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História Summertime - Capítulo 19 - Frank


Escrita por: radfuhkiero

Notas do Autor


Hey
Hey
Hey
Tá, não sei como começar isso daqui hoje, porque tenho a impressão que muitas de vocês vão querer me matar depois desse capítulo, mas temos que tentar não? hauahauha
Bom, como vocês estão??? Eu espero que bem! E adivinhem ??!!!
A fic chegou em 70 favoritos!! Caralho hein, eu não esperava tudo isso, mas juro de coração que tô amando <3 e sabem de outra coisa que eu amo?
Essa outra coisa são os comentários de vocês, sério, as coisas mais lindas do mundo, por isso que eu sempre agradeço, eles são especiais demais pra mim <3
Agora, depois desse nosso momento fofo, eu vou deixar vocês com o capítulo!
Espero que esteja bom, boa leitura, e vejo vocês lá embaixo!
Bjsss <3

Capítulo 19 - Capítulo 19 - Frank


   Eu não sabia o que esperar, Gerard me chamando para nos encontrarmos assim do nada, de manhã nós havíamos combinado de só nos vermos no dia seguinte, mas eu estava feliz em ver ele mais uma vez ainda hoje. Depois da noite de ontem eu tinha ainda mais necessidade de ficar com ele, eu tinha reparado nisso no momento em que eu pisei fora de seu quarto, era inevitável, eu precisava dele e quando não estávamos juntos a única coisa em que eu sabia pensar era nele.

  

   Frank Iero era oficialmente uma garotinha apaixonada.


   A noite com ele havia sido maravilhosa, ele foi extremamente carinhoso comigo, fez com que eu me sentisse o cara mais sortudo e amado do mundo. Eu não pensei que iria ser tudo aquilo, eu achava que eu não sentiria tanto prazer, a minha primeira vez havia me desiludido totalmente nesse aspecto, então eu esperava gostar, mas não esperava que fosse tanto, que a cada vez que Gerard alcançava aquele ponto em meu interior eu era capaz de morrer com uma parada cardíaca. E quando ele falou que me amava eu pude jurar que o tempo parou, eu, mesmo que inconsciente, esperava por aquilo para me entregar por completo, saber que a pessoa realmente gostava de mim e que no dia seguinte ela estaria lá me abraçando assim como Gerard essa manhã.


  Então, extremamente animado, eu fui em direção ao parque, eu praticamente corria de tanta pressa que eu tinha de chegar até ele, só não fazia isso porque minha bunda ainda doía um pouco, me impedindo de correr até ele, mas eu ainda conseguia andar rápido.


  Ao avistar o parque a primeira coisa em que meus olhos se focaram foi em Gerard, sentado no banco de madeira afastado, praticamente invisível entre algumas poucas árvores, tragando um cigarro de maneira extremamente sexy como apenas ele sabia fazer. Foi questão de segundos para que ele me notasse lá, eu sorri para ele, minhas boxexas chegaram a doer com a intensidade do ato, mas eu parei por alguns instantes quando ele não correspondeu ao gesto. Mas não deveria ser nada, talvez ele estivesse cansado… Não é? A resposta eu não sabia, mas eu me aproximei dele e me sentei ao seu lado.


   – Gee! – falei animado e fiquei esperando alguma coisa sua, nada, ele não fez absolutamente nada, nem ao menos olhou para mim. Será que estava acontecendo algo com ele e eu não estava sabendo? – Hey, amor, o que aconteceu? – Perguntei realmente preocupado, nunca tinha visto ele daquele jeito e eu acabara de tirar a conclusão de que não era uma coisa que eu gostava de presenciar.


  Eu achei tudo ainda mais estranho quando ele juntou nossas bocas desesperadamente, mas não de um jeito bom como na noite anterior, foi aí que eu realmente comecei a me preocupar com ele. Até pensei em separar nossos lábios, mas ele parecia extremamente necessitado daquilo e eu não o negaria de jeito algum. Ele me puxava mais para perto, mas ele não conseguia direito pois suas mãos estavam trêmulas e ele parecia não ter força para nada, então o beijo finalmente acabou, ele demorou para desgrudar sua testa da minha.


