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História Suicide Soul - Proposta


Escrita por: HeJuice

Capítulo 9 - Proposta


Ouvi quando o Iate foi desligado, isso significa que já havíamos chegado,  me levantei do chão, peguei o envelope que estava em cima de cama e rumei para fora do Iate quando sinto uma mão me segurar e me puxar, ele segurou meu rosto para poder me beijar, mas eu o recusei virando o rosto , me soltei de seus braços e fui embora.

         Fui andando  até encontrar um taxi para poder voltar para a boate, já deveria ser onze horas da noite, as ruas estavam desertas, precisei andar quase dois quarteirões até achar um taxi. Quando achei entrei no mesmo e pedi para que me levasse até Atlanta. Demorou quase duas horas e meia até chegarmos lá, também, o motorista não pisava no acelerador, quando chegamos em frente a Laser Light a musica alta estava no ar, passei pela parte de trás, subi até meu quarto e peguei o dinheiro para pagar o taxi, logo em seguida desci, paguei e voltei para meu quarto.

         Primeira coisa que fiz depois de entrar no mesmo foi ir tomar um bom banho demorado, preparei a banheira com agua morna e sais de banho, entrei e me permiti relaxar, descarregar todo o meu estrese. Depois de um banho de quase uma hora sai da banheira, vesti uma roupa leve para dormi, me joguei na cama e apaguei.

        

         Sinto alguém puxando meu pé, em resposta chuto, mas a pessoa insiste, fui abrindo os olhos aos poucos e sem piedade os raios de sol invadem minha vista fazendo  meus olhos lacrimejarem, afundei meu rosto novamente no travesseiro.

         - eu acho melhor você levantar. – uma voz roca fala bem perto do meu ouvido.

         - não. – resmungo levantando um pouco a cabeça e a afundando novamente no travesseiro.

         - larga de ser preguiçosa, temos muitas coisas a fazer hoje. – ele soltou o peso do seu corpo em minhas costas.

         - sai daqui. – gritei com o rosto no travesseiro.

         - não. – falou simples e riu.

         - Adam, você está me esmagando. – bati as pernas.

         - eu vou levantar, mas com uma condição. – deu uma pausa. – você vai ter que levantar.

         - está bem. – resmunguei.

         Ele se levantou tirando o seu peso por completo das minhas costas, confesso que respirei até melhor, mas eu não levantei da cama, continuei ali, no mesmo lugar.

         - agora é sua vez. – ele puxou minha perna tirando mais da metade do meu corpo da cama.

         - Adam…- reclamei.

         - Lilyan… - imitou minha voz. – vamos, levanta por que temos muito que fazer hoje.

         - ainda são sete horas da manhã. – reclamei.

         - quem te enganou? – me encarou de braços cruzados. – já são onze horas e temos que está lá antes do meio dia.

         - ai caramba. – me levantei. – pega uma roupa para mim. – falei indo para o banheiro, ele assentiu.

         Entrei no banheiro, me despi rapidamente e entrei debaixo do chuveiro ligando o mesmo. Tomei uma ducha de agua fria  para eu despertar, quando acabei me enxuguei rapidamente e me enrolei na toalha rumando para o quarto.

         - pegou uma roupa para mim? – perguntei quando cheguei ao quarto correndo segurando a toalha para não cair, ele assentiu.

         Peguei na mala de mão uma roupa intima e peguei a roupa que ele tinha escolhido e rumei par ao banheiro novamente. Ele pegou um short jeans curto e rasgado, uma regata de uma banda de rock, até que ele sabe escolher uma roupa. As vesti e rumei para o quarto.

         - Adam, me ajuda. – joguei uma escova de cabelo.

         - ah, eu não sou cabeleireiro não minha filha. – reclamou.

         - Adam! Ajuda-me, senão eu vou me atrasar mais ainda. – falei.

         - está bem Zangadinha. – se levantou da cama e veio até mim.

         Eu já estava de frente para o espelho fazendo a maquiagem, enquanto ele penteava meus cabelos, sim, sou folgada mesmo.

         - Ai! – exclamei.

         - não reclama, eu disse que não sabia fazer isso. – rebateu.

         - só vai devagar, ok? – assentiu.

