História Suicide Soul - Best thing I never had

Eu ainda estava de olhos fechados quando senti algo atingi meu rosto. A superfície era macia, por isso não doeu, mas eu tomei um susto. Abri os olhos rapidamente e sentei na cama.

         No pé da cama encontrei Pattie, Candice, Donna e Victoria de braços cruzados e uma expressão fechada em seus rostos. Cobri meu corpo com o lençol, pois estava nua. Só percebi quando um vento frio bateu em meus seios fazendo arrepiar.

         ―Muito bonito! ― Pattie finalmente falou.

         ―Nós ficamos te esperando iguais otárias e você ficou aqui fodendo com o Justin. ― Donna falou seria.

         ―Foi mal. ― coloquei uma mexa de cabelo atrás da orelha.

         ―Foi mal? Foi péssimo. ―Foi a vez de Candy manifestar sua raiva.

         ―Eu tentei resisti. Eu juro. ― retorci os lábios. ―É difícil negar sexo para o Justin, tá legal.

         ―Vamos concertar essa frase. ― Vick falou. ― Eu não resisti ao pau do Justin. ― ela arqueou a sobrancelha.

         ―JUSTIN! ― Pattie deu um grito e tacou um travesseiro nele.

Justin acordou assustado e sentou rapidamente na cama.

―Que porra é essa? ― falou mal humorado. ―O que vocês estão fazendo aqui?

―O que estamos fazendo aqui? ― Pattie perguntou seria. ― Você esqueceu que dia é hoje?

―Não. ― passou as mãos pelos cabelos.

―Mas parece. ― Candy falou. ―São onze e meia da manhã e vocês ainda estão na cama. ― Nos encarou. ― A Ly deveria está na massagem.

―A equipe já está toda aqui. ― Vick falou.

―Qual o problema? O casamento é só mais tarde. ― Justin deu de ombros.

―Qual o problema? Não é você que tem que fazer unha, cabelo, maquiagem, entre outras coisas. ― Candy falou irritada.

―Ei, calma aí. ― Justin falou.

―Justin, eu vou contar até cinco para você levantar dessa cama e dá um fora daqui. ― Pattie falou pausadamente.

―Eu levantaria se não estivesse nu. ― Justin deu de ombro.

―Onde está sua cueca? ― Pattie perguntou.

Justin olhou por cima dos ombros dela na direção da cômoda. Lá estava a boxer branca do dele. Ela bufou e foi até lá buscar, e quando voltou a jogou com força para Justin.

Ele começou a vesti a boxer por debaixo dos lençóis.

―E você, mocinha. ― falaram para mim. ― Não vai se vesti?

―Eu até me vestiria, mas minha roupa está irreconhecível. ― ri fraco.

Na noite passada Justin fez questão de rasgar todas as minhas peças de roupa. Todas viraram trapos.

―Isso não é problema. ― Donna falou. ―toma. ― tacou uma blusa do Justin que estava no chão. ―Veste. ― ordenou.

Comecei a vesti a blusa rapidamente.

―É bom vocês levantarem dessa cama e começar seus afazeres. ―Pattie falou seria.

―Sim, xerife. ― Justin e eu dissemos juntos.

Ela revirou os olhos e bufou. Quando íamos levantar da cama duas vozes infantis invadiram o quarto. Eram Jacke e Jasmine. Eles vieram correndo na direção da cama e pularam na mesma.

Jacke foi logo abraçar Justin e Jasmine me abraçou.

―Mamãe. Mamãe. ― Jas falava euforicamente. ― É hoje. É hoje.

Ela falava agitadamente enquanto puxava minha blusa.

―Calma. Calma. ― ri. ― Assim você vai ter um ataque do coração.

―Isso é ruim? ― ela parou e me olhou confusa.

―De certa forma sim. ―dei de ombro.

―Eu não quero ter isso não, mamãe. ― falou balançando a cabeça negativamente.

