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História Summertime - Capítulo 27 - Gerard


Escrita por: radfuhkiero

Notas do Autor


Olá amorzinhos!! Tudo bem com vocês??
Então, lá vamos nós com mais um capítulo, esse com o nosso querido Gerard falando com o Bert mozão... É, é isso, não tenho muito o que falar, nunca tenho hauahauhahaha mas só queria agradecer pelos novos favs (talvez isso devesse estar no singular, mas tudo bem rsrsrs )
Mas é isso, espero que gostem e eu vejo vocês lá embaixo...
Boa leitura <3

Capítulo 27 - Capítulo 27 - Gerard


    Abri a porta. Lá estava ele, deitado no sofá de nossa sala, um cobertor que protegia apenas suas pernas do frio, a TV ligada em um canal aleatório, mas ele não prestava atenção nela, ele dormia profundamente. Eu me senti culpado, Bert provavelmente ficou me esperando chegar em casa para agirmos como um casal normal, falar sobre nosso dia, trocarmos carícias, coisas que eram habituais para nós dois antigamente. Enquanto ele ficou lá eu estava fazendo essas coisas, sim, mas com Frank, o homem que eu realmente amava, não que eu não amasse meu futuro ex marido, porque eu o amava, mas como um amigo ou irmão. Não era o mesmo sentimento enlouquecedor que meu pequeno coelhinho me causava, eu não estava desmerecendo ele ou todo o tempo que passamos juntos, mas nossa história tinha que ter acabado anos atrás, a primeira vez tinha que ter sido definitiva, mas eu cometi o erro de voltar para ele, mesmo ele me amando e fazendo de tudo para me ver feliz, voltar tinha sido um erro. Um erro que eu estava tentando concertar agora.


   Eu não sabia como ele iria reagir, se iria me bater, xingar, gritar ou até mesmo apoiar. Não sabia o que esperar do homem com quem eu convivo a tanto tempo, mas nessa situação era difícil, ele era imprevisível na maioria de suas ações diárias, esse fato nunca tinha sido incômodo para mim, mas no momento ele me assustava muito, me deixava extremamente receoso.


   No final das contas eu despertei de meus pensamentos e achei melhor levá-lo ao nosso quarto, então o levantei e levei no colo pelo pequeno corredor até alcançar nossa cama, onde eu o coloquei delicadamente, logo depois o cobri com um cobertor maior e, antes de sair do quarto e deixá-lo sozinho novamente, beijei sua testa com todo o carinho que eu sentia por ele.


   Essa noite eu dormiria sozinho, depois de tomar minha decisão eu não teria coragem de deitar junto a ele, seria errado tanto com ele quanto com Frank, então eu apenas peguei algumas roupas de cama, meu travesseiro e meu pijama. Eu passaria a noite no sofá, antes eu tomaria um belo banho para relaxar e me preparar para o dia difícil que amanhã seria, e tentaria dormir, o que provavelmente seria muito difícil, pois se eu me conheço, eu vou passar a noite toda pensando em como Bert vai reagir.


  Com esse pensamento em mente eu fui ao banheiro, lá tirei minhas roupas, dobrando-as delicadamente e deixando sobre a pia, já nu andei até o box, levei minha mãos até o registro e girei para o lado esquerdo, fazendo com que a água começasse a passar pelos canos. Entrei. A temperatura do banho estava boa, bem quente como eu gostava, deixando minha pele avermelhada enquanto o vapor preenchia todo o espaço, embaçando os espelhos e diminuindo meu campo de visão.


    Não fiquei muito tempo lá, e nem cheguei a pensar muito, eu ainda teria a noite inteira para isso, então a paz do meu banho não seria desperdiçada por coisas que poderiam ocupar minha mente por uma noite inteira mal dormida. Coloquei meu pijama completo, a noite estava um pouco fria para usar apenas a calça como eu estava acostumado, e logo corri para me acomodar às cobertas em meu sofá.


   Deitei-me sobre o estofado confortável, as luzes apagadas, e assim como o imaginado, passei a noite inteira pensando em como eu começaria aquela conversa tão delicada com Bert, mas isso foi em vão. Já amanhecia e eu não havia chegado a conclusão alguma e muito menos dormido, com isso eu escutei passos vindo em direção a sala, junto com eles eu escutei o homem com quem eu casara me chamar, “anjo?” a fala veio em forma de pergunta, incerto se eu estava em casa ou não, mas sua dúvida acabou quando eu resmunguei alguma coisa sobre estar no sofá, já me levantando para ir a cozinha e preparar nosso desjejum. E assim fiz, preparei duas grandes xícaras de café e levei algumas torradas à mesa, como eu sabia que ele gostava; mas não toquei nelas, deixei todas para o meu companheiro, e isso não era algo anormal, era um hábito me contentar apenas com café puro durante a manhã.