   – Desculpa, coelhinho – essas palavras eram totalmente incoerentes, ele as sussurrou ainda extremamente próximo a mim, eu não fazia a mínima ideia ao que ele estava se referindo. “Desculpa pelo o que?” perguntei confuso, e uma risada nervosa escapou por entre meus lábios, eu não tinha um pressentimento bom sobre o que ele falaria em seguida – Frankie, eu te amo, mas… – Eu ia respondê-lo que também o amava, mas ele continuou a falar – Acabou. – ele falou firme. “Que?!” Talvez minha exclamação tenha saído alta demais, mas eu não me importava, ele estava terminando comigo? – Desculpe, Frank… Mas Bert, ele voltou, e eu já tinha uma vida com ele, ainda dá tempo de retomar – parecia que a ficha não queria cair, eu não conseguia acreditar no que eu estava ouvindo, meus olhos já se enchiam de lágrimas e eu só queria sair correndo. Uma lágrima escorreu e Gerard tentou secá-la com seu polegar, mas eu o afastei, virei o rosto, não queria que ele me tocasse – Coelhinho…


  – Não me chama assim! – Sim, eu gritei, ele não tinha o direito de fazer aquilo comigo, não mesmo – Eu... Eu vou embora – quando eu percebi que iria desmoronar eu tratei de sair o mais rápido possível da vista dele.


  Talvez ele tenha tentado me impedir de sair de lá, mas eu não dei a mínima, eu não queria que ele me visse ao que as lágrimas começaram a cair como cachoeiras e então eu corri, simplesmente corri, eu não aguentava mais o ar ao meu redor, eu só queria desaparecer. Corri até minhas pernas começarem a queimar, meus pulmões pedirem por oxigênio, e eu não iria parar se não fosse por qualquer merda que tivesse feito eu tropeçar e cair com tudo no chão. E se antes eu já estava chorando intensamente agora eu não tinha palavras para descrever aquilo. Eu me encolhi perto do muro mais próximo a mim, enterrei minha cabeça em meus joelhos e me permiti chorar… Era a única coisa que eu poderia fazer já que, mais uma vez, eu havia sido usado e descartado.


  O mais irônico da comparação é que eu estava jogado na calçada assim como um lixo e eu literalmente me sentia um lixo.


  Ele simplesmente me quebrou. Eu não era capaz de respirar pois um nó havia se formado na minha garganta assim que meu coração foi despedaçado. Como ele podia? Eu não era bom o suficiente? Eu tinha feito algo de errado? Eu não sabia e não queria saber, a única coisa que eu conseguia pensar era como aquilo doía.


  Ah sim, doía. Doía como o inferno, era horrível, meu peito parecia queimar em chamas e cada vez mais ele se comprimia. E as lágrimas pareciam não ter fim, eu soluçava igual a uma criança, encolhido na calçada, e eu tinha certeza de que também tremia, eu chorava tanto que nem controle do meu próprio corpo eu tinha mais.


  Mais uma vez eu havia sido descartado e o pior é que não era isso o que mais me machucava, o que mais me fazia tão desesperado era que eu amava Gerard. Eu amava ele com todas as minhas forças e, por quase um dia inteiro, eu acreditei que ele me amasse também, mas parecia que não. Frank Iero era só mais um cara que ele havia comido.


  Eu fiquei horas lá, eu não sabia ao certo quantas pois meu celular tinha ficado em casa, eu esqueci ele em cima da mesa de centro da sala antes de sair, então eu nem tinha a possibilidade de ver quanto tempo eu gastara para me acalmar. Só sabia que eram várias horas e que ninguém havia se dado ao trabalho de se importar comigo, todos fingiram que não me viram e eu incrivelmente agradecia por isso.


  Com a pouca força que me restava eu me levantei, algumas lágrimas ainda escorriam por meu rosto, mas tantas já haviam caído que eu tinha certeza que daqui a pouco elas secariam e nem capaz de chorar mais eu seria.


  A única coisa que eu sentia era tristeza, nada mais e nada a menos, eu tinha me entregado de corpo e alma para Gerard e lá estava eu, com o coração partido e os olhos inchados de tanto chorar. Como eu queria não ter ido naquela merda de jantar, assim eu não teria o conhecido, eu não teria passado aqueles dias sendo a pessoa mais feliz ao seu lado mas também não estaria no estado que eu me encontrava, deplorável.


  Nem ao menos andar eu conseguia direito, minhas pernas ainda doíam da corrida recente, eu tinha os joelhos raspados, eles sangravam um pouco por causa da queda, mas eu não ligava, nada poderia ser pior do que a dor que eu sentia por dentro.


