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História Summertime - Capítulo 24 - Frank


Escrita por: radfuhkiero

Notas do Autor


OIOI gente!!!
Hoje tenho que passar rapidinho aqui, essa semana está tão cheia que eu não ando tendo tempo para ficar na internet, mas dei um jeito de passar aqui pra deixar esse capítulo pra vocês! Então eu espero que gostem muito! Hahahayaya
Bom, ontem foi um dia bem trsite mas já estamos aqui de novo, não? Hauahahha
E ahhh, me desculpem por não ter respondido os comentários do capítulo anterior ainda, é que eu realmente ainda não tive tempo... Eu juro que esse fim de semana eu respondo tudo, e, desde já, obrigada!!
Então é isso, boa leitura e até lá embaixo!!
Bjssss <3

Capítulo 24 - Capítulo 24 - Frank


     Uma semana tinha se passado desde o acontecimento na casa de Katherine e do repentino aparecimento de Gerard.


    Algumas coisas mudaram depois daquilo, eu passei a almoçar todos os dias com minha chefe, eu raramente a chamava de mãe assim como ela me chamava de filho, essas palavras tinham sido usadas em nossas conversa poucas vezes até agora. Ela não se tornaria minha mãe, isso era impossível, mas nossa relação tinha se aprofundado muito, passamos a gastar mais tempo juntos, a ter conversas mais profundas, eu até poderia arriscar em dizer que eu não era mais tão dependente dos remédios, mas não era possível saber ao certo porque eu continuava a tomá-los em quantidade excessiva.


    Mas, bom, eu me sentia menos sozinho do que antes, não tinha me tornado a pessoa mais feliz do mundo, eu continuava a ter vontade de chorar apenas em pensar em Gerard, continuava a sentir aquela dor que tanto me atingia, mas o vazio que eu sentia em meu porto havia diminuído, não sumido, disso não chegava nem perto, mas uma pequena parte foi preenchida.


    Agora eu estava sentado em um canto do balcão, comendo um pedaço de um bolo de chocolate que, além de estar ótimo e ter acabado de sair do forno, Katherine quem fez. Ela com certeza era uma das melhores cozinheiras que eu já havia visto, seus bolos e doces, os quais ela vendia na cafeteria, eram simplesmente perfeitos… Eu não estava exagerando quanto a isso. Os salgados vegetarianos que ela sempre trazia para mim eram mais saborosos do que eu poderia qualquer dia fazer, almoço e jantar que eu passava em sua casa eram um verdadeiro banquete, com várias variedades de pratos tanto sem carne quanto com, sendo tudo ótimo.


    Hoje ela não viria trabalhar, estava se sentindo indisposta para sair da cama, eu me preocupei, mas ela falou que não era preciso, que amanhã ela estaria cem por cento bem novamente. Acreditei, aquilo não deveria passar de uma gripe um tanto forte, mas ainda sim eu ligava para ela de uma em uma hora para saber se estava tudo bem e se ela não precisava de nada.


    Já era hora de eu falar com ela novamente, então peguei meu celular e apressado digitei o seu número, os apito de espera começou a soar e eu continuei quieto até que eles parassem e dessem lugar a voz de Katherine. Só com o som que eu escutava do outro lado da linha do telefone eu pude concluir que ela estava melhor, seu timbre ao falar um “olá, querido” rápido já indicavam que nesse tempo sem nos falarmos grande parte de seu mal estar já havia passado. Suspirei. Era tão bom saber que ela se encontrava bem, eu já poderia imaginar a cena que daqui a pouco ela faria com seu marido para que ele deixasse ela ir trabalhar.


    – Oi Katherine, como você está? – tentei parecer animado, mas sabendo que, mesmo com o pouco tempo, ela já me conhecia melhor do que qualquer um naquela cidade e ela iria reparar que, como sempre, minha vontade de ter levantado da cama era nula. Fui respondido positivamente, ela afirmou que estava ótima e que só não iria trabalhar hoje para se prevenir, o que não era totalmente verdade, escutei seu marido reclamando ao fundo, falando que ele quem tinha impedido. E minha teoria foi confirmada quando ela mandou ele calar a boca – Hey, Katherine, eu vou desligar porque eu tenho que trabalhar.


    – O que eu já lhe disse? É para o senhor me chamar de Kat ou de mãe – ela usou seu tom autoritário para falar comigo, eu apenas ri confirmando – Agora vai lá Filho, depois me avise os bolos que acabaram para eu repor amanhã cedo.