         Acabei de fazer a maquiagem, ele me fez borrar meu rímel duas vezes, mas está bem, pelo menos ele penteou os meus cabelos descentemente e fez até um rabo de cavalo alto, isso porque ele desistiu de pentear, vamos falar a verdade.

         - está bem, agora vamos? – perguntou.

         - não, tenho que juntar todas as minhas coisas, colocar tudo nas malas e tudo mais. – respondi.

         - ah, caramba, ainda tem tudo isso? – reclamou, assenti.

         - se você não me ajudar vai ser pior. – falei, ele se levantou e começou a me ajudar a fechar as malas.

         Não havia muitas roupas fora das malas, então acabamos rapidamente, mas também o Adam malocou as roupas todas dentro das malas para ser mais rápido e quase estourou o fecho delas, mas tudo bem. Depois de tudo pronto havia quatro malas contando com as de mão, ele me ajudou a descer com as mesmas e as levar até o carro dele, sim, porque com a quantidade de malas e o tamanho que elas eram não cabiam no meu carro, e como ele veio de picape cabine dubla 4x4 havia espaço, muito espaço.

         Depois de tudo dentro do carro eu estava dando adeus àquela boate e dando olá para a minha nova antiga casa. Rumamos até a antiga casa dos meus pais, agora ela é legalmente minha. Estacionamos em frente a mesma e havia alguns homens da equipe de decoração a nossa espera.

         - bom dia. – os cumprimentei.

         - bom dia. – responderam em uníssono.

         - pronta para conhecer a sua nova casa? – o arquiteto perguntou.

         - mas é claro. – rimos. – estou ansiosa.

         - então vamos. – ele apontou para a porta principal, Adam e eu abrimos a porta e entramos. O primeiro ambiente era a sala.

         - bom,  como todos já perceberam aqui é a sala. – o arquiteto disse, assentimos. – você disse que queria como era antes, mas nós fizemos algumas modificações para dar um toque mais moderno. – assenti.

         - e a decoração, tentamos manter o máximo apenas substituindo os móveis de modelo antigo para modernos, mas como  você pode ver tudo está na mesma posição. – falou o decorador. – o sofá está na mesma posição, o piano também. – assenti.

         Tudo estava como eu já esperava. Passamos pela sala de estar, de jantar, a cozinha, tudo era muito bem dividido e espaçoso. Subimos para o segundo andar.

         - aqui será o quarto de hospedes. – abriu um cômodo no qual era o quarto de brinquedos. – ele não está tão espaçoso quanto os outros, mas é razoável.

         Nesse quarto havia cama de solteiro, um guarda-roupas pequeno, televisão em uma das paredes e só.

         - aqui é o banheiro do para que os hospedes tomem banho, e o resto dos moradores se quiser. – mostrou um pequeno banheiro, não era tão pequeno, tinha o necessário.

         - bom, aqui era o seu antigo quarto como você nos contou. – abriu um cômodo no qual estava pintado de rosa. – agora vai ser da sua filha. – falou. – afinal, onde estão as crianças? – perguntou-me.

         Naquele momento eu fiquei sem o que responder, fiquei sem ação alguma, tanto que não consegui pensar em nada, até que o Adam respondeu por mim.

         - as crianças estão de ferias na casa da avó. – falou. – não queremos  que elas ficassem em hotéis, não é muito confortável para crianças da idade deles. – completou.

         - ah, sim! – assentiu. – bom, nós decoramos o quarto em rosa e branco, fiquei sabendo que uma certa pessoa é uma ótima bailarina. – olhou para mim. – e com toda a certeza a filha também deve seguir o mesmo caminho que a mãe. – completou.

         No quarto havia varias silhuetas de bailarinas nas paredes e na porta do closet, enfeites na mesa e cama, enfim, estava perfeito. Olhar aquele quarto me dava um aperto imenso no coração, só de pensar que eu não acompanhei os primeiros passos dela, não estou tendo a oportunidade de leva-la para fazer aulas de ballet, ensinar alguns passos, isso dói e doí muito.

         Saímos do quarto de Jasmine e fomos para o quarto em frente ao dela,  o antigo quarto do Victor e que seria o de Jacke.

         - aqui é o quarto do garotão. – falou abrindo a porta. – pegamos uma decoração mais para a de jogos. – entramos no quarto. – como pode ver a vários dardos na parede, arco e flecha. – nos mostrou.

