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História Summertime - Capítulo 12 - Frank


Escrita por: radfuhkiero

Notas do Autor


Oi oi amores!!!
Tudo bem com vocês???
Primeiramente, obrigada pelos comentários de cap anterior e pelos novos favoritos, serio, vocês não incriveis!
Eu estava aqui pensando, estamos com 45 favs, faltam 5 para 50, será que conseguimos esses 50 até o próximo capítulo??? Eu sinceramente não sei, tudo depende de vocês que estão lendo aí hauahaha
Bom, talvez vcs tenham percebido que eu estou um pouco adiantada, mas é pq talvez eu não possa postar amanhã, mas semana que vem eu já volto para as quintas hauahha
Esse capítulo tem personagem nova na fic, então eu quero todo mundo do comentando o que achou dela, okay? Combinado!
Acho que é isso, espero que curtam o capítulo, boa leitura!
Bjs e até lá embaixo! <3

Capítulo 12 - Capítulo 12 - Frank


    Um dia! Um fucking dia para minha data favorita do ano, trinta e um de outubro, Halloween, meu aniversário. Não existia dia melhor pra mim… Até porque, poderíamos dizer que era um dia exótico para uma pessoa igualmente exótica, um dia em que eu me sentia um pouco mais normal e aceito por toda aquela gente estranha daquela cidade igualmente estranha… Mas como eu dizia, um dia para um dos melhores dias do meu ano, e dessa vez seria ainda melhor pois depois de hoje, meus pais passariam quatro dias fora e isso deixaria tudo muito melhor. Mas tudo que é bom tem um lado ruim, e nesse caso seria a comemoração adiantada de aniversário planejada por minha mãe. Meu único amigo presente seria Ray, eu não poderia em hipótese alguma chamar Gerard e seu irmão e o pior de tudo é que todos os outros presentes na noite seriam velhos chatos, colegas de meus pais na igreja e seus filhos engomadinhos que se achavam mil vezes superiores a mim. É… Não seria um dos melhores momentos de minha vida, mas a paz que viria a seguir me incentivava a colocar o melhor sorriso em meu rosto e suportar essas horas horríveis.


   Mas não era hora de pensar nisso, no momento eu tinha que me concentrar em legumes, isso mesmo, legumes, separar eles por tipo e colocá-los em seu devido lugar, o que não era difícil e sim entediante. Então desde já eu poderia ter certeza que o dia não seria dos melhores, eu nem ao menos pude escrever mais pra Gerard durante meu horário de trabalho para me distrair e, mais uma vez, não poderia ver ele depois de meu turno. Isso me deixava ainda mais desanimado, minha vontade era de pular esse dia, fingir que ele não existirá, mas infelizmente fazer isso era impossível.


   – Ray! Cara, onde está aquela porra daquela caixa de verduras? Eu não tô encontrando essa merda! – Eu havia esquecido de mencionar, mas meu bom humor havia ido para os ares no instante em que eu abri meus olhos, eu não ria de piada alguma que meu amigo fazia, eu não conseguia ver graça em nada e os palavrões saiam com muito mais frequência de minha boca – Não vai me ajudar não?


   – Calma! Eu estou indo pegar no estoque… Você não lembra, mas foi o senhor, Frank Iero, quem guardou lá há poucos minutos – Ray era compreensivo, eu tinha de agradecer todos os dias por isso, por ele não me levar a mal com toda minha grosseria e tentar me animar com suas milhares de piadas diárias – Mas como eu sou o melhor amigo do mundo eu vou te poupar dos comentários de como hoje você está estranho – então ele riu antes de sair de perto de mim, fazer um favor que me serviria muito, com ele eu não teria que deixar minha inerse de lado e andar mais que cinco passos e carregar uma caixa pesada em meus ombros.


   – Acho que nós deveríamos pedir um aumento, o que você acha? – perguntei assim que Ray voltou, ele pareceu um pouco confuso, antes que ele saísse estávamos falando da minha memória fraca e agora eu começara a falar sobre dinheiro, claramente isso não era algo que ele esperava – Tipo… Acho que estamos sendo pagos muito pouco para carregar caixas pesadas por aí e ter que aguentar todo esse tédio.


   – Primeiro, quem carregou a caixa aqui foi eu, você está reclamando de barriga cheia… E segundo… – nesse momento ele fez uma pausa, talvez tentando achar um segundo motivo para discordar de mim – Nosso salário é até que razoável para quem completou apenas o ensino médio, então não reclama, baixinho, deixa isso para depois que você virar um grande veterinário.


   – Okay! – Me dei por vencido antes mesmo de contestá-lo, a ideia era absurda, o dinheiro que ganhávamos era o suficiente para pagar algumas contas e sobreviver. Só não era o quanto eu precisava para dar o fora daqui, mas eu andava economizando praticamente todo meu salário para realizar isso algum dia – Você sabe, quando eu não tenho nada pra fazer eu falo essas merdas, eu sei que isso foi estúpido.


