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História Summertime Sadness - Wedding Dress


Escrita por: jongiette

Notas do Autor


RETA FINAL!!!!
Depois de um ano e oito meses estamos chegando ao penúltimo capítulo de Summertime Sadness.
Foram muitas idas e vindas, muitas mudanças, alguns planos não bem sucedidos, mas sobrevivemos e estamos caminhando para um final.
Obrigada por acompanharem.

Capítulo 43 - Wedding Dress


Fanfic / Fanfiction Summertime Sadness - Wedding Dress

Jiyong

Pra variar, eu estava vivendo um inferno!

Dois meses inteiros em turnê na América, com direito á apenas uma noite em casa no meio disso. DOIS FUCKING MESES COM UMA FUCKING FOLGA. Eu estava o próprio Lucifer em pessoa, a própria encarnação do mal. Já não bastavam as sessões com o fisioterapeuta, as piadinhas sobre o meu agradabilíssimo humor, as noites sozinhos, eu ainda precisava lidar com a saudade existente, causada pela minha amada namorada que estava em casa, trabalhando.

Os concertos foram maravilhosos, lotados até o topo, cheios de energias, boas críticas e tivemos mais uma turnê maravilhosa com o fãs, sempre senti que o combustível do GDragon era causado por uma multidão entoando nossas canções e assim foi. Mas conforme os dias iam passando, meu sono ia reduzindo, meu juízo ia acabando e logo a vontade de matar um, voltava. Esse era o efeito da mulher sob mim, sem ela tudo ficava sem graça.

- Glória ao pai, ao filho e ao espírito santíssimo, estamos voltando pra casa. - Seungri resmungou no carro. - Porque você tá um saco, de verdade.

- Estou cansado, somente.

- Segundo o tabloide, você nunca esteve tão incrível no palco como no show de ontem. - Taeyang completou. - Pelo menos no palco, tá prestando.

- O GDRAGON tá maravilhoso, mas o Jiyong precisa ir pra casa.

- Você precisa é da tua mulher. - TOP resmunga

- E você da sua..

- Algumas horas á mais sem Hayi gritando nos meus ouvidos não serão de todo o mal. Mas a bebê está pertinho de chegar, então, vou relevar.

- Você sabe que só vai piorar?

A expressão é impagável e garante minha risada por minutos, acendo a luz do carro, posicionando um espelho á minha frente, afinal minha namorada não precisava ter minha aparência exausta como primeira imagem após um mês separados. Apesar de doloridos, foram dias memoráveis para mim como artista e certamente serviram para fortalecer nossa relação que andava precisando de um empurrão para dar uma guinada. A saudade era inevitável, até porque não conseguia ficar nem uma hora sem a ter em meu campo de visão, dias á fio foram uma verdadeira tortura chinesa. Abro a nécessaire, pegando o corretivo de sempre para cobrir as olheiras.

O carro para, assim como a minha respiração. Minha porta é aberta e por um instante eu travo, finalmente eu estaria em casa, deveria sair correndo fora dali, em plena madrugada, devia correr para os braços daquela que me aguardava, assim como Seunghyun fez com Hayi, me surpreendi como aquela garota conseguia ficar ainda maior. A visão de Bheatriz parada no meio de um estacionamento vazio, ás 3:30 da manhã, vestindo um agasalho enorme Gucci que pude reconhecer como um dos meus, com os cabelos soltos e o rosto escondido por um óculos de sol, auxiliaram para que a teoria de Taeyang se tornasse verdadeira á meu olhar.

Segundo o grande filósofo Dong Youngbae, Bhea e eu eramos dois indivíduos completamente diversos em todos os aspectos, que com o passar de exatos 21 meses se tornaram parte de uma mesma engrenagem, virando basicamente cópias iguais. Em sua essência, ela permanecia a mesma, me via como eu de fato era e pouco se importava com o redor, entretanto esteve em um longo processo para se habituar com a nova realidade para melhor lidar com seu novo habitat natural, vulgo YG, onde roupas caras eram parte de um pacote. Respiro fundo e tomo a coragem necessária para sair dali, sentindo uma onda de felicidade me atingir ao perceber que seu sorriso estava ali, de orelha á orelha para me receber.

