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História Summertime - Capítulo 16 - Frank


Escrita por: radfuhkiero

Notas do Autor


Hey hey, olha quem está aqui um dia antes que o planejado! Surpresos? Felizes? Hauahahhaya
Bom, e aí, como estão?? Espero que muito bem <3
Então... Chegamos a 60 favs hehe, obrigado todo mundo que tem acompanhado e comentado, sério, vocês são coisa mais linda do mundo <3
... Não vou falar mais nada aqui em cima hauahah espero que gostem desse capítulo!
Boa leitura <3

Capítulo 16 - Capítulo 16 - Frank


    – Frank, aqui está sua roupa, vista-se logo! Temos dez minutos para sairmos, senão chegaremos atrasados – Linda adentrou meu quarto, despejando meu traje em cima da cama. Ele era composto por uma camiseta social branca e uma calça preta comum, só que dessa vez, sem rasgos, diferente das tantas outras dentro de meu armário.


   – Eu tenho mesmo que ir? – resmunguei parecendo uma criança, eu não queria ir, eu não precisava ir, era apenas mais um dos casamentos das filhas das amigas de minha mãe, eu já havia ido em inúmeros eventos como esse, era sempre a mesma coisa, o único fato que mudava eram os noivos. Eu não via necessidade de ir e aposto que o casal não se importava nem um pouco com a minha presença, poucas vezes havíamos nos falado, eles nem ao menos deveriam lembrar de meu nome – Eu não quero ir! – falei mais para mim mesmo do que para minha mãe, por sorte ela não escutou e saiu de meu quarto, permitindo que eu me trocasse sozinho.


   Eu não gostava muito daquela roupa, eu me sentia estranho usando alguma coisa que não fosse camisetas de rock e jeans rasgados, mas poderia ser pior, pelo menos ela não era toda estampada com desenhos estranhos como a de meu pai, e nem era de cetim como uma anterior que ela havia feito com que eu experimentasse mas eu me recusei a usar. Me vesti rapidamente, só me atrapalhei um pouco ao abotoar a camiseta e tive de repetir o processo mais uma vez, não sei o que eu havia feito de errado na primeira tentativa, mas como a palavra tentativa sugere, não deu certo.


   Entrei na sala depois de mais um minuto que eu gastei terminando de me arrumar, e então encontrei meu pai de cara fechada, provavelmente pelo meu atraso, enquanto mexia impaciente nas chaves de casa. Após a última briga o clima não estava nada bom em casa, eu não conseguia olhar para os olhos nem de meu pai e nem de minha mãe, dessa vez eu tinha quebrado, eu sempre tentava superar, não pensar muito no assunto, apenas aceitava que era assim e pronto, mas a partir dali eu não conseguia mais, eu havia cansado daquela situação.


   Em silêncio nós fomos para o carro, não que ele fosse necessário, a igreja ficava perto de casa, não seriam nem ao menos quinze minutos andando, mas eles decidiram usar o automóvel mesmo o caminho sendo curto. Meus pais ocuparam os bancos da parte frontal do carro e eu ajeitei-me em um pequeno espaço no banco traseiro, utilizando o vidro da janela como apoio para minha cabeça enquanto eu observava o movimento nas ruas que era praticamente nulo pois quase todos estavam, ou em suas casas, ou indo para o mesmo lugar que eu.


   Quando chegamos, todos lá estavam incrivelmente bem arrumados, as mulheres principalmente, naquela luta de quem estava mais bonita, quem impressionava mais os outros com seus vestidos feitos à encomenda e maquiagens bem feitas. Os homens bem mais simples, com calças e blusas sociais, alguns até terno usavam, mas em geral todos usavam o mesmo tipo de roupa, menos uma única pessoa, Gerard.


    Ele já chamava minha atenção naturalmente, com aquela pele pálida e cabelos escuros, mas agora que ele usava um colete preto e justo por cima de uma blusa parecida com a minha, social branca, e uma calça preta, ele roubava meu olhar para ele sem esforço algum. Ele apenas andava, ainda não tinha percebido minha presença lá, as pessoas, principalmente os mais velhos, o olhavam com repúdio e ele não dava a mínima, provavelmente ele só estava lá por sua mãe que era uma das madrinhas do casamento.