         O quarto era muito lindo, havia alvos na parede, capacete de basebol na prateleira de brinquedo, tacos e arcos nas paredes de enfeite, enfim, estava perfeito. Também me deu um aperto no coração quando entrei no quarto dele, não pude ver os primeiro passos, não pude leva-lo  aos jogos de basquete ou ao parque.

         Saímos do quarto de Jacke e rumamos para aonde era o quarto da mamãe e do papai, provavelmente o meu agora.

         - aqui será o quarto de vocês. – ele falou como se Adam e eu fossemos um casal.

          - vocês? – perguntamos em uníssono.

         - sim. – respondeu meio confuso. – ou vai me dizer que você está enrolando-a?  

         - não, não somos um casal. – falei.

         - Não? – neguei.

         - ela que está me enrolando. – Adam me abraçou por trás. O encarei confusa. – essa marrentinha aqui é difícil. – riu e depositou um beijo no topo da minha cabeça.

         - ah, agora entendi. – o decorador respondeu.

         - entra na brincadeira. – Adam sussurrou em meu ouvido. O encarei e assenti.

         O arquiteto e o decorador mostrou o quarto, o mesmo era pintado de preto e branco, nas paredes havia silhuetas de casais de bailarinos dançando, o mesmo era espaçoso e o único que tinha banheiro.

         Depois disso ele nos mostrou como havia ficado o sótão, que antes era um lugar de coisas velhas e agora se transformou em uma sala de jogos bem espaçosa. Fomos para a área externa, lá havia uma piscina aonde tinha o parquinho, a piscina não era muito grande, havia cadeiras em volta da mesma e tudo mais. Depois que mostraram tudo foram embora deixando somente Adam e eu.

         - bom,  agora mãos a obra. – falei.

         - ainda bem que não tem muito coisa a fazer. – se jogou no sofá.

         - não tem? – cruzei os braços. – mas é claro que tem. – falei. – há roupas a  guardar, meu quarto para arrumar, enfim, a varias coisas a fazer.

         - isso fica por sua conta. – me olhou.

         - Adam, eu te chamei para você me ajudar. – amarrei a cara.

         - eu vou ajudar. – falou. – dando apoio moral. – riu. Lancei a primeira almofada que encontrei pela frente, e o acertou.

         Subimos para o quarto e começamos a colocar as roupas no closet, Adam como sempre brincalhão ficou brincando com minhas roupas, chegou até a vestir uma blusa minha e fingir que estava desfilando. Por conta disso demoramos mais a arrumar tudo, quando terminamos descemos para a cozinha.

         - agora é sua vez, eu avisei que a cozinha seria por sua conta. – falei me sentando no banco alto. – pode começar a preparar o almoço. – o olhei.

         - eu faria isso com muito prazer. – me olhou. – mas o que eu vou cozinhar? – veio até mim. – vento? Só se for, por que você ainda não vez as compras.

         - Vish, é mesmo. – coloquei a mão na cabeça. – Adam, me ajuda. – falei com voz meiga.

         - está bem. – falou, sorri. – pega suas coisas e vamos. – assenti e subi para pegar minha bolsa.

        Fui até meu quarto aonde peguei uma bolsa de lado com franja, coloquei o celular, carteira,  óculos escuro e desci.

         - vamos? – disse quando cheguei a sala.

         - vamos! – confirmou indo até a porta.

         Rumamos até o supermercado mais próximo, estacionamos e entramos.

         - por onde começamos? – perguntei pegando uma carrinho.

         - primeiro vamos comprar o bruto. – falou, assenti.

         Fomos  para a sessão aonde ficava os alimentos não perecíveis, tipo macarrão, arroz, açúcar, enfim, essas coisas. Ele começou a pegar as coisas e colocar no carrinho por que eu não sei diferenciar as coisas e ele é um chefe de cozinha conceituado, então entende das coisas melhor do que eu.

         Saímos dessa sessão e passamos para outra de temperos, fomos para a de carne, de legumes e frutas, a de bebidas, enfim, pela maioria das sessões, menos a de doces,  e isso não era nada legal. Uma coisa eu descobri, fazer compras com um chefe de cozinha te acompanhando é muito complicado, demorado e chato, ele é legal, mas fazer compras com ele é complicado. Já havíamos enchido um carrinho e estava  caminhando para o segundo, e outra, só coisas de comer.