   – Acho que temos que conversar – falei repentinamente, depois de tomar o primeiro gole da bebida escura a minha frente. Em um primeiro momento ele não reagiu, apenas continuou a mastigar, olhando para seus dedos, mas logo ele voltou sua atenção a mim, fazendo um gesto para que eu soltasse logo a bomba… Porque sim, ele sabia que viria algo não muito agradável pela frente, quando seu namorado, marido ou qualquer coisa do gênero fala que vocês têm que ter uma conversa, nunca, nunca significa algo bom – Eu quero divórcio…


  – Mas nós estamos bem… Não tem motivos pra isso, têm? – Sua calma enquanto falava me surpreendeu, eu esperava algo muito mais escandaloso de alguém como ele, mas eu acho que o choque foi tanto que ele não conseguiu raciocinar direito o que estava acontecendo. “Eu sei, mas eu posso explicar…” o respondi, dessa vez sem olhar para ele, sua expressão de decepção era demais para mim, eu precisava de um tempo para me recuperar dela – Então vamos lá, eu sou todo ouvidos.


    – Okay então… – Chegou talvez a parte mais difícil de tudo aquilo, contar toda minha história com Frank, eu nunca havia falado sobre ela para mais ninguém, e também a parte em que a história virou um conto de terror, curto e com consequências catastróficas na vida de seus personagens principais – Bom, você se lembra de quando nós dois terminamos, por volta de uns três anos atrás? – Ele assentiu, como ele não lembraria? Depois de reatarmos com um casal ele fez discursos e mais discursos de como ele havia sido um idiota por terminar comigo apenas por eu me preocupar com minha família, nenhuma vez eu discordei dele, não por guardar ressentimentos daquilo, mas por estar submerso em pensamentos de como eu havia sido estúpido com Frank – Bom, os meses que se passaram, sem você, eu comecei a namorar um garoto… – parei para respirar, pegar um pico de fôlego antes de voltar a falar, mas antes que eu pudesse fazer isso ele me interrompeu. “Okay, mas o que isso tem a ver com o assunto divórcio?” – Calma, espera um pouco! – Como quem dissesse “já vamos chegar lá” eu fiz um gesto com as mãos, para aí sim voltar a história – Bom, nós dois começamos a namorar depois de um pouco mais de um mês que eu estava na cidade, se eu não me engano…


   Eu não sabia mesmo ao certo quanto tempo se passou para que eu finalmente pudesse chamar o pequeno garoto de “meu”, quando ele se tornou meu, só meu e de mais ninguém, coelhinho o tempo pareceu passar ainda mais rápido, então até hoje eu não sabia direito em quantos meses nosso romance todo se resumiu.


   – E sabe, o Frank, esse é o nome dele, ele tinha uma vida meio conturbada, problema com os pais, não tinha se assumido gay para as outras pessoas, e tinha um trauma por causa de um ex namorado – completei pois ele continuava calado, eu não ia entrar em detalhes sobre isso, não tinha o porquê Bert ficar sabendo de toda a vida do cara pra quem eu estava voltando depois desses anos – Mas o ponto que eu quero chegar é que, eu amava ele, mas quando você voltou eu simplesmente o deixei, fui egoísta pra caralho, pensei no que ia ser mais fácil pra mim, mas… – talvez eu já tivesse chorado demais enquanto falava essas mesmas coisas para Frank, então, só talvez, fosse por isso que eu só conseguia sentir raiva de mim mesmo. Meus punhos se fechavam sobre a bancada de mármore da cozinha, a qual estávamos sentados em volta, um ao lado do outro – É que eu ainda amo ele, desculpa Bert, mas Eu… Ele é aquele garoto um pouco mais baixo que você, que eu abracei na cafeteria, eu nunca deixei de amar ele. Amo ele mais do que tudo e, sabe… – soltei tudo aquilo rápido demais, muitas vezes gaguejando entre uma palavra e outra, demonstrando o quanto eu estava confuso ao falar todas as palavras que tinham saído da minha boca – Eu não acho justo, com você, continuar esse casamento, você merece ser feliz e amado e isso, infelizmente, não é possível comigo…


     – Ah, Gerard, dói muito ouvir isso, não vou dizer que estou bem, mas se você ama ele, tudo bem… E eu meio que imaginei que uma hora ou outra isso iria acontecer… Você nunca foi o mesmo depois que voltamos, sempre pareceu um tanto inalcançável, distante, um pouco triste… Isso só piorou depois que encontramos Frank – por incrível que pareça ele sorriu pra mim – Você ficou muito, mas muito estranho mesmo depois daquilo, então, inconscientemente, eu já esperava isso – dava para ver em seus olhos que ele estava sofrendo, eles estavam úmidos por lágrimas e por um instante os meus também tomaram pra si esse aspecto, mas seus lábios se curvaram e ele continuou – Sabe, eu acho que amar é  isso mesmo, querer que o outro seja feliz, mesmo que para isso vocês não possam estar juntos… – Eu não sabia se concordava plenamente com Bert nesse ponto, talvez eu fosse ciumento demais ou alguma coisa do tipo que não me permitia pensar exatamente assim, mas claro, se Frank não me quisesse eu iria deixá-lo ir, mesmo que eu não ficasse contente com isso – Não posso dizer que não está doendo, porque está, mas, meu anjo, eu te amo e quero que você seja o homem mais feliz desse mundo… Então, tudo bem, se é o que você quer… Pelo o que você me contou, eu não tenho chances contra ele, eu nunca ganharia  e essa luta… Então nos separamos… – algumas lágrimas solitárias escorriam por seu rosto, ele era lindo, inteligente, sensível, carinhoso, engraçado e mais milhares de adjetivos positivos poderiam ser aplicados a ele, e isso me dava a plena certeza de que sim, ele encontraria rápido outro alguém, e esse outro alguém o faria mais feliz do que algum dia eu já tenha feito – Eu estou bravo? Triste? Sim, com certeza, mas não vou quebrar tudo, não vou fazer um escândalo, eu… Eu só espero que vocês fiquem bem, que sejam felizes...Me promete pelo menos isso?