- Você vai pintar essa grama pisada, não vai? - Hayi me ataca antes que eu dê meu primeiro passo.

A razão da minha sanidade caminha para me abraçar apertado, passando os braços ao redor da minha cintura e escondendo o rosto em meu peito, me deixando saber que fiz falta ali, mesmo que me falasse diariamente pelo telefone. Um silêncio é feito entre nós, apenas com o ruído de nossas respirações e batimentos para sentirmos a presença do outro. Beijo o topo de sua cabeça, repousando meu queixo ali.

- Você tá chorando? - Pergunto, ouvindo seu nariz fungar.

- Não. Bem Vindo de volta. - Bhea me larga, mantendo apenas uma mão segurando a manga do meu casaco.

- Para casa, Jiyong? - Daesung pergunta, enquanto parecia discutir nossas agendas com o gerente.

- Sim, vamos para casa. Já tenho uma reunião ás seis.

Me despeço dos outros brevemente, pois os veria em poucas horas e caminho lado á lado com Bheatriz pelo estacionamento quase abandonado áquela hora, em direção ao meu carro, o habitual Lamborguini branco com o Dragão Dourado. Encosto no capô, cruzando os braços para aguardar nosso motorista.

- Você vai entrar ou não?

- Estou esperando o hyung, ele te avisou onde estaria?

- Jiyong, eu dirigi isso de casa até aqui.

- Que? - Arregalo os olhos, ela odiava aquele carro, detestava. Se eu não impedisse, ela dirigiria uma fusca, de tão teimosa que era. - Você? Sozinha?

- Foi ué. As chaves estavam penduradas e era o mais fácil para tirar da garagem, já que usei ele ontem para vir trabalhar.

- Que? Amor, vem aqui. - Coloco minha mão em sua testa, fingindo checar uma febre. - Você tá bem mesmo? - Indago, causando uma risada.

- Aish... Você que mandou.

- E você reclamou horas por isso.

- Combinamos ceder em alguns pontos, estou cedendo.

Sorrio, jogando minha mochila no banco de trás ao entrar no carro, desta vez no banco do carona. Não ficava confortável dirigindo com ela no carro desde o meu acidente e passei a acreditar que sua conduta no trânsito era mais prudente que a minha.

- Quero que leia isso com atenção quando chegarmos em casa. - Aponto para a pasta preta ao lado da mochila.

- Sabe que preciso correr com a cerimônia e você ainda precisa pintar esse cabelo. É hoje!

- Não vai demorar nada, são apenas seis páginas e meu cabelo fica pronto em instantes.

- Ji...

- Por favor?

- Coloca aí que eu leio mais tarde. - Seu revirar de olhos me traz a certeza de que seria atenciosamente lido.

Não fico atento ao caminho e sim á motorista que dirigia ao meu lado, naturalmente habituada ao carro que tanto detestava, guiando - o pelas ruas até em casa, onde eu ainda gostaria de ter um pouco de paz antes das equipes de preparação para o casamento do ano chegassem. Me enganei feio! Antes mesmo de estacionarmos na garagem, dou de cara com as armações das tendas e o início dos trecos de tecido cor de rosa pendurados por todos os lados, Bhea tenta sorrir para que eu não me irrite, mas não adianta muito. Após uma turnê cansativa, um pouco de paz seria agradável.

- Não podemos dormir no hotel? - Peço.

- Eu tenho que chegar aqui amanhã cedo.

- Ou na casa do Youngbae...

- Youngbae precisa de repouso tanto quanto você.

- Pelo amor de Deus, Bheatriz...

- Hotel... - Ela resmunga, voltando á entrar no carro, fazendo um biquinho.

- Já disse que eu te amo, mulher?

Bhea

Os últimos meses estavam sendo extremamente movimentados, desde a ausência constante de Jiyong, comebacks dos grupos na empresa e os preparativos do casamento TOPHAYI que reunidos, acabaram com o resquício de sanidade que eu poderia ter. Cansada, na verdade, esgotada, não via a hora desse casamento acontecer e me deixar respirar novamente.

