História Summer House - Capítulo Cinco

P.O.V. Jin

- Vamos. – Disse batendo na porta do banheiro na tentativa de fazer Namjoon ir o mais rápido possível em seu banho.

Olhei-me no espelho. Usava um moletom cinza, calça branca e um Converse branco e preto.

- Nunca ouviu dizer que a pressa é inimiga da perfeição?- Resmungou Namjoon, o barulho do chuveiro cessou.

- Por isso que eu não gosto de inimigos. – Arrumei meu cabelo uma ultima vez e sentei na cama para esperar Namjoon.

Nós iríamos a um restaurante a alguns metros do condomínio.

- Que horas são? – Namjoon saiu do banheiro envolto apenas por sua toalha.

- 18:55. – Disse.

- Me ajuda? – Ele olhou para o armário e depois para mim.

- Você tem bom gosto, tenta. – Disse abrindo as portas do armário.

- Ok. – Ele pegou uma camiseta branca com um ‘’06’’ preto estampado em sua frente e uma calça preta.

- Muito bom. – Disse aplaudindo.

- Pode falar o que quiser... Mas nunca vou conseguir ganhar de você... My princess. – Ele me beijou, seus lábios eram macios, o que fazia eu querer nunca mais sair daquele beijo, senti suas mãos envolta de minha cintura.

- Vocês vão... Uou. – Yoongi entrou no quarto mais deu alguns passos para trás ao ver Namjoon. – Desculpa, não precisa responder.

- Yoongi. – Chamei rindo. Fui de encontro a ele no meio do corredor.

-Vocês vão mesmo sair? – Yoongi parecia extremamente envergonhado.

- Vamos. Porque?

- Achei que a casa ia ficar apenas para mim e Hoseok.

- Jimin e Jungkook? – Perguntei.

- Sim. E eu acho melhor a gente ficar por aqui mesmo Suga, a conversa pode não acabar bem. – Disse Hoseok saindo do quarto dele.

- Suga? – Perguntei. - Que apelido fofo.

- Cadê o noivo? – Disse Hoseok passando o braço pela cintura de Yoongi.

- Amor.  – Chamou Namjoon.

Me virei e vi Namjoon saindo do quarto, ele usava um coturno completamente preto, segurava um casaco de couro preto, seu cabelo estava bagunçado, e isso era o que deixava ele muito mais bonito.

- Parece que o noivo caprichou dessa vez. – Disse Yoongi rindo.

- Da pra parar de me chamar assim. – Ele sorriu e olhou para mim. – Estou bonito?

- Bonito? – Caminhei até ele. – Você ta perfeito.

[...]

O pátio estava vazio. As casas estavam completamente escuras.

- O restaurante é no final da avenida. – Informou Namjoon guardando o celular no bolso. – O que houve? Você ta com o rosto tão perdido. – Namjoon passou o braço por meus ombros e me juntou a si.

- Não, nada. – Eu disse dando um sorriso completamente falso.

- Fala. – Ele parou na minha frente interrompendo minha caminhada.

- Só não acredito que isso esta mesmo acontecendo, é inacreditável. – Encarei Namjoon por um tempo.

- Acredite. –Ele me beijo e juntou nossas mãos. – Isso é uma prova de que é real. – Ele me beijou.

-Obrigado. - Encostei minha cabeça no ombro dele e seguimos o caminho.

O céu era um azul escuro não totalmente formado, as noites no verão demoram mais para acontecer.

Ao chegarmos no restaurante, vimos Taehyung em uma das ultimas mesas com outras três pessoas, ele usava outra roupa, mas consegui apenas ver a parte de cima de seu corpo. A sua camiseta vermelha se transformara em uma camiseta azul e um casaco verde. Ele acenou para nós e sorriu.

[...]

- Gostei daqui. – Disse finalizando minha segunda garrafa de água. – É calmo.

- Voltaremos? – Pergutou Namjoon.

