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História Sun and Darkness - Capítulo 2- Estratégico.


Escrita por: Usagi17 e cecifrazier

Notas do Autor


Mais um capítulo!
Esperamos que estejam gostando sz
Boa leitura.

Capítulo 3 - Capítulo 2- Estratégico.


Naquele exato momento, Nico percebeu a expressão tristonha do rapaz de cabelos loiros.

Ora, passou toda a vida estudando o mundo dos negócios para que as pessoas se tornem tristes? Que tragédia grega.

O rapaz de cabelos negros apoiou ambas as mãos na mesa e depois colocou uma da região das têmporas. Logo Hades percebeu a expressão de seu filho, era pensativa... Séria.

— Levando em conta as ações que estaríamos já carregando nas costas, esse valor parece justo... Mas acredito que graças a proximidade da maresia, seria necessária a construção de um quebra mar para não danificar nossos matérias. Acredito que devemos reagendar a data da assinatura para o final do ano, a temporada de ondas diminui muito.

O garoto chutou levemente a canela de Will.

— E como devemos construir só nessa data, acredito que o Apolo's deva continuar funcionando enquanto isso não ocorre.

— Entendo... — Hades suspirou.

Droga, seu filho tinha razão! Ele era tão inteligente, mas às vezes deveria manter certas coisas guardadas consigo. E o pior de tudo: percebeu que havia algo errado, pois Nico e Will estavam trocando olhares, quase como se tramassem algo. Seu filho tinha que querer ser amigo justo de um caipira?

— Nesse caso, vejo que meu filho tem razão. Adiaremos então a data de assinatura.

— Acho que é o melhor a ser feito, peço desculpas, senhores. — Logo ele cruzou os braços e tomou um pouco de vinho. — Me dêem licença.

Nico levantou e dirigiu-se ao WC, Apolo desviou o olhar para o filho e depois para Hades, o que tinha acontecido? Decidiu soltar uma risada sem graça.

— Seu filho é um gênio, senhor Di Angelo.

— De fato. — O empresário sorriu com orgulho. Percebeu que os pratos que pediram já haviam chegado, então Hades franziu levemente o cenho por Nico não estar ali. Que menino cheio de problemas!

Após alguns instantes, pôde ver seu filho voltando até a mesa. Parecia estar mais pálido do que o normal, mas isso talvez fosse apenas impressão.

Nico se desculpou pela demora e então após conversar de forma forma ligeira com Apolo, comeu um único pedaço de sua torta e desviou o olhar para o pai, estava um pouco embaraçado.

— Acho que estou satisfeito.

— Mal tocou na comida, meu filho. — Hades ergueu um pouco olhar, dizendo após terminar de mastigar. Percebeu algo de errado com Nico, mas ficou calmo. Não queria ninguém se intrometendo em sua vida pessoal. — Quer pedir outra coisa? Ou prefere comer em casa?

— Eu... — Nico se apoiou na mesa e segurou a mão de seu pai por baixo da mesa.

Esse era o único gesto que o garoto tinha para mostrar insegurança. Foi isso o que seu pai fez quando Maria Di Angelo morreu, ele segurou sua mão para acalma-lo.

— Estou bem.

•○•●•○•

O caminho até a praia foi tranquilo, silencioso. Apenas o barulho do trânsito ficando para trás, dando lugar ao bater das ondas ecoava pelo carro a essa altura. Will sentia-se desconfortável, pois Nico havia ficado quieto desde o restaurante. Hades e Apolo trocaram poucas palavras, mas aparentemente todos estavam fartos e sonolentos após o jantar.

Will desviou o olhar e encarou o céu estrelado, ainda dentro do carro. O que seria deles após venderem o terreno? Morariam em um apartamento minúsculo com direito a uma sinfonia conturbada do trânsito e dos vizinhos barulhentos? Não, Will não queria.