Claro que meu namorado quis o quarto mais caro do hotel que havia perto de casa, apenas pela comodidade da maior banheira para ficar imerso por horas.

- Não esquece de dar um jeito nesse cabelo. Coloquei a tinta na sua necessarie. - Bato na porta do banheiro, caindo na cama por um breve instante, ao lado do bloco de papéis que ele me pediu pra ler. Não tinha nem um pouco de saco para lidar com papelada, mas conhecendo Ji, deveria ser algo muito importante para que ele tivesse insistido tanto. Coloquei os óculos de grau, buscando concentração até parar meus olhos no título. "ACORDO MATRIMONIAL BHEATRIZ E JIYONG".

- KWON JIYONG - Pulo da cama, gritando por ele antes de abrir a porta do banheiro, encontrando-o pacifico na banheira de espuma.

- Da última vez que chequei, era meu nome.

Balanço o bloco de papel.

- Comunhão, separação de bens... Achei que soubesse que precisávamos disso, devido á minha conta bancária.

- Mas não agora, não hoje... Que?

- Bhea... isso é um pedido de casamento, sabia?

Minha respiração para.

- Bhea, claro que no momento, vamos ter um pedido melhor, mas acho que dada à nossa situação, a assinatura sigilosa dos papéis, cria algo mais discreto.

- Ji...

- Se quiser, podemos conversar sobre isso.

Sento na borda de madeira, tomando cuidado para não molhar os documentos, pronta para discutirmos os termos ali que nunca me foram apresentados antes. Comecei a ler os primeiros parágrafos em silêncio.

- Eu prefiro separação de bens. - Sussurro.

- Prefiro comunhão.

- Estou protegendo seus bens.

- Não é como se fôssemos nos divorciar.

- Mesmo que eu não queira nada, é obrigatório a divisão pela metade e prefiro que não aconteça.

- Bhea...

- Custa ser assim? Isso é algo hipotético.

- Aish... Os papéis do casamento Civil também estão aí, caso queira assinar.

- Jiyong isso é sério?

- Vai acontecer em algum tempo, só estou nos livrando da burocracia.

Levanto, deixando os papéis na bancada da pia, indo até minha bolsa para buscar meu estojo de canetas e lápis para finalizamos logo aquilo. Volto á sentar na borda, pegando a famosa caneta dourada.

- Reconheço essa mocinha.

- Foi a caneta que você usou pra escrever Let's not fall in love. - Confesso. - Eu roubei pra mim. Nada mais justo do que usarmos ela hoje.

- Mas eu não quero assinar meus papéis de casamento na banheira, amor. - Ele resmunga, levantando.

- Por que?

- Tem que ser algo mais apropriado.

Reviro os olhos, fingindo uma chateação inexistente, mas adorando o cuidado que Ji estava tendo em algo, que pra mim, era de uma importância gigantesca, afinal, após assinarmos e o advogado dar entrada no cartório na próxima segunda feira, seríamos legalmente casados. Jiyong levantou, se secou e terminou de cuidar dos cabelos, agora em tom preto azulado, colocando o famoso moletom cinza para ir sentar comigo na varanda do prédio.

- Quando eu te conheci, avancei por orgulho. - Ele começou, ao sentar ao meu lado enquanto eu olhava para a paisagem do amanhecer que começava no horizonte. - Você tinha me dado um fora e naquela noite, na boate, não fazia ideia de que casaria com a garota que beijei ao esbarrar em mim. Porque eu achei alguém que me via de verdade.

Não consegui formular uma resposta antes de começar a chorar, em meio ao nervosismo do que estava sendo feito. Em quase dois anos, Jiyong e eu passamos por situações que casais normais, levariam uma vida para experienciar e no final de tudo, ainda estavamos juntos. Assinar aqueles papéis era a decisão mais acertada que poderíamos fazer. Rabisco meu nome e em seguida, minha assinatura, entregando á ele a caneta e os papéis, observando-o repetir meu ato.

- Á essa hora, segunda feira... estaremos casados. - Sussurro.

- Senhor e Senhora Kwon.

Jiyong

Acordo como um homem casado, pela primeira vez, já me considerando assim, feliz com a oportunidade de meio segundo de paz antes do grande dia.

