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História Suicide Vale - Como as coisas não deveriam ter sido


Escrita por: LukePeckerman

Capítulo 1 - Como as coisas não deveriam ter sido


Fanfic / Fanfiction Suicide Vale - Como as coisas não deveriam ter sido


 São nos dias mais comuns em que coisas estranhas costumam acontecer. Um daqueles dias em que você faz tudo que costuma fazer, mas sem a mínima vontade de sorrir. Os dias de Miyako eram assim, ele era um jovem aparentemente como qualquer outro, que carregava aquele sentimento de vazio consigo, o tempo todo. Naquela quarta-feira, Miyako olhava pela janela da sala de aula inexpressivamente, como se não estivesse ali. As palavras do professor não conseguiam chegar aos seus ouvidos por mais grave que fosse, mas naquele momento, o transe de Miyako foi quebrado quando professor chamou-lhe a atenção:
-Miyako! Miyako! Eu estou falando com você!
-Uh... Professor? Desculpe... Eu estava...
- Nada de desculpas, eu acabei de perguntar o que...
  Antes que o professor terminasse a  frase, o som do sinal salvou Miyako de mais uma bronca. Por mais que tivesse sido sorte, Miyako não se importava, ele estava ocupado demais com os pensamentos que habitavam em seu interior. Já nos corredores, andava calmamente sem reparar nos jovens apressados que estavam ao seu redor, todos pareciam animados com o fim da aula, exceto  ele. Com a cabeça baixa, começou a traçar o caminho para sua casa. A única coisa que complementaria a cena enquanto Miyako andava pela rua, seria uma música melancólica. 
  Miyako olhou tristemente para uma casa, mas não era uma casa comum para ele, e sim a casa de Misa, sua ex namorada. Miyako não entrava mais lá depois da aula, apenas observava Misa abrindo a porta e entrando discretamente, com aquele jeito calmo que, aos olhos do garoto, só ela tinha. Misa já havia entrado, não tinha mais motivo para ficar olhando, Miyako seguiu em frente. 
 Como de costume, Miyako entrou em sua casa sem o mínimo desejo de ser notado por sua mãe, mas um alívio melancólico tomou conta de si quando viu que sua mãe ainda não havia chegado, ela ainda estava no trabalho. Enquanto tirava seus sapatos, ele olhava para um retrato que havia na sala, no qual se via ele e seus pais, que haviam se divorciado à alguns anos. Miyako subiu as escadas e foi para o quarto como se nunca tivesse chegado em casa, tirou o uniforme e deitou em sua cama, como se não soubesse o que fazer naquele momento. Enquanto entrava em um novo transe, Miyako sentiu um odor estranho em seu quarto, que não podia distinguir de outra forma que não fosse o cheiro de alguma coisa morta. O garoto tentou ignorar o cheiro, mas ele realmente estava incomodado. Levantou-se da cama e procurou por algo que pra ele, fosse algum animal morto, ou algo do tipo. Miyako colocou seus fones de ouvido e adormeceu enquanto ouvia música.  
 No meio da noite, Miyako acorda com o barulho da tempestade que começou durante seu sono, os trovões estridentes provocavam um pouco de medo no garoto. Após um forte relâmpago, Miyako se assusta  com uma figura que vê rapidamente em seu quarto. Ele não imagina o que pode ser, mas que por um momento, ele identificou como uma pessoa. Miyako se levanta da cama rapidamente para a acender a luz, mas fica paralizado de medo quando consegue ver uma silhueta no escuro, era um homem alto. 
-Q-quem está aí!? - Pergunta o garoto assustado.
 Nenhuma resposta foi dada até que o garoto acendesse a luz e percebesse que não havia ninguém lá. Assutado, Miyako respira ofegante com a mão no peito, apoiando-se em sua descrença por um segundo, mas quando se vira, grita assustado quando vê um homem em sua frente, que diz calmamente:
-Você pode gritar à vontade, ninguem irá te ouvir.
 Miyako, possuído pelo medo, olhou para o homem que estava à sua frente, utilizando o controle que lhe restava para reparar em sua aparência. Era um homem alto, magro, com cabelo branco e olhos verdes. O homem usava uma roupa preta e em sua blusa havia um X branco, semelhante ao que havia em sua mascara, que cobria sua boca e nariz, seu olhar era triste e isso hipnotizou Miyako por uns segundos. Após um silêncio assustador, Miyako pergunta:
- Quem... Quem  é você?
- Eu me chamo Daisuke - Responde calmamente o homem.
- O que você está fazendo aqui no meu quarto? Você... Vai me matar?
- Não posso fazer isso, aliás, você mesmo já fez.
