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História Summertime - Capítulo 23 - Frank


Escrita por: radfuhkiero

Notas do Autor


Bom dia meus amores!!! Como estão???
Bom, hoje voltei certinho, quinta feira, como era para ser hauahahha e vim com mais um capítulo do nosso bebê Fronks... Esse é tipo uma continuação do anterior, sabe? Continuação mesmo, parte dois, se passa no mesmo dia e tals hauahauauaua
Bom, é isso, amo vocês, até lá embaixo!
Boa leitura e bjssss <3

Capítulo 23 - Capítulo 23 - Frank


     – Frank, calma, respira… – Katherine tentava me acalmar, depois que chegamos em sua casa ela me perguntou o que havia acontecido, eu me descontrolei novamente, as lágrimas voltaram junto com os pensamentos negativos que eu tive quando o vi. Agora eu estava me debulhando em lágrimas no sofá de minha chefe, ela tentava me amparar me abraçando, alisando minhas costas e falando palavras de conforto para estabilizar as coisas – Está tudo bem querido, não chore… Me parte o coração te ver assim – eu me esforçava para acatar ao seu pedido, mas o máximo que eu consegui foi controlar minha respiração, parar de soluçar como uma criança, mas só isso, as lágrimas ainda caiam em montes – ... O que aconteceu? – Ela estava realmente preocupada comigo, dava para perceber isso em seu tom de voz, ela merecia uma explicação para encontrar seu funcionário naquele estado. Eu até poderia inventar uma desculpa, não falar sobre Gerard para ela, mas eu precisava tirar um pouco daquele peso de mim e eu confiava nela, eu sabia que poderia contar o que havia acontecido e ela me apoiaria porque ela era uma mulher boa, sempre me ajudava e ajudaria agora também, mesmo que só escutando.


    – Gerard… – foi a primeira única coisa que consegui falar antes de voltar a soluçar e me enrolar nas palavras – Ele apareceu lá e… – pausei um pouco para respirar, talvez ela não tivesse entendido tudo que eu falara, mas eu precisava continuar – E… E ele estava ótimo, casado, feliz… Eu realmente nunca fui nada para ele… – A última parte foi praticamente um sussurro, mais para mim mesmo do que para ela, era uma conclusão que doía ter mas era o que aparentava e eu acreditava. “Quem é Gerard?” ela perguntou um pouco receosa da minha reação, eu não queria responder a isso, mas era o mínimo que eu poderia fazer depois de toda essa cena – Ele já foi meu… namorado – eu falei e do nada uma necessidade de falar mais me atingiu, e eu o fiz, mesmo que entre soluços e falta de ar – Ele… Ele me usou e depois terminou tudo… Me fez achar que ele me amava, mas não, ele só queria foder mesmo – não me importei em usar essa linguagem mais baixa ao seu lado, muito menos em rir amargamente ao completar a frase – E porra, eu o amava, não foi justo –  aquela pose mais dura sumiu, voltei a chorar desesperadamente e ela me olhava atentamente, esperando eu terminar de falar – O pior de tudo é que eu ainda amo ele – afundei minha cabeça eu seus ombros e ela me abraçou forte, eu precisava daquele gesto e ela percebeu e continuou ali escutando eu falar – … Foi por causa dele que eu vim para Nova York há três anos, ele me jogou fora e eu me desesperei – eu continuava, não era necessário que eu contasse aquela parte da história, mas cheguei em um ponto que eu só estava botando tudo pra fora – E agora ele apareceu, me pedindo um abraço como se tudo estivesse bem, mas adivinha?! – Me direcionei a ela, não era para que ela respondesse e ela não respondeu – Não está tudo bem, nunca estive bem nesses anos, ele literalmente acabou comigo e nada pode tirar essa dor de mim…


    Doeu falar isso em voz alta, pela primeira vez em muito tempo eu mostrei o quão fraco eu era para alguém, eu me sentia um merda por isso, as pessoas não deveriam conhecer esse lado meu.


    – Oh Frank… Meu querido, ele não merece suas lágrimas – ela falou, passando seus dedos por minhas bochechas, secando meu choro – … Por isso você vai colocar um sorriso nesse rosto e me ajudar a preparar o jantar – ela piscou para mim e se levantou, estendeu suas mãos para mim e eu me apoiei nela para levantar.


