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História Suicide Squad - Vulnus


Escrita por: Earth_Gravity

Notas do Autor


Oi povo, como vai a vida depois desse comevolta do EXO? Confesso que o meu amor pelo D.O e o Xiumin só aumentaram depois disso. Qual foi a música que vocês mais gostaram? Eu ainda não ouvi todas, mas The Eve e Forever estão muito boas, felizmente, álbum do ano.



Enjoy~

Capítulo 24 - Vulnus


Suicide Squad  

Capítulo 24 — Ferida 

 Atrás do vidro, todos assistiam ao interrogatório. Elas até tentaram impedi-los, mas eles insistiram tanto que acabaram cedendo. Elizabeth traduzia toda a conversa, sem ocultar nada, era um direito deles saber o que acontecia ali, afinal, praticamente toda a história girava entorno deles. No final, nenhum deles aceitaram a verdade e saíram da sala, deixando-as preocupadas com o que viria a seguir.  

 Eles foram levados, até um hotel próximo, ainda poderia ter alguém os esperando lá, e depois de tudo, eles só queriam respirar outros ares. As meninas ficaram hospedadas no mesmo hotel, ninguém estava em condições para dirigir e elas ainda tinham coisas a tratar com os meninos.  

 Violet e seu irmão iriam ficar em celas separadas. Afonso iria para uma normal, sozinho, e sua irmã para uma especial, afinal, eles não poderiam ignorar as doenças dela. A pequena italiana não conseguia dormir, pela primeira vez estava com medo de algo além da Outra. Sua mente não parava um só segundo, vários pensamentos invadiam sua mente, alguns diziam para se matar enquanto ainda lhe restava tempo outros para se vingar, ou até mesmo, dormir e pensar nas outras opções que lhe restavam de manhã, pois o dia tinha sido agitado e não estava com cabeça para pensar agora. 

 Felizmente, seguiu seu lado mais racional e deitou-se na cama de solteiro que havia ali, fechando os olhos. 

-X- 

  Loretta enrolava as ataduras de sua cintura, apesar do projétil ter apenas raspado sua pele, suas costas doíam e a sensação de ardência ainda estava presente. Ela estava dividindo o quarto com Elizabeth e com Natasha, ali dentro haviam três camas de solteiro, uma TV tela plana, puffs e um banheiro. Seus cabelos estavam molhados, havia acabado de sair do banho e segundo recomendações médicas, deveria ter ficado em repouso até segunda ordem, porém, se seguisse orientações médicas, ela nem estaria ali hoje. Ouviu batidas na porta e mandou entrar, achando que seria alguma das meninas, mas na verdade, não era. 

 KyungSoo entrou no quarto, fechando a porta atrás de si e aproximou-se da outra. Loretta olhou-o sem se importar muito de estar somente com um short e um top, não estava com paciência, nem com cabeça para se dar ao luxo de ficar envergonhada. Ele ainda não conseguia acreditar que ela tinha entrado na frente de um disparo por eles, ela não tinha amor próprio ou qualquer coisa assim? Por que justo eles? 

 — Por que você fez isso? — Balbuciou assustado, sua mente ainda processava as informações que lhe foram dadas. — Você poderia ter morrido! — Exclamou levantando a voz. Loretta parou o que estava fazendo e encarou os olhos castanhos do rapaz. 

 — Já passei pela morte e a presenciei várias vezes, mas uma não ia fazer diferença. — Deu de ombros e voltou a fazer o seu trabalho. Cortou um pedaço de esparadrapo e colocou na ponta da atadura, terminando seu trabalho ali.  

 — Mas... — Disse abaixando o tom gradativamente. Tentando entender o ponto de vista dela. — Mas fez diferença para mim. E se você tivesse morrido? Você pelo menos pensou nas pessoas que se importam com você? — Voltou a falar alto. Loretta levantou bruscamente com aquilo, causando uma leve dor e gerou uma feição de desconforto nela.  

 — Você acha mesmo que eu não me importo com a minha família? Eu entrei nesse mundo justamente por causa deles! Você não sabe um terço do que eu passei e provavelmente nem vai poder saber como eu me sinto! — Começou a gritar alto, deixando as formalidades de lado. Seu coreano começou a puxar um pouco para o seu sotaque, com as palavras arrastadas ou letras com a pronuncia grega. — Eu perdi uma parte da minha família, KyungSoo! Eu perdi o meu filho e o meu noivo! E isso dói bem mais do que esse estúpido tiro na minha barriga! — A esta altura, já derramava lágrimas salgadas de tristeza. Abaixou a cabeça, emitindo soluços altos.  

 A culpa pesava em seus ombros, por isso eles abaixaram. Seu rosto estava vermelho e molhado, o local machucado em sua barriga também doía. Vendo-a naquela situação o coreano a puxou para perto e a abraçou, acariciando seus cabelos. Agora, ele sabia de mais duas coisas sobre ela. 

  "Loretta tinha um... filho?" Pensou assustado. "Ela já tinha amado alguém, já tinha tido um filho e como era noivo, não eram casados. E a vida lhe tirou isso." Agora, ele estava triste.  

 Atrás da porta, Elizabeth escutava o choro incessável da sua amiga e suspirou fundo, afastando-se da porta. Era um momento só deles, não podia atrapalhar isso. Voltaria mais tarde. 

