está. ― moça voltou com uma caixa grande de veludo vermelho e a abriu.

         Meus olhos brilharam. Era muita joia. Senti saudade da época em que eu assaltava joalherias. Mas agora isso não me rende muito lucro igual  drogas e  armas.

Comecei a analisar cada uma delas. Até que parei os olhos em um par de alianças de prata com brilhantes. Eram perfeitas. Ambas eram iguais, a única coisa que mudava era o tamanho.

As duas eram largas e praticamente toda ela era coberta por pequenos brilhantes. Os únicos lugares que não eram formavam duas listas finas. Não tive duvida, seriam aquelas.

         ―Essas ― falei e apontei.

         ―Uma ótima escolha. ― ela sorriu. ― quer que eu embrulhe as duas?

― Não. A maior você me entrega agora. ― assentiu.

―primeiro tem que pagar senhor. ― falou.

―Isso não é problema.

Caminhamos até o caixa e lá eu paguei as alianças. Ela entregou-me a maior e eu logo coloquei no dedo. Analisei minha mão.

Eu não estava conseguindo acreditar que mais uma vez aquela filha da puta estava me laçando. Ri dos meus pensamentos.

― Aqui está, senhor. ― a vendedora tirou-me de meus pensamentos.

Peguei a bolsa e caminhei com a Jas até o carro novamente. Entramos no meio.

― Vamos voltar para casa? ― perguntou manhosa.

―Agora não. Rose vai passar o dia fora com o Jack e você.

―Mas eu estou com fome. ― reclamou.

Ri alto com a carinha que ela fez. Não tinha duvida. Era mesmo filha da Lilyan.

― Está bem. Vou falar para Rose nos encontrar no Shopping ok? Enquanto isso comeremos alguma coisa. ― assentiu.

No tempo quem que estávamos na floricultura liguei para Rose e pedi  que saísse com as crianças durante o dia praticamente todo. Eu precisava da casa vazia para o meu pedido de desculpas ser completo.

Pov. Lilyan

    Era a quadridentíssima vigésima segunda vez que eu esmurrava a porta e pedia para que alguém abrisse para mim. eu gritava a Jas, o Jack, a Rose, a Lupy  e até o Justin. mas ninguém me ouvia.

Acordei e estava trancada no meu próprio quarto. As chaves do meu carro não estavam aonde eu havia deixado.  Com certeza isso é obra do Justin.

― ALGUEM ABRE A DROGA DESSA PORTA. ―berrei e chutei a porta com força.

A casa estava em um silencio estranho. Bufei alto e sentei encostada na porta.

Ouvi o barulho de alguém destrancando a porta. Levantei rapidamente, mas tinha alguém do outro lado segurando a porta. Forcei mais até que consegui abri. Do outro lado não havia ninguém.

―JUSTIN, SEU FILHO DA PUTA. ― sai gritando pelo corredor. ―Como você pode fazer isso comigo?

Quando ia descer as escadas levei um susto. A sala estava repleta de buquê de rosas vermelhas e pétalas no chão.

―Meu Deus. ― comecei a descer as escadas.

Quando cheguei a sala pude ver o tamanho da decoração. A sala estava tomada de rosas, havia por todos os lados. A curiosidade bateu forte e eu fui ver para quem eram. Comecei a procurar por entre elas algum bilhete. Sempre tem.

Em um dos Buquês eu achei uma folha dobrada. E nela estava escrita. “ Para Lilyan”. Peguei e abri. Reconheci a letra de imediato. Era do Justin.

Quando ia começar a ler senti uma respiração atrás de mim. O cheiro era inconfundível. Era ele.

Ele permaneceu parado por alguns segundos, até que começou a ler o que estava escrito no papel em voz alta.

Eu sei que  tudo o que eu fizer não será o suficiente para me redimir da burrada que eu fiz. Mas eu estou aqui para tentar. Estou aqui para  te pedir pela quarta, quinta, ou quem sabe a decima vez a famosa Segunda Chance.

Ele deu uma pausa e respirou fundo.

Sei que eu quebrei seu coração milhares de vezes. E que em quase todas elas você foi para os braços de outro buscando uma coisa que eu deveria te dar. Consolo.

Sei também que você se faz de durona na minha frente, fala que não precisa de mim para resolver seus problemas. Mas a noite derrama lagrimas em seu travesseiro, e quando está em apuros pede aos céus que eu apareça para te salvar.

Minha garganta deu um nó e eu me controlei para não desabar. Ele prosseguiu.

Vou te contar uma coisa, e eu quero que fique somente entre nós. Ok?

Assenti. Ele se aproximou do meu ouvido continuou lendo.