  Ele sabia de tudo, é isso que fodia tudo ainda mais, ele sabia de meus medos, dos meus receios e inseguranças. E o pior de tudo era que ele havia sido bem pior que meu ex, ele não apenas me descartou depois de usado, ele me iludiu, me fez amá-lo e acreditar que ele sentia o mesmo por mim. Mas parece que não era nada disso, Frank Iero, o coelhinho que ele dizia gostar tanto, não passava de um brinquedo que ele já cansara de brincar. Todos cansavam.


  Cheguei em minha casa e estranhei o fato de meu pai estar parado do lado de fora da porta, principalmente quando ele me viu e veio até mim, andando, meu celular estava em suas mãos e ele tinha o maxilar travado, respirava forte e pisava firme.


  – Aqui você não entra mais – ele anunciou, num primeiro instante eu pensei sei que era brincadeira, mas quando ele deu um passo para frente, impedindo minha passagem eu tive certeza que não – Quem você pensa que é para voltar para casa depois da imundice que fez?


  – O que eu fiz? – Eu perguntei confuso, do que ele estava falando? Era impossível ele saber que eu dei para Gerard… Sim, dei, não usaria palavras mais bonitas para descrever aquilo, o que antes eu achava que fora uma noite de amor eu tinha certeza que não era.


  Oh merda! Eu pensava não ter mais lágrimas, mas lá estavam elas novamente, enchendo meu olhos apenas em pensar naquele… Eu não conseguia ao menos xingá- lo, qual era a porra do meu problema? Por que mesmo depois dele me foder, em todos os sentidos da palavra, eu ainda o amava?


  – O que você fez? – Ele gritou, como resposta ele estendeu o celular em minha direção e lá estava minha foto e de Gerard, hoje de manhã, na cama… E não tinha como eu escapar dessa, dava para ver claramente que eram eu e o Way na foto – Você parece uma puta nojenta mesmo, nem lembra para quem deu – ele poderia estar me ofendendo, mas eu só conseguia olhar para a imagem na tela do aparelho, mesmo borrada pelas lágrimas eu conseguia enxergar meu sorriso enquanto o beijava. Como eu era idiota. – Vai chorar é? Fazer o papel da bichinha que você é?! – Eu continuei calado e ele continuava a me provocar, com o celular quase tocando minha cara – Espero que Gerard tenha te fodido com força, que ele tenha te machucado muito, é o que você merece por envergonhar sua família assim!


  Sim, ele tinha me machucado, e muito.


  Não era justo meu pai jogar aquelas palavras em mim daquele jeito só porque eu era gay, não mesmo, eu não tinha escolhido gostar de caras, muito menos gostar de Gerard. Apenas acontecia, e eu estava bem com o primeiro desses fatos, não era errado ser gay, mas eu me culpava imensamente pelo segundo. Como eu pude imaginar que um homem como ele iria gostar de alguém como eu?


  – Não me faça sentir mais nojo de você chorando desse jeito na minha frente. Vai! Vai embora daqui logo!


  É, eu chorava. Não por estar sendo expulso de casa, foda-se aquele lugar, mas pensar nele era insuportável pra mim, me fazia sentir-me triste, desesperado e até sufocado… Se eu pudesse voltar no tempo eu o faria sem nem ao menos pensar.


  – E minhas roupas? – Isso era a única coisa que eu queria saber, porque moradia eu sei que conseguiria ficar algum tempo no apartamento de Ray até arranjar algum cantinho para mim, mas eu não poderia sair sem roupas por aí.


  – Elas foram compradas com o meu dinheiro e como você não é mais meu filho, elas não são mais suas. – Claro que ele queria me deixar sem nada, mas eu não me importei, eu daria um jeito, a única coisa que não poderia mais ser reparada era meu coração, enquanto a dor nele fosse tanta eu não sei se conseguiria me importar com alguma outra coisa.


  Não falei mais nada, tirei meu celular de sua mão e saí andando, ainda chorando, talvez ele achasse que era por suas palavras, mas quem realmente havia me ferido tinha sido Gerard Way.


  Agora minha única opção era ir para o apartamento de Ray, mas antes eu iria beber, beber até não conseguir sentir mais nada porque isso era o que eu mais queria.


Notas Finais


Oi??
Ahn... Não sei direito o que falar aqui também, só espero ver vocês nos comentários!
Bom, até o próximo capítulo, semana que vêm!
Bjss, amo vocês <3


PS: Podem xingar o Gerard, ele merece.


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