-X- 

  A água azulada da piscina refletia sua imagem. Colocou os cabelos para trás com os dedos e colocou os pés dentro da água, balançando-os levemente e formando pequenas ondulações na água. A água é como se fosse a sua vida, ela ficava parada e uniforme quando tudo estava bem, dentro da rotina, mas basta um leve vento que ondas são criadas em sua superfície, o que representa os acontecimentos que lhe tiravam da rotina. Agora, que sua vida já tinha se acostumado com a rotina de estar sempre junto a elas, como ele ficará depois que elas forem embora? Sentiria falta de todas, afinal todas elas têm algo de diferente e completavam a sua rotina.  

 Sentiu alguém se aproximando e virou o tronco, encontrando Natasha vindo em sua direção. Ela sentou ao seu lado e colocou os pés na água também, balançando-os como se fosse uma criança feliz. 

 — Você deve estar feliz. — Comentou desviando o olhar. 

 — Por que eu estaria feliz, BaekHyun? — Questionou a morena com a voz calma. Diferente das outras vezes, ela não tinha usado um tom sarcástico, irônico ou nem mesmo no tom de brincadeira, só era a voz calma dela. 

 — Você vai embora logo e esquecer de nós e principalmente de mim. — Respondeu indiferente. Estava com aquilo na cabeça a tempos, conforme o dia foi passando e Natasha e as outras mal lhe davam atenção, chegou a essa conclusão. Ele estava triste, chateado e zangado, um misto de sensações bem estranhas invadia o seu peito. 

 — E quem disse que eu penso assim? Você realmente acredita no meu deboche e indiferença com vocês? — Virou seu rosto, olhando o rosto de BaekHyun, guardando cada pedacinho dele para si, como uma preciosa lembrança. Delicadamente, ela virou o rosto dele para de frente ao seu e sorriu terna. — BaekHyun, eu aprendi a gostar de vocês com todos os defeitos, falhas e qualidades, principalmente de você. Confesso que no início eu não ligava muito para vocês, mas hoje eu posso até mesmo derramar lágrimas por vocês. Vocês conseguiram um espaço no meu coração de gelo. — Riu de leve, fechando os olhos por um momento.  

 Nesse curto momento, sentiu seus lábios serem pressionados. Uma longa lágrima percorreu sua face, solitária, só que carrega muitos significados. Retribuiu o beijo, permitindo-se ser feliz por curtos momentos. Quando chegou ao país, ela não queria se apegar a ninguém, só queria acabar logo essa missão e ir para casa, mas acabou sendo mais que isso. Ela não podia ficar ali, ainda tinha coisas para resolver em seu país, provavelmente voltaria para encontra-lo, se ele a quisesse depois de algum tempo. 

 A lágrima salgada pingou dentro da piscina, fazendo um leve movimento na água. Um leve movimento que representava o fim de uma rotina e o início de outra completamente diferente, provavelmente amarga.  

 Quando se separaram, ele olhou profundamente nos olhos azuis claros dela, vendo de relance a raiz voltando a ser loira, ela havia pintado o cabelo para uma missão antes dessa e agora, o loiro natural estava voltando. BaekHyun não sabia qual era a missão, muito menos o que ela tinha feito, mas precisava deixar isso de lado para poder conviver com Natasha, já que ela se recusa a contar qualquer coisa.  

 -X- 

 O tablet estava em suas mãos, com um aplicativo de um joguinho qualquer. Ela mexia ele para a esquerda e para a direita e arrastava seu dedo na tela, fazendo o boneco pular ou se movimentar para os lados, perto de si, Sehun a observava em alguns momentos. Melissa, Kai e Hana estavam jogando cartas na mesa de vidro do quarto e ele estava mexendo o celular, vendo algumas conversas e mandando mensagens no Kakao.  

 Por um deslize, Sam acabou perdendo e seu personagem morreu por cair no precipício. Fez um bico insatisfeito e ele riu. Desligou a tela do celular e sentou ao lado da menina no chão. 

 — Posso jogar? — Perguntou estendendo o braço. Ela lhe deu o aparelho e observou o mais velho jogar. — Vocês irão ficar aqui até quando? — Questionou enquanto desviava de um obstáculo no caminho. 

 — Daqui uma semana, quando a Loretta melhorar do ferimento dela e nós arrumarmos toda a papelada na Interpol. 

 — Ainda bem. — Sorriu aliviado. A loira olhou-o, estranhando o seu comportamento. 

 — Por que? 

 — Por que eu ainda tenho coisas para resolver. 

 — Você é estranho. — Ela disse e saiu de perto dele e foi para a mesa jogar cartas. Sehun riu e desligou o aparelho. 

 Para ele, a mais estranha daquele lugar era Samantha, afinal, nunca entendera seu jeito estranho e inconveniente de ser, mas foi justamente isso que fez ele gostar dela. 


Notas Finais


SIM, A LORETTA INHA UM FILHO E UM NOIVO!
Isso explica o por que dela sempre cuidar das meninas, já que ela as vê como um consolo por perder o filho, principalmente com a Sam, por que é a mais nova. Não sei se perceberam esse comportamento, mas eu sempre quis deixar evidente isso, já que é importante para a personagem.

Finalmente Natasha e Baek se resolveram. Mais adiante, vou explicar melhor os pensamentos da Natasha, mas por enquanto, fiquem com esse beijo super bonitinho (mentira tá uma bosta) dos dois. Mas gente, é sério, me desculpa por essas cenas toscas, mas é que eu nunca beijei ninguém, então eu me baseio em outras escritoras ou no que eu vejo.


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