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História Summertime Sadness - Perdedor


Escrita por: jongiette

Notas do Autor


Olha quem está dando o ar da graça em um horário decente?!
EU!
Finalmente, hein?! Mas o atraso é por um bom motivo, estou trabalhando loucamente no projeto do livro :) Só posso adiantar que a segunda temporada está ainda melhor do que a primeira <3
Boa leitura!

Capítulo 33 - Perdedor


Fanfic / Fanfiction Summertime Sadness - Perdedor

Bhea

O dia estava ensolarado, pela primeira vez em quase três semanas. O clima parecia ótimo para uma caminhada ao ar livre ou um passeio pelas ruas movimentadas do Centro da cidade e seria uma das minhas opções de passeio, se Jiyong não estivesse internado. A recuperação apesar de bem sucedida, acontecia lentamente, dia á dia uma melhora e ainda não sabíamos ao certo quando ele teria alta. Por alguns instantes, sinto falta dos meus dias antes de conhece-lo, de alguma forma naquela epoca eu ainda tinha um certo tempo para mim, aparentemente passei a viver em função de Kwon Jiyong. 

Yang vinha sendo bonzinho e deu alguns dias de folga aos meninos do BIGBANG e á mim para que pudéssemos visitá-lo, acompanhar o desenvolvimento do Ji e dar o maior apoio possível para que ele saísse logo daquele hospital.

Meu humor mudou radicalmente, apesar de ainda estar preocupada por vê-lo daquela maneira, saber que Jiyong estava vivo, respirando sem os aparelhos e completamente lúcido me fez sair de toda a tristeza que estava me afogando há dias, melhorando o clima entre minhas novas colegas de apartamento e eu. 

- Veio trocar de roupas? - Lisa pergunta ao me ver saindo do quarto.

- Daesung ficou por lá junto com os pais dele. - respondo - Já estou voltando.

- Ele está melhor?

- Sinais vitais fortes, respirando e se alimentando sem aparelhos... Mais alguns dias e Jiyong estará em casa. - sorrio, finalizando uma trança no cabelo.

- Correndo para o Hospital? - Rose sai do banheiro. - Ou melhor, para o Jiyong?

- Não voltamos! - rebato - Sou estou acompanhando a recuperação dele.

- Me engana que eu gosto - ela responde, rindo. - Volta para o jantar?

- Acho que não...

Volto para o quarto apenas para pegar a bolsa, os óculos de sol e as chaves do Land Rover que Jiyong me obrigou a tomar emprestado para me locomover de casa para o Hospital com maior segurança, já que ele tinha detonado o meu carro. A princípio hesitei, mas acabou se tornando em discussão desnecessária para a condição dele.

- Vejo vocês mais tarde! - anúncio, batendo a porta de casa 

As meninas ainda hesitavam em me deixar voltar ao convívio dele dado os acontecimentos anteriores ao acidente, em parte dei total razão á elas, mas era mais forte do que eu. Ainda no elevador, vejo a última mensagem que Dean me enviara, dias atrás, preocupado e questionando se ainda poderíamos ser amigos. A confusão ainda continuava nos meus pensamentos, era fato que Hyuk era, de longe, o melhor para mim em todos os quesitos possíveis. Mas o que eu poderia fazer se meu coração ainda estava as voltas com Jiyong?

Dirijo com cuidado, certamente ainda assustada com o acidente e não querendo ser a próxima a estar no hospital. Meus dias de velocidade estavam aposentados e ficariam apenas na memória. Envio uma mensagem á Youngbae para que ele avisasse aos seguranças da minha chegada. 

Jiyong

- Omma, não é necessário. Aproveite que os meninos estão aqui e vá em casa. Descanse um pouco.

- Como se ela fosse te ouvir... - Dami resmunga.

- Tia, a Bhea está chegando. - Seungri entra no quarto.

- Agora posso ir tranquila- minha mãe levanta, sorridente. - Não apronte nada em minha ausência. Seja bonzinho com a Bhea! 