- Sim. Mas antes vou te levar em meu restaurante favorito em Gwacheon. – Dei um pequeno sorriso.

- Kim SeokJin? – Ele levou a mão ao bolso e tirou algo.

- Sim. – Disse estranhando o fato de ele falar meu nome completo.

- Você quer namorar comigo? – Era uma caixinha preta de veludo. O gesto fez com que eu me assustasse.

- Nam... – Ele abriu a caixa. Era um anel com detalhes em dourado que formavam uma linha de batimentos cardíacos.

- Só me responde. – Pediu ele.

- Sim. – Estava prestes a chorar. - Óbvio que sim. - Eu sorri. As pequenas covinhas de Namjoon apareceram.

Ele pegou minha mão e com carinho, colocou o anel em meu dedo anelar.

- Promete que nunca nos afastaremos? – Perguntei pegando a segunda aliança na caixa.

- Prometo. Nós estaremos lado a lado em todas as brigas que tivermos e atenderemos a qualquer pedido de socorro, não importa a hora, momento, lugar. – Coloquei o anel em seu dedo e segurei sua mão o mais forte que pude.

- Não me deixe nunca Namjoon. – Lagrimas caíram de meus olhos, fazendo com que Namjoon tivesse apenas mais um motivo para passar a mão por meu rosto. - Por favor.

- Não vou deixar... Sou muito apaixonado por você para fazer isso.

Passamos dez minutos de mãos dadas encarando um ao outro.

- Senhores. – Uma das garçonetes apareceu entregando um pequeno papel: a conta.

- Eu pago. – Namjoon disse pegando a carteira.

- Não precisa. – Coloquei a mão em meu bolso, tarde demais. A moça já voltava para o caixa com algumas notas na mão.

- Ei! – Disse jogando o pano que antes estava em minha perna em Namjoon.

- O que foi? – Disse ele rindo e levantando. – Eu só quis fazer uma gentileza.

O sorriso dele era lindo, se eu morresse, a ultima visão que queria ter... Era aquela.

- Ok. Mais da próxima vez... Eu pago.

[...]

-Posso te levar para um lugar? – Disse Namjoon.

Seu braço estava atrás de meu pescoço, eu segurava a mão que pendia em meu ombro.

- Qual lugar? – Disse. A rua estava vazia, olhei em um daqueles relógios eletrônicos, 22: 25.

- Um lugar lindo, onde dá para ver todas as estrelas possíveis. – Ele me olhava.

- Sim.

Ele pegou minha mão.

- Que lugar é esse? – Perguntei depois de alguns minutos de caminhada ao luar.

A rua estava completamente deserta, dando o foco principal aos pequenos pontos fracos de luz dos postes.

- É uma praça meio abandonada daqui, perfeito para ver o luar.

- Uau! – Consegui dizer.

- Vem aqui. – Namjoon subiu em uma alta estrutura de concreto puro e estendeu a mão para que eu subisse também.

- É muito lindo. – Disse olhando para o céu.

-Eu gostava muito de vir aqui. – Disse Namjoon. Ele segurava minha mão e olhava para o mesmo horizonte azul escuro com pontinhos brancos.

- Como você descobriu esse lugar? – Disse me virando para ele.

- Eu vinha para Seul em algumas férias com minha família. – Ele continuava encarando o céu. – Eu e minha irmã vínhamos aqui de madrugada. – Ele apontou para alguns prédios ao longe. – Meus tios moravam em um daqueles prédios... Ainda moram. – Corrigiu ele. – Podemos ir lá. – Seus olhos negros refletiam o brilho das estrelas.

- Vai ser legal conhecer sua família. – Voltei a encarar o céu.

- E sua família? – Perguntou Namjoon. Sentia que agora quem me encarava era ele.

- Minha familia? – Repeti procurando palavras para contar para Namjoon o pequeno problema que teríamos. - Bom, meus pais são separados. Vivo com minha mãe e minha irmã. – Suspirei e percebi que uma pequena fumaça saiu de minha boca, para uma noite de verão estava consideravelmente muito frio. – Minha mãe aceita o que sou, mas meu pai... – Dei uma pausa. Namjoon selou meus lábios.