   Essa fora, com certeza, a pergunta mais inusitada do dia, Bert era um cara com o coração de ouro para me pedir algo assim na situação em que estávamos. Eu não negaria que era ótimo receber o apoio dele, era bem mais fácil assim, ele facilitaria o processo de divórcio e até mesmo minha relação com Frank.


   – Eu vou, eu juro – confirmei sorrindo, era claro que eu daria de tudo para ver meu pequeno sorrindo todo dia o dia todo, eu não precisava nem ao menos prometer algo para isso – E você tem que jurar de mindinho que que vai seguir sua vida da melhor maneira possível – estendemos os mindinhos e os cruzamos em uma promessa, eu sabia que ela seria cumprida mesmo que o ato fosse totalmente infantil e divertido, demos algumas risadas após o ato, mas quando elas cessaram eu me encontrei imerso em uma dúvida novamente – Nós vamos continuar sendo amigos, não?


   – Claro que vamos! Ou você achava que ia se livrar de mim tão facilmente?! – Esse era o Bert que eu conhecia, sempre bem humorado, fazia piada com tudo e era, na maior parte das vezes, extremamente dramático como ele estava sendo agora, com uma mão apoiada sobre o peito enquanto suas feições eram de total, e falsa, surpresa. Eu lhe mostrei a língua e empurrei levemente para o lado fazendo com que nós dois explodíssemos em risadas novamente – Bom, mas agora eu vou arrumar minhas coisas e dar o fora daqui – “Como assim?” eu perguntei rápido demais, eu não esperava que ele fosse ir embora tão rapidamente. Isso era surreal – Bom, se você quiser que eu não te ataque durante a noite… – Ele deu um de seus olhares mais maliciosos tirando uma com a minha cara, logo depois tentando fazer uma pose sensual, a qual deu errado e eu só consegui sorrir por suas brincadeiras – E você precisa mais do apartamento do que eu, eu tenho a casa dos meus pais para passar um tempo até arranjar um lugar – deu de ombros, e quando eu finalmente achei que ele fosse para o quarto fazer suas malas ele girou em seus calcanhares – Sabe do que eu mais vou sentir falta nessa casa? – Que tipo de pergunta era aquela? Eu não fazia a mínima ideia, então nada respondi, com isso dando a deixa para que ele respondesse a si mesmo – Do seu lindo, maravilhoso e enorme pau!


   Ele falou aquilo e simplesmente saiu rindo corredor adentro, me deixando indignado na cozinha, ele não era sarcástico ao falar, apenas brincalhão por saber que eu as vezes ficava um pouco constrangido com o jeito que ele elogiava meus “atributos”.


    Deixando isso de lado eu fui ao quarto também, o ajudei a guardar tudo que o pertencia em duas enormes malas, passamos a manhã inteira fazendo isso. Perto do almoço ele encomendou uma pizza, a dividimos quando ela foi entregue para, depois, voltar ao trabalho. E quanto trabalho! Bert tinha algum problema em consumir demais, ele tinha milhares de roupas e sapatos, dos mais excêntricos ao mais… Okay, não existiam peças normais naquele guarda roupa, pelo menos não na parte dele, mas pelo menos conseguimos guardar tudo para que ele levasse consigo. E, já no final da tarde, ele se foi, eu fiquei lá, descansei um pouco e também liguei para Frank, conversamos por um tempo, eu o contei sobre a conversa com Bert e, em troca, ele detalhou nos mínimos detalhes o seu dia, me dando a certeza que, daqui para frente, eu seria o homem mais feliz do mundo ao lado dele. 


Notas Finais


Tudo bem, tinha muita gente esperando um Bert fazendo escândalo, totalmente magoado mas eu não consegui e nem quis fazer ele assim. Eu quis mostrar aqui que ele é sim um amor, que não é culpa dele, ou que não foi proposital, o que aconteceu com o Frank e com o Gee...
Então foi isso, Bert é um amor e Gerard tá livre para ficar com nosso menino Iero, felizes? Bajajajajajaja
Até semana que vem amores <3
Bjssss <3

Ps: vou responder os comentários do capítulo anterior ainda hoje, mas provavelmente só de noite...


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