- Eu serei, Omma! - respondo, com os olhos fixos na porta, aguardando a chegada da minha visita favorita do dia 

Foi inexplicável, abrir os olhos e ter Bheatriz ali, ao meu lado, mesmo que ela estivesse a despedindo de mim e esperando a minha morte. No instante em que a vi, conscientemente, um fio de esperança renasceu, me mostrando que nem tudo estava perdido. E desde então, diariamente ela estava ali, acompanhando cada um dos meus passos, apoiando meus pais, discutindo com Youngbae, afastando a mídia e acima de tudo, estava ao meu lado.

- Finalmente! - digo, quando Bhea passa pela porta. - Alguém que não vem me torturar.

- O que você aprontou? - ela pergunta, tirando os sapatos.

- Jiyong está implicando com a comida daqui. - Youngbae me delata.

- Não! - protesto - Jiyong está com fome e a sopa daqui tem gosto de água de esgoto.

- Você já tomou água de esgoto, Ji?

- Não... Mas imagino que o gosto deve ser o mesmo. 

- Quando o médico vier te ver, pergunto a ele o que você pode comer, certo?

- Aish... Só você pra ficar fazendo as vontades dele... - Seungri revira os olhos.

Bheatriz estava iluminada, a franja recém cortada deu a ela uma aparência ainda mais jovem e um pouco menos seria, e finalmente a expressão preocupada havia desaparecido. Sorrio, vitorioso, por ter uma aliada na luta por uma comida com, pelo menos um pouco mais de sal.

- O que você está fazendo? - pergunto. 

- Checando o seu prontuário. 

- O pessoal do seguro ligou? 

- Sim! Falaram comigo hoje pela manhã. O carro teve perda total. - ela responde.

- Aish...

- Jiyong, esquece isso... Não fica se preocupando com o carro.

No fundo, eu queria ter destruído cada centímetro daquele carro, no dia do acidente, estava irritado e magoado, com as palavras que Bhea jogou á mim ecoando em meus pensamentos. Agora, me sentia culpado por ter desejado tanto bater com aquela porcaria em um poste e agora estar preso em uma cama de hospital por isso. 

- Hayi deve vir te ver hoje. 

- Hayi me odeia, Bhea. Assim como suas outras amigas.

- Por motivos bem óbvios! - o maknae completa.

Ela não responde, apenas joga a bolsa de lado e senta em uma das poltronas ao lado da minha cama, esticando as pernas para cima das minhas. Não falamos sobre nosso relacionamento, em nenhuma de nossas conversas, o que tornava o assunto um verdadeiro tabu entre nós. O arrependimento de ambos era visível, a preocupação com o futuro estava ali, escondida em cada olhar.

- Vamos tomar um café. Voltamos em alguns minutos - Youngbae avisa.

- Traz um pra mim? - ela pede, sorrindo.

- Claro!

Um silêncio constrangedor se instala ali, contariando a imagem do casal que fomos há pouco tempo atrás. Checo as notificações do celular, impaciente, Bhea faz o mesmo, sem ao menos olhar na minha direção.

- Não precisa ficar de vigia, certamente deve estar cheia de compromissos.

- Yang me deu folga.

- Não deveria aproveitar para sair com o seu namorado? - pergunto, encarando-a.

- Sério, Kwon Jiyong? - ela pergunta, afastando a franja dos olhos.

- Até onde me informaram, você está namorando o Dean, não é?

- E onde está a Kiko? Afinal, até onde eu sei, vocês estão juntos...

Eu poderia usar aquele diálogo ao meu favor, dizer todo o discurso que estava preso na minha garganta, me esforçando em casa palavra para trazê - la de volta. Em poucos segundos, considero todas as mudanças que Bheatriz passou desde que entrei em sua vida, desde o novo trabalho á amizades e até a mudança de endereço. Nada daquilo estava em seus planos á princípio, na verdade ela sempre quis distância de tudo isso, levando uma rotina tranquila e de repente a coloquei no olho do furacão, em meio á uma bagunça que nem mesmo eu, em anos de convívio, não conciliava perfeitamente. Como eu poderia pedir isso á ela?