Apolo tocou o ombro do filho e respirou fundo, ele viu exatamente o que seu garoto pensava, então apenas lhe deu um beijo na testa e suspirou.

— Noite bonita.

— É... —Will respondeu, melancólico. Não era normal ele ficar daquele jeito e seu pai sabia disso.

Não demorou mais que três minutos para que chegassem. O motorista estacionou na entrada da praia, onde ainda havia asfalto.

— Foi um grande prazer conhecê-los. — Hades respondeu com seu costumeiro sorriso forçado. Apolo percebeu na hora, porém, relevou. — Remarcarei o dia da assinatura. Assim que o fizer, ligarei lhe informando, senhor Solace.

— Estarei esperando a ligação, senhor di Angelo. — Apolo disse com calma e logo o carro seguiu.

Ao ver a imagem do rapaz loiro se distanciando aos poucos, Nico apertou as mãos no abdômen e respirou fundo. Que sensação era aquela? Oh, que horrível.

Aproveitando a quietude, ele virou-se para a janela e abraçou o próprio corpo com mais força.

Hades esperou com que o motorista desse a partida e se distanciasse daquele lugar.

— Não gostei da sua aproximação com esse surfistinha. — Disse, seriamente. — E para onde foi quando saiu sem dizer nada no restaurante?

— Eu precisava de ar, falar da mamãe me deixou ansioso. — Respondeu de forma cansada. — E minhas amizades são problema meu.

— Você já é um homem. —Hades desda vez suspirou, tendo plena consciência de que seu filho era um adolescente ainda. — Quando a sua mãe... Não se preocupe. Ela nos deixou, mas está bem onde quer que esteja.

— Só para você saber... Eu preciso de um pai e não de um chefe.

Nico esperou o carro parar para abrir a porta e sair rapidamente do mesmo, logo indo em direção a sua casa para chegar ao seu quarto.

— Nico. — Ele o chamou ao sair do carro, antes que o mesmo pudesse entrar em casa. — Não finja que não me conhece, sabe que estou tentando ser um pai melhor pra você. Mas ainda tenho que cuidar dos negócios, então, tenha paciência.

— Então era melhor nem ter tido filhos, "senhor Di Angelo". — Zombou e se apoiou na parede, então tocou o peito e respirou fundo repetidas vezes.

Bem, sabe quando você está na piscina e logo mergulha? Então você chega no fundo, encosta os pés no azulejo e quando está quase voltando... Bum! Vem a falta de ar aterrorizante.

Era isso que Nico estava sentindo. Ele puxava e puxava, mas não conseguia respirar. Seu coração estava descompassado, o que era...isso?

— Nico! — Hades exclamou, correndo para acudir o filho. Os empregados rapidamente correram para fora, para saber do que se tratava e assustaram-se ao ver o rapaz quase caindo no chão. Seu pai o segurou e desviou o olhar para os empregados. — Não fiquem aí parados, chamem uma ambulância! Rápido!

Não era de hoje que percebia Nico agindo de forma estranha. De vez em quando, via seu semblante mudar e simplesmente queria se afastar, ficar sozinho. Uma vez fora o questionar, mas seus músculos começaram a tremer, como se estivesse com frio. Nico ainda discutiu, dizendo que não era nada e Hades apenas relevou. Se arrependeu muito naquele momento por não querer saber o que seu filho tinha.

▪▪▪

Poucas horas depois, Nico estava sentado sobre uma cama macia do hospital particular, recebia soro na veia e estava um pouco abobado, pois os médicos lhe deram um sedativo.

— Pai... — Ele deu uma risada abobada. — Eu quebrei a espada do Harold na aula de esgrima, mas não te contei... Ah ah...

— Eu fiquei sabendo. — Hades disse com um suspiro. — Tem ideia do susto que me deu? Deveria ter me falado antes que não estava bem, assim tinha te poupado daquele jantar.

Convenhamos, Hades não era lá um pai que demonstrava muito afeto. Primeiro vinha a bronca, depois a preocupação e carinho.