         - Adam. – chamei a sua atenção enquanto o mesmo escolhia azeite.

         - fala. – me respondeu.

         - que hora  vamos comprar doces e biscoitos. – perguntei me debruçando em cima do carrinho.

         - já vamos, espera mais um pouco. – riu.

         - você está mentindo para mim. – fiz biquinho. – você disse isso a três sessões atrás e até agora nada. – amarrei a cara.

         - se acalma ai, Zangadinha. – passou o braço pelo meu pescoço. – nós vamos lá agora.

 

  Fomos ate a sessão de biscoitos e doces como ele havia prometido.

      - aí criança, pode fazer a festa. - ele falou. Esfreguei as mãos e sorri torto o olhando.

      - ah, vai Adam, eu sei que você também quer isso. - segurei em seu braço. - hein, eu deixo você fazer junto comigo. - fiquei na ponta do pé para poder alcançar seu ouvido. Olhou-me. - hein… - insisti.

     - não, eu sou um cara responsável, não posso fazer isso. - tentou ficar serio.

      -vai, ninguém esta vendo. -o olhei. -eu prometo que não conto para ninguém. - ele me olhou.

       - já que é assim. - pegou um carrinho que estava vazio. - foda-se a responsabilidade. - completou.

       -preparado? - perguntei, assentiu. -já. - falei.

      Saímos pela sessão pegando e colocando que víamos pela frente dentro do carrinho, pegamos biscoitos, bala, chocolate, sorvete, enfim, tudo que víamos pela frente. Quando terminamos esse momento  criança caminhamos ate o caixa para poder pagar e ir embora, chegamos ao caixa com três carrinhos lotados de coisas.

     Quando terminou de passar tudo abri a bolsa para pegar o dinheiro e pagar.

      - não, deixa que eu pago. - Adam segurou minha mão.

     - É lógico que não, você é meu convidado. - respondo

      - não, eu insisto, vai ser meu presente para a sua nova casa. - falou já entregando o cartão.

      - então vamos resolver de uma forma adulta e civilizada. -falei antes que a moça do caixa pegasse o cartão. -impar.

       - isso é serio?  - perguntou rindo. Assenti. - par.

       -um, dois, três e já.  - falamos ao mesmo tempo e mostramos os números.

         - sete é impar, eu ganhei. – falei vitoriosa. – eu pago.

         -  nada disso, quem perde é que tem que fazer. – protestou rindo.

         - nada disso,  você está roubando. – cruzei os braços.

         - está bem, Zangadinha. – riu. – meio a meio então? – assenti sorrindo.

         Pagamos as compras e os carregadores a levara até o carro, colocamos tudo no mesmo, que ficou lotado e fomos embora. Não demoramos muito para chegar em casa, quando chegamos Adam estacionou na garagem, tiramos todas as compras do carro elevamos para dentro de casa.

         Depois de guardarmos tudo e demorar quase meia hora fazendo isso era a hora do mestre Sother entrar em ação.

         - agora é sua vez. – joguei um avental para ele. – faça a sua arte.

         - não pense que você vai ficar ai só olhando, mocinha. –encostou a ponta do dedo indicador no meu nariz. – você também vai me ajudar.

         -  eu vou ajudar dando apoio moral. – respondi rindo.

         - HÁ HÁ HÁ!  Você vai ajudar colocando a mão na massa, isso sim. – veio até mim. – anda, levanta. – me levantei, ele amarrou o avental em mim. – agora vamos.

         Não reclamei em ajuda-lo, até que foi divertido. Como a hora já estava avançada e nós dois estávamos morrendo de fome preparamos uma lasanha e algumas coisas para fazer o acompanhamento, para a sobremesa fizemos um bolo, no qual iriamos comer com sorvete. Depois de tudo pronto colocamos a mesa e nos sentamos para almoçar.

         - até que você leva jeito para cozinha. – Adam disse.

         - também com um chefe de cozinha me ajudando. – ri. – mas fala a verdade, meu bolo está muito bom, não está? – falei convencida.

         - convencida nem um pouco, não é? – ri. – mas está muito bom sim. – ele comeu mais um pedaço com sorvete.

         - esse bolo é uma das minhas especialidades. – contei.

         - eu acho que a única. – debochou.

         - Adam. – lhe dei um soco no braço.