- Pode abrir um pouco mais a janela, por favor? - peço.

Eu seria completamente egoísta se pedisse á Bhea para voltar, se a trouxesse novamente para a bagunça que estava a minha vida. Coloco os times de ouvido, cortando qualquer continuação de conversa que pudesse haver, puxo as cobertas e fecho os olhos por alguns instantes. O que eu estava prestes á fazer não seria um dos atos que me orgulharia e nem me deixaria feliz, pelo contrário, pioraria ainda mais a minha situação.

- Vou pegar mais cobertas - ouço, vendo - a sair do quarto.

Youngbae entra logo em seguida com um copo de café e senta na poltrona ao meu lado me dando alguns pontapés para que eu virasse em sua direção.

- Pode me deixar morrer em paz?

- Já pediu pra voltar ou vai ficar fazendo charme?

Olho para a porta, apenas para me certificar que estávamos sozinhos e que ninguém mais ouviria o que seria dito ali.

- Não, não vou voltar com a Bhea. 

- Como assim? 

- Digamos que será melhor para ela, manter uma certa distância.

- Eu nem acredito que seu cérebro estação danificado assim...

- Por que?

- Porque deixar a garota que você ama escapar é uma tremenda burrice!

- Posso pedir um favor? - pergunto, vendo sua expressão ficar irritada.

- O que?

- O que vou fazer, causará alguns danos e preciso de você para repará-los - finalizo.

 

Bhea

Sento em uma das poltronas da sala de espera, avistando Daesung e Seungri na recepção entregando os passes de visita e acenando tchau para mim. Deixo que Taeyang fique sozinho com o amigo por mais alguns minutos, e que melhorasse um pouco o mal humor que havia dentro do quarto.

Com o celular em mãos, vejo o status do Dean no Facebook, atualizado há poucos minutos com "Eu sinto sua falta..." Me arrependo da maneira brusca que o afastei p mim no dia do acidente, estava tão assustada e em pânico com a falta de notícias sobre Jiyong que acabei o tratando com indiferença e ainda não tive a oportunidade de pedir desculpas, ou não tive a coragem para tal ato. Hyuk me fazia uma falta gigantesca, com suas piadas matinais e o zumbido de abelha para combinar com o meu apelido carinhosamente dado por ele, as longas horas de trabalho nunca foram tão divertidas.

 Acaricio a tela do celular, parada em uma das fotos que tiramos no festival de música, nosso primeiro encontro. Eu nunca teria aquela paz com Jiyong, a liberdade de sair de casa sem supervisão e sem precisar fazer milhares de preparativos para um simples passeio. Aparentemente, junto com a fama Ji perdeu o livre arbitrio e mesmo não sendo culpa dele, afetava diretamente nosso relacionamento. Olho para o quarto, com a porta entreaberta, imagino se ainda seriamos o mesmo casal depois dos ultimos acontecimentos, se não estariamos tentando reparar algo sem conserto algum, que como o carro, teve uma perda completa. E então Ji percebe que estou olhando e sorri para mim, ferrando com todo e qualquer pensamento racional que pudesse haver em mim e afastando a saudade de Hyuk dali.

- Terminaram a reunião? - pergunto.

- Por enquanto sim. - Youngbae responde.

- Pode sair da minha poltrona agora? - implico.

- Ainda não entendi essa sua formalidade em manter distancia de mim. - Jiyong resmunga, cruzando os braços. - Não é como se nunca tivessemos dividido uma cama.

Arregalo os olhos para ele, esperando que sua indiscrição fosse interrompida antes que mais revelações fossem feitas na frente de Taeyang. Mas ele apenas sorri e dá duas batidinhas no espaço vazio ao seu lado, me chamando para sentar perto dele.

- Você me odeia! - Ji beija meu ombro.

- Vou sair daqui antes que fique diabético de vez. 

- Que? Vai me deixar sozinha com ele? - pergunto, ouvindo uma risadinha maliciosa atrás de mim.

- Vocês já fizeram muito pior ao ficarem sozinhos. - Tae responde, levantando e dando as costas para mim.  - Vou ligar para o Yang!