    Eu, Frank Iero Jr., mais conhecido como coelhinho por meu namorado, Gerard, quase tive um infarto quando ele e sua mãe se aproximaram de mim e de meus pais. A cada passo que eles davam era um pouco a mais de ar que me faltava, não só pela beleza dele, mas também porque eu tinha medo do que poderia acontecer, meu pai poderia fazer o que quisesse comigo, contanto que ele não tocasse no Way.


   – Olá, Linda, Frank e… Frank – ela se referiu a minha mãe, meu pai e por último eu, nessa ordem. “Oi”, Gerard falou simpático para minha mãe, para meu pai ele não se deu nem ao trabalho de olhar, eu sabia que ele ainda tinha raiva e que, caso qualquer coisa acontecesse, ele explodiria, atacaria meu pai com mil pedras na mão.


   – Por que você veio falar comigo e com minha família? – O mais velho dos Franks falou, totalmente grosseiro, com aquele nojento ar de superioridade fingida, pois de superior a eles ele não tinha nada, ele era muito pior do que qualquer um ali presente – Ainda mais acompanhado desse… bichinha? – Ele se referiu a Gerard que não reagiu, apenas respirou fundo e continuou a encarar o chão. O que que eu havia feito de errado para nascer em uma família tão podre? Por que eu tinha de aguentar aquilo?


   – Não fale assim do meu filho! – Donna se estressou, com toda a razão, se eu, que era apenas seu namorado, já roubei um pouco de sua dor pra mim, imagine sua mãe.


   – Mãe, aqui não, por favor… Apenas vamos – Gerard convenceu Donna a deixar aquele insulto passar, ele com certeza não queria confusão, principalmente que se isso acontecesse ele e sua mãe perderiam totalmente a credibilidade na cidade, que já não era muita.


   E então eles se afastaram e nos deixaram lá, livres para cumprimentarmos todos os que restavam… Quer dizer, quase livres, quando eles já tinham alcançado uma boa distância de lá eu recebi uma mensagem de Gerard.


  [Sexta-feira   18:16p.m.] Gerard: Hey pequeno, me encontra na capela abandonada daqui a pouco… Só espera eu chegar lá para você ir, sabe né, para o homofóbico do seu pai não desconfiar.


   Nem ao menos o respondi, era claro que eu iria, ele sabia disso, ele sabia que eu não negaria a nenhum pedido dele, e eu fui, exatamente cinco minutos depois da mensagem e usei a desculpa de que iria ao banheiro para despistar meu pai.


   Ao alcançar o lugar marcado eu simplesmente não conseguia entender o porquê dela ter sido abandonada, tudo nela era lindo. As enormes paredes em tom mármore, as janelas com vitrais azuis faziam a atmosfera um tanto azulada, haviam várias pinturas em dourado e cores pastéis dispostas incrivelmente pelo teto, os bancos de madeira escura, quase preta, destoavam com toda aquela claridade e isso era incrível, dava um quê a mais ao local, e por último, um lustre de cristais enormes era sustentado por cabos banhados a ouro no teto. Era esplêndida a visão que eu tinha de Gerard ao meio de tudo aquilo, enquanto andava de um lado para o outro distraído com seu celular.


   – Gee! – chamei sua atenção ao pronunciar seu nome com toda a minha empolgação, ele sorriu para mim e abriu seus braços dando abertura para um abraço, corri até ele atendi ao seu oferecer – Por que você me chamou aqui?


    – Você não tem noção do quanto você está gostoso com essa blusa – sim, ele simplesmente falou isso com a maior casualidade do mundo, e antes que eu pudesse falar qualquer coisa ele me atacou verozmente. Como sempre, era ele quem tinha o controle do beijo, adentrando minha boca com sua língua de forma quase violenta, ele tinha aquela sede de me provar, o que fazia ele prender meus cabelos entre seus grandes dedos e puxá-los para ele, intensificando o toque de nossos lábios do jeito que ele bem entendesse – Meu Deus Frankie, olha o que você faz comigo – eu não fui capaz nem ao menos de ver sobre o que ele estava falando pois dei só sua fala ser concluída ao que sua boca voltou a minha, ele me prensou na parede de mármore gelado mais próxima, com o jeito que ele passava suas mãos por meu corpo eu tinha certeza que sua vontade era arrancar minhas roupas ali mesmo sem cerimônia alguma. Do nada ele me tirou do chão, me pegou no colo e eu passei minhas pernas ao seu redor para ajudar ele a sustentar meu peso. Minhas coxas e nádegas eram esmagados por ele, cada vez ele forçava mais meu corpo contra a parede e eu puxava seus cabelo quando tinha meu lábio inferior preso entre seus dentes.