Todos nós rimos.

―Na cozinha tem um montão de doces. ― Jack abriu os braços indicando a quantidade. ― Eles estão gostosos. ―Balançou a cabeça.

Rimos.

―Mamãe, Jack estava pegando doces escondido. ― Jas falou.

―Shiuuuu, sua fofoqueira. ― Jack a repreendeu lhe dando um beliscão no braço.

Não demorou muito e Jas abriu a boca para chorar.

―MAMÃE! ―gritava enquanto chorava.

―Jack, não pode fazer isso com a sua irmã. ― Justin o repreendeu.

―Mas papai....

―Não. ― Justin o olhou serio.

Jack cruzou os braços e fez bico.

―Vem com a titia. ― Donna estendeu os braços.

Jack foi andando pela cama até que pulou no colo de Donna.

Jas ainda chorava.

―Shiiuu. Já passou, amorzinho. ― Falei esfregando o bracinho dela.

Ela foi parando de chorar aos poucos até restar somente soluços. Ela olhou para mim ainda fungando e seus olhinhos brilhando por conta das lagrimas.

―Está melhor? ― perguntei.

Ela assentiu ainda fungando.

―Isso é bom. ― sorri e dei um beijo em sua testa.

―Vem com a vovó, princesa. ―Pattie a chamou.

Jas foi correndo e pulou no colo dela.

―E vocês tratem de levantar. ― Ela falou para Justin e eu.

Assentimos.

                            ***

    Eu já havia levantado, mas a primeira coisa que eu fiz foi correr para a cozinha. Eu estava com  uma fome do cão. A noite passada sugou todas as minhas energias.

Preparei um café da manhã arrumado para mim, com direito a panquecas, torradas, suco, queijos, pão, entre outras coisas. Sentei na mesa e comecei a comer.

―Desse jeito o vestido não vai entrar. ― Justin falou assim que entrou na cozinha.

―Duvido muito. ― ri fraco. ― Depois da noite passada é bem capaz de o vestido ficar largo em vez de apertado.

Foi a vez dele rir.

―Por isso tenho que repor o que perdi. ― apontei para as coisas na mesa.

―Se arrependeu? ― sentou ao meu lado.

―Meus gemidos e os orgasmos podem ser considerados respostas para essa pergunta? ― o encarei.

Ele riu de lado e assentiu.

―Eu nem acredito. ― ele pegou a jarra de suco.

―No que?

―Eu vou casar. ― riu e balançou a cabeça.

―Não está feliz? ― ri.

―Sim. Mas eu nunca me imaginei casando e tals. ― me olhou. ―Venhamos e convenhamos. Eu não tenho cara de pai de família.

―Tem razão. Você tem cara de gigolô. ― ri.

―Tá muito abusada, hein. ― riu.

Começamos as comer, mas continuamos a conversar. Confesso que perdi a noção da hora e não demorou muito para Pattie e as garotas entrarem na cozinha.

―Qual a parte de “ o noivo não pode ver a noiva antes do casamento” vocês não intenderam?

―Eu acho que “ o noivo não pode ver a noiva antes do casamento.” ― Justin respondeu rindo.

― HÁ HÁ HÁ. Engraçadinho você. ― Candy nos encarou com os olhos serrados.

― Vamos. Vamos. Vamos. ― Vick começou a me puxar. ― Temos muito que arrumar.

                   ***

―Isso é mesmo necessário? ― Perguntei com duas manicures e duas pedicures.

―Claro que é necessário. ― Candy falou enquanto recebia os mesmos cuidados. ― São uma da tarde e você me pergunta isso?

―Sei lá. ― de ombros.

―Se você não ficasse...

―Nem começa, Donna. ― a interrompi.

Todas riram.

―Calma, vai dar tudo certo. ― Pattie falou. ―só falta sua maquiagem, cabelo e depois roupa.