- Obrigado! - Ji responde.

 Traidor! Agora, eu precisava lidar com todos aqueles sentimentos afoitos que haviam em mim e ao mesmo tempo conseguir manter o controle estando sentada ao lado de Jiyong, que não parecia nada amigável.

- Acho que precisamos conversar...

- Agora? Vamos deixar esse assunto para depois - respondo.

- Por que você foge? - ele pergunta, me olhando nos olhos.

- Não estou fugindo de nada - aproveito para levantar dali e ficar bons centimetros longe dele.

- Não está?

- Não é a hora e nem o lugar...

- Vai continuar negando? - Ji provoca, sorrindo.

- Esqueceu da nossa ultima discussão? - pergunto, fechando a porta.

- Você me pediu distância e olha onde estamos agora... Bhea, aquele realmente foi o final que você queria para nós?

Nego com a cabeça, brincando com a manga do meu sweater, evitando qualquer contato visual com ele, que parecia determinado a continuar o assunto que tanto fingimos não existir todos esses dias.

- Podemos mudar aquele final e fazer de conta que nunca tivemos aquela conversa. - ele continua - Na verdade, podemos ir até um pouco mais longe, e fingir que nunca tivemos nada depois da sua reunião com o Yang, que simplesmente fui ao evento e não voltei. Apagando toda e qualquer discussão idiota que tivemos depois daquilo.

- Não acha que está pedindo demais? - pergunto.

- Não acha que seria a resolução perfeita? - ele rebate. - Pode me fazer um favor?

- O que?

- Preciso pegar algo nas minhas coisas.

 Jogo a mochila de couro na cama, sem dar muita atenção ao que Jiyong queria pegar bem no meio de uma discussão importante. Cruzo os braços, esperando que ele terminasse o que estavamos falando.

- È só pensar um pouco, Bhea... Acho que vai conseguir sua resposta em poucos minutos. - ele diz.

- Você acha que é algo fácil de esquecer?

- Parecia bem disposta á isso quando achava que estava no meu leito de morte. - ele apela.

- Mas...

- Não estava? 

- Aish... - resmungo, fechando os olhos.

- Custa considerar a hipotese? - Ji estica a mão, com a minha aliança na palma, reluzindo para mim. - Vai, toma um ar, pensa e volta aqui.

- Acha que vai ser assim tão rápido?

- E porque não seria?

- Convencido!

- Serviçal!!! - Jiyong grita, chamando pelo melhor amigo.

  Saio dali, trocando de lugar com Taeyang mais uma vez, percebendo o quão idiota eu era por ainda considerar os absurdos dele, agora inspirado por "Brilho Eterno De Uma Mente Sem Lembranças" e determinado a simplesmente apagar as besteiras que ele andou fazendo antes do acidente. Caminho pela area externa do hospital, com o celular na mão, para o caso de alguma emergência.

"Preciso te ver!", uma mensagem do Dean aparece na tela.

  Respiro fundo, colocando o aparelho no bolso do jeans, enquanto imagino como poderia esquecer todos os dias desde o dia em que Jiyong e eu terminamos se a maioria deles continha momentos com Hyuk que eu não gostaria de apagar. Aperto a aliança na mão, pesando os dois lados mais uma vez, mesmo sabendo qual dos dois pesaria uma tonelada, apesar de todos os defeitos gritantes.

 No fundo, eu estava apenas fazendo um drama por uma decisão incrivelmente fácil e que não precisava de tantos questionamentos e reflexões profundas, a resposta poderia ter sido dada imediatamente, sem a menor margem de erro. Começo meus passos de volta para o quarto de Jiyong, sem hesitar em nenhum deles até a visão de Youngbae parado na porta me fazer congelar.

- O que aconteceu? - pergunto.

- Nada demais, calma. Ele está com visita. - ele responde.

- Quem? - pergunto novamente abrindo a porta do quarto, sem aguardar respostas.

