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História Summertime - Capítulo 34 - Frank


Escrita por: radfuhkiero

Notas do Autor


Hey! Como estão??? Eu espero que bem!!
Então, aqui estamos nós mais uma vez, mais um capítulo de Summertime para alegar sua noite hauahhahahaha e aí, meus bebês, faltam só 6 capítulos para o final e tenho de adimitir que ainda não escrevi o último (falta só ele) porque eu estou enrolando para acabar isso daqui, mesmo que já sabendo tudo que vai acontecer eu ainda não tomei coragem pra terminar ele hauahuaua
Bem, porque eu tô falando disso? Eu também não sei, mas vamos lá para mais um capítulo, espero que gostem!
Até lê embaixo! Bjsssss❤

Capítulo 34 - Capítulo 34 - Frank


    Duas semanas e alguns dias que estávamos namorando, duas semanas e alguns dias que Gerard foi ao meu trabalho nos tornar algo concreto, real e bonito, muito bonito. Todos os dias eu acordava, olhava para aquele anel e sorria… Era idiota dizer isso? Talvez, mas tudo bem, era a realidade, aquele prata era simples mas ainda assim me fazia extremamente feliz, porque agora tínhamos uma coisa para mostrar ao mundo todo que pertencíamos um ao outro.


   Tudo bem, não era uma aliança de noivado ou algo do tipo, mas isso era mais do que qualquer dia eu tive com alguém e até mesmo com ele. Se eu sonhava em casar com ele? Novamente posso me responder com um talvez, pois eu sei que sim, mas eu tinha um pouco de medo de sonhar alto demais, então, por enquanto eu iria me manter com os pés no chão, me contentando muito bem com o título de namorado. E isso era um puta título, principalmente ao lado de Gerard, o cara que, em minha opinião, poderia ter qualquer cara e até mesmo mulher desse mundo, era só ele lançar um daqueles seus olhares mais carregados de luxúria e pronto, a pessoa estaria ajoelhada aos seus pés, disposta a fazer tudo por ele. E por algum milagre ele havia me escolhido dessa vez, eu não sabia ao certo como… Tudo bem, eu não era feio, mas existem muitas pessoas mais bonitas e interessantes do que eu apenas nessa cidade, mas ele era meu, de algum jeito ele era meu, inteiramente meu.


   Pelo menos era isso em que eu acreditava.


   Acreditava, pois eu sempre tive inseguranças que me afligiam, mas depois de nossa volta elas tinham piorado um pouco, quando não estávamos juntos eu sentia algo totalmente idiota, uma sensação de que eu poderia ser deixado de lado a qualquer instante. Eu já tinha me aberto com ele sobre essa questão, ele me jurou que nunca mais faria aquilo comigo, repetiu várias vezes que me amava, então eu estava tentando esquecer essas coisas, confiar plenamente nisso, mas… Algumas vezes eu encontrava tudo isso de novo, essas coisas voltavam com tudo como agora, e eu tentava não me abalar, mas era inevitável.


   Inevitável até ele abrir aqueles olhos verde-oliva, a bochecha esmagada sobre o travesseiro, o nariz afilado com a ponta pressionada sobre a mesma superfície que a bochecha, os fios negros de seu cabelo emaranhados e dispostos sobre uma parte de sua face. Descendo um pouco mais meus olhos eu alcancei suas costas, totalmente marcadas por minhas unhas assim como seus ombros, sua cintura coberta por um fino lençol branco que ele repartia comigo, e depois suas pernas bem torneadas voltavam a aparecer, toda aquela imagem só se acabava em seus pés, me fazendo refazer todo o caminhos com meus olhos para voltar a sua face.


   – Já acordado, coelhinho? – Sua voz soou rouca, ainda inebriada pelo sono, mas ele parecia já despertar enquanto se espreguiçava sobre o colchão ao meu lado e tirava os cabelos de cima dos olhos. “Acordei mais cedo hoje, não consegui voltar a dormir” o respondi sem conseguir esconder meu desânimo, e provavelmente por isso ele logo se sentou, chegando mais perto de mim, com aquele seu típico jeito preocupado que ele demonstrava todas as vezes que eu agia de forma estranha – Frankie, o que foi?


   – … Nada  – tentei omitir, é claro, mas ele não pareceu convencido, sua sobrancelha se arqueou e ele sussurrou meu nome em uma advertência carinhosa. Eu sabia que não conseguiria mentir para ele, mas também não queria ficar batendo nessa mesma tecla, se eu já estava cansado desses meus pensamentos ele deveria estar muito mais – É que… Eu estava pensando naquelas coisas de novo, mas já passou… – sorri fraco para Gerard, não tinha passado, mas iria, então ele não precisava se preocupar com aquilo, mas ele parecia não pensar do mesmo jeito que eu.