―De massagem ela não precisa. ― Vick riu fraco. ―Justin já fez o trabalho das massagistas.

―E muito mais. ― Candy falou rindo.

Todas riram.

―Também com o bofe escândalo que ela tem. ― Um dos cabelereiros falou.

Ri fraco.

―Richard, você acha que dará tempo de fazer os nossos cabelos?

  ―É claro, minha querida. ― falou com uma voz engraçado. ― Eu sou Richard Glamour, um dos melhores hair styles de Atlanta. ― se gabou.

―UUUII! ― falamos em uníssono.

Ele riu convencido.

***

                   Uma hora antes do casamento...

         Uma das maquiadoras estava dando os últimos retoques na maquiagem quando Candy entrou desesperada.

         ―Ly, você ainda não está pronta? ― falou desesperada.

         A olhei de canto de olho. Pôs não dava para olha-la cara a cara.

         ―Você não está pronta? ― Donna entrou no quarto.

         ―Não. ― Candy respondeu.

         ―Falta somente uma hora. ― Donna falou olhando para o relógio.

         ―Hey, calma. ― falei. ― Só falta a maquiagem e vesti o vestido.

         ―Só quero ver. ― Candy cruzou os braços.

         ―Terminei. ― A maquiadora falou.

         Virei para elas e ambas abriram a boca admirada.

         ―Ly, você está linda. ― Candy falou.

         ―Magnifica. ― Donna completou.

         Virei para o espelho e analisei minha imagem. A maquiagem era em tons de branco e prata nos olhos e na boca tinha um batom forte. Vermelho, meu predileto. Os cílios estavam iguais de boneca, sempre gostei de cílios assim.

         ―Tenho que concordar com vocês. ― as olhei e ri. ― Vocês  também estão magnificas. ―as analisei.

         Os vestidos delas eram azuis tomara que caia, na parte da blusa justo e a saia rodada. Muito lindo. Os cabelos de ambas estavam em uma trança lateral estilo espinha de peixe.

         ― Alguém me chamou? ― Vick entrou empolgada.

         ―Não. ― falei.

         ―Ih, sua grossa. ― ela deu língua. ―Só não rebato por que hoje é seu casamento.

         ―Olha que bondade sua. ― ri.

         ―Onde está a Pattie com suas joias? ― Donna perguntou.

         ―Não sei. ― dei de ombros.

         Não demorou muito e Pattie entrou no quarto com uma caixa nas mãos.

         ―Até que em fim. ― Candy falou. ― São as joias?

         ―Sim. Justin queria trazer, mas não deixei.

         ―Justin quer agorar o casamento, só pode. ―Candy bufou.

         ―Quero ver as joias. ― falei ansiosa.

         Pattie caminhou até mim. As outras garotas se aproximaram também. Todas estavam curiosas.

         ―Você já viu? ―perguntei antes de ela abriu a caixa.

         ―Não. Justin me entregou e eu vim direto para cá. ― respondeu.

         ―Então abri. Estou curiosa. ― falei.

         Ela sorriu e abriu a caixa lentamente. A boca de todas se abriram. Dentro da caixa havia uma tiara, um cordão e um par de brincos. Todos magníficos.

         ―São perfeitos. ― falei boquiaberta.

         Os brincos eram pratas  com cristais e perola nas pontas. Perfeito. O cordão era com um uma sequência de cristais e perolas na ponta. Parecia uma cama de gato. Também Era perfeito.

Já a tirara não tinha perolas, mas havia diamantes. De cara eu reconheci um deles, aquele diamante era inconfundível. Era um dos que roubamos do governador. Esse estava no ponto mais alto da tiara e em suas laterais estavam dois melhores.

―Justin se superou dessa vez. ― Donna falou.

―Verdade. ― falei ainda deslumbrada.

―Você será a noiva mais linda. ―Pattie falou.

―Isso mesmo, Pattie. Desvaloriza a baixinha aqui. ― Vick falou.