    – Sim, senhora! – Assenti e pude escutar sua risada, eu até ficaria para conversar mais com ela, mas ao eu falar isso o sino da porta soou indicando que alguém tinha adentrado a loja – Tchau, mãe Kat.


    Desliguei o aparelho e me virei para o cliente. Me arrependi. Quem entrou era Gerard, dessa vez sozinho, ele veio em minha direção e sentou-se em minha frente. Nos encaramos por um longo tempo, eu sabia que minha respiração estava dificultada por conta das batidas mais rápidas e fortes do meu coração, ele talvez percebesse isso.


    – O que deseja? – Eu acabei sendo mais ríspido que o planejado, não era minha intenção ser tão grosso com ele, mas também não queria mais parecer aquele garotinho apaixonado que eu continuava a ser mesmo depois de tanto tempo – E então…? – Forcei mais uma vez, ele me olhava com aquelas orbes verde-oliva demonstrando estar um tanto surpreso pelo jeito que eu o tratava dessa vez.


    – Um café – ele resmungou enquanto brincava com seus dedos grandes e pálidos sobre a bancada, eu até refletiria como eles são bonitos e como eles tinham me enlouquecido durante a vez que transamos, mas não o fiz. O que me impediu de fazer isso foi a aliança dourada, enorme e brilhante que ele usava em sua mão esquerda. Tentei não demonstrar meu desconforto e fui preparar o seu pedido, só me virei novamente para entregá-lo o copo cheio de líquido quente – Puta merda, Frank! Como eu senti falta do seu café – ele só tinha sentido falta da porra do meu café? Por um momento eu esperei que ele fosse dizer que sentia minha falta, que me queria com ele, mas não, eu estava enganado. Eu nem precisava ressaltar que quis chorar assim que ele falou isso, mesmo que meus olhos ardessem eu dei um sorriso amarelo em sua direção, tentando não demonstrar o quanto aquele filho da puta ainda me afetava.


    Ao contrário do que eu pensava ele não foi embora depois de tomar seu café, ele passou a tarde toda pedindo cafés, cerca de uns cinco, ele tomava todos vagarosamente enquanto se mantinha a me observar o tempo todo.


    Era incômodo isso, eu só queria poder relaxar, mas com ele cuidando de cada passo meu isso se tornava difícil. Eu andava tenso para atender os clientes, pois sabia que se eu me permitisse calma as lágrimas que eu já segurava há boas horas finalmente cairiam… Se Gerard saísse daquela merda de cadeira eu poderia fazer o que eu quisesse, mas não, ele continuava ali, apenas me atormentando.


    Resultado disso era que já dera meu horário de fechar a cafeteria e ele ainda estava lá, era o último cliente na loja e eu não queria falar com ele, mas eu precisava para ir embora.


    – Gerard… – Chamei sua atenção ao parar do seu lado, esperei ele olhar para mim, seus cabelos recaíram sobre sua face e ele tratou de ajeitá-los novamente daquele seu jeito tão típico e sexy – Eu tenho que fechar agora, então se você pudesse pagar as coisas e ir embora eu agradeço…


   Então ele confirmou com um sorriso meigo em seu rosto, se levantou e me acompanhou até o caixa, pagou e depois foi comigo até o exterior da loja. Enquanto eu trancava a loja eu não conseguia parar de me perguntar o porquê ele ainda estava parado ao meu lado, como se me esperasse para alguma coisa.


    – Hey, Frankie! Eu vou te acompanhar até sua casa, é perigoso você andar sozinho por aí essa hora da noite – ele falou tudo de uma vez quando eu, sem nem ao menos me despedir, comecei a andar em direção a minha casa. Eu não queria a sua companhia, então neguei, mas ele continuou a insistir até eu fingir um dar de ombros. Fingir, por dentro eu estava me desesperando, me coração batia a mil, minha cabeça chegava a doer e minhas pernas estavam bambas. Mesmo que eu quisesse eu não conseguiria impedi-lo. Além do desespero eu também entrava em uma luta interna comigo mesmo, por um lado eu queria mais que tudo que ele fosse comigo e entrelaçasse seus dedos aos meus, mas minha parte consciente queria gritar com ele, mandar ele para a puta que pariu, pedir para ele sumir de uma vez e deixar tudo como estava antes.


