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História Summertime - Capítulo 21 - Gerard


Escrita por: radfuhkiero

Notas do Autor


Oi
Oi
Olha quem chegou mais cedo dessa vez!!! Sim, estou postando esse mais cedo por motivos de, estou anciosa pra saber o que vocês vão achar desse capítulo hauahauauaua eu sei q era só mais um dia, mas eu não consegui me controlar, respondi os últimos comentários (obrigada por quem comentou <3) e quando eu vi já tava colocando o nome do capítulo rsrs
Bom, mas falando do capítulo, hoje é POV do Gee e... Bom, vou deixar vocês lerem ele porque eu não tenho nada a dizer aqui em cima, então...
Boa leitura meus amores, leiam essa capítulo com muito amor no coração para não matar o G
Bjsssss <3333

Capítulo 21 - Capítulo 21 - Gerard


    – Bom dia, anjo – Bert me acordou daquele jeito carinhoso de sempre, distribuindo beijos por minha face e acariciando meus cabelos. Já era rotineiro ser despertado desse jeito, meu marido ao meu lado, sorrindo plenamente satisfeito com a vida que levava. “Bom dia” respondi com um sorriso amarelo, sem mostrar os dentes, forçado pra caramba, com o tempo meu humor durante as manhãs só foi piorando, então era impossível um verdadeiro sair de meus lábios – Vamos, levanta, você tem que ir trabalhar! – Afobado do jeito que era ele começou a me chacoalhar, puxando e empurrando meu ombro vezes e mais vezes seguidas.


   – Tá! Mas eu vou tomar um banho antes… Prepara meu café? – Me levantei da cama e fui em direção ao banheiro, antes de eu fechar a porta do cômodo eu pude ver ele assentindo e saindo do quarto para fazer o que eu pedi educadamente para ele – Obrigado – lancei um beijo em sua direção e ele riu, o gesto mais afeminado de minha parte era justamente para isso, fazê-lo rir.


   Tirei as roupas de meu corpo, primeiro a blusa, calça e boxer, e apenas quando estava totalmente nu levei minha mão direita até o registro, girei ele um pouco, bem pouco para que a água saísse quente do chuveiro. Quando minha pele entrou em contato com o líquido eu estremeci, fumaça já começava a se formar ao meu redor e minha pele tomou um tom avermelhado por causa da alta temperatura. Fiquei bons minutos parado, com a água batendo em minhas costas e escorrendo pelo resto do corpo, relaxando, ou ao menos tentando.


   Essa noite eu havia sonhado com ele, com aquele sorriso que ainda me perturbava frequentemente, seus olhos sempre tão alegres mas que a últimas vez vistos por mim estavam cheios de lágrimas e tristeza. Durante o meu sonho a cena de nós acordando juntos, ele beijando a ponta de meu nariz e rindo da minha cara de desaprovação logo depois, igual a uma das manhãs em que eu acordei em sua casa durante a semana de seu aniversário. Mas isso não importava mais, eu tinha que esquecê-lo de uma vez, eu quem tinha estragado tudo, feito a escolha errada e partido nossos corações daquele jeito.


   ‘Nossos’, sim porque naquele dia eu pude parecer firme falando aquelas palavras para ele, mas meu coração se despedaçou junto, e agora a última lembrança que eu tinha nossa era seus olhos marejados, totalmente desapontado comigo, antes de começar a correr e nunca mais nos vermos… Bom, mas agora não adiantava remoer, já havia acontecido e não havia nada que eu pudesse fazer, então a solução era seguir a vida de maneira mais positiva possível, mesmo que fosse extremamente difícil.


   Meu casamento com Bert, mesmo estando para completar três anos, não era e nunca foi bom para mim. Eu não era feliz com ele como imaginei que seria quando fiz minha escolhas, eu o pedi em casamento num ato de desespero tentando me convencer de que eu ainda o amava, mesmo que a verdade era que eu, desde que conheci Frank, não tinha mais sentimento algum por Bert que não passasse de carinho e amizade. Eu não era feliz no casamento, mas isso porque eu amava completamente outro homem, nunca deixaria de sentir aquilo por Frank porque ele sempre seria meu coelhinho, sempre seria meu garoto gentil da cidade pequena que amava animais. Uma vez eu já tinha cogitado me divorciar, viver minha vida sozinho, talvez ir atrás do meu pequeno, mas desisti rapidamente, eu não sabia nem ao menos como encontrá-lo.


