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História Summertime - Capítulo 8 - Frank


Escrita por: radfuhkiero

Notas do Autor


OIOI, OLHA QUEM CHEGOU!!!!!!
Bom, depois de duas semanas sem postar aqui estou eu... decidi postar na quarta para tentar adiantar um pouquinho as coisas pra vocês, gostaram disso? Haha
Tá! Eu sei que esse "adiantar um pouquinho as coisas" foi só um dia e não mudou muita coisa, mas okay.
Aiai, eu estou feliz em estar de volta, a viagem foi maravilhosa, me diverti muito... Mas sabe como é que é né, ficar longe da Internet e não poder escrever por uma semana não é muito animador hahahahaha
Bom, eu acho que ja me estendi demais aqui em cima, espero que esse capítulo recompense a demora e vocês gostem muito!
Boa leitura e até lá embaixo <3

Capítulo 8 - Capítulo 8 - Frank


    Borboletas. Arrepios. Falta de ar. Coração acelerado. Pernas bambas. Sorriso bobo. Vontade incontrolável de estar por perto. Esses e mais tantos outros clichês estavam me preenchendo cada vez mais e eu não conseguia controlá-los… Eu não queria controlá-los de certa forma, não com Gerard, principalmente quando ele dava todos os indícios possíveis de que também estava começando a sentir algo por mim… Sim, eu estava sentindo algo por ele e não tinha medo de admitir isso para mim mesmo ou tentava reprimir essas novas sensações que chegavam a todo instante.


   E mais um dos clichês em que eu me afogava era o do tempo, puta merda, o tempo parecia não passar desde que ele havia me convidado para almoçar na casa dele… Okay eu já estava a caminho, mas eu ainda tinha a impressão de que eu era capaz de chegar mais cedo se eu forçasse minhas pernas a se moverem de forma mais rápida, o que talvez me causasse uma parada cardíaca por tamanho esforço, por isso continuei na minha velocidade anterior. Eu não estava longe e conforme eu me aproximava daquela casa pouco conhecida por mim meu sorriso crescia, se tornava quase maníaco e me fazia ainda mais infantil do que minha altura.


   Depois de mais alguns minutos eu alcancei a porta clara da residência dos Ways, o ar faltava em meus pulmões e esses ardiam como o inferno, então apoiei minhas mão em meus joelhos por alguns instantes tentando voltar a respirar normalmente. Quando meus batimentos se tornaram calmos como deveriam ser eu dirigi minha atenção ao pequeno botão ao lado da entrada, onde apertei e instantaneamente meu coração voltou a acelerar, mas dessa vez era por conta do homem que abriu aquela porta pouquíssimo tempo mais tarde.


   Meu tempo de espera fora tão pouco que eu tive a leve impressão de que Gerard estava parado próximo a maçaneta esperando minha chegada, mas escutei sua voz e de imediato esse pensamento se perdeu enquanto eu guiava meu olhar a ele.


   A primeira coisa que pude notar foi seu sorriso, o mesmo que deixava todos os seus pequenos e quadradinhos dentes à mostra e que tornavam todas as suas feições ainda mais bonitas a meu ver. As roupas dele eram simples assim como as minhas, apenas uma calça jeans qualquer e uma blusa com a estampa de uma de minhas bandas favoritas. A única coisa que realmente nos diferenciava no quesito “roupa” eram os sapatos, pois, enquanto eu usava um de meus vários sapatos gastos, ele tinhas nos pés meias estampadas com bolinhas coloridas que contrastavam com todo o seu jeito de “bad boy”. Não posso negar que ri assim que as vi, e ri ainda mais quando ele fez cara de surpreso ao notar que eu havia reparado nelas e o pequeno rubor surgiu em suas grandes bochechas o deixando, pela primeira vez, com um ar um tanto infantil.


   – Oi, Gee – fui o primeiro a se manifestar, quebrando o silêncio que tinha se instalado entre nós dois depois do pequeno “incidente” com as meias. Para amenizar um pouco mais as coisas tentei implantar um sorriso doce em meus lábios, talvez não tenha sido uma ótima ideia, pois talvez meu nervosismo por estar com ele tenha transparecido sem querer.