―Ah, não fica com ciúmes não. ― falei.

Todas riram. Alguém bateu na porta. Todas olhamos para a mesma.

    ―Donna, vai ver quem é. ― Candy falou.

Donna assentiu e foi. Mal ela abriu a porta e os pequenos passaram voando e vieram até mim.

―Mamãe. ― falaram em uníssono e pularam em meu colo.

―Assim vocês vão bagunçar o cabelo da mamãe. ―falei rindo.

―Mamãe, você está linda. ― Jack falou.

―Obrigada, amorzinho. ― sorri e beijei.

Jack estava a copia  do Justin em uma forma mais concentrada e inocente. O corte dos cabelos e a roupa estava a mesma. Eu já havia visto a roupa do Justin.

 ―Você está igual uma rainha. ― Jas completou.

―Você também, amorzinho. ― falei rindo. Ela riu de volta.

O vestido de Jas era semelhante ao meu. A diferença é que ele era mais discreto e comportado.

―Swaroviski? ― Perguntei apontando para as pedras do vestido de Jas.

Todas assentiram.

―Isso é muito luxo. ― ri fraco. ―Vocês devem ter esvaziado os cofres do Justin.

―Não gastamos quase nada comparado ao que ele tem. ― Pattie falou.

Dei de ombros e sorri. Alguém bateu na porta.

         ―Deve ser a Rose procurando os dois. ― Falei.

         ―Deixa que eu atendo. ― Candy falou rindo correndo até a porta.

         Ela abriu a porta e logo quis fechar novamente, mas a pessoa do outro lado não permitia.

         ―Sai, Justin. ― Ela falou.

         ―Para de fogo, Candice. ― ele falou do outro lado da porta.

         Candy não conseguiu resisti e ele entrou. Justin entrou no quarto. Donna, Pattie e Vock se puseram na minha frente.

         ―Justin. Sai. ― Pattie ordenou.

         ―Não. ― rebateu.

         ―Você sabe que não pode ver a noiva antes do casamento. ― Donna falou seria.

         ―Dane-se. ― deu de ombros.

         ―Justin, sai. ― Candy falou tentando empurra-lo.

         Foi inútil.

         ―Eu vou contar até cinco para vocês saíram. ― Justin falou serio.

         ―Você não pode fazer isso. ― Donna falou.

         ―1...

         ―É a tradição Justin. ― Pattie falou.

         ―2...

         ―Você gosta de agorar. ― Vick retrucou.

         ―3...

         ―Depois se algo der errado a culpa é sua.  ― Candy falou.

         ―4...

         Elas começaram a sair.

         ―5.

         Ficamos somente Justin, eu e as crianças.

         ―Baixinhos, isso serve para vocês também. ― Justin falou.

         Eles assentiram rapidamente e saíram do quarto.

         O quarto ficou em silencio.

         ―Isso é contra as tradições. ― fui até ele. ― pode acontecer algo de ruim. ― ri.

         ―A tradição é a noiva casar virgem e estamos aí com dois filhos. ― riu de lado.

         ―Estamos nos tempos modernos, baby.

         ―É por isso que eu vim aqui. ― me puxou pela cintura. ― Não precisamos de tradições. Nada me fará desisti de você agora. ― sorri de lado.

         ―Nada. ― repeti.

         ―Você está magnifica. ― ele aproximou nossos lábios.

         ―A maquiagem. ― o alertei antes dele tocar meus lábios.

         ―Você não sabe a vontade que eu estou de borrar essa maquiagem toda. Te de jogar naquele sofá e....

         Ele começou  a beijar meu pescoço.

            ―Justin... ― Gemi.

         ―Lilyan, não me negue uma rapidinha. ― falou em um sussurro.

         ―Eu tenho que acabar de me vesti. ― falei.

         ―Isso vai ser rápido... eu prometo. ― tentou beijar meus lábios.