- Essa sua cara amassada vai sair, não é? As fotos do casamento precisam estar perfeitas. - A voz estridente da noiva do ano, aka. Hayi me atinge, causando a primeira irritação matinal.

- Bom dia, noiva. - Respondo, colocando o travesseiro no rosto, fingindo querer morrer ali. - Pode me dar licença? Estou pelado.

- Estou vendo a sua calça de pijamas e não é como se nunca tivesse visto.

- Cadê a Bhea?

- No saguão, os vestidos foram entregues aqui, ela foi receber.

- Você vai dar um tempo na minha mulher depois do casamento? Gostaria de ter ela de volta.

- Logo depois do parto. Em situações assim, mulheres precisam de suas melhores amigas.

Olho a garota Lee por um instante, fazendo o comparativo dela, com a minha esposa, repito isso mentalmente algumas vezes para que a ficha caia, percebendo que no final das contas, não conseguiria conviver com ela, se não fosse por TOP. Talvez o debut no meio da adolescência, deu á Hayi um lado fútil e deslumbrado com a fama e o dinheiro, que não combinavam nada com a vida adulta que ela estava começando á levar, agora casada e com um bebê á caminho, sinto um pouco de pena do meu amigo, que já passou por poucas e boas e ainda sofreria mais um pouquinho na mão daquela ali.

- Você o acordou? - Bhea entra com os embrulhos, olhando para a amiga com os olhos semicerrados.

- Imagine o meu desprazer em abrir os olhos, esperando ver a minha namorada maravilhosa e me deparar com meu pesadelo... - Provoco, levando um tapa no braço em resposta. - Vou levantar, tenho que ir á empresa.

- Hoje?

- Se duvidar, até no nosso próprio casamento, eu vou trabalhar.

Saio em poucos minutos, deixando-as livres para o maquiador e o cabeleireiro que viria, passeando um pouco pelos corredores da empresa até a minha hora marcada com a equipe de preparação chegar. A decoração da festa, no dia, ficaria sob os olhares de Rosé, Youngbae e Seungri, que se dispuseram a passar algum tempo lá, garantindo que tudo ficasse igual ao desejado pela noiva. Daesung e eu estávamos á cargo do noivo, apenas para o momento em que a crise nervosa chegasse, coisa que eu estava rezando para não acontecer. Aproveito o tempo livre para esperar meu advogado buscar os papéis já assinados, desejando vê - los prontos na primeira hora útil e quando o foco saísse do casal nupcial, compraria novas alianças.

Não há muito o que ser feito em uma empresa onde a grande maioria dos artistas estavam nos preparativos para a festa do final da tarde, apenas alguns vídeos da turne para a minha aprovação e poderiam ser feitos na segunda-feira, sem nenhum problema. Sento em um dos bancos, encostados ao lado de um dos elevadores, localizado bem na frente de um dos maiores camarins do andar, pertencente ao meu concorrente anterior, que durante a minha turnê, fez o belíssimo favor de pedir o afastamento da empresa, faço uma medida na base do olhometro, bipando alguém da minha equipe de staff, para que trouxesse uma fita métrica.

- Queria trocar essas paredes por vidro. - Comento quando Hani, minha assistente, chega.

- Não creio que eu seja apta pra função. - A ironia era bem clara.

- E o que você faz além de correr atrás de mim ou da Bhea? - Pergunto, aguardando a resposta e desistindo com a demora. - Você sabe escolher um anel de noivado decente?

- Claro que sim.

- Até antes do casamento de hoje?

- Certamente. Qual o valor estipulado?

- O céu é o limite, Hani-yah. Use meu cartão. - Respondo, fazendo o sinal para que ela fosse para a própria sala, enquanto procurava por inspirações para o que seria a nova sala de prêmios do BIGBANG.

As horas se passam rapidamente e logo estou me preparando para o casamento com os outros meninos. Pela primeira vez, estávamos juntos em um camarim, não vestindo roupas para um concerto e nem aquecendo as vozes para entrar no palco. Na verdade, o silêncio reinava no recinto, em respeito ao puro nervosismo que o noivo estava demonstrando. Alguém liga o rádio em uma estação qualquer e pela música, alguma dos Beach Boys, pelo visto, totalmente fora do contexto da situação, nos faz rir e acaba com o clima sóbrio que estávamos mantendo, com direito á dancinha do Seungri, rebolando ao som de Surfer Girl.

