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História Suki Kirai - Be really carefull


Escrita por: Arisu99

Capítulo 7 - Be really carefull


A noite fora bastante proveitosa e cansativa para Kohara e Kanon, mas da melhor maneira possível, tanto que já passava de 9 horas da manhã e ambos ainda dormiam em sono profundo. Mas aquele sono fora quebrado pelo telefone insistente que tocava .  Kohara mal abriu os olhos e pegou no aparelho, atendendo o com a voz rouca e preguiçosa.
-Alô?
-Shouuu! Ainda está dormindo? O dia está lindo! Bora dar uma rolé na praia?-dizia uma voz cheia de energia do outro lado da linha.
-Ahn? Quem é?
Kanon também acabou acordando com a ligação e agora o olhava com os olhos semi-abertos, estava curiosa também para saber quem era.
-Hiroto, né!-disse a voz do outro lado da linha.
-Ah, cara... não vai dar não. – disse e acabou bocejando.
-Quem é...Shou?-perguntou a menor baixinho.
-É o Hiroto.- falou baixo e colocou a mão sobre o fone.
-Tá falando com quem, hein? Shou!!!- falou bastante alto.- Eu tô aqui, na portaria do teu prédio. Quer tratar de descer?
-A Kanon, ela está aqui. Deixa a gente voltar à dormir, vai. Outro dia a gente dá um rolé com você...
Hiroto sentiu o sangue ferver ao ouvir aquilo sair dos lábios do maior, desligava a ligação e guardava o celular, saindo de perto daquele prédio.
Kohara olhava com as sobrancelhas arqueadas ao ter a ligação findada daquele jeito e deixava o telefone sobre o criado mudo, dava de ombros e voltava a abraçar Kanon, selando a face da mesma.
-Shou...por quê esse menino fala assim com você? Parecia até seu namorado...- comentava a jovem com a voz um pouco fraca.
-Não faço idéia do porquê ele fala assim, deve ser abusado. Não combinei nada com ele.-disse simples e voltou a fechar os olhos.- Quero passar o dia contigo. Outro dia a gente sai com ele.
-Tenho até certo medo dele, parece que ele quer me matar...sei lá. Ele parece que não gosta mesmo de mim.
-Te matar? Não, ele não faria isso.- disse rindo e negou com a cabeça.- Esquece isso, Kah...vamos aproveitar nosso dia todo juntos. O que acha?
-Tudo bem, vou esquecer.- disse baixo, mas ficava com aqueles pensamentos na cabeça.