         Gemi ao sentir suas mãos subirem por debaixo do hobby que eu estava vestindo. Quando chegou a sinta liga ele a puxou fazendo o elástico bater na minha pele.

         ―Justin, não estraga o que eu prepararei para você. ― resmunguei.

         ―Se é para mim não tem importância estragar. ― riu fraco.

         ―Tem sim.  ― o afastei.

         Abri o hobby lentamente e deixei a mostra a lingerie branca, com direito a cinta liga e tudo mais. Justin mordeu os lábios enquanto me media por completo.

         ―Você está pedindo para que eu perca o controle e te jogue naquele sofá. ― falou umedecendo os lábios.

         ―Nem pensar. ― fechei o hobby rapidamente. ― Primeiro eu tenho que vesti aquele dali. ― Apontei para onde estava o vestido de noiva em um manequim. ― Me ajuda a vesti?   

         ―Seria um prazer. ― ele falou sorrindo.

         Ele me ajudou a tirar o vestido do manequim. Subi em cima de um pequeno pedestal. Tirei meu hobby e ele começou a me ajudar a vesti o vestido. Como eu já havia tido ele era bem difícil de se vestir, então nos atrapalhamos um pouco.

         ―Espera um pouco. ― falei. Afastei meus cabelos das costas para que ele pudesse fechar o vestido. ― Pronto.

         ―Acho que isso não vai fechar. ― debochou.

         ―Para de ser mentiroso. ― ri. ―Ele está um pouco larguinho.

         Ele foi fechando o vestido rapidamente.

         ―Pronto. ― ele falou assim que terminou.

         ―Como estou? ― me virei para ele.   

         Justin entreabriu a boca em sinal de surpresa. Seus olhos brilhavam e um sorriso bobo formou em seus lábios.

         ―Você é a noiva mais linda que eu já vi na vida. ― caminhou até mim. ―Singular. ― deixou levemente meus lábios.

         Durante o beijo deixei uma lagrima derramar.

         ― Podemos nos casar agora? ― Justin perguntou quando findamos o beijo.

         ―Não. ― respondi rindo e secando as lágrimas. ― Tenho que acabar de me arrumar.

         ―Mas você já está vestida.

         ―Tem as joias, o sapato, a coroa. Sem falar que eu vou ter que retocar minha maquiagem. Você a borrou toda.

         Ele riu de lado.

         ―Agora você pode ir para o altar, que é seu lugar. ― Pisquei. ―E é bom dizer sim. ― cruzei os braços.

         Ele sorriu e foi caminhando até a porta. Quando ele abriu as garotas entraram iguais uns furações.

         ―Justin, vai já para o altar. ― Candy ordenou.

         ―Os convidados já chegaram, sabia?  ― Donna falou.

         ―O que fizeram aqui dentro? ― Pattie perguntou.

         ―Conversamos, trocamos juras e Justin me ajudou a vesti o vestido de noiva. ― respondi.

         ―O QUE? ELE JÁ TE VIU DE VESTIDO? ― Candy falou desesperada.

         Assenti e dei de ombros.

         ―Fique sabendo que você acabou com o encanto. ― vick falou.

         ―Não acabei com nada. ― andei até a penteadeira. ― Me ajudem a colocar. ― pedi.

                            ***

         Meu coração estava igual um solo de bateria. Minhas mãos estavam suadas e para tentar aliviar eu segurava firme o buque. Havia chegado a hora. As madrinhas já haviam entrado e estavam no altar. Agora seria a minha vez.

         Ouvi o som dos instrumentos tocarem a macha nupcial, de onde eu estava vi todos ficarem de pé. Adam me estendeu o braço e eu o segurei firme. Sim, Adam entraria comigo. Sei que eu estou sacrificando e o martirizando, mas eu o considero como um irmão.