- Pronto? - Pergunto á TOP.

- Nem um pouco.

- Quando você olhar para Hayi no fim do corredor, tudo vai ficar bem.

Ele não responde, mas um olhar duvidoso aparece em seus olhos o que me deixa bastante intrigado, afinal, os dois pareciam completamente felizes com o andamento do relacionamento por mais acelerado que estivesse, mantenho o pensamento de que seria apenas o nervosismo momentâneo. Sento na cadeira para ter meu cabelo finalizado com o secador, quando Hani chega na sala, com uma sacolinha esverdeada nas mãos, toda sorridente.

- Vou conseguir pagar isso ainda nesta vida?

- Ajusshi... isso não valeu nem metade do que você comprou em roupas na turnê.

- Obrigada, Hani-yah. - Sorrio em agradecimento. - Por que não vai se preparar para o casamento?

Repentinamente os olhares se voltam para mim e para minha sacolinha simplória.

- É apenas uma pulseira nova para mim.

- Que eu saiba, Tiffany é pioneira em anéis de noivado.

- Taeyang, volte a cortejar sua dongsaeng.

Abro a sacola com cuidado, pegando em mãos a caixinha inconfundível, desfazendo o laço com bastante cuidado para ver a peça que Hani havia trago, seguindo a lista de opções que eu tinha escolhido pela Internet na madrugada anterior. Para minha surpresa a pestinha havia trago o maior deles, com o diamante mais chamativo e escandaloso encontrado na joalheria, o que ocasiona olhos arregalados ao meu redor.

- Vai pedir á Bhea em casamento de novo? - Daesung pergunta, me servindo uma cerveja.

- E que dê certo dessa vez. - Omito o fato de que, tecnicamente, já estávamos casados.

- Está na hora, meninos. - Uma das assistentes da noiva bate na porta, como um despertador ambulante.

Minha casa estava uma verdadeira explosão cor de rosa causada por um serhumaninho diminuto de saltos, auxiliado pela minha esposa. Mas preciso confessar que estava feliz por ter um evento daqueles em casa, rebatizando o antro de perdição que, um dia, residiu ali. A partir dali, gostaria de renovar todo o resto para dar uma sensação de lar á Bheatriz.

- Vinho? - Youngbae me oferece.

- Como você conseguiu?

- Escondi uma garrafa na garagem. - Ele sorri, me passando para um gole.

- Entrada do noivo, shh...

Sento na primeira fileira, em meio ao florido ornamental que decorava todas as cadeiras em um tom de rosa alaranjado, os primeiros acordes tocam e viro para trás, a fim de olhar para Seunghyun entrando de braços dados com a mãe para esperar sua noiva, entretanto, em cada passo dado no tablado de madeira em direção ao altar, percebo que realmente havia algo de errado com ele, não passando batido pelos outros membros do grupo que, silenciosamente, se entreolhavam na tentativa de entender o que estava acontecendo á um de nós. Esperamos a entrada ser finalizada, a música parar e a tia achar seu lugar para esperar a cerimônia.

- Tudo bem? - Daesung é o primeiro a questionar, recebendo um não em resposta.

- Meu carro tá na entrada, cara. Posso ajudar? - Seungri abre a boca, saindo besteira pra variar.

- Você precisa de alguma coisa?- Pergunto.

Taeyang o entrega a garrafa furtada, disfarçadamente ajudando - o com uma dose de coragem com álcool e uma safra de vinho muito ruim.

- Melhorou?

- Mais ou menos...

- Entrada da noiva em cinco minutos. - Daesung avisa, causando mais alguns goles nervosos na garrafa.