   Eu ainda estava um tanto fraco, mas tentei fazer o que ela pedira e me animar, era o mínimo que eu poderia fazer depois da ajuda que ela me deu. Então mesmo me sentindo mal, com uma vontade imensa de chorar e falta de ar eu fui ajudá-la, minha tarefa era descascar e cortar alguns legumes, ela sabia que eu era vegetariano então ela tinha em mente alguma receita sem carne.


    Cozinhamos em silêncio, eu não estava no clima para conversar, eu só falava quando necessário para saber o que eu deveria fazer a seguir. Aos poucos toda a refeição foi ficando pronta, fizemos pratos demorados, mais de duas horas depois as coisas finalmente ficaram prontas, colocamos a mesa e esperamos seu marido chegar.


   Nós três jantamos, eles conversavam animadamente e sempre tentavam fazer com que eu falasse algo, mas eu acabava por me concentrar mais em comer a comida de meu prato do que interagir com eles. Eu não estava verdadeiramente com fome, era costume não jantar, geralmente eu só comia um salgado qualquer da vitrine durante o almoço e depois nada mais além de álcool entrava em meu estômago até o dia seguinte. Minha comida servia mais como distração do que alimento, com o garfo eu revirava as coisas em meu prato e vez ou outra levava um pouco até minha boca apenas porque ela tinha feito a comida especialmente para mim.


   Do nada as memórias do jantar em que eu conheci Gerard voltaram, aquela situação de comer contragosto, tentando disfarçar esse fato para que a mulher quem cozinhou tudo aquilo não percebesse. Foi impressionante como desde nossa primeira troca de olhares nós já começamos a nos envolver, desde a primeira vez que eu vi aqueles olhos verde-oliva eu soube que seria impossível não me apaixonar, eu apenas não pressenti que tudo acabaria daquele jeito. Quando ele disse que poderíamos fugir a hora que eu quisesse eu acreditei… Mas bom, até que não foi uma total mentira, a fuga ocorreu, mas nela eu estava sozinho, não havia aquele “nós” que ele usou em sua frase original.


    Não era hora de pensar nisso, não mesmo, eu não iria interromper eles com meus dramas pessoais, então só tentei esvaziar minha mente, não pensar em nada é só colocar a comida para dentro.


    Quando acabamos o marido de Katherine nos deu boa noite e foi para o quanto dormir e a senhora ficou um tempo a mais comigo na sala de estar. Logo decidi que era a hora de ir embora, mas ao tentar me despedir dela ela me impediu.


    – Desculpe Frank, mas depois do que eu vi hoje eu não posso deixar você sozinho – ela tentou se explicar, e eu sabia que ela tinha medo de que fizesse alguma loucura… E talvez eu fizesse se eu não estivesse sendo proibido de ir para minha casa por Katherine – Durma aqui apenas hoje, o sofá não é muito grande mas é confortável – pediu e eu não tive coragem de negar quando percebi o quão preocupada ela estava comigo. Eu assenti, então ela foi buscar um travesseiro e cobertor para eu passar a noite no estofado escuro.


    Passou um tempo e eu não adormeci, não consegui pegar no sono, meu corpo não parava quieto, se eu estivesse em casa eu poderia tomar alguns calmantes e finalmente dormir. Mas eu era impedido por meu subconsciente que dizia para que eu pensasse em Gerard, e eu tentava contornar isso pensando em músicas, livros ou até mesmo jogos, qualquer coisa que ele não estivesse envolvido já estava bom o suficiente.


    Por que Katherine me tratava tão bem? Isso me perturbava um pouco, eu nunca tive uma mãe para cuidar de mim e por isso eu comecei a sentir algo por ela. Todas as vezes que eu olhava para ela, silenciosamente, eu torcia para que ela realmente fosse a mulher que me deu a vida… Isso poderia ser totalmente idiota, mas sim, eu via ela como minha mãe, e eu me desesperava ao pensar que isso não era recíproco, que eu nunca teria alguém que me apoiasse, que se orgulharia de quem eu era, do que eu fiz e ainda vou fazer.


    Merda!


     Por que eu sempre criava expectativas demais com as pessoas? Por que eu não poderia apenas manter uma relação sem me envolver tanto emocionalmente? Eu não queria me decepcionar dessa vez, mas eu provavelmente iria, eu era só um funcionário dela, assim que eu fizesse algo que a desagradasse eu iria para a rua em um piscar de olhos.