         - o que foi? – fingiu inocência. – eu só estava brincando. – riu.

         - por desaforo,  a louça é sua. – levantei e coloquei meu prato na pia.

         - nem vem, eu já fiz o almoço. – veio até mim e colocou o seu prato na pia.

         - então, quem faz é quem tem que lavar. – falei lhe entregando um pano.

         - Há há há! – debochou. – meio a meio, baixinha. – me entregou a bucha.

         Ele lavou a louça enquanto eu seguei e as guardei. Depois de tudo limpo e em seu devido lugar subimos para estrear o quarto de jogos, nos sentamos nas poltronas reclináveis, lá havia vários jogos para escolher, escolhemos o de que sabemos fazer de melhor, atirar e correr. Colocamos primeiro o de tiro no qual tínhamos que completar várias missões.

         - preparado para perder? – sentei pegando a manete.

         - faço a mesma pergunta para você. – me lançou um olhar desafiador.

         - então que vença o melhor. – retribuir o olhar.

         O jogo teve inicio, eu nem piscava com medo de ser atingida, tenho que admitir que Adam não é um adversário fraco, mas também não é melhor do que eu, e como essa já é a minha praça, eu venci, mas não foi nada fácil.

         - AHAM, QUEM VENCEU? – comecei a dançar. – ACHO QUE FUI EU, É, EU ACHO QUE FUI EU. – comecei a dançar. – ADMITI QUE EU SOU A MELHOR, ADMITI. – coloquei as mãos nos braços da poltrona que ele estava sentado o prendendo e encarando-o bem de perto.

         - isso foi um golpe de sorte. – falou perto dos meus lábios.

         - golpe de sorte foi quando eu roubei o cofre do Justin, aquilo sim foi um golpe de solte. – ri e me afastei. – isso. – apontei para o vídeo game. – foi competência. – me gabei.

         - está me chamando de incompetente?- ele se levantou e veio até mim. – Hein? Você está me chamando de incompetente? – foi me prensando contra a parede.

         - é você que está dizendo. – falei segurando o riso.

         - então é assim? – me encarou, dei de ombro. – eu vou te mostrar o que é incompetente. – me encarou.

         - UI, que medo. – fingi está intimidada.

         - eu vou acabar com você no próximo jogo. – falou perto do meu ouvido.

         Confesso que aquela voz roca tão perto do meu  ouvido me causou arrepios.

         - isso eu quero ver. - retribui o ato.

         Voltamos para nossos lugares, trocamos o jogo e demos inicio, confesso que nesse jogo ele está me dando trabalho,  e outra, eu não sou expecte no assunto. Já estávamos nos aproximando da ultima volta e a disputa estava acirrada, desviei para um lado, desviei para o outro, mas não teve jeito, eu perdi.

         - AHAM, AGORA FALA PRA MIM QUEM GANHOU. – começou a se gabar. – É, FUI EU, EU ACHO QUE FUI EU. – imitou minha voz.

         - idiota. – falei. – isso foi só um jogo. – cruzei os braços.

         - um jogo que EU ganhei. – apontou para si próprio. – e você perdeu.- apontou para mim.

         - affs, parece uma criança. – bufei.

         - olha quem fala, você fez a mesma coisa. – veio para cima de mim.

         - mas foi diferente. – cruzei os braços.

         - diferente? Diferente? – começou a fazer cócegas. – não tem nada de diferente. – intensificou mais as cócegas.

         - para Adam. – falei em meio o riso.

         - só se você admitir que eu ganhei e sou melhor do que você.

         - eu não vou fazer isso. – falei rindo.

         - então eu também não vou parar. – falou simples e intensificou as cócegas.

           Em meio aos risos eu escuto meu telefone tocar, de primeiro eu ignoro e não atendo até a ligação cair, mas a pessoa é insistente e liga novamente, dessa vez decido atender.

         -a pessoa é insistente, hein? – Adam fala, assinto e levantou para atender.

         - alô?

         - Por que não me atendeu da primeira vez? – falou irritada.

         - ei, Donna, se acalma gata, é que eu estava ocupada. – dei uma olhada rápida para Adam.

         - hm, sei. – fala meio desconfiada. – a proposito, você não vai voltar para Miami? Uma semana já se passou, querida.

         - admiti que está sentindo minha falta.

         -  estou mesmo. – confessou. – mas não foi por isso que eu liguei.