 E todo o discurso que estava pronto para sair como uma resposta ao questionamento que me foi feito há minutos, é engolido sem deixar nenhum rastro, trazendo de volta o vazio que se instalou dias antes do acidente. Kiko estava lá, sentada na cama bem ao lado dele, e os dois estavam quase se beijando quando entrei, um verdadeiro casal de celebridades.

- Oi Bheatriz! - ela me cumprimenta.

- Vou pegar minha bolsa, agora já tem alguém para ficar cuidando de você. - respondo á Jiyong.

- Achei que fossemos conversar... - ele tenta me parar. - Você nem me respondeu. - Ji continua, enquanto Kiko se agarra ainda mais á ele.

- Ah é... - digo. - Sua resposta! - coloco a aliança sob a mesinha, saindo do quarto sem olhar para trás.

  Youngbae estava parado, na mesma posição, como um belo vigia de portas, que provavelmente deveria ter impedido a minha entrada. 

- Não preciso mais ser informada sobre ele. - digo - Mande lembranças á Sra. Kwon e á Dami por mim.

- Onde você vai?

- Para qualquer lugar onde não precise lembrar que Kwon Jiyong existe. - respondo, colocando as chaves do carro na mão dele. - Vejo você pela YG...

  Dou as costas para o hospital á passos firmes e milagrosamente consigo pegar um táxi bem na porta da instituição, conseguindo sair dali o mais rápido possivel. A onda de raiva dura poucos segundos, me fazendo cair no choro logo em seguida, afinal, mais uma vez Jiyong havia me feito de idiota.

 Eu não conseguia compreender como ele poderia mudar de personalidade em poucos minutos, como se houvesse um botão instantaneo que sempre que conveniente o tornava G DRAGON ou Jiyong. Fecho os olhos por alguns minutos, desejando verdadeiramente apagar os ultimos meses, mais precisamente o ultimo ano. Eliminando cada celula, cada pensamento, cada vestigio que pudesse haver, alegando que um dia cruzamos os caminhos um do outro e fizemos uma bela bagunça desnecessária. Jogo pela janela o passe de visitante do hospital e espero que junto com ele, todas as minhas esperanças voem e se tornem pó.

 Eu não poderia continuar vivendo em função de algo completamente fracassado, perdendo o meu tempo com alguém que não sabia o que realmente queria para si e muito menos se importava com sentimentos alheios aos seus.

Jiyong

- Satisfeito? - Youngbae pergunta.

 Eu não conseguia ouví-los, apesar de entender o que estavam discutindo há poucos centimetros de mim. Meus pensamentos estavam longe, situados há meses atrás, relembrando cada segundo que consegui gravar em minhas memórias do que certamente não voltaria a fazer parte da minha realidade.

- Sinceramente? Foi um golpe, muito, muito baixo - Kiko me belisca. 

- Eu fiz o que precisava ser feito. Não ia estragar a vida da garota em vão! - respondo - Podem me deixar sozinho agora?

- Ah, claro... Como se você não tivesse feito nada demais!

- NÃO FOI COM VOCÊ! - grito á Youngbae - Por que sente tanto por Bheatriz?

  Consigo fazer com que os dois me deixassem em paz em seguida, pouco antes de perder a cabeça. Voltando a confusão que meus pensamentos faziam, dividindo-se entre arrependimento e alivio, saudade e amor, mesmo sabendo que eu havia escolhido o lado certo e feito um bem á Bheatriz, não foi nada fácil ferrar com as coisas definitivamente, colocando o ultimo ponto final em nosso relacionamento.

 Afinal, ela não aguentaria a pressão, a mídia, a falta de liberdade, o excesso de compromissos e a invasão de privacidade eterna. Bhea não merecia tanto alvoroço e não deveria passar por tudo isso por minha causa, ao mesmo tempo que eu não conseguiria jogar tudo para o alto. Egoista? Sim! Mas no futuro ela me agradeceria por tê-la livrado de um caos.

 Puxo a bandeja que havia ao lado da cama, pegando papel e caneta. Pelo menos meu sofrimento também servia de entretenimento para G DRAGON. "Loser..."