   – Frankie! Eu estava ansioso – eu ia responder alguma coisa quando fui pego de surpresa, ele colocou seus braços em volta de minha cintura e nesse momento um abraço confortável se iniciou. Seu cheiro adentrou minhas narinas com esse contato mais “profundo” e imediatamente eu respirei aquela mistura de cafeína, nicotina e perfume masculino que eu tanto gostava sentir. Aquilo era incrivelmente bom, eu poderia passar horas e mais horas lá, mas isso não foi possível porque ele se separou de mim antes mesmo que eu pudesse me acostumar com a sensação tão boa que ele me causava – Vamos entrar? Eu já estou com fome, acho que você também deve estar, não?


   – Estou sim – adentramos a casa assim que minha fala foi concluída e em passadas rápidas alcançamos a cozinha… Eu poderia afirmar que o cheiro de Gerard não era o único daquele cômodo que me agradava. Macarrão, eu nem precisei olhar pra mesa onde a comida estava disposta para descobrir qual seria minha refeição… E não querendo agradar Gerard, mas a comida parecia estar muito boa e ele tinha acertado na escolha do prato, pois massa era uma das coisas as quais eu mais apreciava comer – Nossa Gee… Não precisava caprichar tanto, se eu soubesse que iria te dar trabalho eu não teria aceitado – completei realmente constrangido, tudo aparentava ser tão bem feito que eu cheguei a me sentir mal por talvez ter ocupado seu tempo mais do que eu imaginava.


   – Ah, que isso Frankie, não foi trabalho algum… Tá, talvez um pouco – ele admitiu divertido, se sentando em sua cadeira e sendo acompanhado por mim – Mas isso só aconteceu porque não sou muito bom na cozinha … – ele me lançou um sorriso reconfortante e só então reparei que meu nervosismo já havia sumido e a única coisa que me impedia de estar totalmente satisfeito com a situação era minha fome, mas a mesma seria expulsa para longe de mim daqui alguns poucos minutos.


   Sem falar mais nada ele começou a nos servir, colocando uma boa quantidade de macarrão, que parecia cada vez melhor, em cada prato, junto com um pouco de molho avermelhado e um pequeno punhado de queijo parmesão ralado. Talvez eu tenha encarado muito aquele punhado e,talvez, ele tenha visto minha reação ao observar o queijo, pois ele perguntou se eu queria que ele despejasse mais um pouco daquelas pequenas raspas salgadas em minha refeição, e é claro que eu aceitei, parmesão era meu queijo favorito… Provavelmente por ele eu não tenha virado vegano, eu amava o gosto que ele tinha, forte e salgado.


   Após já estarmos devidamente dispostos e a comida pronta para ser consumida nós começamos a desfrutá-la junto a um vinho tinto que estava sobre a mesa e dentro das respectivas taças antes mesmo que eu chegasse.


   Ambos se completavam incrivelmente bem, os dois tinham gostos ótimos que me agradavam, mas que não eram extremamente marcante o que trazia uma sutileza ao paladar e deixava a combinação ainda melhor.


   – … Então… Está bom, Frankie? – a insegurança em sua voz poderia ser notada a quilômetros de distância e eu não consegui evitar uma risada, ele estava sendo totalmente bobo por acreditar que a comida não estava boa, era apenas olhar para minha cara de satisfação que ele iria conseguir descobrir a resposta para sua pergunta  – Olha, eu sei que não está ótimo, mas não precisa rir de mim, okay? – Ele pareceu realmente magoado com minha reação, mas não era minha intenção deixá-lo daquele jeito, então logo tratei de reparar meu erro.


   – Não! Gerd, não… Está tudo ótimo, eu juro! – Suas sobrancelhas se curvaram em dúvida, ele claramente não entendia o porquê de meu riso… Isso sinceramente me deu ainda mais vontade de rir, mas não o fiz, tinha medo de deixá-lo mais confuso ainda, ou, para piorar, fazer com que ele ficasse irritado comigo– Eu juro que ri por causa da sua pergunta, sério! Como você pode achar que eu não gostei?!


   – Jura que você gostou tanto assim? – eu apenas maneei levemente minha cabeça em um gesto positivo, fazendo com que seus pequenos dentinhos voltassem a aparecer dentro de um sorriso radiante que desencadeou a mesma reação de mim – Obrigado!


   Depois de tudo esclarecido voltamos a comer em silêncio, mas eu não me incomodava com isso, não ao lado dele. Com os outros o silêncio era algo que me afligia, então eu sempre tentava fazer alguma piada ou coisa do tipo, mas com Gerard eu não sentia essa necessidade… Apenas a presença dele era confortável.