- Não precisa continuar. Estaremos juntos. Juntos, podemos enfrentar todos os problemas do mundo.  – Ele empurrou minha cabeça de encontro a seu ombro.

[...]

Minhas pernas balançavam em pleno ar, queria que todas as noites de minha vida fossem assim. A lua estava reluzente acima de nossas cabeças. Já passava da meia-noite.

Um pequeno click ecoou pela praça e todas as luzes se apagaram, deixando-nos em um escuro assustador.

- A não – Namjoon levantou rapidamente fazendo minha cabeça girar.

- O que foi? – Disse levantando e batendo as mãos em minha calça.

- Fica aqui. Não desça por nada. – Ele pareceu sério, o que me assustava.

- Eu vou descer com você. – Sentia um frio em minha espinha.

- Fica aqui. – A voz grave de Namjoon me fez dar alguns passos para trás. – Desculpa. – Ele pegou minha mão e me juntou a seu corpo. – Se eu precisar  grito por socorro. Eu te amo. – Ele selou meus lábios.

O ar envolta de nós ficou totalmente tenso.

Minha respiração estava pesada... Vai acontecer alguma coisa, pensei.

Outro click. As luzes se acenderam novamente, elas refletiam na jaqueta de couro de Namjoon. Ele estava perto de uma caixa de luz, e mexia em alguns botões. Algo se aproximou tapando o reflexo.

- CUIDADO! – Gritei.

Namjoon se virou rapidamente, a tempo de segurar a braço do agressor, ele o empurrou em direção a alguns bancos.

Seu rosto era coberto e sua roupa era totalmente preta. Desci na intenção de ajudar Namjoon. Quando pulei, senti algo em minhas costas. Me virei a tempo de me defender de um soco.

Escutei alguns gritos de dor, felizmente, não de Namjoon.

Senti algo em minhas costas novamente, só que não um cutucão, mas sim uma pancada que me deixou sem ar por alguns segundos.

Ao me virar, consegui acertar o primeiro com um chute na perna o que fez com que ele caísse.

O outro me segurava pela gola da camiseta, puxando-me para mais perto, sentia sua respiração, levantei minha mão e consegui dar um soco fraco nele, não foi nada efetivo, ele apenas me soltou fazendo com que tivesse tempo de ver Namjoon dar uma ultima joelhada no abdômen do outro.

- NAMJOON! – Ele me olhou e veio em minha direção, o outro com quem ele brigava estava caído no chão totalmente desacordado.

- Peça ajuda para seu namoradinho agora. – O que havia chutado se recuperara e agora segurava minhas mãos, sua outra mão tapava minha boca abafando todos os gritos que dei.

- Solta ele. – Namjoon estava com a marca de um corte na jaqueta, na região do braço, seu olho estava roxo e sua boca cortada.

Senti algo atingindo minhas costas, estava sem ar e totalmente tonto.

Vi algo refletir mais a frente de Namjoon, uma faca. Um dos agressores a pegou. Namjoon correu na direção dele e segurou seu braço direito.

Consegui me soltar dos braços do que me segurava e chutei o meio de suas pernas. Olhei a minha volta em busca de Namjoon, ele continuava na briga.

- Pessoas como vocês deviam morrer. – O que me segurava se recompôs e veio em minha direção.

Ele me acertou duas vezes, uma na região dos olhos e outra no nariz. Consegui chutar ele o mais longe de mim possível.

Namjoon ainda estava na briga, mas o homem não usava mais a faca, o que me aliviou. Senti algo escorrer de meu nariz, sangue.

- JIN CUIDADO! – Olhei de volta ao que tinha chutado, a faca estava na mão dele agora e ele vinha em minha direção com toda sua raiva.

