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História Suicide Squad - Familia


Escrita por: Earth_Gravity

Notas do Autor


Oi pessoas, aqui jaz um bônus.
Espero que gostem <3

Capítulo 25 - Familia


Suicide Squad  

Capítulo 25 (Bônus) Família 

O clima de Los Angeles lembrava um pouco o da Grécia, era quente, mas não igual. Ela sentia falta do seu país natal, mas mudar-se agora soava um absurdo aos seus ouvidos, sua mãe tinha sua marca e empresa com sede nos Estados Unidos, assim como seu pai e só estava ali para uma visita, logo voltaria para a Inglaterra para terminar sua faculdade. Olhou novamente para a foto de sua irmã na estante junto ao seu cunhado. Sentia falta dele, afinal, fora ele quem tirara Loretta do mundo isolado e sombrio que é sua mente. Victória encontrava-se deitada no sofá, olhando para o teto, possivelmente estava pensando em sua irmã na Coreia. 

 — Anna, você não fica preocupada com elas? — Victória perguntou voltando a se sentar no sofá. — A Elizabeth não me liga ou manda mensagem já faz alguns dias, admito que eu estou preocupada com ela. 

 — Eu não me preocupo por que eu sei que a Loretta cuida muito bem das outras, além de ser praticamente impossível alguém conseguir tirar a vida dela tão facilmente. — Sorriu, recordando das palavras da mais velha. — E eu sinto que ela está bem. — Colocou o punho fechado perto do coração, estava aliviada de certo modo.  

 Em seu ouvido, uma voz sussurrava palavras de conforto. Quando Loretta passou a fazer missões perigosas, ela ia no quarto de Anna e dizia em seu ouvido "está tudo bem, eu vou ficar bem" enquanto acariciava seus cabelos. Por causa disso, virou um hábito seu dizer isso á ela toda vez que é lhe dado um trabalho, não importa se fosse via celular ou presencialmente, Anna sabe que a irmã a está protegendo de alguma forma, como sempre fez. 

 — A Elizabeth só diz para eu estudar e não me preocupar com ela, mas é meio difícil para mim já que eu a conheço tão bem, as vezes até melhor do que ela mesma. — Balançou a cabeça negativamente, decepcionada com a irmã. 

 — Não se preocupe, a Natasha pode impedi-las se elas quiserem fazer alguma loucura. — Deu de ombros, jogando-se ao lado da amiga no sofá. — Mas fugindo um pouco do assunto, como são os caras que elas estão protegendo?  

 — Eu só olhei algumas fotos, mas até que dão para o gasto. — A ruiva falou com um sorriso, que poderia ser interpretado de várias formas. — A Melissa deve ter feito a festa. 

 — Imagina a Elizabeth.  

 Elas riram, esquecendo um pouco aquele assunto incômodo. Do outro lado do mundo, as suas irmãs também pensavam nelas, já fazia quase um mês que se separaram e sentiam falta. 

-X- 

 Dei os últimos detalhes ao croqui do vestido no papel e larguei o lápis de cor em cima da mesa. Respirei fundo e arrastei a cadeira, levantando e pegando o meu casaco, bolsa e chaves. Saí do meu escritório e tranquei-o, indo em direção ao elevador. Os meus saltos faziam barulho contra o piso, não havia ninguém naquele andar, afinal, já eram quase meia noite e eu não os deixaria acordados até essa hora. 

 Não conseguiria terminar mais nada por enquanto, um bloqueio de criatividade enorme me atingira nos últimos dias, eu estava apreensiva e triste, logo a pior data iria chegar e é justamente esse o motivo das minhas energias estarem tão ruins. Em setembro, aconteceria o aniversário de três anos da morte do Jean e a Loretta possivelmente vai se isolar novamente em algum país de terceiro mundo. 

 Despertei dos meus pensamentos quando ouvi a porta do elevador abrir e fazer aquele barulho tenebroso. Andei mais rápido até a porta do escritório do meu marido, abrindo a porta. Ele estava olhando alguns papeis e assustou-se quando me viu lá, sorri pela primeira vez naquele dia e aproximei-me dele, que levantou e me abraçou. Ele sabia como eu estava sem nem mesmo eu dizer palavra alguma. Ele poderia estar de cabeça cheia do trabalho, já que seu inglês é péssimo e provavelmente os papeis estavam nessa língua, então demorava ainda mais para entender o que estava escrito, só que, ele me recebeu com um sorriso no rosto. 

