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História Summertime - Capítulo 29 - Frank


Escrita por: radfuhkiero

Notas do Autor


Oioi amores, como vão???
Então, aqui estamos nós mais uma vez, e esse capítulo eu queria "dedicar" para um ser muito amorzinho que eu tava falando lá no Twitter ( @kyloxrens caso vocês queiram seguir ele lá rsrsrrsrs). Ele também tem uma fanfic frerard muito amor que vocês, se não leem, deveriam ir dar uma olhada, é lá no wattpad então vou deixar o nome nas notas finais.
Bom, então é isso, hoje nossa querida Katherine volta a aparecer e espero que gostem muito desse capítulo!
Até lá embaixo, boa leitura!
Bjsssss <3

Capítulo 29 - Capítulo 29 - Frank


    Bom, era notável minha diferença de humor desde que Gerard voltou a ser presente em minha vida, cerca de uma semana atrás, e isso se intensificou depois de nossa ida à pizzaria. Isso já faziam quatro dias, e daqui três sábado estaria aí novamente, então nós dois sairíamos de novo. Já estávamos combinando isso há um tempinho, mas em nenhum momento decidimos onde iríamos, ele já havia proposto restaurantes, sua casa, minha casa, shoppings, e essas coisas, mas nada pareceu me agradar, fazendo com que eu negasse tudo. Isso não era por maldade ou implicância, eram apenas coisas que não me satisfaziam no momento, nenhuma delas parecia ser algo legal, bom, o suficiente e eu só queria que tudo fosse ótimo igual ao anterior… O que eu temia ser impossível, tudo tinha acontecido de maneira tão leve, nossos gestos, palavra e até toques, não tinham sido nada planejados mas que, ainda assim, tornaram nossa noite especial apenas com uma pizza barata e duas latas de coca-cola.

 

   Sorri instantaneamente ao pensar nisso, as borboletas em meu estômago estavam, como antes, agitadas a todo instante, não deixando que eu parasse de pensar nele. Principalmente depois daquele “eu te amo” que ele falou e eu não correspondi, até agora eu estava me sentindo mal, mas ele não demonstrou estar chateado, não mesmo, na verdade ele demonstrou entender minha relutância, mas eu ainda assim me sentia mal por não ter conseguido o responder do mesmo jeito. Não que fosse minha obrigação fazer isso, ou ao menos que eu não tivesse meus motivos para não fazê-lo, eu apenas queria ter dito por eu realmente amar ele, mas eu não me sentia seguro para expor meus sentimentos mais fortes… Isso fazia sentido? Talvez. Mas mesmo que não fizesse tudo bem, se nós fossemos para frente, alguma hora eu conseguiria falar aquelas três tão esperadas palavras.

 

   Sim, “se”, assim como eu não me sentia pronto para falar que o amava, eu também ainda não estava muito confiante com aquilo tudo, não conseguia colocar meus pensamentos em ordem para decidir se eu achava que ele realmente me queria de volta ou se ele estava apenas me usando, o que se fosse o caso, por uma segunda vez. Mas eu preferia não pensar nisso e eu não deveria, não no momento, pois eu estava em meu horário de trabalho e eu deveria me concentrar em ser um bom atendente e garçom.

 

   – Bom dia, Kat! – Praticamente gritei ao ver minha chefe, quase mãe, entrando pela porta da frente da cafeteria, ela havia saído antes, logo depois de abrir, para fazer alguma coisa a qual eu não intervira, se ela não quis me contar o que era ao sair significava que não era de minha conta. “Você já me falou isso hoje, Frank” respondeu ela, revirou os olhos de maneira divertida e veio até mim, me deu um abraço e foi para os fundos da loja, onde ela trocaria suas roupas chiques pelo uniforme comum – Eu sei…

 

   Ao falar ela já tinha sumido de vista, então não me dei ao trabalho de terminar a frase, era desnecessário falar sozinho.