         - não? Poxa, agora fiquei triste. – simulei uma voz de choro.

         - para de drama. – ri. – agora é serio…

         - por quê? Antes era brincadeira?

         - cala a boca, Lilyan! - riu

         - está bem, fala.

         - tenho trabalho para você.

         - opa, diz aí o que temos.

         - um homem marcou de te encontrar amanhã pela manhã, ele quer que você realize um serviço para ele.

         - e ele já adiantou o que é?

         - não, ele disse que só falara com você, e pelo jeito que falou ele está disposto a pagar bem.

         - é isso que importa. – ri.

         - então eu acho  bom você vir agora mesmo para Miami. – ordenou.

         - está bem chefa. – ri. – saio dentro de duas horas, ok?

         - ok!

          Desliguei o celular e olhei para Adam.

         - a brincadeira acabou. – fiz biquinho.

         - tem trabalho em Miami? – perguntou, assenti. – você vai voltar?

– acho que sim. – me joguei no sofá.

- acha? – assenti. – você tem que ter certeza. – subiu em cima de mim me prendendo entre suas pernas.  – promete que não vai fazer igual da ultima vez. – foi se aproximando do meu rosto enquanto segurava minhas mãos.

- eu prometo se você disser que vai sentir minha falta. – falei em um sussurro.

- eu não preciso prometer o  inevitável. – depositou um beijo na ponta do meu nariz me fazendo fechar os olhos por alguns segundos.

- agora eu tenho que me arrumar. – lhe dei um beijo na bochecha.

         Ele me soltou e se levantou de cima de mim, desligamos tudo e descemos para o segundo andar, eu entrei em meu quarto e fui direto para o banheiro, me despi e entrei debaixo do chuveiro ligando o registro. Quando acabei, enrolei em uma toalha e rumei para o quarto novamente e encontrei Adam sentado em minha cama.

         - Adam. – chamei sua atenção. – preciso de um favor seu.

         - eu não vou pentear seus cabelos novamente, já vou avisando. – falou.

         - não é isso. – falei enquanto procurava uma roupa no closet. – é que eu preciso de um helicóptero emprestado. – o olhei. – se não vou ter que comprar passagem, e isso vai demorar a minha ida e volta.

         - está bem, eu empresto o meu. – falou.

         - você é o melhor. – lhe dei um beijo na bochecha.

         - vou ligar e pedir para prepara-lo para você. – assenti e voltei para o banheiro para vestir-me.

         Vesti uma calça legging preta com detalhes rasgados na lateral, uma blusa azul longa e uma jaqueta preta. Escovei os cabelos os deixando solto mesmo, fiz uma maquiagem rápida e voltei para o quarto.

         - já ligue para o piloto. – assenti. – ele ficará a sua disposição em Miami. – completou.

         - obrigada mesmo Adam. – disse quando acabei de calçar o salto.

         Peguei tudo que eu precisava, coloquei tudo dentro de uma mochila e saímos para a rua. Adam me levou até onde o helicóptero estaria preparado, não demoramos a chegar. O piloto já estava a nossa espera, me despedi de Adam e entrei no helicóptero, quando levantamos voo eram sete da noite. 

         Chegamos a Miami por volta das nove da noite, pousamos em um heliporto qualquer e rumei até  para  minha casa. Cheguei a frente ao edifício por volta de quinze para as dez, pois pegamos um congestionamento terrível. Entrei no edifício e subi de elevador até a cobertura, bati na porta – pois estava sem chave – e quem veio me atender foi Donna.

         - LY! – gritou me abraçando. – pensei que não voltaria mais. – falou enquanto entravamos.

         - vocês não vão se ver livre de mim tão fácil assim. – falei.

         - e nem queremos. – Kevin veio em nossa direção e me abraçou forte. – eu estava com saudades. – sussurrou em meu ouvido.

         - eu também. – sussurrei, ele me soltou e se afastou sorrindo.

         - Eai, o que você nos conta de novo? – Donna perguntou curiosa.

         - senta, tenho muito que contar. – falei.

         Sentamos na sala e começamos a falar sobre o que havia acontecido conosco durante a semana que passou, eu contei sobre o casamento, sobre o roubo – eles ficaram impressionados-, sobre o incidente do Iate – claro, não entrei em detalhes sobre o que aconteceu. – contei sobre o Justin ser o novo sócio da boate, e sobre a entrega da casa.