   Depois que ele se mudou eu nunca mais tive notícias dele, não sabia para onde ele tinha ido, seu número sempre que discado dava inexistente. Ele simplesmente sumiu de minha vida e de todo mundo, era agonizante pensar que também existia uma grande porcentagem de chances dele estar morto, mas eu prefiro a não pensar nessa possibilidade, ela me deixava agoniado, por isso eu sempre a descartava assim que aparecia em minha mente. Então eu preferia pensar que agora ele estava feliz, com alguém mil vezes melhor do que eu um dia jamais fui, concluindo o curso que ele tanto sonhava em fazer… Claro que tudo isso seria ainda mais perfeito em minha cabeça se eu fosse essa outra pessoa, mas como não era possível eu apenas desejava o melhor para ele.


    Passei a maior parte do tempo embaixo do chuveiro pensando nele, não era uma coisa rara de se acontecer, na verdade era muito frequente, mas ninguém precisava saber daquilo. Principalmente Bert, ele era ótimo, mas a cada dia nosso casamento só piorava, as conversas passavam a ser quase nulas, as discussões aumentavam e a única coisa que realmente fazíamos juntos era dormir, mesmo brigados nós dormíamos na mesma cama, talvez fosse um jeito de manter nossa relação.


   Finalmente saí do banho, me enxuguei com a toalha felpuda de cor branca e me vesti, coloquei uma roupa social, pronto para mais um dia do meu novo emprego. Era difícil acreditar que eu finalmente havia conseguido publicar um de meus HQs, agora eu já era relativamente famoso no mundo dos quadrinhos e eu não poderia estar mais realizado com a minha vida profissional. Mas para isso eu tive que deixar novamente minha mãe e voltar para Nova York, e por muito tempo eu e Bert moramos em um apartamento alugado na minha cidade natal, mas com o novo emprego nós voltamos para o nosso antigo apartamento. A única coisa que eu não gostava em toda essa mudança era ficar sem Pumpkin.


  O cachorro, depois do término, nunca mais viu Frank, eu passei a cuidar dele apenas com a ajuda de minha mãe, nunca com a de Bert pois Pumpkin não gostava dele, a única vez que meu marido realmente tentou se aproximar do cachorro ele quase levou uma mordida e todas as outras vezes ele nem ao menos se aproximava, era recebido com latidas e rosnados. Por isso achamos melhor não manter os dois próximos, era perigoso fazer o contrário. Mais alguns motivos me levaram a achar melhor que Donna ficasse com o cachorro, ela tinha se apegado a ele, seria errado tirá-lo dela assim, do nada, e quem sabe algum dia Frank decidisse vê-lo, aí seria fácil de encontrar o cachorro.


   Perdido nesses pensamentos eu fui para a pequena cozinha de nosso simples apartamento. O cheiro de café era maravilhoso, meu apetite se abriu na hora que ele adentrou minhas narinas, me apressei em pegar minha xícara que já estava posta e cheia em cima no balcão que usávamos como mesa. Dei um gole naquela bebida maravilhosa e depois alcancei os antidepressivos que estavam dispostos perto da mesma, coloquei-os na boca e com mais um pouco de café engoli. A dose que eu tomava vinha aumentando, o médico receitava cada vez mais, Bert sempre ia às consultas comigo e ficava extremamente atento a cada palavra, só por isso ele me deixava tomar aquela quantidade de remédios, mas mesmo assim ele controlava cada um com total zelo porque no fundo ele sabia que eu não estava bem e isso o preocupava.


   – Hoje eu vou voltar mais tarde do trabalho, okay? – Confirmei mesmo não querendo que isso acontecesse, por bem ou por mal, quando eu tinha Bert ele sempre era uma boa distração, com suas conversas totalmente idiotas ele evitava com que eu ficasse pensando em Frank, mas quando ele não estava eu me permitia reviver em minha mente nossos momentos juntos e até chorar um pouco, mas só quando ele não estava – Bom, tchau, te amo!


   Resmunguei alguma coisa em concordância a sua despedidas, mas não respondi que também o amava, as poucas vezes em três anos que eu tinha pronunciado essas palavras para Bert eu me sentia extremamente sujo, era a maior mentira que eu poderia falar para eles porque quem eu realmente amava estava apenas nas doces memórias que eu tinha de nós dois. Mas o ponto era, eu não conseguia responder ele, eu me sentia culpado por isso, mas as palavras não saiam de minha boca desde que todo meu coração pertencia a Frank.