    Esse pensamento me fez emotivo de novo, meu rosto já se umedecia novamente, dessa vez eu não tentaria controlar tudo o que eu sentia, me deixei pensar em Gerard, na minha vida, nos meus pais, em tudo que me afetava desse jeito. Agora se eu fosse fraco pelo menos ninguém veria… Ou era isso que eu achava, minha chefe apareceu do nada perto do sofá, nada disse, não me perguntou nada, apenas me aconchegou em seu colo e acariciou meus cabelos.


   – Por que? – perguntei já a olhando, ela pareceu confusa com meu ato repentino mas nada perguntou, seus braços se tornaram mais firmes sobre meus ombros e ela depositou um beijo sobre minha cabeça – Por que você me trata assim? – “Assim como?” sussurrou ela, e caramba, como eu explicaria aquilo para ela? Isso eu não sabia mas eu tinha de tentar, eu não podia deixá-la com essa dúvida, mesmo que eu não me sentisse muito bem falando sobre aquilo. Minha história de pobre menino rejeitado pelos pais já era conhecida por ela, eu havia deixado isso escapar durante uma de nossas conversas casuais e ela me fez explicar tudo, do começo ao fim, a única coisa a ser omitida havia sido o fator principal de tudo aqui, Gerard – Você me trata como se eu fosse importante, como se eu fosse um filho teu, e porra… – Respirei fundo antes de continuar, olhei para cima e tomei coragem para continuar – …Eu gosto disso, é como se alguém finalmente de importasse comigo, mas… – Sempre tinha de haver um “mas”, nada nunca estava ótimo, nos últimos anos era bem mais fácil tudo estar péssimo do que alguma coisa estar boa – Mas eu sei que não vai durar, você é minha chefe.


    – Frank – minha atenção foi chamada por sua voz, eu parei de falar no instante em que ela se pronunciou, e pela cara dela eu não sabia o que esperar, ela poderia ser muito carinhosa quanto acabar com tudo aquilo de uma vez – É claro que eu me importo com você… Você é muito mais que apenas um funcionário qualquer, você é Frank, o garoto gentil, lindo, mas que infelizmente tem os olhos tristes … – eu abaixei minha cabeça, encarando o chão, era difícil escutar aquilo, quando estava apenas dentro de minha cabeça tudo bem, mas quando outra pessoa demonstrava saber era muito estranho – Eu sei que não é fácil, mas eu quero ver você feliz. E se for ajudar, eu queria saber se você não quer que eu seja sua mãe – ela estava mesmo propondo aquilo? eu não podia acreditar mesmo que seu sorriso doce a minha frente me provasse que era tudo muito real – Se você não quiser tudo bem, mas eu pensei nisso porque, eu nunca tive filhos, você não teve uma boa mãe… Então nós poderíamos suprir essa falta um no outro – o pedido era verdadeiro, mas essa sua ultima parte mais bem humorada não, era apenas uma tentativa de quebrar um pouco o gelo que se formou – Então, o que você acha?


  Okay! Eu não estava pronto para aquilo, mas eu não podia negar que eu queria, é claro que eu queria, eu sempre quis para falar a verdade, mas nunca tinha tido a chance … Chance que estava a minha frente agora, apenas esperando uma resposta minha, com um sorriso doce nos lábios e pronta para me receber com todo o carinho.


    – Eu… – Meu coração batia tão rápido que eu receava ter um infarto ali mesmo, antes de terminar o que eu começara a falar eu parei para respirar, enchi meus pulmões de ar antes de finalmente falar o que ela esperava por ouvir – É claro que eu quero…


    Eu pretendia falar mais alguma coisa, pretendia, pois foi preciso eu soltar apenas essas cinco palavras para ela me abraçar novamente, dessa vez muito mais forte que a anterior.


    Finalmente pude respirar aliviado. Eu não havia sido rejeitado. Isso trazia uma sensação diferente, as únicas vezes que eu fora totalmente aceito foi com Ray e com Jamia, mas por culpa minha tudo havia ido pelos ares. Então pela primeira vez em muito tempo eu me permiti sorrir de verdade, aquilo não me fazia a pessoa mais feliz do mundo, mas diminuía um pouco todas aquelas coisas ruins que eu costumava sentir.


    Agora só faltava Gerard, mas isso provavelmente eu não mais teria.


Notas Finais


Então... Gostaram??? Mereço comentários ou não??? Eu espero que sim rsrsrs
Kat sendo só amores sim, melhorando um pouquinho o estado do nosso querido Frank, não é mesmo??
Então é isso, vejo vocês semana que vêm!
Bjsss e até <3


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