 

  Mais alguns clientes entravam na loja e eu, cada vez mais, ficava atolado de pedidos, eu só queria que Katherine viesse logo me ajudar, mas ela parecia estar ocupada demais fazendo o que é que fosse lá dentro. Então eu estava correndo com tudo, levando doces e cafés de mesa em mesa, recebendo o pagamento de alguns senhores, senhoras e jovens que pararam aqui no meio da manhã para tomar alguma coisa, e quando eu achei que não ia mais dar conta de atender todo mundo ela passou pela porta, com seu melhor sorriso no rosto, uma grande bandeja de brownies que tinham acabado de sair do forno e ela trazia a si, chamando a atenção de todos no local.

 

   Eu já tinha provado um daqueles, eles eram sempre maravilhosos e acabavam rapidamente, muitas vezes, uma quantidade enorme como aquela, chegava a ser inteira vendida em menos de quatro horas, e isso era muito rápido para tantos pedaços. Ela os colocou ao lado dos bolos e tortas, e segundos depois um senhor apareceu com um jovem, provavelmente seu filho, e pediu duas unidades, uma para si e outra para o rapaz que tinha lá para seus dezenove anos. Falei para eles que poderiam esperar em alguma mesa e eu já levaria junto as bebidas que eles escolheram de acompanhamento, assim eu fiz, com um pouco de dificuldade levei tudo de uma só vez, eles agradeceram, e eu voltei ao balcão. Passei a observá-los, eu sabia que era falta de educação isso, mas eles chamaram minha atenção, e eu não conseguia desgrudar meus olhos dele, eles parecia estar tão felizes, o senhor diversas vezes passava a mão pelos cabelos do rapaz, bagunçando-os, e seu filho sempre o correspondia com sorrisos e risadas sinceras. Eu sempre me perguntei o porque minha relação com meu pai não poderia ser assim, tudo sempre envolto de ódio e violência, quando na verdade ele deveria ser o homem que sempre me apoiou, que me amava, mas nada disso foi feito por ele e eu já tinha me acostumado com esse fato. Com certeza, se as coisas fossem diferentes com ele, eu não estaria com lágrimas solitárias e salgadas escorrendo por minhas bochechas agora, imaginando como tudo não poderia ser diferente se eu simplesmente não fosse eu, mas okay, eu tratei de secá-las antes que alguém, principalmente Katherine, notasse elas.

 

   Em algum momento, cerca de meia horas depois, eles vieram ao caixa pagar, ambos super educados pediram mais algumas coisas para levar para a casa, eu fiz tudo tentando não mostrar minha fragilidade em frente a eles. Quando os dois finalmente saíram pela porta eu pude voltar a respirar normalmente e voltar a pensar como uma pessoa normal, com um passado não tão conturbado. E pelo horário que já se aproximava o lugar foi ficando bem mais vazio, agora poucas cadeiras eram ocupadas, era raro ver alguém entrando pela porta, mas de vez em quando isso acontecia e eu me apressava em cumprir meu trabalho.

 

   Assim o dia foi passando, mais alguns picos de movimentação se passaram e eu e Katherine tivemos bastante tempo livre, ela ocupava o dela fazendo mais algumas coisas para colocar na vitrine e eu apenas ficava sentado, pensando em nada concreto ou em Gerard, quando eu me cansava disso eu pegava meu celular e me distraia com aqueles jogos que exigiam reflexos rápidos para escapar dos obstáculos, mas infelizmente isso era uma coisa que eu não tinha, fazendo com que eu perdesse a todo instante, e depois de muitas tentativas, frustrado, eu desistisse. Mas, já chegando ao final da tarde, meu celular vibrou em meu bolso, uma mensagem tinha acabado de chegar, e eu nem ao menos precisava pensar para ter certeza de que era Gerard, ele era o único que tinha meu celular e realmente usava o número para alguma coisa.

 

   [Quarta-feira   5:27p.m.] Gerard: Coelhinho, você está aí?

 

   Aquele apelido sempre me arrancava sorrisos, eu ainda não entendia de onde ele tinha tirado toda aquela comparação com esse pequeno animal, mas eu amava quando ele me chamava assim, ele era o único que usava esse apelido, era uma coisa exclusivamente nossa. Ignorando o pensamento sobre ser chamado de coelhinho eu prontamente o respondi.