         - nossa isso que podemos chamar de uma semana agitada. – Donna falou rindo.

         - e nós só fizemos uma missão e alguns favores e achamos que foi agitada a semana. – Kevin diz.

         - é por que não temos a vida de Lilyan Green. – Donna riu.

         - mas me fala, quem é o tal homem? E por que tem que ser eu a fazer o serviço?

         - eu tenho a inteira desconfiança que ele não é o mandante, pelo jeito ele é só um pau mandado. –Donna falou.

         - você ainda desconfia? Eu tenho certeza que é isso. – Kevin fala. – um cara de palavras “ gravadas”, só fala o que mandaram, está na cara que é pau mandado de algum magnata que não quer se identificar.

         - bom, mas vamos ver no que vai dar essa conversa de amanhã. – falei. – ele deixou algum endereço de onde tenho que encontra-lo? – perguntei.

         - sim. – falou Donna. – é nesse endereço aqui. – mostrou um papel, no mesmo estava o nome de um café muito famoso de Miami.

         - então, que o dia amanheça rápido. – falei. Eles assentiram e sorriram.

          Não sai para a noite junto com a  Donna e  o Kevin, pois não poderia me atrasar para o encontro de amanhã, que  seria nas primeiras horas do dia, e também estava  muito cansada, foi a discussão com Justin, a entrega da casa, mudança, compras, viajem para Miami, foi muita coisa acontecendo sucessivamente e não há ser humano que aguente essa batida sem descanso.

           

         Acordei no dia seguinte com o despertador apitando em meu ouvido, o desliguei e logo em seguida levantei, rumei até o banheiro para tomar um banho, me despi e entrei debaixo do chuveiro ligando o mesmo, quando terminei me enrolei na toalha e rumei para o quarto. Vesti uma calça preta rasgada – a mesma era bem justa ao corpo. - , uma blusa nude soltinha e com decote V na frente, calcei meu salto nude,  penteei os cabelos os deixando solto, fiz uma maquiagem leve, peguei minha bolsa de lado com franja preta, coloquei as coisas necessárias, coloquei a arma na cintura – a mesma foi tapada pela blusa. - , peguei os óculos escuros e desci.

         - a noite de vocês foi boa, hein? – falei quando cheguei a cozinha.

         Kevin e Donna estavam se atracando na cozinha, isso significava que eles se pegaram na noite passada.

         - tem café pronto. – perguntei.

        - sim, está na bancada. – Donna se apartou um pouco de Kevin para me responder.

         Assenti e fui até a bancada, coloquei o café na xicara, peguei algumas torradas e comecei a comer.

         Donna e Kevin não estavam se importando com minha presença na  cozinha, pois ainda continuavam aos beijos, também não me incomodei, mas tenho certeza que eles ainda estão sobre efeito de alguma bebida ou droga. Ri  com meus pensamentos e balancei a cabeça  para afasta-los.

         - eu já vou indo. – falei para os dois. Os mesmo já haviam se apartado e estavam conversando.

         - qualquer coisa é só ligar. – Donna falou.

         - o problema vai ser vocês atenderem. – ri. – mas está bem, ligo sim.

         Sai da cobertura e desci até a garagem, fui até meu carro, entrei e dei partida. Rumei até ao ponto de encontro, cheguei ao mesmo dentro de vinte minutos, entrei no mesmo e fiquei esperando na mesa oito, essa era a mesa indicada no bilhete. Olho no visor do celular e já é nove horas, ele vai chegar a qualquer momento.

         Um home de terno preto, maleta em uma das mãos se aproximou e sentou a mesa.

         - Lilyan Green? –perguntou-me ao se sentar a mesa.

         - Sim. – confirmei. – é você que está interessado nos meus serviços?

         - vejo que é objetiva. – olhou-me. –gosto disso. – sorriu ironicamente.

         - vamos direto ao assunto, não  costumo brincar em serviço.

         - bom, o que eu tenho para você é isso. – colocou a maleta na mesa e a abriu. – preciso que extermine alguém.

         - essa é minha especialidade. – falei. – é só dizer quem, quando, onde e como.

         - é bom saber. – tirou uma pasta de dentro da maleta e me entregou.