Observo silenciosamente os galhos de rosas caindo ao redor do altar montado com a madeira clara, surpreso que toda aquela parafernália tenha dado certo e por incrível que pareça estava feliz por tudo aquilo estar sendo realizado em casa. Logo a noiva entraria e Seunghyun hyung demonstrava estar uma pilha de nervos, por um segundo, me pus no lugar dele e imaginei que em pouquíssimo tempo, seria eu á esperar minha noiva no altar. Sinto um frio na barriga. Tudo parecia em ordem, Daesung, Seungri e eu sentados na primeira fileira, Taeyang no piano para tocar a entrada da Hayi.

- Isso é assustador.

- O que, Seungri? - Pergunto.

- Eles estão se prometendo pra vida! É muito, muito tempo.

- Eu também acho. - Sussurro. - Assustadoramente bom.

Fico em silêncio, pouco me importando com a entrada da noiva, meu interesse era na madrinha que dava seus primeiros passos no tapete carmesim, que vestida com aquele bolo cor de rosa, era a mulher mais linda da cerimônia. Meus olhos estavam focados em seu caminhar até o altar e acabo nem olhando para trás novamente, permaneço fixo naquele sorrisinho contente. Logo, Jennie, Rosé, Lalisa e Jisoo, tomam posição ao lado dela, sendo seguidas por uma baixinha vestida de branco, com uma barriga destacando no tecido. Olho para o noivo, tentando descobrir como seria minha sensação no dia, e vejo meu hyung emocionado, afinal, depois de tantas idas e vindas, brigas memoráveis e escândalos que movimentaram a empresa, seguidos por uma gravidez não planejada, o amor que tinham um pelo outro prevaleceu, e lá estavam, prometendo a vida à quem amavam.

Finalmente Bhea senta ao meu lado, quando o falatório do reverendo tem início e apesar de precisarmos vigiar o maknae safado que ameaçava dormir, nem o novo casal do momento aka. Rosé e Youngbae conseguiram tirar meu foco da garota que estava comigo.

- Deu tudo certo. - Meio segundo de comemoração permitido.

- Parabéns. Já pode casar. - Respondo.

- Não sei se quero algo assim.

- Assim como?

- Pomposo. Extravagante.

- O quanto mais simples, melhor.

- Descomplicado...

- Entendido. - Sorrio, percebendo planos alinhados. - Vou anotar na agenda.

- Sossegue.

- Eu Seunghyun prometo á ti, Hayi, uma vida cheia de amor, de alegrias, de algumas lágrimas, de proteção e de cuidado. Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, enquanto você me aguentar. - O Hyung entoa seus votos, segurando as duas mãos da noiva baixinha.

Aproximo meus lábios do ouvido de Bheatriz, tentando manter a discrição para não ofuscar a atenção dos demais ao nosso redor.

- Eu Jiyong, prometo ser um pé no saco, um idol mimado, te encher de presentes, te dar filhos lindos, e uma vida repleta de amor, carinho, cuidado, atenção e respeito. Na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, pra sempre. - Sussurro, confiante, levando meus dedos á aliança na mão direita dela e puxando fora.

Recebo um olhar questionando meu ato, seguido de um sorriso e sinto seus dedos retribuindo meu gesto, levando de mim, o arco prateado.

- Eu, Bhea, prometo não te matar, te estressar bastante, recusar todos os presentes caros, ter seus filhos lindos, te amar incondicionalmente, cuidar, ser um poço de paciência. Sendo felizes ou tristes, ricos ou pobres, com ou sem GDRAGON, por todos os dias da minha vida.

Não chego a ouvir os votos da Hayi, felizmente eu estava ocupado demais fazendo o meu, trocamos alianças, colocando - as agora na mão esquerda, sem mais nenhuma palavra. Viramos para frente, sorridentes e guardando um novo segredo.

- Sério? - Ela pergunta.

- Já assinamos os papéis...

- Sério?

- Sério, senhora Kwon. E ninguém precisa saber...

- Simples assim?

- Descomplicado...

Encerramos o assunto com um selar de lábios sem muita euforia, afinal havia um casal casando em meio aos holofotes ali, além de nós dois, estavam sendo declarados marido e mulher, finalmente. Corremos todos para o início do corredor, a fim de jogar pétalas de rosas durante a saida dos pombinhos, enquanto nos preparavamos para sair, vejo o reverendo posicionado exatamente atras de nos.

- Vocês dois também estão abençoados. - Ele sussurra, dando uma piscadela antes de sair.