         Jas pisou primeiro no tapete vermelho e começou a jogar pétalas de rosas. Logo em seguida eu comecei a caminhar pela mesma superfície. O sol estava se pondo criando um contraste incrível. No altar os garotos estavam a direita,  as garotas a esquerda e Justin no meio perto do padre.

         Justin estava com um sorriso tão sincero nos lábios e o meu correspondia o dele. Não pude controlar as lagrimas que escorreram lentamente pelos meus olhos. Aquela era a realização de um sonho. Finalmente eu estava encontrando a felicidade.

         Quando cheguei ao altar a musica parou. Adam soltou meu braço e me entregou para Justin.

         ―Cuida bem dessa marrentinha. ― Adam sussurrou para Justin.

         ―Já estou cuidando. ― Justin beijou minha testa de forma delicada e demorada.

         Entreguei o buque para Pattie e virei para o padre.

         ―Todos podem sentar-se.

O padre falou e assim todos fizeram. Excerto quem estava no altar.

         O padre começou a dar um pequeno sermão sobre o matrimonio e os pilares do casamento. Serio, era cansativo. Mas eu não estava nem aí. Eu estava casando com o homem que eu amo.

         ―Ele não pode resumir isso não? ― Justin murmurou.

         ―Shiuuu. ― falei.

         Justin bufou e revirou os olhos.

         ―É melhor parar de fazer isso. Ou vai sair feio nas fotos. ― ri baixo.

         ―Eu nunca saio feio nas fotos. ― se gabou.

         Ri e balancei a cabeça.

         ―Diante os presentes, vou, pois, interrogar-vos sobre as vossas disposições. ― O padre falou.

         ― Agora é nossa fez. ― sussurrei. Justin assentiu.

         ― Justin Drew Bieber e Lilyan Green, viestes aqui para celebrar o vosso Matrimónio. É de vossa livre vontade e de todo o coração que pretendeis fazê-lo?

         ―Sim. ― respondi com firmeza.

         ―Você está de brincadeira né? ―Justin falou rindo. ― Eu se você tinha vergonha de me perguntar isso.

         Todos rimos, menos o padre.

         ―Eu esperei essa mulher por anos. Enfrentei os elementos da terra para tê-la e você me pergunta isso?  Porra. É claro que aceito. ― falou rindo.

         ―Olhe o palavreado. ― o padre o repreendeu.

         Justin revirou os olhos.

         ―  Vós que seguis o caminho do Matrimónio, estais decididos a amar-vos e a respeitar-vos, ao longo de toda a vossa vida?  Por favor, respondam somente “sim”. ― o padre falou

         ―Sim. ― Justin e eu falamos em uníssono.

         ―Estais dispostos a receber amorosamente os filhos como dom de Deus e a educá-los segundo a lei de Cristo e da sua Igreja?

         ―Olha. Filhos nós já temos e eu pretendo fazer igual a lei do senhor. Crescer e multiplicar. ― Justin falou.

         Todos riram. Até eu não consegui me controlar.

         ―Já cria-los segundo a lei de Cristo será meio difícil. ― Justin sorriu de lado. ―Mas eu prometo tentar.

         ―Sim. ― respondi.

         ― Uma vez que é vosso propósito contrair o santo Matrimónio, uni as mãos direitas. ― Justin e eu  ficamos de frente um para o outro e seguramos a mão direita um do outro. ― e manifestai o vosso consentimento na presença de Deus e da sua Igreja.

         Uma musica começa a tocar e Jack apareceu no começo do tapete segurando uma almofada na qual continha as alianças. Ele veio andando ao altar calmamente. Quando chegou soltei a mão do Justin e dei um beijo na testa do pequeno. Justin pegou as alianças e colocou em cima da mesa do padre. Logo depois pegou a minha.

         Ele segurou minha mão.

         ― Pode começar. ― O padre disse.

         ―Eu, Justin Bieber, recebo-te por minha mulher, a ti, Lilyan BIEBER. ― sorri.  ―  e prometo não olhar para outras mulheres, nem tocar, nem imaginar. Tá, ai eu já peguei pesado.