Quando eu vejo você derramando suas lagrimas, isso me fa senti o homem mais inútil do mundo.

Afastou-se.

 Mas eu vou te pedir uma coisa. Continue derramando lagrimas por mim. Que sejam de alegria ou tristeza. Mas não pare. Por que esse é o sinal de que mesmo eu sendo um estupido com você. Você ainda se preocupa comigo,  você chora por que ainda me ama.

Agora eu vou te prometer uma coisa. Quando eu fizer isso com você, você não vai mais precisar de correr para os braços de outro buscando consolo. Eu te darei isso. Eu te envolverei em meus braços e curarei as feridas que eu causei. E entre lençóis eu te farei a mulher mais feliz do mundo. Promessa é divida.

Meu corpo estremeceu e eu não pude mais conter as lagrimas que rolaram pelo meu rosto. Minha mão bambeou, mas ele a segurou e prosseguiu com a leitura.

Desde o dia em que você me deu aquele tapa na cara, eu já sabia que um dia você estaria em meus braços e eu te faria minha. Entre encontro e desencontros, hoje estamos aqui novamente. E como você disse que não quer pular nenhuma etapa, eu vou obedecer o seu pedido e vou te fazer outro.

Ele soltou minhas mãos. Senti seu corpo se afastar e logo em seguida senti colocar algo em minha cabeça. Coloquei a mão e parecia uma coroa de flores. Ele não me deu tempo de falar nada e ficou de frente para mim.

Mantendo o contato visual ele foi ajoelhando até tocar o chão. Eu já estava prevendo o que ele faria. As lagrimas não paravam de rolar pelos meus olhos. Eram lagrimas de felicidade.

Ele estendeu uma caixinha de veludo azul e abriu-a lentamente revelando uma aliança. Olhei para a sua mão e ele já estava usando uma.

― você aceita ser minha namorada? ― perguntou com voz aveludada.

Meu corpo estava tremendo por completo. Mas reuni forças e respondi.

― Sim.

Ele abriu um sorriso largo e perfeito. Colocou a aliança em meu dedo com cuidado e logo em seguida beijou minha mão. Meu choro misturava com sorriso. Era uma explosão de sentimentos.

         Levantou-se rapidamente e selou nossos lábios sem aviso prévio. Ele apertou minha cintura e eu passei os braços pela sua nuca.

         ― Eu te amo! ― sussurrou em meus lábios.

         ―Eu também te amo. ― respondi sorrindo entre o beijo.

         Ele foi andando para frente me empurrando na direção da escada. Quando subimos o primeiro ele parou o beijo e me pegou no colo. Como os casais.

         Ele foi subindo as escadas me beijando até que chegamos a porta do quarto. Empurrou a porta com o pé e entrou comigo ainda no colo. Logo depois empurrou com o pé e caminhou até a cama, aonde me colocou com delicadeza na mesma.

         Aos poucos ele foi se afastando e sem cortar o contato visual começou a tirar a camisa lentamente. Eu fiquei paralisada olhando cada movimento dele. Quando terminou, se inclinou para frente e me beijou lentamente.

         O beijo dele era calmo, bem diferente do normal. Suas mãos foram passeando lentamente pelo meu corpo. Elas subiram levando consigo minha camisola de seda. Quando chegou a um certo ponto ele parou o beijo e tirou a camisola por completo.

         Com um sorriso nos lábios e ele admirou o meu corpo.  Ele me deu um selinho rápido e começou a distribuir beijos pelo meu corpo de forma carinhosa, passando pelos meus seios até chegar o meu calcanhar.

         Logo depois começou a fazer o caminho inverso até chegar minha boca, me dando um beijo de tirar o pouco folego que me restava. Afastou-se e controlou o peso do seu corpo sobre o meu com os braços.

         ― Eu vou te fazer uma promessa pra você. ―falou baixinho. ― Eu sei que dizer que promessa feita na cama não se deve levar a serio.

         ―Então por que você está fazendo?

         ―Por que não há lugar melhor para está com a pessoa que se ama do que na cama. ― sorriu e depositou um beijo castro em meus lábios.

         ―Então já que é assim, faça.

         ―A partir de hoje você será somente minha e eu serei somente seu. ― assenti. ― e não vai existi ninguém no mundo capaz de mudar isso. Esse será o nosso termo. Eu e você, Juntos.

         ― Juntos! ― sussurrei prensando seus lábios contra os meus.  


Notas Finais


e o forninho? desabou? kkkk
O casal mais perigoso está de volta. uhull... daqui para frente é assim.
no proximo cap que venha o chazinho da Jas e que o Gabriel entre em cena kkkkk
daqui para frente é só badalação.
#comentem


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