 Fecho os olhos, mais uma vez me entregando á lembranças que pudessem trazer seu sorriso para mim, suas reclamações constantes, seus xingamentos estressados, o cheiro de morango que seus cabelos tinham e até mesmo a implicância infindável. Cada segundo em que não me atentei á ela e deixei passar faziam uma enorme falta agora, imagino como poderia ter aproveitado melhor os meus momentos e minhas oportunidades, reconsiderando se minha carreira realmente valia á pena comparado á Bhea. Será que não tinha vivido o bastante como GDRAGON? Talvez, aposentar o microfone não fosse tão ruim assim e estar com ela compensaria cada segundo longe dos palcos...

 Começo a me arrepender profundamente da maneira como a afastei, tentando pensar em uma maneira rápida para trazê-la de volta no mesmo instante. Mas eu havia ultrapassado todo e qualquer limite e estava ciente disso quando montei minha pequena ceninha com Kiko.

- Aish...

 Jogo o celular contra a porta, tentando canalizar toda a minha frustração no baque ecoado que a batida faz, sem nenhum sucesso. Eu estava profunda e loucamente arrependido em menos de quinze minutos.

Bhea

 Pago o táxi e fico mais alguns minutos na rua, tentando disfarçar a cara de quem chorou a vida em quinze minutos de trajeto. Imagino que a decisão tomada entre as lágrimas fosse a mais acertada por ora, mesmo que achasse que poderia ter esperado um pouco mais para resolver tudo.

 Entro no prédio antigo, ainda tomando folego e coragem para me livrar do que agora parecia uma grande parte da minha vida, mesmo acontecendo em apenas um ano. Paro nas escadas, refletindo mais uma vez sobre o assunto, antes que a atitude final fosse tomada.

 Nunca mais eu largaria minha vida por Jiyong, nem por um segundo sequer. Em poucos degraus, a existência dele entraria em processo de exclusão, mesmo que demorassem dias, meses, anos, eu não precisaria mais me incomodar com ele.

 Coloco os pesos na balança mais uma vez, sentindo uma enorme diferença de resultado, afinal, apesar da vantagem que jiyong tinha, eu não precisava passar por todo aquele sufoco, nunca mais. Fecho os olhos e toco a campainha, sentindo um frio na barriga nervoso.

- Já vou! - ouço, ficando ainda mais nervosa.

  Dou dois passos para trás, imaginando se ainda poderia correr dali e fugir de Seoul, sem deixar nenhum rastro. Meus batimentos pareciam cada vez mais acelerados, me dando a sensação de que meu coração sairia pela boca.

- Bee... - Dean sorri ao abrir a porta.

 Sorrio de volta, surpreendentemente. Fico paralisada, enquanto o garoto de jeans rasgado, camiseta branca e óculos me olhava ainda mais surpreso em me ver ali. Não consigo falar nem duas palavras, com medo de parecer desesperada, apesar de saber que estava sendo muito impulsiva.  O vazio desaparece de imediato, quando seus olhos encontram os meus e momentaneamente consigo esquecer todo e qualquer acontecimento externo, esse era o poder de Kwon Hyuk sobre mim, em poucos segundos conseguia me curar com apenas um olhar, me fazendo imaginar o efeito que ele teria á longo prazo. Além das borboletas no estomago que se atreviam a dar pequenos voos quando estavámos juntos.

 - Entra... - ele estica a mão, aparentemente feliz em me ver ali.

 Existia um fio de esperança para mim, uma luz no fim do túnel e eu decidi caminhar em direção á ela, sem hesitar. Recuso sua mão, abraçando-o de imediato, causando mais uma surpresa á Dean, que corresponde o ato no mesmo instante, beijando minha cabeça.

 Não precisávamos de justificativas, começamos da mesma maneira e continuariamos daquela forma. Eu só precisava depositar toda a minha esperança nele e confiar que ele cuidaria do restante, não seria o fim do mundo acordar todos os dias com o seu sorriso.


Notas Finais


Loser...
Jiyong se lascou dessa vez, sim ou claro?!
Dhea <3
Se bem que acho que alguém não vai gostar nem um pouco da novidade...

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