   – Então, Gee… Como era em Nova York? – Mesmo eu me sentindo desse jeito com ele eu não pude impedir minha voz de sair, eu tinha uma necessidade de falar ou escutar sua voz que não conseguia ser controlada de maneira alguma. Ele direcionou seu olhar a mim, bebeu um gole de vinho… Com esse gesto apenas eu quase desfaleci ali mesmo, como alguém poderia ser tão sexy apenas tomando a porra de um vinho?! Okay Frank, não está na hora de dar uma de menininha desesperada!


   – Ah, era legal, os melhores anos da minha vida foram lá… Praticamente todas as noites eu saia com Bert, meu ex-namorado, para beber, sempre acabávamos nos metendo em alguma merda! – Ele parou um pouco para beber um pouco mais da bebida arroxeada em sua taça ao mesmo tempo que sorria com, talvez, alguma lembrança boa que voltara a sua mente – Mas com certeza não eram as melhores coisas de lá… A coisa que eu mais gostava era a faculdade, sabe? A época da vida que eu ainda tinha esperanças de virar um grande cartunista e que eu vivia desenhando. Era maravilhoso passar horas e mais horas imerso nas histórias que eu criava… Mas por algum motivo isso não foi para frente – seu sorriso sumiu conforme as palavras surgiam, eu não posso negar que fiquei um pouco intrigado com aquilo, mas não achava que era o momento adequado para entrar nesse assunto, então apenas deixei que ele continuasse sua fala – Era tudo muito legal, todos os dias eu fazia alguma coisa diferente, tinha vários amigos, dividia meu apartamento com Bert, eu tinha uma vida realmente boa… Claro, eu ainda tinha, vez ou outra, minhas crises de depressão, vivia tomando remédios controlados para me manter estável, inclusive eu ainda os tomo, mas eu gostava de lá… Só não gostei durante o primeiro ano, eu passei quase o ano inteiro deitado na cama, afundando nos meus demônios pessoais… Até cheguei a cometer uma tentativa de suicídio, mas com a ajuda de meus pais eu superei isso… Mas tudo acaba um dia, assim como a vida de meu pai, com a morte dele eu achei melhor voltar… Sabe? Dar um apoio a minha mãe, ela estava muito solitária... Então aqui estou eu!


   – E esse tal de “Bert” o que aconteceu pra vocês terminarem? – Mas que caralho?! Ele me conta a vida dele, fala sobre os problemas pessoais e eu tenho a cara de pau de perguntar da porra de um ex-namorado?! Frank Iero, você é realmente um idiota!


   – Bom, nós terminamos porque, quando eu decidi voltar, ele não quis vir junto. Eu nunca fui um cara que apoiou relacionamentos abertos ou a distância, não sirvo para essas coisas, então decidi que seria melhor terminar isso de uma vez por todas.


   Sua breve resposta foi dada e nós voltamos ao silêncio e em poucos minutos nós já havíamos terminado de comer, tínhamos ido à sala e decidimos assistir a um filme de terror, que por mais incrível que pareça não foi uma sugestão minha, mas sim de Gerard. Então nos sentamos em seu sofá, um ao lado do outro, e demos play no filme. Mesmo que eu amasse pipoca ela não foi feita, eu não achei preciso fazer alguma coisa para comermos durante os minutos que se passariam, até porque, tínhamos acabado de comer.


   O tempo foi passando e o filme também, poucas palavras foram trocadas, ambos estávamos muito concentrados e tensos para ficar falando qualquer coisa que não fossem comentários com o intuito de graça para tentar espantar esses dois sentimentos, mas tudo era inútil, pois o máximo que conseguiamos eram risadas nervosas.


   A única coisa que me acalmou um pouco foi que, no meio do filme, Gerard passou o braço por meus ombros, me aninhando confortavelmente em seu peito. Imediatamente seu cheiro me inebriou e meus batimentos voltaram ao normal. Seus dedos acariciaram meus cabelos e meu ombro até o final do filme, e nas cenas mais calmas, como consequência daquele carinho, eu quase dormia, mas me obrigava a continuar acordado para não perder um segundo sequer do filme.


   – Uou! Isso foi… No mínimo estranho – ele anunciou assim que os créditos começaram a passar diante de nós dois, suas mão foram de meus ombros aos seus cabelos e lá estacionaram enquanto ele arrumava e rearrumava seus fios escuros – Mas foi bom.