         Dei um tapa no braço dele com a mão livre. Ele riu, assim como todos.

         ―Estou brincando.

         ―Aqui não é lugar de brincadeiras. ― o padre disse.

         ―Você é muito chato, sabia? ― Justin falou.

         ―Insolente.

         ―continuando. Prometo te amar todas as horas do dia, até você ficar de pernas bambas e pedir para parar. Coisa que eu não vou ouvir. ― ri.

         ―É ISSO AI, IRMÃO. ― Chris gritou.

         ― respeitar-te nos dias de gloria e dias de luta. Quando eu estiver forte e estivar fraco, coisa que nunca vai acontecer. ― rimos.  ― todos os dias até a eternidade.

         Colocou a aliança no meu dedo.

         Peguei a outra aliança e segurei a mão de Justin.

         ―Eu Lilyan Bieber. ― ele sorriu. ― recebo-te por meu homem a ti Justin Bieber. Prometo ser-te fiel, resistindo os novinhos lindos que tem por aí. 

         Ri. Justin me olhou de cara feia.

         ―Estou brincando. ― falei rindo.

         ―Você não achará outro melhor do que eu. ― Justin gabou-se.

         ― convencido. ― ri. ― amar-te e não pedir arrego, por que eu não sou dessas e você sabe disso. ― sorri maliciosamente. Ele retribuiu. ― e respeitar-te. Nas vitorias e nas derrotas, nos vales e nas montanhas. E grave uma coisa. Nem a morte irá nos separar.

         Sorri e coloquei a aliança em seu dedo.

         ―Se alguém tem algo contra esse casamento. Fale agora ou cale-se para sempre. ― o padre falou.

         ―Eu acho bom nenhum filho da puta abri a boca. Se não vai ter bala pra todo mundo. ― Justin olhos para os lados.

         ―Você vai dar doces, papai. ― Jack perguntou inocentemente.

         Rimos.

         ―Não, meu filho. Essa bala que eu vou dar é ruim. Você não vai querer. ― Justin falou calmo.

         Jack assentiu.

         ―Confirme o Senhor, benignamente, o consentimento que manifestastes perante a sua Igreja, e Se digne enriquecer-vos com a sua bênção.

         O padre fez o sinal da cruz em nossa frente.

         ―O que Deus o homem não irá separar. Pelos poderes a mim investidos eu vos declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva.

         ―Até que em fim. ― Justin falou.

         Ele tocou meu rosto de leve com umas das mãos e com outra segurou minha cintura. Ele uniu nossos lábios em um beijo calmo que rapidamente foi se aprofundando.

         ―Mano, a lua de mel é depois. ― Chaz falou.

         Fomos  afastando aos poucos.

         ―Convido a todos que me acompanhe em um louvor para o nosso senhor.  ―O padre falou.

         ―Ah, não. ― Justin protestou. ―Pode terminar com isso logo.

         ― Bendigamos ao senhor. ― o padre disse.

         ―Amém. Graças a Deus. ― todos falaram em uníssono.

                            ***

         Já era por volta das nove da noite. A festa estava rolando com muita  musica.  Já havíamos passado pelas homenagens aos noivos. Cada um fez um discurso para nós. Confesso que um mais lindo que o outro, Pattie como sempre não sabe brincar me fez chorar na hora do discurso dela.

         O que me surpreendeu foi que até Jas e Jack fizeram suas homenagens. Claro que não foi nenhuma coisa grandiosa. Mas nas pequenas coisas é que nos gratifica. E eu estava inteiramente grata pelas poucas palavras que ambos disseram. Por que elas tocaram meu coração.

         ―Ly, está na hora de jogar o buque. ― Vick falou.

         ―Ah, sim. ―falei.

         ―Vamos. ― ela me conduziu até um pequeno pedestal.