Logo, ficamos para trás, escondidos em meio á bagunça da família e amigos dos novos Choi, animados para abençoar e comemorar a união que tanto demorou a acontecer, mesmo que estivessem pegando leve devido aos sete meses de gravidez da recém casada, a noite prometia uma festa e tanto, bem á moda YG. Alguns DJS da equipe do Seungri já estavam tocando do outro lado do Jardim, onde a tenda estava montada e a luz rosa começava a piscar lentamente. Bhea e eu apertavamos a mão um do outro, animados com nossos votos particulares, proferidos depois de um tempo conturbado, vindo no momento certo para uma nova união, não diríamos uma palavra sequer por certo tempo e continuariamos vivendo como se nada tivesse mudado. Entretanto havia uma alegria, um sentimento de vitoria e milhares de borboletas em mim, que não me deixavam esconder um sorriso gigantesco, conforme saíamos para o outro lado da propriedade, onde a festa estava organizada.

- Vou falar com a Hayi.

- Vou ligar pro advogado. - Respondo, puxando -a para mim. - Já está se sentindo casada?

- Talvez... Você realmente quer isso? - Bheatriz passou as mãos pelo meu pescoço, parando os olhos nos meus.

- É a única coisa que falta pra minha felicidade ficar completa. Posso ligar?

- A papelada vai demorar...

- Digamos que eu já tenho isso pronto há alguns meses. E já dei entrada hoje cedo...

- Convencido...

Deixo - a ir, tirando do bolso a caixinha colorida e a levando na mão. A música já começava do outro lado do terreno e havia uma fila enorme para cumprimentar os noivos, claramente eu a furo e passo á frente dos outros. Beijo a bochecha da minha afilhada, em seguida sua barriga e abraço meu irmão e agora afilhado.

- Hayi, como mais um presente de casamento... - Abro a caixinha, mostrando o anel de noivado.

- Vai fazer aqui?

- Posso roubar seu DJ?

- Á qualquer hora.

- Parabéns, de verdade. Eu espero muito que nosso casamento seja tão bonito quanto o de vocês. - Sorrio, vendo uma noiva completamente animada á minha frente, radiante em seu vestido branco.

- Reunião do BIGBANG em cinco? - O noivo pergunta.

- Que?

- Por que ligar um DJ se podemos fazer ao vivo?

Volto para abraçar mais uma vez meu melhor amigo pela ideia maravilhosa, antes de correr para mudar a setlist do DJ, um dos membros da equipe liderada por Seungri. Ele ficaria uma fera ao saber que sua preciosa seleção musical feita com tanto cuidado, por dias. Mas que me perdoasse, meu pedido seria bem feito.

Faço á social, cumprimentando e acenando para quem estivesse por ali, enquanto, de maneira sutil aviso as outros que houve uma mudança de planos. Taeyang havia trago nossos microfones, o playback estava no ponto e bastava o meu sinal para que começassemos.

Subo no palco, relembrando a primeira vez que coloquei meus olhos em Bheatriz e como nunca poderia ter imaginado que chegaríamos ali, tão longe, tão firmes e tão sólidos. Confirmo com a cabeça e os primeiros acordes de Let's not fall in love tem início. Alguns gritinhos surpresos, uma leve movimentação dos demais convidados e ao longe posso ver seu sorriso incrédulo, sendo puxada por Hayi para o centro do salão. Youngbae cantava seu verso, enquanto eu tiro o anel brilhante do bolso, descendo o degrau para me ajoelhar á sua frente e fazer a pergunta mais óbvia que poderia ser feita ali, depois de tantos meses, tantos vai e vens, tanta confusão e ao mesmo tempo um amor graciosamente incondicional.

 - Quer casar comigo? - Pergunto em um sussurro trêmulo, nervoso, apesar de saber a resposta, afinal, nada poderia ser mais oficial do que aquilo.


Notas Finais


Jiyong sendo boyfriend material é uma coisa muito linda, não é?!
Me contem o que acharam do capítulo e o que vão sentir saudade da fanfic?
Na próxima vez que eu aparecer, já estarei trazendo para vocês o nosso final ♡


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