         Abri a pasta, nela havia vários dados, mas não constava o nome do alvo nem endereço, mas havia coordenadas, latitude e longitude, essa pessoa deve ser muito importante.

         - a pessoa que eu preciso que você extermine está nessas coordenadas. – apontou para a pasta, assenti. – o alvo é o dono dessa propriedade, eu preciso que o mesmo seja eliminado ainda hoje, essa noite. – assenti. – a forma não me importa, o que importa é ver morto.

         - está perfeito. – concordo.

         - o valor que eu pagarei por essa morte está na folha seguinte. O olhei rapidamente e virei a folha.

         Minha visão ficou até meio turva quando vi tanto zero, o cara pagaria meio bilhão de dólares por uma cabeça, oh, essa pessoa é importante, muito importante.

         -você odeia mesmo essa pessoa, ou ela é um alguém muito importante. – falei.

         - eu acho que tem um pouco das duas. – respondeu-me.

         - meio bilhão de dólares…

         - está achando pouco? se for podemos aumentar a proposta. – falou.

         - pouco? – ri pelo nariz. – isso é grana pra porra.

         - lhe dou até as três horas e trinta minutos de hoje para você me apresentar um parecer, se aceita ou não.

         -  eu não preciso nem pensar muito, vou analisar por que você está exigindo.

         - analise o gral de dificuldade, o local e me de a resposta na hora marcada, nesse mesmo lugar. – assenti. – quero essa pessoa morta antes que o relógio dê as doze badaladas.

         Ele fechou a maleta, se levantou e foi embora me deixando sozinha com a pasta em mãos. Levantei-me minutos depois e rumei até meu carro, dei partida e fui para casa.

          Cheguei ao edifício  em poucos minutos, a sorte estava do meu lado, pois não peguei engarrafamento algum. Entrei no mesmo e subi até a cobertura aonde encontrei Donna e Kevin da sala, e olha o milagre, não estavam se atracando.

         - eai, como foi a conversa? – me perguntaram.

         - veja vocês mesmos. – joguei a pasta para Kevin e me joguei no sofá.

       - PORRA! – Kevin exclamou. – é serio que ele quer pagar tudo isso por uma cabeça? – assenti.

         - me deixa ver. – Donna pegou a pasta de suas mãos. – Caraca! É muita grana. – levou a mão na boca.

         - ele falou para eu analisar o gral de dificuldade e ver se eu aceito ou não.

         - é claro que você vai aceitar. - Donna disse. – são meio bilhão.

         - e para quando ele quer a execução? – Kevin perguntou.

         - para hoje ainda, antes da meia noite.

         - por isso a quantia tão alta. – respondeu.

         - a pessoa é dona da propriedade que está nessas coordenadas. – falei. Eles olharam. – Donna, procura para mim.

         - é para já. – se levantou com a pasta nas mãos. Ela começou a digitar. – pronto, agora é só esperar.

         - vai demorar muito? – perguntei.

         - não. – ela olhou para a tela do computador. – pronto. – falou. – agora é só eu extrair o endereço e jogar em nosso banco de dados para saber quem é o proprietário do  imóvel. – começou digitar novamente. – ou, ou. – sua expressão mudou.

         - o que aconteceu? – perguntei sem entender o motivo da surpresa.

         - olha quem é o proprietário do imóvel. – trouxe o notebook até mim.

         O peguei e olhei na tela, meu queixo caiu ao ver quem era o alvo, eu conheceria aquele endereço, afinal eu já morei lá antes, sim, o alvo era o Justin.

         - isso não pode ser. – falei incrédula.

         -mas é. – respondeu Donna.

         - você deve ter errado as coordenadas, só pode. – falei já desesperada.

         - não, eu não errei. – mostrou. – as coordenadas são essas.

         - não, você errou. – comecei a atualizar a pagina para ver se o endereço mudava, mas nada, era aquele mesmo. – isso não pode está acontecendo comigo.

         -Sim, ele é o seu alvo. – Donna falou. – eai, você vai aceitar a proposta e prosseguir com a missão?  


Notas Finais


entao... eu gosto de badalar msm kkkkk
o que vocês acham? ela prossegue ou nao?
proximo cap: execulsão dessa missão, e a aparição de uma certa pessoa, vinda das profundezas da treva kkkk - acho que você já entenderam quem é.
bjs, #comentem


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