 

   [Quarta-feira   5:30p.m.] Frank: Gee, aham, bem aqui :) Por que?

 

   [Quarta-feira   5:31p.m.] Gerard: Tive uma ideia sobre o que podemos fazer sábado…

 

   O que será que ele iria propor? eu já havia recusado suas sugestões tantas vezes que eu já me sentia até envergonhado de negar alguma a mais, ele parecia cada vez mais perdido no que propor, mas eu tinha certeza de que alguma hora ele iria falar alguma coisa que me agradasse.

 

   [Quarta-feira   5:33p.m.] Frank: Onde você pensa em irmos?

 

   [Quarta-feira   5:36p.m.] Gerard: Bom… Eu estava pensando no cinema, sabe? Tem um novo filme de terror em cartaz, eu achei que você iria gostar… Mas se não estiver a fim eu posso pensar em outra coisa…

 

   Como ele não tinha proposto isso antes? Como eu não tinha cogitado isso? Era algo tão, mas tão óbvio, que era ridículo nós não termos pensado nisso desde o começo. Okay que fazia um bom tempo que eu não ia ao cinema, eu não fazia a mínima ideia de que tinha algum filme de terror sendo exibido, quando eu ia era sempre sozinho, eu não tinha feito amizades, nem ao menos colegas, para me acompanharem desde que eu tinha me mudado para Nova York.

 

   Era estranho pensar nisso, os três anos que eu passei aqui eu não tinha me aproximado de ninguém, em nenhum trabalho pelo qual eu passei, ninguém. A única pessoa que eu deixei entrar em minha vida foi Katherine, apenas ela, mas nós nunca havíamos saído para fazer essas coisas. Principalmente para ir ao cinema.

 

   [Quarta-feira   5:38p.m.] Frank: Cinema? Terror? Você sabe que isso é golpe baixo! Injusto! Você sabe que eu amo e não ia conseguir recusar…

 

   Sendo assim eu não poderia deixar de brincar um pouco com ele, fazer um pouco de graça, era idiota? Sim, mas okay, nada que fosse denegrir muito minha imagem.

 

   [Quarta-feira   5:40p.m.] Gerard: Okay Okay, eu sei que tudo o que eu faço é irresistível, não precisa me dizer isso haha… Mas isso foi um sim?

 

   Eu não ia nem me dar ao trabalho de responder a ele sobre a parte do “irresistível”, eu não iria inflar mais seu ego só para continuar com aquela brincadeira… Não que ele fosse metido, mas era engraçado como em muitas mensagens ele ressaltava o quão bom ele era, ele fazia isso como se ele não soubesse que eu já o achava tudo aquilo.

 

   [Quarta-feira    5:41p.m.] Frank: O que você acha, Gee? É claro que foi um sim… Que horas?

 

   [Quarta-feira   5:43p.m.] Gerard: Eu passo no seu apartamento às cinco, pode ser? Porque a sessão é às sete, assim temos tempo de ir com calma…

 

   [Quarta-feira   5:45p.m.] Frank: Pode sim… Então combinado?

 

   [Quarta-feira   5:47p.m.] Gerard: Combinado! Mas, pequeno, agora eu vou ter que sair, okay? Tenho que terminar umas coisas aqui na editora… Então até mais tarde <3

 

   [Quarta-feira   5:50p.m.] Frank: Okay, Gee… Depois nos falamos mais sim, até <3

 

   Assim que nos despedimos, vinte e poucos minutos depois de iniciarmos a conversa, eu encontrei Katherine me observando a poucos passos de distância de onde eu estava.

 

   – Estava falando com o Gerard, não é? – Ela questionou, talvez nossa convivência diária já tenha sido o suficiente para ela conseguir me ler sem que eu tenha falado uma palavra sequer. “Como você sabe?” respondi, mesmo já tendo minhas suspeitas sobre o porque dela saber, eu não poderia deixar de sentir curiosidade em saber o que tinha indiciado ela a pensar isso – Seu sorriso, você estava sorrindo enquanto digitava, isso com certeza é o Way que provoca.