— Mas... — Ele novamente suspirou. Levou uma das mãos aos cabelos do filho e acariciou levemente. — Você está bem?

— Eu não sinto os meus dedos. — Ele sussurrou e então deu uma risada alta. — Ai, eu te amo pai.

Nico esticou as mãos e segurou a destra do pai.

— Quando a mamãe morreu, o senhor segurou minha mão, foi tão legal.

— Por isso segurou minha mão ontem no restaurante? — Hades perguntou, mas viu que o filho estava dopado demais pelo sedativo ainda. — Ah, esqueça. Avisarei ao Will que você não está bem para jogar com ele.

Nico apenas apertou ainda mais a mão de seu pai e fechou os olhos, caindo no sono logo em seguida.

Hades ouviu a porta se abrir e logo uma menina de cabelos negros adentrou no local. Ela tinha a pele pálida e algumas sardas cobriam boa parte das suas bochechas, usava um vestido esverdeado e alguns rapazes carregavam sua mala do lado de fora do quarto.

— Papai! Vim o mais rápido que pude, o nanico está bem?

— Está bem, Bianca. — Hades suspirou. — Por que esse desespero todo? Ele apenas ficou sem ar, estava comigo e cuidei de tudo imediatamente.

— Porque ele tem passado mal em todos os lugares, só agora que veio para o hospital.

Bianca correu até o irmão e segurou-lhe o rosto com cuidado.

— Pobrezinho.

— Você sabe como é seu irmão. Sempre querendo se isolar quando se sentia mal e eu sempre fui muito ocupado, não conseguia enxergar o que estava errado. — O pai murmurou. Em sua voz era possível perceber uma pontada de arrependimento e tristeza. — Mas ele é um garoto forte, vai ficar bem.

— ...O aniversário da mamãe está chegando, ele só deve estar nervoso. 

— Não me tratem como um defunto, eu estou ouvindo toda a porcaria que vocês estão falando.— Nico murmurou e então abriu os olhos. — O que rolou comigo? Só lembro de ouvir o senhor dos mortos gritar... Ah, não; era só você pai.

— Se sou o senhor dos mortos, você é o príncipe dos fantasmas. — Hades brincou, porém manteu a seriedade. Não era sempre que fazia isso. — O médico disse que você teve uma crise de ansiedade. Ele me passou um remédio que você deverá tomar para controlar.

— Certo, eu tenho... — Nico desviou o olhar para o relógio. — Puxa, eu dormi aqui? Já é praticamente meio dia... Bianca, se não trouxe presentes, pode ir embora.

Nico retirou a agulha de sua veia e levantou.

— Reunião com os Jackson e os Grace, precisamos ir.

— Nem pensar. — Hades levantou-se da cadeira, olhando de forma severa para o filho. — Você vai descansar, não quero te ver desmaiando de novo. Isso é uma ordem, nem pense em discutir.

— Mas pai, eu quero ver meus primos. — Nico sorriu. — Percy, Thalia e Jason só nos visitam duas vezes por ano.

— Isso depende do seu estado. — Ele suspirou e caminhou até a porta do quarto. Virou-se e olhou para a filha. — Bianca, faça-o companhia. Perguntarei ao médico se Nico já está bem para retornar para casa.

— Espera! Eu tô super b...

Apenas deu tempo de Bianca segurar o irmão, que despecou como uma jaca pobre no chão.

— Olha, eu só tô um pouco desorientado, mas isso é de família.

— Será que você poderia deixar de ser teimoso uma vez na vida? — Bianca o olhou com chateação, unindo as sobrancelhas. — Sério! Vê se descansa um pouco, nanico.

Então, sua irmã ajudou-o a se levantar e logo, o deitou na cama.



Notas Finais


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~Beijinhos com Flores de Maracujá da Usagi-chan~
♧E um abraço trevoso da CeciFrazier♧


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