   – Uma pequena estupidez para um pequeno homem – por que minha altura era sempre motivo de piada? Eu sei que meu DNA não havia sido muito generoso, mas meu melhor amigo não precisava ficar ressaltando o quanto eu era minúsculo perto dele. Injustiça!


   Mostrei-lhe a língua em um gesto totalmente infantil, mas era melhor do que mandar com que ele fosse se foder e correr o risco de levar mais uma advertência por mau comportamento no trabalho. Não que eu já houvesse levado muitos, mas por ter sido pego usando muito o celular já estava de bom tamanho, não eram necessárias duas em apenas um mês.


   A tarde se passou assim, eu mal humorado, meu amigo sorridente me irritando, mas pelo menos ela se passou e chegou o horário que eu poderia ir para a casa. Eu não estava ansioso exatamente para isso, eu queria mesmo era trocar algumas mensagens com Gerard até chegar em casa e ter que me ausentar novamente.

  

  [Quinta-feira   4:32p.m.] Frank: Oi Gee! Como foi seu dia?


  [Quinta-feira   4:35p.m.] Gerard: Boa tarde, coelhinho! Quem faz aniversário amanhã? Isso mesmo, meu namorado! E como seus pais vão estar fora eu vou para sua casa assim que sair do colégio, quero aproveitar um tempo com você no seu dia :)...  Meu dia foi normal, adolescentes chatos, Lindsey sendo inconveniente como sempre (acredita que hoje ela pediu meu telefone? Ps: é claro que eu não dei, o que ela tem entre as pernas não me atrai muito… E eu já tenho você) E o seu?

  [Quinta-feira   4:37p.m.] Frank: Estou ansioso para amanhã também, para você passar um tempo comigo na minha casinha <3 ( que gay haha)...  Eu já disse que não gosto dessa Lindsey? Pois é, eu não gosto nem um pouco dessa coisa dela dar em cima de você! O meu dia foi bem chato, e vai continuar sendo por causa daquela comemoração merda de aniversário :(


  [Quarta-feira   4:40p.m.] Gerard: Você com ciúmes é uma gracinha, baby, mas não precisa ficar assim, eu já tenho você e não te trocaria, combinado?


  [Quarta-feira    4:43p.m.] Frank: Okay okay, agora eu vou ter que sair, estou chegando em casa… Então até amanhã <3


  Ele me respondeu com uma breve mensagem de despedida assim que eu alcancei a porta de minha casa, exatos quatorze minutos de conversa e os mesmos quatorze exatos minutos de caminhada que pareceram passar muito mais rápido do que realmente se foram. E agora começava o inferno. Esse pensamento me rodava enquanto eu estava parado em frente a minha casa, pronto para entrar e fingir que estava tudo okay, mesmo que minha única vontade fosse correr dali para não ter que aguentar aquela gente chata.


   – Parabéns! – assim que destranquei a fechadura escutei o coro de vozes desconhecidas e animadas, como se tudo fosse uma festa surpresa e, ao olhar para minha mãe, eu tive certeza de que os convidados realmente achavam que eu não sabia de nada.


    Eu não era ótimo em fingir, mas consegui enganar todo mundo enquanto, aos montes, as pessoas vinham me cumprimentar, desejar-me felicidades, saúde e até mesmo dinheiro ou sucesso. E como esperado eu parecia estar super feliz com aquilo, eu ria das piadas sem graça que alguns deles soltavam, abraçava com cuidado as senhoras, amigas de minha mãe, e respondia educadamente as perguntas simples que eu recebia momento ou outro.


   – Frank, meu filho, venha aqui por favor – meu pai me chamou, em alto e bom som, do outro lado da sala, todo esse falso carinho não era estranho, haviam muitas pessoas por perto, então ele tentaria ao máximo passar a imagem de que nossa família era maravilhosa – Essa aqui é Jamia, filha do pastor – ele disse se referindo a uma garota um pouco mais baixa que eu, cabelos escuros e lisos, bonita, mas que por ser uma mulher, não me atraia nem um pouco  – Vocês têm a mesma idade, deveriam pensar em se conhecerem melhor, o que acha? – ele estava mesmo insinuando que eu tivesse alguma coisa com ela? Hahaha! isso seria até engraçado se um sorriso esperançoso não tivesse surgido nos lábios da garota… Isso não era bom, mas como meu pai estava ao meu lado eu não poderia acabar com toda essa palhaçada antes que ela começasse – Bom, vou deixar vocês dois conversarem um pouquinho.