   – Sim foi incrível! – toda minha animação transparecia por maus atos e feições, ele me olhava de forma estranha, mas um estranho bom e com esse olhar minhas bochechas se tornaram coradas e eu desviei meu olhar para o chão amadeirado. Eu estava tão preocupado com a cor das maçãs de meu rosto que não percebi que ele se aproximava lentamente, mas quando eu transferi minha atenção para ele novamente meu coração quase saiu pela boca – Gee…


   Antes que eu pudesse completar minha frase e perguntar o que ele estava fazendo ele selou seus lábios aos meus… Minha primeira reação foi estagnar, eu me assustei com seu ato repentino, mas quando dei por mim eu só conseguia pensar no quanto eu estava ansioso e feliz por aquilo. Num primeiro contato pude concluir que seus lábios eram um tanto gelados, mas macios, muito macios... Mais alguns instantes parados ele começou a se mover, pedindo passagem com a língua, eu nem ao menos pensei antes de ceder ao contato mais intenso. Nossas línguas dançavam em um ritmo calmo dentro de nossas bocas, vez ou outra ele mordia meu lábio inferior, prendendo meu piercing entre seus dentes e logo depois soltando para retomar a um beijo cada vez mais intenso. Meu coração estava disparado, as borboletas circulavam freneticamente por meu estômago e eu só sabia sorrir junto com ele entre o beijo. O ar finalmente faltou, nós dois nos separamos, eu tinha certeza que eu estava totalmente rubro, mas no momento eu não dava a minha importância a isso, eu apenas queria voltar a respirar novamente.


   A pausa que demos não durou muito tempo, pois assim que o fôlego voltou aos pulmões de Gerard ele fez questão de me puxar para um novo beijo, mas dessa vez muito mais desesperado.


   Suas mãos passeavam por toda a extensão de minhas costas e por minha cintura onde de vez em quando ele se permitia apertar, roubando alguns ofegos de mim. E eu entrelaçava meus dedos em seus cabelos e arranhava sua nuca o puxando para cada vez mais perto, sentindo cada vez mais vontade de tê-lo colado ao meu corpo… Ele também tinha essa necessidade de uma maior aproximação, então em pouco tempo ele já tinha, não me dei ao trabalho de tentar entender como, me deitando no sofá e ficando por cima de mim enquanto me beijava da melhor maneira possível.


   Estava tudo ótimo até ele decidir que seria bom chocar nossos volumes que já estava um pouco maiores do que deveriam, então eu me desesperei, não porque eu não quisesse, mas sim porque minha última experiência não tinha sido das mais agradáveis.


   Com esse pensamento em mente eu parei o beijo, afastei Gerard de mim calmamente e voltei a me sentar no sofá. Não era minha vontade parar o que estávamos fazendo, na verdade eu queria ir além, muito além e o volume entre minhas pernas denunciava isso… Mas eu não consegui, quando eu pensava em quão grande havia sido meu desconforto na última vez meu corpo travava, me impedia de continuar qualquer coisa que passasse de simples beijos.


   – Gerard… Eu… Tchau, obrigado pelo almoço – sim, eu estava fugindo, não dei a ele uma chance sequer de entender o que estava acontecendo, eu apenas peguei meu celular e sai andando rapidamente pela porta que não se encontrava trancada.


   Durante todo meu caminho a única coisa que eu conseguia pensar era o quanto eu era idiota, eu tinha deixado Gerard lá, eu tinha fugido! E mesmo eu tendo minhas razões pra não ir em frente com ele eu não conseguia entender… Okay! Minha última vez não tinha sido nada boa, eu sai com o coração quebrado e machucado fisicamente. Não era porque o único namorado, escondido mas, ainda assim, namorado, que eu tive me obrigou a transar com ele e depois me deixou que o Way faria igual. Eu confiava em Gerard, não sabia o porque essa reação!


   Pensando nisso eu só rezava para chegar o mais rápido possível em casa, tomar um banho bem demorado e quente para depois me jogar em minha cama e dormir pelo maior tempo possível e, é claro, sem ser atormentado por meu pai.


Notas Finais


E ENTÃO??? FELIZES???
FINALMENTE O BEIJO FRERARD ACONTECEU, mas o Fronks fugiu... Não me matem, por favor!
Mas então, mereço comentários? Espero a sim, queria muito saber o que vocês acharam sobre esse capítulo... Porque eu escrevi pouquíssimas cenas que nem essa na minha vida (para ser exata 3) então eu não faço ideia se está bom...
Foi isso, até o próximo capítulo ( quinta-feira)
Beijos bebês <3


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