 — Ártemis, você não deveria estar tão preocupada com ela, ela já sabe se cuidar. — Ele acariciou meus cabelos, como se eu fosse uma criança indefesa. — Loretta não tem mais dezesseis anos, ela tem vinte e quatro, prestes a completar vinte e cinco. — Sua voz doce me acalmou por um curto período de tempo, mas não foi suficiente.  

 — Não é muito fácil passar por isso tudo sabendo que se tem uma parcela de culpa. — Encostei minha cabeça em seu peito, ouvir as batidas de seu coração me faz bem, principalmente se eu estiver nesse estado. 

 — Sei bem disso, ah, e como eu sei. — Disse calmamente. Sua calma as vezes me dá nos nervos, como alguém consegue ser tão calmo e paciente? — Loretta já superou e tomou as lições importantes que aprendeu com isso para a sua vida, você deveria fazer isso também e parar de remoer o passado. 

 Fiquei um tempo calada, analisei tudo o que ele disse e concordei. Já estava na hora de esquecer essa parte da minha vida. 

 — Eu não sei o que seria de mim sem você. — Falei dando um rápido selinho em seus lábios.  

 — Não é atoa que eu estou casado com você a mais de vinte anos. — Colocou as mãos em minha cintura e começou a me guiar para fora da sala, deixando os papeis em cima da mesa. 

  [...] 

 "O vento balançava os galhos das árvores, a noite estava fria, exatamente como no dia em que tudo começou. Tínhamos acabado de saber que a Anna precisaria de uma cirurgia caríssima e que se ela não fizesse, morreria mais cedo. Éramos pobres na época, morávamos numa fazenda no interior da Grécia e mal tínhamos o que comer. Então, para poder pagar a cirurgia, pegamos emprestado a quantia em dinheiro com um agiota, mas não sabíamos que ele estava envolvido com a máfia.  

 Não conseguimos pagar toda a quantia, mas felizmente Anna conseguiu fazer a cirurgia. Quando o prazo para entregar o resto do dinheiro acabou, eles foram na nossa casa para matar-nos. Loretta, que na época era uma criança, se ofereceu para pagar a dívida trabalhando para eles. Eu fiz um escândalo, meu marido me segurou para eu não fazer uma besteira e a minha filha de disse a coisa mais linda que eu já ouvi na vida: "Eu amo vocês demais, por isso, eu posso fazer isso para proteger vocês". Eu comecei a chorar, mas eu não podia fazer nada, essa era a decisão dela. 

 Eu podia ter esperneado mais, impedido a minha criança de fazer aquilo, mas me faltou coragem. Fui egoísta por que não queria morrer ou perder a minha família, enquanto a minha filha deixou de viver para salvar-nos. Quando ela voltou, eu pedi desculpas várias vezes, implorando seu perdão. Ela me abraçou e começou a chorar, nós duas choramos naquele dia. 

 Felizmente, ela se reergueu quando entrou no exército após fazer um acordo com a ONU, mas quase ruiu quando perdeu duas coisas preciosas para si. Meu neto e meu genro, num curto espaço de tempo." 

 Saí dos meus pensamentos com o Hades correndo por entre as minhas pernas. Ri de leve e baguncei seu pelo macio.  

 Meu celular tocou e eu corri para atendê-lo. Eu tinha certeza que era a minha filha. Atendi e a voz meio rouca de Loretta invadiu os meus ouvidos. 

 Uma singela lágrima escorreu pelo meu rosto, minha menininha estava bem. 

 — Mãe, eu te amo. — Falou com a voz triste e em grego. Eu sabia que tinha acontecido algo, algo que a machucou muito.  

 Olho para a janela do meu quarto e vejo a escuridão da noite por ela. Respiro fundo e engulo o choro, disfarçando a voz, tentando soar o mais confiante o possível. 

 — Eu te amo também, minha pequena guerreira.


Notas Finais


Sim, o nome da mãe da Loretta é de uma deusa grega (?)
Nem eu sei o motivo de ser especificamente uma deusa grega, mas eu imagino ela assim

Bom, esse foi um pouco do relacionamento da família Averoff. Essa é a história da Loretta, ela foi obrigada a isso, por causa da irmã.

Espero que tenham gostado <3


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