   Terminei de tomar o líquido escuro e fui para a editora, lá eu tinha minha própria sala onde eu me trancaria e desenharia até minhas mãos doerem, isso era maravilhoso! Finalmente meu sonho tinha se realizado, tudo graças a Frank, que um dia tinha me feito jurar que mandaria meus rascunhos para a editora, ele nunca ficou sabendo que eu realmente acatei as ordens dele, eu estava esperando a resposta chegar para contar a ele, mas ele acabou nunca sabendo da sua real importância naquilo… Mas se Deus quiser um dia ele saberia e, quem sabe, nós poderíamos tentar de novo, dizem que nada é impossível, então não custava nada sonhar.


   Sempre que eu pisava meus pés em minha sala eu tinha vontade de sorrir até minhas bochechas rasgarem, como eu estava fazendo no momento pois eu tinha acabado de chegar para mais um dia de criações, era tudo com que eu sempre sonhei. Nas redes sociais, entre os jovens, minha história explodiu, todos comentavam sobre ela, e os comentários positivos sobre meus desenhos me incentivavam a continuar a fazer aquilo.


   Passei o dia desenhando, nem uma vez soltei os lápis ou os papéis… Eu não poderia dizer que tudo era realmente para meu trabalho, pois eu gastei um bom tempo desenhando Frank, especialmente seus olhos, aquela cor tão diferente que ainda me causava arrepios no corpo todo. Nem almoçar eu almocei, eu estava concentrado demais e quando comecei a sentir fome chegou a hora de uma reunião, então eu acabei por não comer nada durante o dia. Na reunião eu assinei alguns contratos com a editora, coisas de sempre, envolviam minha pequena equipe de cartunistas que me ajudavam com a coloração de tudo, mas apenas isso porque todos o resto eu gostava de fazer sozinho. Eu estava crescendo dentro de meu próprio mundo, eu sabia que meu pai estaria orgulhoso de mim, ver-me realizando os meus desejos sempre foi o seu sonho e agora lá estava eu, pronto para voltar pra casa depois de um longo dia de trabalho.


   Dirigi até meu apartamento novamente, cheguei lá e estava tudo silencioso, lembrei que Berta teria de trabalhar até tarde hoje, suspirei porque eu já sabia exatamente o que eu ia fazer.


   Frank. Frank era a resposta, na verdade pensar nele, eu precisava daquilo, lembrar dos nossos bons momentos, principalmente de quando fizemos amor. Sim, amor!  Não só pelos atos sexuais que foram perfeitos e extasiantes, mas também por ter sido a primeira vez que eu tive coragem de revelar meus sentimentos completos para ele.


   Me livrei da gravata que circulava meu pescoço, o ar já começa a me faltar só de pensar na falta que ele me fazia, mas um nó se formou na minha garganta quando a cena de nosso término voltou a minha cabeça.


   Seu olhar decepcionado era o que me matava por dentro até hoje, eu havia sido totalmente egoísta e idiota quando escolhi Bert, mas às vezes eu ainda tinha a cara de pau de culpar meu marido. Por que ele voltou? Por que bem depois de eu vencer aquela barreira de Frank? Mas eu sabia que isso não tinha nada a ver com ele, até hoje ele não ficara sabendo de mim e de Frank, porque se ele soubesse eu sabia que ele não pediria para voltar comigo daquele jeito, eu o conhecia o suficiente para ter certeza do que eu falava.


  Senti a primeira lágrima escorrer. Porra, eu sentia tanta a falta dele, era insuportável, meu coração doía com aquilo e eu tinha vontade de sair quebrando tudo que visse pela minha frente, mas eu tinha que manter a compostura. Então eu apenas me sentava no chão com os cotovelos sobre os joelhos e a cabeça apoiada sobre as mãos e me permitia chorar, afogar me em lágrimas até que fosse tempo de parar para que Bert não visse eu chorando, ele não merecia isso.


   Depois de uma hora deixando as lágrimas caírem soltas eu fui tomar um banho, parecer decente para poder usar a desculpa de que estava extremamente cansado. Num primeiro momento eu pensei em esperar por Bert para dormir, mas acabou que eu caí no sono antes de sua chegada, a única coisa que denunciou que nós havíamos dormido juntos era a de que algumas horas depois eu senti seus braços em volta da minha cintura.


   E mais uma vez eu sonhei com Frank, mas quando eu acordei no dia seguinte eu não me senti mal, porque de algum jeito eu sabia, eu sentia que, mais cedo ou mais tarde, eu teria meu coelhinho de volta.

    


Notas Finais


Aí está, vida do nosso bolinho depois de três anos, o que acharam?? Eu só espero que o capítulo esteja bom, que vocês tenham gostado...
Eu não tenho muito o que falar, não nesse capítulo, eu só espero ver a opinião de vocês nos comentários <3
Então até o próximo meus amores, até quinta que vem, não me abandonem porque eu amo vocês...
Bjssss, até <3333


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