 

   Okay! Eu tinha que começar a me controlar mais, eu sorria em apenas escutar o nome dele, novamente, como isso era possível?! Bom, mas pelo menos era melhor sorrir do que chorar como eu fazia há um tempinho atrás e… E mais nada! Agora estávamos tentando seguir em frente, eu não deveria ficar remoendo as coisas ruins que aconteceram a nós dois, se eu fizesse isso eu tenho certeza que nunca mais me sentiria totalmente confiante sendo seu namorado. Eu sempre pensaria que ele iria me trocar a qualquer instante, e claramente não era isso que eu queria e o que iria nos ajudar nesse recomeço, não mesmo.

 

   – Ah… Eu não consigo disfarçar mesmo… É tão óbvio assim?

 

   – Que você está todo apaixonadinho por ele novamente? – Sorriu pra mim, minhas bochechas coraram instantaneamente, eu sabia que já estava naquele estado de novo, mas as pessoas não precisavam ressaltar, mesmo que fosse a mais pura verdade. “Yep” fiz esse som estranho e positivo, uma variação estranha da palavra “yes” que eu usava raramente mesmo achando ela, em si, muito legal, sua pronúncia era engraçada, por isso eu gostava, me ajudava a espantar um pouco da vergonha que eu sentia em momentos como esse – Sim querido, é óbvio demais, mas tudo bem… Pra falar a verdade, eu acho muito fofo.

 

   Se antes minhas bochechas já estavam avermelhadas, agora então, elas deveriam estar vermelho escarlate, eu pude até sentir meu rosto esquentando conforme ela falava. E depois do adjetivo “fofo” eu só quis que um buraco se abrisse no chão para que eu pudesse sumir de vista, principalmente da de Kat, mas como isso não era possível eu apenas escondi meu rosto entre minhas mãos, totalmente envergonhado.  

 

   – Não fala assim! Eu só estou feliz de estar com ele de novo… – resmunguei com uma falsa irritação, a vergonha me fazia agir desse jeito, mas eu não estava realmente bravo, não mesmo, apenas queria desaparecer de tanta vergonha – Eu realmente preciso dele, é inevitável, quando a gente estava separado eu sentia vinte e quatro horas por dia uma coisa ruim, mas agora, com ele de volta, tudo ficou bem magicamente… – e lá estava eu, desabafando do nada, sem pensar em minhas palavras, quase perdendo o fôlego por não parar em nem um instante, já confuso por causa das coisas que começavam a martelar em minha cabeça.

 

   – Frank! Meu filho, se acalme, se não daqui a pouco você começa a chorar e eu não vou saber o que fazer – ela me cortou, então eu finalmente parei para respirar, era verdade, eu sentia que se eu continuasse a falar eu realmente começaria a chorar como uma criança. Por fim eu concluí uma coisa em toda aquele meu ataque, “eu só tenho medo que ele me deixe de novo”, e não guardei essas palavras só pra mim, eu falei elas baixinho, para que só ela escutasse, então, de repente eu senti seus braços em volta de mim – Ele não vai querido, eu tenho certeza que ele nunca mais vai te deixar… E se algum dia ele realmente fizer isso é porque ele está realmente louco… Tenho que admitir que logo que ele voltou eu fiquei um pouco receosa, com medo do que pudesse acontecer, sabe? Eu não tinha uma das melhores impressões dele, mas ele realmente tem se mostrado alguém bom para você… Eu nunca te vi tão feliz assim.


   Depois desse pequeno momento de consolo eu me separei dela, bem mais confiante do que antes, eu precisava que alguém me falasse isso, mesmo que Gerard já tivesse afirmado que nunca mais sairia do meu lado eu ainda precisava me certificar disso, convencer a mim mesmo, e escutar mais alguém falando isso ajudava bastante… Talvez até mais do que eu imaginava.


Notas Finais


E então, o que acharam??? Mereço comentários???
Espero mesmo que tenham gostado amores, e, como o prometido, o nome da fanfic que falei pra vocês lá em cima tá aqui:
O Inferno de Gerard Way
Eu ia colocar o link mas não ta dando, infelizmente...
Até o próximo bbs!
Bjs <3


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