         ―Bom, eu vou fazer diferente. ― falei para as garotas que estavam a espera para pegar o buque. ― Sei que todas querem sentir a felicidade que eu estou sentindo agora. Sei que todas querem o príncipe encantado. Mas esse buque eu não vou jogar a sorte, ele já é de uma pessoa em especial.

         Corri os olhos pelo ambiente. Já havia varias garotas com cara de desanimo.

         ―Candice, esse buque é seu. ― falei.

         Da onde ela estava me olhou surpresa e veio até mim. A entreguei o buque e a abracei.

         ―A próxima será você amiga. ― falei sorrindo.

         ―Já ate perdi as esperanças. ―sorriu triste.

         ―Ei, sem pessimismo. ― falei. ― Chaz, eu já vou avisando. Se a Candy não for a próxima a subir ao altar eu vou ate onde você estiver, com uma 762 e te arrasto para o altar.

         Todos riram.

                                      ***

 

         Todos estavam na pista de dança dançando loucamente ao som de Nick Minaj faet Drake. A musica moment 4 life.

         ―Fuck it, me and Lily gettin' married today (Foda-se, eu e a Lily nos casamos hoje) ― Justin cantou para mim.

         ― I wish that I could have this moment for life ( eu gostaria de levar esse momento para a vida toda.)

             For life, for life ( para a vida, para a vida)

             Cuz in this moment I just feel so alive ( Por que nesse momento eu me sinto tão viva.)

               Alive, alive ( Tão viva, Tão viva.)

             Cantei para ele.

         Ele sorriu e me beijou com intensidade.

         Quando nos afastamos ele me puxou e saímos da pista.

         ―Para onde vamos?  ― perguntei enquanto andávamos pelo gramado.

         ―Você vai ver. ― ele alou rindo.

         Descemos até o jardim e entramos em um coreto que nele havia. Paramos bem no centro.

         ―O que viemos fazer aqui? ― perguntei rindo.

         ―Tenho uma coisa muito seria para falar com você. ― ficou serio.

         ―O que aconteceu? ― perguntei preocupada.

               — Eu nunca gostei de imprevistos, eles não são planejados e sempre vem para ferrar com tudo, e você foi o pior deles, entrou na minha vida sem pedir licença com esses olhos verdes, sorriso de criança e corpo de mulher me dando um tapa.

Ele me olhou e sorriu de lado.

— tirou minha paz, virou tudo do avesso, levou minha razão e é tão filha da puta que roubou meu coração e  o escondeu para ficar com ele só para você. – me lançou um olhar de falsa reprovação. - Mas por desaforo eu roubei o seu também, e fique sabendo que eu não pretendo  devolve-lo. – deu uma piscadela. - e como  você sempre foi abusada. – apertou a ponta do meu nariz. -  pegou até meu sobrenome e colocou uma algema em meu dedo para me ter só para você. – balançou a cabeça de leve, sorri. -  e é por esse e muitos outros motivos  Lilyan Green Bieber.- ele deu ênfase no “Bieber” -  que eu te odeio.

¬— Eu também te odeio, Justin Drew Bieber. -  falei em um sussurro e o puxei para um beijo.

— agora posso terminar com o “ e viveram felizes para sempre” igual nos contos de fadas ?  - Questionou em meus lábios.

         Balancei a cabeça negativamente.

— Não! Até porque, esse não é o fim, e sim o começo, eu e você, Juntos, Para Sempre. -  Sussurrei em seus lábios, ele sorriu de lado.

         — Juntos?  - Ele sussurrou em meus lábios.

Naquele momento eu fechei os olhos e me veio todos os momentos difíceis que passei em toda a minha vida, desde pequena, até agora. Mas no final eu vi a mão do Justin se estendendo para mim, e no meu interior eu a agarrei, abri os olhos, respirei fundo  e respondi com firmeza e clareza.

— Juntos!