   Então ele nos deixou a sós, nenhum de nós dois falamos uma palavra sequer, não tínhamos … coragem? Não sei se coragem era exatamente a palavra para aquilo, mas ambos estávamos muito desconfortáveis com a situação. Enquanto eu exibi um sorriso falso e ela correspondia eu só queria que aquilo acabasse logo, que por algum motivo eu tivesse que sair de perto dela. Alguém poderia esbarrar em mim com um copo cheio de suco, como desculpa, mas isso era praticamente impossível, pois estávamos no canto, longe de todos.

   – Pode me chamar de Jam, se quiser – então foi ela quem começou, mesmo um tanto tímida ela parecia uma boa pessoa de se conversar. E eu, como não era muito bom nessa coisa de socializar, apenas assenti e sorri para ela – É então, Frank, você tem alguma namorada?


   – Não… Quer dizer, mais ou menos… – aí que seu sorriso aumentou… Meu Deus, eu precisava me livrar dessa e eu tinha até uma ideia de como fazer isso, e mesmo ela parecendo totalmente arriscada eu tentaria – Jam, como eu posso dizer isso? – Ela parecia uma boa pessoa, talvez se eu pedisse silêncio a ela ficaria tudo bem… Ou não, mas eu preferia não pensar nessa opção – Eu sou gay, okay? Eu tenho um namorado… Ninguém sabe, então, por favor, não conta pra ninguém – sim, esse era meu grande plano, abrir o jogo para uma completa estranha, eu sei! Isso era loucura, afinal, eu não poderia impedir ela de espalhar isso pela cidade toda… Mas, por incrível que pareça eu confiava nela, eu tinha certeza que ela seria compreensiva e não contaria isso… Bom, eu esperava que não – Olha eu achei melhor falar de uma vez, antes que você começasse a achar alguma coisa – ela continuava quieta, pois essa última parte e mesmo me enrolando um pouco com as palavras eu achei melhor assim.


   – Nossa…  Eu não imaginava – foi a primeira coisa que ela falou antes de soltar uma risada, não nervosa como eu havia imaginado, ela apenas riu um pouco da situação meio constrangedora em que estávamos – Mas tudo bem, eu não me importo… Que tal sermos apenas amigos? – essa pergunta realmente me pegou desprevenido, mas eu gostei, ela parecia estar sendo sincera enquanto falava aquilo, então eu confirmei já me sentindo muito mais aliviado – Então passa o telefone, porque eu sempre quis ter um amigo gay para falar de meninos comigo, então você não vai escapar de mim tão fácil, senhor Iero – ela estendeu o celular em minha direção, e mesmo que um pouco confuso com tudo aquilo eu o peguei e digitei meu número, logo o salvando em sua lista de contatos. Eu realmente me animei com a ideia de ser amigo de Jamia, então repeti o ato dela, dessa vez a entregando o meu aparelho, assim já tendo o contato dela para que pudéssemos marcar de fazer alguma coisa algum dia – Mas agora me fala, quem é o boy? Ele está aqui? É bonito?! Vai Frank, desembucha, eu sou sua nova melhor amiga e faço questão de saber quem é! – Aquilo estava indo rápido demais e eu gostava disso, parecia que éramos amigos há tempos, eu me sentia confortável falando com ela. Claro que ela não ocuparia o lugar de Ray, mas eu tinha certeza que a partir daí nós viraríamos amigos, muito amigos, mas apenas amigos.


   – Way, Gerard Way… namoramos há três semanas mais ou menos… – seus olhos se arregalaram e aí que que comecei a temer sua reação.


   – Puta que pariu! Frank! Porra! Ele é lindo pra cacete! – Ela estava eufórica enquanto soltava palavrões e risadas ao mesmo tempo, tentando conter sua animação enquanto dava pequenos pulinhos que faziam ela chegar em minha altura – Meu Deus! Se ele te fizer sofrer eu corto fora as bolas dele – agora fui eu quem comecei a rir, ela falava sério quanto a isso, dava para perceber em seus olhos – Mas eu espero que vocês sejam super felizes… E eu quero ser a madrinha do casamento! – A última parte foi gritada, totalmente escandalosa, mas, por sorte os convidados estavam distraídos com outras coisas e não prestaram atenção em nós.


   Depois desse nosso estranho diálogo eu chamei Ray para perto, os apresentei e logo ela já havia conquistado a amizade dele também. Passamos a noite toda rindo, nos entupindo de bolo até não dar mais e falando sobre nossas vidas para nos conhecermos melhor. Só paramos quando a festa acabou, horas depois, já marcando de fazer alguma coisa, mas da próxima vez com o Way e com uma amiga a qual ela insistia que Toro deveria conhecer pois como ela mesma dizia “eles se completariam”, assim como eu e Gerard. 


Notas Finais


E então?? O que acharam do capítulo?? E da Jam?? Podem comentar, vcs sabem q é impossível morder a distância <3
Eu não tenho muito o que falar aqui, então só quero dizer que amo e espero comentários hahahah brincadeira (nem tanto)
Bjsss até o próximo <33


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