   – Frank, você sabe, eu já te falei milhares de vezes, eu sou só seu, para sempre… – Gerard se virou um pouco mais em minha direção, seu joelho encostando em minha coxa, eu fixei meu olhar no seu e esperei ele continua a falar como eu sabia que aconteceria – Eu sei que deve ser difícil acreditar em mim, eu já te machuquei muito, mas por favor, eu te amo tanto, tenta confiar em mim…


   – Eu estou tentando, Gee, e eu vou conseguir, eu te juro – então nos beijamos, assim como eu explorava sua boca ele explorava a minha, tudo em um ritmo calmo ao que as línguas se chocaram, elas dançavam juntas alterando seus moveres mas sem deixar toda a intensidade de lado. Era impressionante como nós tínhamos o encaixe perfeito, em todos os sentidos, quando nos beijávamos tudo corria em perfeita harmonia, como agora que ele sempre era mais autoritário sobre as ações, mas mesmo assim nós dividíamos o controle, de maneiras diferentes, é claro. Enquanto ele quem ditava as ações e impunha mais força sobre meus lábios, mas ainda assim era só eu querer que as coisas poderiam correr sobre minha vontade, isso apenas não ocorria pois eu gostava do jeito que estávamos. Gostava muito, e por isso eu interrompi o beijo aos poucos, se eu deixasse que as coisas continuassem daquele jeito eu tinha certeza que estaríamos transando novamente em poucos minutos, e eu não estava muito a fim disso.


   Nós tínhamos nos tornado insaciáveis, por isso precisávamos de um banho, então lá fomos, dentro do box de seu apartamento nos limpamos, a água quente corria entre nossos corpos enquanto trocamos beijos e mais beijos debaixo do chuveiro, mas não avançamos, mantivemos nosso contato apenas nesse nível pois a noite anterior já havia sido o suficiente para não sentirmos tanta necessidade durante essa manhã. Ao sairmos eu coloquei apenas uma boxer e uma das camisetas de Gerard, enquanto ele ficou apenas com uma calça de moletom qualquer e nos aconchegamos em seu sofá e ligamos a televisão, começamos a conversar, falamos bastante sobre animais e sobre meus planos de ir para a faculdade. Eles ainda existiam, e algum dia iriam se realizar, eu apenas precisava me organizar para isso. A conversa foi longa, mudamos de assunto várias vezes, demos muitas risadas e trocamos carícias, mas tudo foi interrompido quando ouvimos o meu celular tocar.


   – Olá? – Perguntei assim que atendi a ligação, pude escutar uma respiração pesada do outro lado da linha, eu não tinha ideia de quem poderia ser, mas eu estava esperando que a pessoa falasse algo. Ela falou, “Frank?”, pude concluir que era um homem, ainda não sabia a quem pertencia a voz mesmo que ela me parecesse familiar, cheguei a esperar alguns segundos esperando com que o homem falasse mais alguma coisa, mas nada veio, então decidi continuar – Ahn… Sim, sou eu… Quem está falando?


   – Sou eu… – aí eu comecei a pensar que isso não passava de um trote, “sou eu”, como se eu fosse descobrir quem era a pessoa com apenas essas duas palavras, então perguntei novamente quem era, dessa vez com menos paciência, e se dessa vez não tivesse uma resposta concreta eu desligaria, existiam coisas mais importantes para eu fazer do que ouvir um bobo no telefone –… Sou eu, Frank, seu pai…


   Pai.


   Isso não era possível, eu praticamente não tinha um pai, mas eu soube de quem se tratava quando eu percebi todo o nojo que ele depositou nas palavras “seu” e “pai”, com certeza era ele, por isso minha garganta se apertou, meu coração começou a bater muito mais rápido do que deveria, meu punho se fechou e eu jurava que estava tremendo. Isso tudo era uma mistura de raiva e tristeza, eu esperava nunca mais ouvir a voz dele na minha vida e agora estávamos em uma ligação, isso era surreal… E não de uma forma boa, isso era horrível, trouxe de volta todas aquelas memórias das brigas, dos xingamentos e dos hematomas que ele criou, todos os traumas que ele me causou e todos os pontos de minha vida em que ele tinha me atrapalhado de alguma forma. Por mais que eu quisesse eu não conseguia chorar, a raiva era tanta que eu apenas consegui perguntar o que ele queria com a voz extremamente trêmula, quase sem respirar, e esperei a resposta.