Minha visão ficou completamente colorida, ele segurava a faca em minha barriga.

- Boa Noite SeokJin. – Ele retirou a faca, antes de cair consegui puxar um pequeno pano que cobria seu nariz e sua boca... Era Jack.

[...]

-Jin... Jin. – A voz de Namjoon era distante em minha cabeça. – Acorda, por favor.

Escutei algumas sirenes, não consegui identificar se eram ambulâncias ou viaturas, provavelmente os dois.

- Como isso aconteceu? – Era a voz de Taehyung, comecei a sentir que estava cercado.

Provavelmente Namjoon chamou a policia, as ambulâncias e nossos amigos.

- Jin, abre o olho. – Namjoon pareceu não se importar muito com a pergunta de Taehyung.

Me esforcei ao máximo mas não consegui abrir totalmente meus olhos.

- Se afastem. – Era a voz de uma mulher.

- Namjoon? – Perguntei, senti uma forte dor em minha barriga. O que me fez dar um pequeno grito sem força alguma.

- Não fala nada. – Ele sorria feito bobo, seus olhos estavam cheios de água.

- Senhor. – Minha visão era borrada, mas vi alguém se aproximar de Namjoon e colocar a mão em seu ombro.

Percebi que estava no chão com a cabeça em cima das pernas de Namjoon. Levantei meu braço encostando no rosto dele.

- Eu te amo. – Essas palavras saíram muito fracas de minha boca. Senti uma lagrima cair em meu rosto. – Vai ficar tudo bem. – Disse.

Ele beijou minha testa, tentei dar um sorriso mais não foi eficiente.

Luzes vermelhas e azuis totalmente borradas piscavam em minha visão. Senti pessoas me tirando do chão e me colocando em um local mais confortável. Escutava longe o choro de Namjoon, o que fez uma pequena lágrima cair de meu olho.

Minha visão se apagou totalmente.

NA FACULDADE, ANTES DAS FÉRIAS DE VERÃO

O sinal ecoava pelos corredores. Repeti a mesma rotina de todos os dias: Colocava meus fones, pegava meus livros e minha mala.

Abri meu armário e guardei meus livros. Meu celular vibrou fazendo com que me assustasse, era Tae-gyu.

‘’ Vem aqui pra fora... Tipo AGORA’’.

Fechei meu armário, arrumei a mochila em meu ombro e fui até o lado de fora do prédio em busca de Tae-gyu, mas encontrei apenas uma grande rodinha.

- O que houve? – Perguntei ao ver algumas pessoas encostadas em um muro concentrados demais em seus smartphones.

- Uma briga, sei lá. – Um deles disse sem ao menos olhar para mim.

Deixei minha mochila perto de um deles e fui até a roda.

Chegando mais perto do centro, vi as duas pessoas envolvidas: Alex Bradley e Kim Namjoon.

Alex era um dos estudantes de intercâmbio dos Estados Unidos e Kim Namjoon era um dos estudantes de dança. Alex estava com a sobrancelha e o lábio superior cortados, já Namjoon estava apenas com o nariz sangrando.

Olhei para Hoseok ele estava do outro lado da roda fazendo um sinal para eu entrar na briga. Fui em direção a Namjoon segurando sua cintura para que não avançasse encima do outro.

- Parando com essa briga vocês. – Disse Hoseok. Mais duas pessoas haviam entrado para segurar Alex.

Olhei para Namjoon, ele já havia parado de relutar para que eu o soltasse e me encarava.

- Que brincadeira é essa ai? – Disse um dos professores. – Alex, já pra sala do diretor. Namjoon... – Ele não disse nada, apenas acenou com a cabeça.

A roda começava a se dispersar, deixando apenas eu, Hoseok e Namjoon no meio do pátio.

- Porque você fez isso?- Disse Hoseok dando um pequeno soco no ombro do amigo que logo reclamou de dor.

- Ele... Eles. – O rosto de Namjoon estava totalmente vermelho.

