-Eu não acredito! Minha amiga, uma modelo! –Tenten saltitava eufórica na minha frente.
A sala ainda estava vazia, então a morena aproveitou para subir em uma cadeira e trocar freneticamente entre a perna direita e esquerda, enquanto batia palmas.
-T-Tenten... –a chamei baixo, olhando em direção a porta.
-Ah, Hina! Que sortuda! –ela pulou da cadeira. –Começou a namorar o Gato-Uchiha e ainda vai trabalhar como modelo... –suspirou sonhadora.
-Por favor, não faça isso de novo! –pedi com certo receio.
-Não quer que saibam desse seu trabalho? –ela piscou algumas vezes e eu assenti. –Oras, como não? Imagina a cara da Sakura quando descobrir isso?!
Eu a encarei e ela gargalhou.
-Eu não quero imaginar... –murmurei abraçando meu corpo.
-Tem razão, ela pode te machucar nesse meio tempo... –Tenten colocou a mão no queixo pensativa. –Então só vamos avisar quando as fotos estiverem prontas, aí eu esfrego na cara dela!
Escutamos o barulho da porta e toda nossa atenção se voltou para a mesma.
-Desculpe, não sabia que estava ocupada, Tenten. –Kiba estava na porta, nos encarando, mas fechou rapidamente.
-É impressão minha ou ele está te evitando? –a garota de coques me perguntou e eu suspirei.
-Parece que sim...
-E quando você vai resolver isso? –ela cruzou os braços me encarando.
-Eu nem sei o que eu fiz para ele ficar assim! –tentei me defender.
-Então pergunte!
-Mas...
-Anda, Hinata! Não posso ficar sustentando o lanche do Kiba sozinha o mês todo! –ela falava enquanto me empurrava para fora da sala.
-Tenten! –tentei voltar, mas ela fechou a porta na minha cara.
Suspirei e olhei para os dois lados no corredor, me pûs a andar atrás de Kiba. Encontrei o moreno encostado em um dos últimos armários do corredor, ele observava seu celular.
-Kiba? –chamei e ele me olhou.
-Ah, oi Hinata. –acenou. –Estou com um pouco de pressa, conversamos depois!
Ele começou a andar, mas barrei a sua passagem, fazendo ele arquear uma sobrancelha.
-Por que está agindo assim comigo?
-Assim como? –perguntou.
-Está me evitando! Nem fala direito comigo. E-eu fiz algo de errado? –a esse ponto eu já sentia meus olhos úmidos.
-Não... –ele suspirou. –Eu que fiz!
-Mas você não fez nada! –respondi rapidamente.
-Eu fiz sim, Hinata. –ele olhou diretamente nos meus olhos. –Eu me apaixonei por você!
-O-o quê? –arregalei os olhos. –N-não brinque com essas coisas, Kiba!
-Eu adoraria está brincando. –ele colocou as mãos nos bolsos da calça. –Mas eu me apaixonei por você, tive medo de me confessar e acabar estragando a relação que tínhamos, mas... –o moreno desviou seu olhar para o chão. –Eu acho que isso doeria menos do que te ver com o Uchiha.
-Kiba, e-eu...
-Não precisa dizer nada, Hinata. –ele voltou a me encarar. –Eu não gosto do Uchiha, mas saber que está feliz já basta. Eu só preciso de um tempo! –disse por fim e voltou a andar.
Não tive forças para impedi-lo, nem sabia o que dizer depois disso. Apenas me encostei em um armário e deixei meu corpo deslizar de encontro ao chão.
**
-Ah, Hina... Ele vai ficar melhor, não se preocupe. –Tenten deu tapinhas nas minhas costas. –Não imaginei que ele ia ficar tão mexido com isso.
-E se as coisas não voltarem como antes, Tenten? –perguntei praticamente chorando. –Eu não quero perde-lo.
-Calma! Vai ficar tudo bem, tudo irá se resolver... –ela sorriu. –Falando em ‘tudo ficar bem’ eu preciso comprar meu lanche!
Ela se levantou rapidamente e correu para o outro lado do pátio.
-E-ei! –tentei chama-la, mas fui totalmente ignorada.
Suspirei e abracei minhas pernas.
-O que aconteceu? –me arrepiei ao escutar a voz.
Olhei para o lado e Sasuke estava sentado ao meu lado, tinha uma expressão preocupada no rosto.
-Nada. –murmurei.
-Você está quieta demais. –ele colocou um braço em volta do meu corpo e me puxou para perto.
-É só que... As coisas estão complicadas entre eu e o Kiba.
-Vocês brigaram?
-Mais ou menos.
-Bem, dê um tempo a ele...Se a amizade de vocês for realmente forte, as coisas vão voltar ao que eram. –falou e depositou um beijo no topo da minha cabeça.
-Você acha? –levantei meu olhar e ele sorriu.
-Eu tenho certeza!
-Obrigada, Sasuke. –sorri.
-Eu sou um ótimo conselheiro, não? –brincou.
-Sim, realmente!
-E ainda cobro barato!
-Você cobra por conselhos? –arqueei uma sobrancelha.
-Às vezes...E esse é um dos casos em que eu cobro!
-Qual o seu preço? –suspirei já imaginando o tempo que iria demorar para acertas as contas.
-Ah, eu só quero uma coisa de você...
Pisquei algumas vezes, evidentemente confusa e ele riu. Se aproximou devagar e juntou nossos lábios.
Eu estava gostando cada vez mais desses beijos inesperados.
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