   – Ah! – aí eu e Gerard quase morremos, não fora nenhum de nós dois que emitira esse som, era uma voz feminina, totalmente surpresa enquanto nós nos separamos e eu voltava ao chão, rezando para que aquilo não chegasse aos ouvidos dos meus pais – Frank, é… Desculpa interromper vocês dois – meu coração se aliviou quando eu vi que a pessoa lá era Jamia, um pouco constrangida por entrar naquele momento, mas ela sorria simpática para Gerard que ainda estava mais pálido do que o habitual – Eu vi você vindo pra cá e decidi falar um oi, acho que não foi uma ótima ideia.


   – Jam! Você quase me matou de susto! Puta merda! – eu falei enquanto ria, tirando a tensão que eu e ela sentíamos, deixando meu namorado, dessa vez, confuso – Gee, essa é Jam… Eu já te falei dela, a amiga que eu fiz no meu aniversário… Que sabe e apóia nos dois – expliquei e só então ele pareceu relaxar e riu juntamente a nós dois, muito mais tranquilo.


   – Prazer em conhecê-la, Jam – ele estendeu a mão para a garota, um pouco mais baixa que eu, a nossa frente, mas ela não dava a mínima para cerimônias do tipo, ele foi puxado para um abraço.


    Eles se deram bem rapidamente, Jamia era uma pessoa muito amigável e divertida, todo mundo que ela conhecia se encantava pela sua doçura. Não poderia dizer que ela era super delicada, palavrões faziam parte de cinquenta por cento de seu vocabulário e eu não estava brincando, ela usava pelo menos uma palavra de baixo calão por frase, chegava a ser engraçado. Algumas vezes ela soltava frases de como eu eu e Gerard éramos fofos juntos, outras vezes que, em suas palavras, deveríamos nos comer logo, essas me deixavam um pouco sem graça, porque eu sabia que meu namorado queria, eu também queria, mas as coisas em minha cabeça não deixavam… Mas eu não sentia mais tanto medo, não mais aquele bloqueio que eu tinha antes, talvez, se ele tentasse, nós conseguiriamos ir em frente como desejávamos. É claro que eu não tomaria a iniciativa, mas se ele tentasse como algumas situações anteriores, nós finalmente iríamos matar aquela vontade que cada vez mais nos consumia.


   Depois de alguns minutos eu reparei que estávamos há muito tempo lá, daqui a pouco alguém notaria nossa ausência e estaríamos ferrados.


   – Gente, eu acho melhor irmos, não? – Eu interrompi tudo, eles pararam de falar, checaram o horário em seus celulares. “Está quase no horário da cerimônia, caralho!” Jam falou depois de mim, então ela se despediu de nós dois, com abraços e beijos, na bochecha, e saiu pela porta de madeira escura na qual ela havia entrado, mas agora deixando eu e Gerard sozinhos novamente. – Tchau, Gee, como amanhã eu vou passar a noite na sua casa eu provavelmente vou chegar mais tarde, okay?– Sim, ele havia me chamado para dormir com ele, eu iria com a desculpa de assistir filmes com Ray, apenas desse jeito meus pais não me trancariam em casa para que eu não fosse em lugar algum – Até!


    Nos beijamos uma última vez antes de eu partir e voltar para perto de minha família, onde minha mãe já se encontrava prestes a ter um ataque cardíaco por causa da minha demora, o casório estava começando, a noiva estava linda, o noivo transmitia a sensação de que aquele era o melhor dia de sua vida, e eu apenas pensava, isso algum dia aconteceria comigo?


Notas Finais


Então??? O que acharam? Espero mesmo que tenham gostado, eu postei hoje porque amanhã eu não vou poder, vai ser um dia cheio, e como eu não queria deixar pra sexta eu postei agora mesmo <3
Até o próximo amores!
Bjss <3


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