- Eu tenho alguns remédios para dor no meu armário. – Disse apontando para a porta.

- Por favor. – Disse Namjoon.

Ao voltar, Hoseok tirou os remédios de minha mão e me entregou um pequeno saco de gelo.

-AU! – Reclamou Namjoon ao sentir o gelo em sua testa.

- Toma. – Disse Hoseok com um copo de água e um dos remédios que havia dado. – Vou resolver algumas coisas. Jin... Toma conta dele.

- Aonde você vai? – Perguntei.

- Coordenação. – Hoseok pegou seu celular e começou a encarar a tela.

- Por quê? – Disse Namjoon se ajeitando no banco de madeira.

- Falaram para eu ‘’depor’’ por ele.

- Hyung. – Reclamou Namjoon.

- Hyung nada. Você está fraco e precisa de cuidados. – Ele simplesmente se virou e nos deixou sozinhos.

Namjoon virou o copo de água e os remédios em menos de alguns segundos.

Estávamos na parte de trás do prédio, o colégio estava totalmente vazio, todos haviam ido embora. O que me fez pensar que minha mãe estivesse totalmente preocupada.

- Obrigado. – Disse ele fazendo uma cara de dor ao estender a perna. – Mas não precisava de tanta coisa assim.

- Como assim tanta coisa?

- Remédio, gelo, cuidado. Você ter me tirado daquela briga foi o suficiente. – Vi um pequeno sorriso em seus lábios, e ao olhá-lo, vi que ele me encarava.

- Você ia acabar matando ele se eu e o Hoseok não interferíssemos. – Disse rindo. – Afinal, por que vocês brigaram? – Perguntei indo até a mala que Hoseok trouxera com algumas roupas de Namjoon. Sua camiseta branca agora contava com algumas manchas vermelhas.

- Ele é um idiota.

- Tem muitos idiotas por ai, mas... – Eu retirei uma regata preta do meio das roupas. – Eu não saio agredindo eles.

- Ele é hétero. – Disse ele rindo.

- Existem vários héteros por ai e eu também não saiu batendo neles. – Entreguei a camiseta para Namjoon.

- Ele é homofóbico, e primeiro... Ele que começou tudo.

- Ah, isso explica bastante.

- Ele ser homofóbico ou ele ter começado? – Disse Namjoon rindo.

- Não, ele ter começado. – Me aproximei mais dele.

Namjoon se apoiou em mim e se levantou. Ele começou a tirar a camiseta, ainda soltando pequenos ‘’ai’’ por conta de seus braços doloridos. Vi um grande roxo em seu abdômen.

- O que é isso? – Perguntei apontando para o local.

- Um dos socos. – Ele passou a mão no lugar atingido.

- Nossa. – Fui até uma pequena caixa com algumas faixas e peguei a mais larga que encontrei. – Se importa? – Disse levantando a faixa.

- Não. – Ele levantou o máximo que conseguia dos braços.

Passei a faixa por volta de seu corpo, deixando-o completamente imobilizado.

- Obrigado. – Ele colocou a camiseta ainda com certa dificuldade.

- Não precisa agradecer, só não quis que vocês se matassem. – Ambos rimos.

Fui até minha mala guardar alguns lenços e remédios que ainda haviam ali.

- Porque me ajudou? – Ele se aproximava de mim ainda mancando.

- Sei lá. – Disse rindo. – Acho que pelo fato de eu gostar de você.

- Sem graça. – Ele sorriu. –Ele poderia ter batido em você.

- O risco valia à pena. Era uma causa nobre. – Arrumei minha mochila nas costas e me coloquei enfrente a ele.

- Saiba que eu teria feito a mesma coisa por você. – Ele sorriu.

- Sua sorte é que eu não gosto nada de brigas. – Ambos rimos.

Nós nos encaramos e chegamos cada vez mais perto. Sentia o ar que saia de seu nariz recém machucado em meu rosto. Fechei os olhos e senti seus lábios nos meus.