Hiroto chegou cedo no trabalho após aquela “ decepção”. Afogava seus pensamentos amargurados em varias doses de café sem açúcar algum.
-Tem certeza que não vai colocar nada pra melhorar esse café?-retrucou uma voz ao fim da sala.
-Pra que? A vida é amarga!-disse antipático, sem dar muita atenção à quem lhe falava. Arqueava as sobrancelhas ao ouvir uma risada em resposta à o que falou.- Mas que M...
-Sabe que não pode xingar na empresa, Hiroto.-disse Daigo, recostando-se na grande mesa que havia ao canto da sala, mordia um doce de chocolate e segurou-se para não rir ao notar a expressão de surpresa e susto ao mesmo tempo quando aquele jovem rapaz virou-se e notou que quase xingara á sua frente.
-Etto...desculpa. Eu não sabia que era o sr...-justificou-se.
-Não por isso. Parece muito aborrecido. Quer falar sobre?- perguntava curioso e bebia de uma caixinha de suco que estava sobre a mesa.
-Eu sou meio estranho e idiota e tudo ao mesmo tempo. Mas já quis esganar uma pessoa mentalmente.
-Ah, mas isso todos nós já quisemos. Posso ter certeza. Me conta mais...
-Tem certeza que quer ouvir minhas lamúrias?- perguntou sem entender bem porquê tanta  curiosidade do moreno sobre aquilo.
-Tenho certeza, minha secretária ainda não chegou, então fico meio que solto na empresa.
-É ela que eu queria esganar.- murmurou e abaixo a cabeça.
Daigo soltou uma gargalhada, mas logo conteve-se ao notar que aquilo incomodava o menor.- Desculpe. Por quê quer matar a doce Kanon?
-Porquê ela é doce, como o sr e o Shou acham...
-Shou?
-É...o Kohara. Ela me atrapalhou, queria fazer um roteiro legal nesse final de semana com ele e...ela estava lá, atrapalhou tudo.
-Hn...ela estava na casa do Kohara?- coçou o queixo e sorriu leve, mordendo mais uma vez aquele doce.- Deve ser por isso que não respondeu á minha mensagem.
-Ela estava sim. E vocês trocam mensagens?- perguntava, estranhando aquele comentário do maior.
- Poucas, coisas normais, sobre o trabalho, é claro...e coisas tipo “ como vai e etcs”.
Hiroto sorriu de canto ao ouvir aquelas coisas e pensava em algo naquele momento, largava aquele copo com café sobre a bancada.- Por quê o sr mesmo não pergunta para ela? Ela deve ter uma boa explicação.
-Nem preciso. Sei que o Kohara tem ciúmes, embora ainda não entendi o lance deles.
-Desculpa perguntar mas por quê não pergunta para ela sobre o lance deles? Parece um pouco interessado nela, se me permite dizer. E até peço desculpas por falar tanto assim. –disse o menor disparado, sem ao menos pensar exatamente o que falava.
Daigo mordeu o ultimo pedaço daquele doce e amassou a embalagem enquanto pensava, sorriu leve e maneou a cabeça algumas vezes. Passou a canhota nos cabelos e olhava fixamente Hiroto.- Talvez esteja certo, talvez.- falou sério, mas piscou um dos olhos.
-Parece que sabe conseguir o que quer...então...- falava o menor evasivamente, na tentativa de fixar aquela ideia na mente do maior.
-E parece que você está querendo me persuadir à fazer algo que te ajude, cuidado... isso pode virar contra você.- advertiu e pegou a caixa de suco sobre a mesa.
-Como assim?
-Para cada coisa que fazemos, existem consequências, deve saber. Você pode acabar perdendo a amizade dele, se ele imaginar que falou isto para mim. Se eu tentasse algo com ela, ele apenas teria mais raiva de mim, mas não faço questão que ele goste de mim...infelizmente o Kohara sempre teve a mente fechada e me  via como “ empecilho “.
-E eu vejo aquela garota assim...-murmurou e pendeu a cabeça ao lado, fazendo um leve bico.-Engraçado...é a primeira vez que conversamos de verdade.
-Sim, mas é porquê não costumo ficar muito pelos corredores e também nunca puxou assunto. Estava sempre ranzinza ou focado em caçar seu colega de trabalho.-riu baixo ao comentar tal coisa e bagunçou de leve os cabelos do menor com uma das mãos.
-Hey...tá bom, você é legal. Obrigado por conversar comigo, me sinto um pouco melhor.
-Por nada. Agora preciso ir, olha quem chegou...- disse sorrindo leve e mostrou o visor do celular com uma mensagem de Kanon.
-Até logo...
-Até!
O maior de cabelos avermelhados saia da sala com certa pressa e caminhava até sua sala, onde encontrava Kanon sentada na mesa menor ao canto da sala.
-Bom dia, Dai-san.- disse a menor levemente animada, olhando o de soslaio enquanto mexia em alguns papéis.
-Bom dia, Non-Non.-disse baixo e se aproximou da mesa da menor.- Amanhã temos uma reunião para ir do outro lado da cidade, por isso peço que hoje durma bem, amanhã o dia será puxado.
-Vou marcar aqui. Venho para a empresa e vamos daqui ou devo ir direto para o local?
- Vou mandar um carro lhe buscar em casa, no horário que começa o expediente aqui.
- Combinado. Ainda bem que a faculdade está em férias...senão seria complicado.
-Acabaria não podendo ir e ficaria um pouco perdida...e também como poderia fazer uns testes?
-Testes?
-Sim! Acho que vai gostar desta novidade...uma vez me disse que toca violoncelo e um dia destes me mandou o vídeo que tocava e cantava, lembra?
-Lembro sim, mas nem pensei que veria aquele vídeo. Ai que vergonha.- exclamou tampando a face e ria um tanto nervosa.
-Não sinta vergonha. Eu mostrei para alguém o vídeo e queriam te ver tocar...- o maior retirava do bolso um cartão com  nome e telefone , entregava nas mãos do menor o cartão e sorria leve.- Ela produz alguns artistas do mesmo estilo que você, liga para ela e tente, não custa nada.
A jovem olhava para o cartão e sorria largo, dava um pulo da cadeira e abraçava o maior com bastante força, acabou por selar a face dele várias vezes. – Ain..você não sabe como estou feliz. Eu amo tocar violoncelo...não sabe como seria feliz se desse certo.
-Pode dar, eu também ficaria muito feliz se conseguisse.- comentou e afagou os cabelos dela, selando a testa alheia uma única vez.
-Obrigada mesmo, Dai...como eu posso agradecer?
Daigo olhava aos lados e sorria de canto, segurou o queixo dela e selou os lábios carnudos com os dela.- Estamos quites.- brincou e se afastava.- Agora vamos ao trabalho. Me mostra a lista de trabalhos para desenvolver.- falou normalmente, voltando à posição de superior.
Kanon ainda estava com a face em chamas e com a cabeça um pouco avoada após aquilo tudo, mas logo balançava a cabeça e corria para começar mais um dia de trabalho.