    Chegamos em frente ao meu apartamento, não era um lugar bonito, muito menos chique, por isso eu me senti um pouco envergonhado e tratei de logo tentar adentrar o edifício, me despedindo secamente dele antes. Mas eu fui impedido de dar ao menos dois passos quando ele segurou um de meus pulsos. No momento eu fiquei confuso, afinal, o que ele queria? Bom, minha pergunta teve sua resposta segundos depois. Ele simplesmente me beijou.


    Em um primeiro momento eu só senti a pressão de seus lábios sobre os meus, eu não conseguia pensar direito, minha cabeça era rodeada por mil e um pensamentos, desde xingamentos direcionados a ele até pedidos para que ele continuasse. Ele talvez tenha se aproveitado disso para invadir minha boca com a sua língua, ele ainda tinha o mesmo gosto, isso era maravilhoso, e ficava ainda melhor misturado ao meu e a muita cafeína. Sua língua tomou o controle da situação, ela brincava com a minha dentro de nossas bocas, com os dentes ele mordiscava meu lábio que ainda tinha o piercing prateado que ele tanto amava. Nossas respirações se perdiam uma na outra, nossos corações batiam no mesmo compasso, totalmente acelerados, minhas bochechas já tinham um tom bordô quando… Minha ficha caiu, ele estava mesmo me beijando do nada depois de ter me quebrado? E ainda por cima casado?


   O empurrei para longe, assim que as lágrimas começaram a escorrer, eu não tentava mais me controlar, eu só queria que ele saísse de perto de mim, mas ele fez o contrário, ele tentou selar nossos lábios de novo, um tanto desesperado, mas eu o afastei de novo, dessa vez com um pouco mais de brutalidade.


    – Gerard, para! – Gritei, eu não queria que ele se aproximasse, meu peito doía e eu só queria subir para meu apartamento e sumir do mundo – Caralho! Quem você pensa que é para chegar e me beijar assim? – As palavras poderiam parecer duras mas não eram, era só uma pergunta que estava na minha cabeça e que eu precisava fazer, mesmo que chorando igual uma criança – Já não basta você ter feito o que fez três anos atrás? – Minhas voz estava trêmula assim como todo o resto do meu corpo, em poucos segundos eu já tinha virado uma bagunça completa e ele me olhava também com os olhos marejados, cheios de arrependimento – Você já fodeu tudo antes, me fez essa merda que eu sou hoje… – Parei um pouco para respirar, não estava sendo fácil falar aquilo, mas eu não conseguia mais parar minha boca, eu estava cheio de raiva, de mim mesmo e dele, para pensar antes de deixar com que as palavras saíssem – Você quer mesmo terminar de me destruir? – Aí que ele tentou falar, mas eu não permiti, era minha vez de expor o quanto ele tinha me machucado – Porque eu juro, eu juro, que não falta muito… – “Frankie…” foi o que ele conseguiu pronunciar antes de eu voltar a soltar as palavras com tudo, ainda mais desesperado que antes, com as lágrimas correndo com muito mais intensidade – Não me venha com essa merda de apelido! Só me deixa em paz, eu não aguento mais, todo dia eu ainda sofro por você, choro horas sozinho porque você me trocou – esbravejei antes de voltar a andar para a porta e finalmente poder entrar lá sozinho, mas antes eu falei uma última frase – Só, por favor, não torna tudo mais difícil pra mim…


     E então subi as escadas, correndo, eu tropeçava em alguns degraus mas continuava, eu só precisava ficar em minha cama o maior tempo possível. Foi isso que eu fiz, cheguei em minha porta e adentrei meu pequeno cubículo, não me dei nem ao menos o trabalho de trancar a porta, apenas me joguei na cama não muito confortável e chorei, chorei tudo que eu tinha direito, e só parei quando fui levado pelo sono.


    Acabou que eu não liguei mais para Katherine, se eu falasse com ela ela com certeza viria até o meu apartamento e eu não queria isso, eu só desejava ficar um tempo sozinho, poder chorar por Gerard sem ninguém me atrapalhar.


    Eu só precisava desaparecer. 


Notas Finais


E então??? Comentem e me deixem saber o que estão achando, por favor!
Amo vocês e até o próximo <3
(Queria escrever mais um pouco aqui embaixo mas tenho que ir)
Bjsss


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