   – Eu? Eu não quero nada, principalmente de um ser nojento como você, mas… – Anos sem me ver, sem saber nada sobre mim e ele já começava tudo me ofendendo, mostrando todo o preconceito que ele tinha contra a pessoa que eu era, e, mesmo que eu já devesse estar acostumado com isso, foi doloroso porque, por um pequeno instante, eu pensei que ele tinha mudado pelo menos um pouco – Sua mãe me pediu para ligar… – “Mãe?” No começo isso era apenas um pensamento, mas eu sem querer deixei que essa palavra saísse em voz alta, e um riso sarcástico soou por sua garganta, era como se ele estivesse zombando de mim apenas por eu achar que realmente tinha uma família – Sim, ela me pediu para ligar, e pedir para que você viesse a visitar…


   – Por que eu iria? – Tentei parecer firme, mas provavelmente eu não consegui, e para me controlar eu respirei fundo, prendi o ar por alguns segundos em meus pulmões e depois soltei.


   – Por quê? – Meu pai repetiu a pergunta, mas pela primeira vez em minha vida ele pareceu fragilizado, e eu pude jurar que ele chorava… Provavelmente eu estava louco, meu pai não era um homem que chorava, mas mesmo assim eu não pude evitar sentir que ele estava realmente abalado com algo – Sua mãe está morrendo, Frank… Ano passado ela descobriu uma doença grave, já em estado terminal e… Ela não tem muito tempo de vida e quis gastar esse último tempo se lamentando por destratar o filhinho imundo que tem!


   Okay! Era muita informação pra minha cabeça, primeiro, ele estava realmente chorando, ele falou tudo aquilo com essas pausas intermináveis, sua voz era uma mistura de revolta e tristeza que poderia ser percebida por qualquer um. Segundo, minha mãe estava morrendo, isso era inacreditável, eu sempre lembrara dela como uma mulher saudável, não era possível que isso estivesse acontecendo, não tão repentinamente, mas infelizmente era verdade. Terceiro e último, ela queria me ver, como isso era possível? Ela sempre levou as ideias do meu pai para ela, não fez o menor esforço para me ver enquanto eu estava lá e agora ela queria reparar isso.


   Eu não estava preparado, não mesmo, era muita coisa para ser digerida em tão pouco tempo, eu estava olhando para a parede sem reação alguma, com certeza tremendo e com os olhos cheios de lágrimas. Mas eu ainda não me permitiria chorar, não enquanto ele estivesse escutando, então eu comecei a pensar em alguma resposta para ele, eu iria ou não? Eu não tinha motivo algum para ir, ela nunca me tratou realmente como um filho, e ele sempre fez tudo para me ver caindo, então eu não tinha a menor obrigação de ir… Mas mesmo assim eu me sentia tentado a ir, tinha a impressão que se eu não a visse uma última vez eu me culparia pelo resto de minha vida. Era com certeza uma decisão muito difícil para ser tomada tão repentinamente.


   – Okay, eu vou… – Por fim minha resposta foi essa, não sei por quanto tempo eu fiquei quieto ponderando sobre o assunto, mas logo que eu o respondi ele falou que ela estaria me esperando e desligou sem nem ao menos se despedir. Então eu pude reparar que Gerard me olhava confuso, sem saber o que estava acontecendo. Eu queria tirar suas dúvidas, mas assim que eu abri minha boca para falar algo eu comecei a chorar. Eu chorava por tudo, por todos os anos que eu sofri aquelas terríveis agressões, chorava por nunca ter tido uma mãe que me amasse, chorava por ter vindo para Nova York e abandonado todos que se importavam comigo lá, também dei lugar a algumas lágrimas pelos tempos sem Gerard, e por fim chorei pela ideia de que a pessoa que tinha me trazido a vida estava prestes a partir. Todas essas lágrimas foram derramadas na pele de Gerard, ele me abraçava forte, beijava meus cabelos e pedia para que eu me acalmasse, até que eu o fiz um pouco, meus soluços diminuíram mas as lágrimas não secaram, só pude me controlar o suficiente para falar o básico para ele – Gee… Era meu pai… Minha mãe está morrendo…


   Foram apenas essas palavras saírem que eu voltei ao estado anterior, ele tentava me acalmar de todos os jeitos possíveis, mas eu apenas parei de chorar quando minhas forças se esgotaram e eu caí no sono, encolhido ao corpo de Gerard com os olhos ardendo e coração apertado.


Notas Finais


Entao, família Iero retornou das trevas, não é mesmo? Hahahahah me desculpem por isso, mas foi nescessário...
Eu sei que muitos de vocês já estão cansados de ver nosso olhudo chorando, me desculpem, mas não tinha como fazer de outro jeito... E vai ser difícil para ele, então é, se preparem para o capítulo 35...
Até os comentários ou semana que vem amores!
Bjssss!


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