- O quê? Como assim?
 O medo que Miyako sentia foi um pouco amenizado enquanto ele fazia aquelas perguntas, aos poucos, o garoto foi sentindo que o homem não queria machucá-lo. Miyako se afastou dele até chegar a porta, estranhando o fato de que o homem não fez nada para impedí-lo de fugir. 
- Para onde você está indo? - Pergunta Daisuke.
- Eu... Eu... Eu vou falar com minha mãe! - Responde Miyako enquanto abre a porta e corre pelo corredor até o quarto de sua mãe.
Mas, antes que o garoto chegasse lá, uma criatura estranha pulou em cima dele. Após o susto, o garoto tenta olhar para o que o havia atacado, ele não conseguia olhar, o rosto estava próximo ao dele, mas em constante movimento. Miyako empurra a criatura e olha para ela assustado, aquilo, seja lá o que fosse, era horrível. Havia uma pele extremamente pálida e seus braços e pernas eram distorcidos, o cabelo aparentemente era de uma garota, mas não era possível enxergar seu rosto, pois ele se mexia rapidamente. Miyako se levanta e abre a porta do quarto de sua mãe, que não estava lá. A criatura começa a fazer um som estranho e perturbador enquanto rasteja em direção à Miyako. O garoto pula por cima da criatura e corre descendo as escadas até a sala, onde vê a porta batendo. Enquanto tenta pensar no que fazer, o garoto ouve um choro, que parece ser o de sua mãe. Ignorando o medo, Miyako sobe as escadas novamente seguindo a voz do choro até voltar ao quarto, após entrar lá, ele vê o homem parado justamente como estava antes, e diz:
- Onde está minha mãe!? 
- Você realmente quer sair denovo?
- Me responda!
- Não se preocupe com sua mãe.
- O que você fez com ela? O que era aquela coisa lá fora?
 Antes que o homem respondesse, Miyako continua a ouvir o choro de sua mãe, que parece estar no quarto. Ele procura desesperadamente numa tentativa frustrada de encontrá-la.
- Você está bastante confuso, não? - Pergunta Daisuke.
 Miyako olha para o homem assutado.
- Eu vou te esclarecer, mas você precisa vir comigo.
- E como posso confiar em você?
- Não confie então, mas você quer respostas, certo?
- Sim... Está bem, vou com você, mas quero saber onde está minha mãe.
- Ela está bem, até melhor do que você.
- Eu preciso ter certeza de que elá está bem!
 Miyako ouve a voz de sua mãe, que chama por seu nome, fazendo com que o garoto saísse rápidamente do quarto com o objetivo de encontrá-la. A voz o faz sair de sua casa e correr pela rua durante a tempestade.
-Miyako... - Diz a voz de sua mãe.
-Mãe!?
 O garoto vê sua mãe no fim da rua, e vai correndo desesperadamente ao seu encontro, quando percebe que o chão em baixo de si está rachando. O garoto corre enquanto o chão atrás de si desmorona, até que chega até sua mãe. Miyako assustou-se após ver que sua mãe estava sem rosto. A mão de sua mãe estende-se calmamente para Miyako. O garoto assustado, pensa duas vezes antes de dar a mão para ela.
- É melhor não... - Diz Daisuke, que apareceu inesperadamente do lado de Miyako.
Durante aquele momento, sentindo a chuva forte em seu rosto, Miyako entra em outro transe enquanto tentava decidir se dava a mão para sua mãe, ou ouvia Daisuke, mas, antes que ele decidisse, o que sobrou do chão em baixo de si quebra-se e ele começa a cair junto com Daisuke. Mas o garoto não chegou ao chão tão rapidamente, ele caía enquanto percebia que o que estava abaixo do chão não era o que ele realmente esperava, estava tudo escuro e os pedaços do chão se desintegravam enquanto Daisuke não parecia estar preocupado com a queda. Logo, os dois que estavam caindo, começaram a flutuar até o chão. Miyako já havia perdido a noção da realidade. 
 Logo, ele observa o cenário à sua volta, apenas um caminho com chão de pedra e cercado de escuridão. Daisuke começa a andar e, instintivamente, Miyako o segue. Os dois encontram um grande número de pessoas seguindo por aquele caminho, todas aquelas pessoas pareciam estar hipnotizadas e caminhavam melancolicamente, sem se importar com a situação em que estavam, pareciam estar desanimadas e sonolentas. Miyako pergunta para Daisuke:
- Onde estamos?
 Daisuke olha para Miyako e lentamente volta a olhar para frente, enquanto pronuncia as palavras:
- Bem vindo à Suicide Vale.
 


Notas Finais


Sou iniciante no mundo das fanfics, portanto, peço que me perdoem caso eu tenho cometido alguns erros.


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