O dia de trabalho ocorreu normalmente, como mandava o figurino, e como sempre, Kohara não conseguiu falar com Kanon até a hora da saída. Desceram juntos no elevador e assim que saiam da empresa, ele pegava na mão da mesma e começava a caminhar rumo á sua casa, mas desta vez, ela parava os passos frente á cafeteria.
-Hoje não vou poder ir, Shou.- disse e suspirou baixo.
-Por quê não?- a olhava com curiosidade e arqueava as sobrancelhas.
-Amanhã tenho uma reunião, nem sei direito onde é.
-Vai com aquele sujeito...?- indagou um tanto evasivo, apesar de saber a resposta.
-Ele é meu chefe direto, digamos assim. Ele vai, precisarei ir também.
-Kanon...
Ela suspirou e revirou os olhos ao notar a expressão preocupada na face dele. –É meu trabalho, Shou. Acho que tu deveria confiar mais em mim.
-Confio em você, só não confio nele!- disse um pouco alto, demonstrando nervosismo.
-Ele não vai me atacar, se é o que pensa. Vamos à uma reunião...nada à mais. Tu ia surtar se te falasse que foi ele quem me arrumou um contato para eu ver se consigo entrar para o mundo da música, né? –pendeu a cabeça curiosa e cruzou os braços.
-Hn? Ele está tão bom com você à troco de nada? Está mesmo acreditando nisso? Tu é muito ingênua...
Kanon mordeu o lábio inferior, evitando xingá-lo naquele momento, mas acabava sorrindo com aquele jeito extremamente protetor dele. Fechou o punho e acertou no peitoral dele, sem força alguma. – Eu quero te socar, mas ao mesmo tempo não. Como você é chato, mas...cuida e se preocupa tanto comigo.
-Tu me odeia ou gosta de mim? Fiquei confuso.- indagou ele bastante curioso, afinal nunca ninguém havia gostado de seu jeito extremamente ciumento e protetor.
-Me beija, seu bobo.- disse ela um pouco alto e tampou os olhos.
Kohara abria um sorriso largo e a abraçava, selando os lábios dela inúmeras vezes, tendo todos os selos retribuídos.
-Promete correr pra mim assim que essa reunião acabar?-murmurou ele.
-Sim. Assim que ele me liberar, vou te ver. Fica bem esta noite, vou para casa.
-Posso te levar, é só eu pegar o carro lá em casa...
-Não precisa, gato.- ela selou os lábios dele mais uma vez e se afastava, corria para a plataforma de ônibus e pegava o primeiro que vinha em direção para onde morava.
O maior ficou um tempo olhando para a rua, mas logo seguia para seu apartamento. Estava cheio de coisas na mente e até mesmo sentia um mal pressentimento sobre aquilo.

- Continua...



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